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Baixar para ler offline
Célia Regina Diniz
Iolanda Barbosa da Silva
Metodologia CientíficaD I S C I P L I N A
O método dialético e suas
possibilidades reflexivas
Autoras
aula
05
Copyright © 2008  Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.
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Revisora de Estrutura e Linguagem
Rossana Delmar de Lima Arcoverde (UFCG)
Revisora de Língua Portuguesa
Maria Divanira de Lima Arcoverde (UEPB)
D585   Diniz, Célia Regina.
   Metodologia científica / Célia Regina Diniz; Iolanda Barbosa da Silva. – Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN - EDUEP, 2008.
ISBN: 978-85-87108-98-2
   1. Metodologia científica I. Título.
21. ed.  CDD 001.4
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - UEPB
Aula 05  Metodologia Científica 
1
2
3
Apresentação
O
método dialético é uma possibilidade de caminho na construção do saber científico
no campo das ciências humanas. Ele torna-se a trajetória percorrida pelo sujeito
(pesquisador) na busca de conhecer e perceber-se na construção desse conhecimento
do objeto (fenômeno/fato investigado) que se constrói e (des) constrói nas interações entre
o sujeito e o objeto.
Nesse modo de conhecer o homem se constrói enquanto homem na produção de
sua vida material. Ao estabelecer uma relação com a natureza na qual ele a humaniza,
tranformando-a em natureza morta pela negação de sua condição, o homem a torna um
fenômeno social pela significação que ele dá a essa interação; no entanto, ao modificá-la ele
também se transforma, mudando a sua percepção sobre a natureza e ao retornar sobre si se
percebe como sujeito criado nessa interação.
O exercício dialético nos permite compreender que o homem enquanto ser histórico
na produção de uma vida material estabelece relações de negação com o mundo e com ele
próprio, criando contradições e gerando conflitos nas relações que se tornam a base da
organização de sua vida social.
Desse modo:
n  elabore as atividades, exercitando o raciocínio dialético na produção das atividades
desta aula;
n  busque ampliar seu conhecimento sobre o método dialético, tirando as dúvidas quando
ocorrerem, em leituras que virão indicadas;
n  realize sua auto-avaliação na aula, utilizando-se do espaço disponibilizado.
Objetivos
Pretende-se, ao final desta aula, que você tenha compreendido
e interpretado:
que o homem é um ser dialético;
que o método dialético possibilita a compreensão
e explicação dos problemas e das contradições
que envolvem a produção de explicações sobre os
fenômenos sociais;
a dialética torna-se uma possibilidade à reflexão da
prática educativa.
Aula 05  Metodologia Científica
Atividade 1
Verificar o exemplo
de procedimento para
a inserção de nota de
rodapé, de acordo com as
normas da ABNT.
Reflita sobre os problemas sociais, analisando e comentando a letra da música Cidadão
de Zé Geraldo
. Procure explicitar nos seus comentários as contradições e os conflitos que
aparecem na letra.
Tá vendo aquele edificio moco