SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
1
O vocabulário quimbundo, é
evidentemente lacunoso e
como acredito que seja a pri-
meira tentativa feita no Brasil
com o fim de recolher esse im-
portante material etnográfico,
penso que prestará algum ser-
viço aos estudiosos do assunto
e concorra para trabalho mais
amplo exigido pela afrologia
brasileira.
O vocabulário que apre-
sento aos estudiosos brasilei-
ros é evidentemente lacunoso,
mas já constitui uma contribui-
ção aqueles que melhor apare-
lhados quiserem completa-lo,
ampliando o número de pala-
vras e retificando-lhe a pro-
nuncia e a significação. Princi-
palmente a pronúncia que va-
ria de pessoa a pessoa e a
gente não pode fixa-la porque
não tem um ponto de referên-
cia na literatura escrita, que a
língua não possui.
O quimbundo, ou “undaca
de quimbundo”, que conhece-
mos, é um dialeto congoês
que, em presença do novo
meio onde se expandiu, há de
ter se modificado bastante em
relação à pureza original. Mas
é justamente por esse motivo
que ele mais nos interessa. Por
essa transformação operada
com o fim de servir de expres-
são num ambiente estranho
aquele em que se gerou, adap-
tando-se e vincando a língua
do Brasil.
E o vocabulário que organi-
zei, com o auxílio do preto Ma-
nuel da Cruz, e dos srs. Serjo-
bes Augusto de Faria, de Ita-
úna, oeste de Minas, e José
Aristides de Sales e João Jus-
tino, de Belo Horizonte, fixa
justamente esse momento de
transformação que a “undaca”
sofreu em presença do meio
brasileiro.
PEDRA NEGRA
2
O município de Itaúna, sob o
ponto de vista dos estudos ne-
gros, é uma região, digna de
apreço, antes que desapare-
çam os últimos vestígios quim-
bundos que ali tiveram mar-
cada importância. São comuns
na toponímia do município as
palavras bántus como Ca-
tumba, Calambau, Caxambú,
Marimbondo, Cafuringa, etc.
E é coisa curiosa a examinar o
povoado do Catumba, que se
me afigura às ruínas de consi-
derável quilombo. Ainda hoje
só é habitado por pretos que só
falam entre si o quimbundo
[...].
Ainda me lembro bem de vá-
rios tipos populares negros,
hoje desaparecidos, que ser-
viam de troça para os mole-
ques de Itaúna. Eram pretos de
ascendência africana, si não di-
reta, pelo menos muito pró-
xima.
E como era costume aditar ao
nome do negro o da nação a
que pertencia, chamavam a es-
ses pretos Vicente Bunda[1],
Chico Bié, Cristina Bunduda,
sendo que está me parece Ka-
kuana, pela pequena estatura
e a monstruosa esteatopigia[2]
que apresentava.
Língua de formação bem rudi-
mentar ainda, o congoês, pelos
seus dialetos, não possui os
atributos e as flexões que apre-
sentam as línguas mais evoluí-
das como o português.
Por isso, o quimbundo que sur-
preendi em Minas recorre
sempre ao português nos casos
em que o dialeto não possui re-
curso para a expressão. Estão
neste caso os artigos demons-
trativos, as conjunções, etc.
Aliás, utilizam esses recursos
em casos absolutamente indis-
pensáveis por motivo de cla-
reza. O dialeto não os possui.
Quando querem dizer: - “ O
João fala muito bem a língua de
preto”, se expressam assim: -
“João oméra navuro quiapos-
sóca undaca de quimbundo”.
A formação do feminino tam-
bém é de simplicidade infantil.
Resume-se em ajuntar a pala-
vra - mulher (ocaia ou man-
dumba) ao subistantivo a ser
modificado: - rei (vicóra), Rai-
nha (ocaia do vicóra) – mulher
do rei. Porco (camguro), porca
(mandumba do canguro) [3].
O número de verbos é reduzi-
díssimo e nunca flexionam
para as diversas expressões de
tempo e modo. A compreen-
são exata da frase se consegue
pelo assunto de que trata a
oração. Cachia, por exemplo, é
o infinito do verbo chegar.
E a frase: O cuêto vindêro ca-
chia no curimã, que dizer: - o
branco está chegando no ser-
viço ...
[1] É interessante o fenômeno
que se deu com esta palavra no
Brasil. Bunda ou M’bunda pe
adjetivo gentílico de um povo
bántu. Por extensão, emprega-
vam-na com a significação de
ruim, feio, reles, inferior. E por
isso é empregada vulgarmente
para designar a anatomia pos-
terior aos ossos da bacia (náde-
gas) ...
[2] Esteatopigia é um termo
médico que define o acúmulo
de gordura nas nádegas.
[3] Quer me parecer que man-
dumba eles empregam quando
se tratam de irracionais e vi-
córa quando de gente.
3
CATUMBRA
Entre os municípios Itaúna e Pará de Minas Rodovia MG-431
NO IMAGINÁRIO DO CATUMBA
Ainda hoje chamam o lugar de Catumba dos Pretos (parte inferior) e Catumba dos Brancos (parte superior).
Segundo moradores ficou conhecido assim, porque os brancos iam comprando as terras dos pretos.
4
5
6
(são mais de 150 palavras de A a U)
7
REFERÊNCIAS:
Parte do texto: FILHO, João Dornas. A Influência Social do Negro Brasileiro.
Ed. Guaíra, São Paulo, 1942, p.71-72 -74.
Pesquisa, Organização, Arte e Fotografia: Charles Aquino.
Acervo: Prof. Marco Elísio, Charles Aquino, SIAAPM:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/brtbusca/index.php?action=results&query=DORNAS
Edição Tabloide Histórico:
Charles Galvão de Aquino - Historiador Registro Nº343/MG
´
PEDRA NEGRA
HISTÓRIA & MEMÓRIA

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Nº 3 (PEDRA NEGRA).pdf

CÓDIGOS E LINGUAGENS - SEGUNDO ANO
CÓDIGOS E LINGUAGENS - SEGUNDO ANOCÓDIGOS E LINGUAGENS - SEGUNDO ANO
CÓDIGOS E LINGUAGENS - SEGUNDO ANOPaulo Alexandre
 
Aprsentação.pptx
Aprsentação.pptxAprsentação.pptx
Aprsentação.pptxFabis13
 
Diferenças Linguísticas
Diferenças Linguísticas Diferenças Linguísticas
Diferenças Linguísticas Ramon Ferreira
 
A linguagem-no-candomblé
A linguagem-no-candombléA linguagem-no-candomblé
A linguagem-no-candombléDaniel Torquato
 
Ed#3 novo acordo ortographico
Ed#3  novo acordo ortographicoEd#3  novo acordo ortographico
Ed#3 novo acordo ortographicoautoresalertas
 
A língua portuguesa que falamos é culturalmente negra - revista de história
 A língua portuguesa que falamos é culturalmente negra  - revista de história A língua portuguesa que falamos é culturalmente negra  - revista de história
A língua portuguesa que falamos é culturalmente negra - revista de históriaveraff
 
Variações Linguísticas
Variações LinguísticasVariações Linguísticas
Variações Linguísticas7 de Setembro
 
Acordo ortográfico parte 2
Acordo ortográfico   parte 2Acordo ortográfico   parte 2
Acordo ortográfico parte 2Jorgelgl
 
A linguagem-no-candomblé
A linguagem-no-candombléA linguagem-no-candomblé
A linguagem-no-candombléAngel Martin
 
Variação linguística - Atividade 09999999999999.pdf
Variação linguística - Atividade 09999999999999.pdfVariação linguística - Atividade 09999999999999.pdf
Variação linguística - Atividade 09999999999999.pdfJaineCarolaineLima
 
1 variedades linguisticas[1]
1  variedades linguisticas[1]1  variedades linguisticas[1]
1 variedades linguisticas[1]Sadrak Silva
 
Variedades linguisticas Pt. 1
Variedades linguisticas Pt. 1Variedades linguisticas Pt. 1
Variedades linguisticas Pt. 1Sadrak Silva
 
Modelo de artigo
Modelo de artigoModelo de artigo
Modelo de artigoJan Carlos
 

Semelhante a Nº 3 (PEDRA NEGRA).pdf (20)

CÓDIGOS E LINGUAGENS - SEGUNDO ANO
CÓDIGOS E LINGUAGENS - SEGUNDO ANOCÓDIGOS E LINGUAGENS - SEGUNDO ANO
CÓDIGOS E LINGUAGENS - SEGUNDO ANO
 
Aula ocaderno2ano
Aula ocaderno2anoAula ocaderno2ano
Aula ocaderno2ano
 
Griots livro
Griots livroGriots livro
Griots livro
 
variaeslingusticas-150714203732-lva1-app6891.pptx
variaeslingusticas-150714203732-lva1-app6891.pptxvariaeslingusticas-150714203732-lva1-app6891.pptx
variaeslingusticas-150714203732-lva1-app6891.pptx
 
Variações linguísticas
Variações linguísticasVariações linguísticas
Variações linguísticas
 
Aprsentação.pptx
Aprsentação.pptxAprsentação.pptx
Aprsentação.pptx
 
Diferenças Linguísticas
Diferenças Linguísticas Diferenças Linguísticas
Diferenças Linguísticas
 
Consciêncianegraoficina
ConsciêncianegraoficinaConsciêncianegraoficina
Consciêncianegraoficina
 
Griots culturas africanas
Griots   culturas africanasGriots   culturas africanas
Griots culturas africanas
 
A linguagem-no-candomblé
A linguagem-no-candombléA linguagem-no-candomblé
A linguagem-no-candomblé
 
Ed#3 novo acordo ortographico
Ed#3  novo acordo ortographicoEd#3  novo acordo ortographico
Ed#3 novo acordo ortographico
 
A língua portuguesa que falamos é culturalmente negra - revista de história
 A língua portuguesa que falamos é culturalmente negra  - revista de história A língua portuguesa que falamos é culturalmente negra  - revista de história
A língua portuguesa que falamos é culturalmente negra - revista de história
 
Variações Linguísticas
Variações LinguísticasVariações Linguísticas
Variações Linguísticas
 
Acordo ortográfico parte 2
Acordo ortográfico   parte 2Acordo ortográfico   parte 2
Acordo ortográfico parte 2
 
A linguagem-no-candomblé
A linguagem-no-candombléA linguagem-no-candomblé
A linguagem-no-candomblé
 
Variação linguística - Atividade 09999999999999.pdf
Variação linguística - Atividade 09999999999999.pdfVariação linguística - Atividade 09999999999999.pdf
Variação linguística - Atividade 09999999999999.pdf
 
Caetano Veloso: "Língua"
Caetano Veloso: "Língua"Caetano Veloso: "Língua"
Caetano Veloso: "Língua"
 
1 variedades linguisticas[1]
1  variedades linguisticas[1]1  variedades linguisticas[1]
1 variedades linguisticas[1]
 
Variedades linguisticas Pt. 1
Variedades linguisticas Pt. 1Variedades linguisticas Pt. 1
Variedades linguisticas Pt. 1
 
Modelo de artigo
Modelo de artigoModelo de artigo
Modelo de artigo
 

Mais de Charles

Nº 5 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 5 (PEDRA NEGRA).pdfNº 5 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 5 (PEDRA NEGRA).pdfCharles
 
Irmandade de Itaúna/MG
Irmandade de Itaúna/MGIrmandade de Itaúna/MG
Irmandade de Itaúna/MGCharles
 
Tabloide Itaúna nº 2
Tabloide Itaúna nº 2Tabloide Itaúna nº 2
Tabloide Itaúna nº 2Charles
 
ATA CIA DE TECIDOS SANTANENSE 1891.pdf
ATA CIA DE TECIDOS SANTANENSE 1891.pdfATA CIA DE TECIDOS SANTANENSE 1891.pdf
ATA CIA DE TECIDOS SANTANENSE 1891.pdfCharles
 
Nº 4 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 4 (PEDRA NEGRA).pdfNº 4 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 4 (PEDRA NEGRA).pdfCharles
 
Nº 2 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 2 (PEDRA NEGRA).pdfNº 2 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 2 (PEDRA NEGRA).pdfCharles
 
Nº 1 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 1 (PEDRA NEGRA).pdfNº 1 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 1 (PEDRA NEGRA).pdfCharles
 
Tabloide Itaúna nº1
Tabloide Itaúna nº1Tabloide Itaúna nº1
Tabloide Itaúna nº1Charles
 
MUSEU EM ITAÚNA PARTE IV
MUSEU EM ITAÚNA PARTE IVMUSEU EM ITAÚNA PARTE IV
MUSEU EM ITAÚNA PARTE IVCharles
 
Acervo Museológico Itaúna
Acervo Museológico ItaúnaAcervo Museológico Itaúna
Acervo Museológico ItaúnaCharles
 
Primeiro museu de Itaúna
Primeiro museu de ItaúnaPrimeiro museu de Itaúna
Primeiro museu de ItaúnaCharles
 
Ovídio Alves de Souza
Ovídio Alves de SouzaOvídio Alves de Souza
Ovídio Alves de SouzaCharles
 
História da saúde em Itaúna (parte 1)
História da saúde em Itaúna (parte 1)História da saúde em Itaúna (parte 1)
História da saúde em Itaúna (parte 1)Charles
 
Manoel Gonçalves de Souza Moreira
Manoel Gonçalves de Souza MoreiraManoel Gonçalves de Souza Moreira
Manoel Gonçalves de Souza MoreiraCharles
 
Reinado em Itaúna/MG
Reinado em Itaúna/MGReinado em Itaúna/MG
Reinado em Itaúna/MGCharles
 
Paroquia nossa senhora
Paroquia nossa senhora Paroquia nossa senhora
Paroquia nossa senhora Charles
 
Fundador da santanense
Fundador da santanenseFundador da santanense
Fundador da santanenseCharles
 
ITAÚNA: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
ITAÚNA: SEGUNDA GUERRA MUNDIALITAÚNA: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
ITAÚNA: SEGUNDA GUERRA MUNDIALCharles
 
Escola padre waldemar
Escola padre waldemarEscola padre waldemar
Escola padre waldemarCharles
 
PRAÇA DR. AUGUSTO GONÇALVES / ITAÚNA
PRAÇA DR. AUGUSTO GONÇALVES / ITAÚNAPRAÇA DR. AUGUSTO GONÇALVES / ITAÚNA
PRAÇA DR. AUGUSTO GONÇALVES / ITAÚNACharles
 

Mais de Charles (20)

Nº 5 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 5 (PEDRA NEGRA).pdfNº 5 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 5 (PEDRA NEGRA).pdf
 
Irmandade de Itaúna/MG
Irmandade de Itaúna/MGIrmandade de Itaúna/MG
Irmandade de Itaúna/MG
 
Tabloide Itaúna nº 2
Tabloide Itaúna nº 2Tabloide Itaúna nº 2
Tabloide Itaúna nº 2
 
ATA CIA DE TECIDOS SANTANENSE 1891.pdf
ATA CIA DE TECIDOS SANTANENSE 1891.pdfATA CIA DE TECIDOS SANTANENSE 1891.pdf
ATA CIA DE TECIDOS SANTANENSE 1891.pdf
 
Nº 4 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 4 (PEDRA NEGRA).pdfNº 4 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 4 (PEDRA NEGRA).pdf
 
Nº 2 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 2 (PEDRA NEGRA).pdfNº 2 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 2 (PEDRA NEGRA).pdf
 
Nº 1 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 1 (PEDRA NEGRA).pdfNº 1 (PEDRA NEGRA).pdf
Nº 1 (PEDRA NEGRA).pdf
 
Tabloide Itaúna nº1
Tabloide Itaúna nº1Tabloide Itaúna nº1
Tabloide Itaúna nº1
 
MUSEU EM ITAÚNA PARTE IV
MUSEU EM ITAÚNA PARTE IVMUSEU EM ITAÚNA PARTE IV
MUSEU EM ITAÚNA PARTE IV
 
Acervo Museológico Itaúna
Acervo Museológico ItaúnaAcervo Museológico Itaúna
Acervo Museológico Itaúna
 
Primeiro museu de Itaúna
Primeiro museu de ItaúnaPrimeiro museu de Itaúna
Primeiro museu de Itaúna
 
Ovídio Alves de Souza
Ovídio Alves de SouzaOvídio Alves de Souza
Ovídio Alves de Souza
 
História da saúde em Itaúna (parte 1)
História da saúde em Itaúna (parte 1)História da saúde em Itaúna (parte 1)
História da saúde em Itaúna (parte 1)
 
Manoel Gonçalves de Souza Moreira
Manoel Gonçalves de Souza MoreiraManoel Gonçalves de Souza Moreira
Manoel Gonçalves de Souza Moreira
 
Reinado em Itaúna/MG
Reinado em Itaúna/MGReinado em Itaúna/MG
Reinado em Itaúna/MG
 
Paroquia nossa senhora
Paroquia nossa senhora Paroquia nossa senhora
Paroquia nossa senhora
 
Fundador da santanense
Fundador da santanenseFundador da santanense
Fundador da santanense
 
ITAÚNA: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
ITAÚNA: SEGUNDA GUERRA MUNDIALITAÚNA: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
ITAÚNA: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
 
Escola padre waldemar
Escola padre waldemarEscola padre waldemar
Escola padre waldemar
 
PRAÇA DR. AUGUSTO GONÇALVES / ITAÚNA
PRAÇA DR. AUGUSTO GONÇALVES / ITAÚNAPRAÇA DR. AUGUSTO GONÇALVES / ITAÚNA
PRAÇA DR. AUGUSTO GONÇALVES / ITAÚNA
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 

Nº 3 (PEDRA NEGRA).pdf

  • 1. 1 O vocabulário quimbundo, é evidentemente lacunoso e como acredito que seja a pri- meira tentativa feita no Brasil com o fim de recolher esse im- portante material etnográfico, penso que prestará algum ser- viço aos estudiosos do assunto e concorra para trabalho mais amplo exigido pela afrologia brasileira. O vocabulário que apre- sento aos estudiosos brasilei- ros é evidentemente lacunoso, mas já constitui uma contribui- ção aqueles que melhor apare- lhados quiserem completa-lo, ampliando o número de pala- vras e retificando-lhe a pro- nuncia e a significação. Princi- palmente a pronúncia que va- ria de pessoa a pessoa e a gente não pode fixa-la porque não tem um ponto de referên- cia na literatura escrita, que a língua não possui. O quimbundo, ou “undaca de quimbundo”, que conhece- mos, é um dialeto congoês que, em presença do novo meio onde se expandiu, há de ter se modificado bastante em relação à pureza original. Mas é justamente por esse motivo que ele mais nos interessa. Por essa transformação operada com o fim de servir de expres- são num ambiente estranho aquele em que se gerou, adap- tando-se e vincando a língua do Brasil. E o vocabulário que organi- zei, com o auxílio do preto Ma- nuel da Cruz, e dos srs. Serjo- bes Augusto de Faria, de Ita- úna, oeste de Minas, e José Aristides de Sales e João Jus- tino, de Belo Horizonte, fixa justamente esse momento de transformação que a “undaca” sofreu em presença do meio brasileiro. PEDRA NEGRA
  • 2. 2 O município de Itaúna, sob o ponto de vista dos estudos ne- gros, é uma região, digna de apreço, antes que desapare- çam os últimos vestígios quim- bundos que ali tiveram mar- cada importância. São comuns na toponímia do município as palavras bántus como Ca- tumba, Calambau, Caxambú, Marimbondo, Cafuringa, etc. E é coisa curiosa a examinar o povoado do Catumba, que se me afigura às ruínas de consi- derável quilombo. Ainda hoje só é habitado por pretos que só falam entre si o quimbundo [...]. Ainda me lembro bem de vá- rios tipos populares negros, hoje desaparecidos, que ser- viam de troça para os mole- ques de Itaúna. Eram pretos de ascendência africana, si não di- reta, pelo menos muito pró- xima. E como era costume aditar ao nome do negro o da nação a que pertencia, chamavam a es- ses pretos Vicente Bunda[1], Chico Bié, Cristina Bunduda, sendo que está me parece Ka- kuana, pela pequena estatura e a monstruosa esteatopigia[2] que apresentava. Língua de formação bem rudi- mentar ainda, o congoês, pelos seus dialetos, não possui os atributos e as flexões que apre- sentam as línguas mais evoluí- das como o português. Por isso, o quimbundo que sur- preendi em Minas recorre sempre ao português nos casos em que o dialeto não possui re- curso para a expressão. Estão neste caso os artigos demons- trativos, as conjunções, etc. Aliás, utilizam esses recursos em casos absolutamente indis- pensáveis por motivo de cla- reza. O dialeto não os possui. Quando querem dizer: - “ O João fala muito bem a língua de preto”, se expressam assim: - “João oméra navuro quiapos- sóca undaca de quimbundo”. A formação do feminino tam- bém é de simplicidade infantil. Resume-se em ajuntar a pala- vra - mulher (ocaia ou man- dumba) ao subistantivo a ser modificado: - rei (vicóra), Rai- nha (ocaia do vicóra) – mulher do rei. Porco (camguro), porca (mandumba do canguro) [3]. O número de verbos é reduzi- díssimo e nunca flexionam para as diversas expressões de tempo e modo. A compreen- são exata da frase se consegue pelo assunto de que trata a oração. Cachia, por exemplo, é o infinito do verbo chegar. E a frase: O cuêto vindêro ca- chia no curimã, que dizer: - o branco está chegando no ser- viço ... [1] É interessante o fenômeno que se deu com esta palavra no Brasil. Bunda ou M’bunda pe adjetivo gentílico de um povo bántu. Por extensão, emprega- vam-na com a significação de ruim, feio, reles, inferior. E por isso é empregada vulgarmente para designar a anatomia pos- terior aos ossos da bacia (náde- gas) ... [2] Esteatopigia é um termo médico que define o acúmulo de gordura nas nádegas. [3] Quer me parecer que man- dumba eles empregam quando se tratam de irracionais e vi- córa quando de gente.
  • 3. 3 CATUMBRA Entre os municípios Itaúna e Pará de Minas Rodovia MG-431 NO IMAGINÁRIO DO CATUMBA Ainda hoje chamam o lugar de Catumba dos Pretos (parte inferior) e Catumba dos Brancos (parte superior). Segundo moradores ficou conhecido assim, porque os brancos iam comprando as terras dos pretos.
  • 4. 4
  • 5. 5
  • 6. 6 (são mais de 150 palavras de A a U)
  • 7. 7 REFERÊNCIAS: Parte do texto: FILHO, João Dornas. A Influência Social do Negro Brasileiro. Ed. Guaíra, São Paulo, 1942, p.71-72 -74. Pesquisa, Organização, Arte e Fotografia: Charles Aquino. Acervo: Prof. Marco Elísio, Charles Aquino, SIAAPM: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/brtbusca/index.php?action=results&query=DORNAS Edição Tabloide Histórico: Charles Galvão de Aquino - Historiador Registro Nº343/MG ´ PEDRA NEGRA HISTÓRIA & MEMÓRIA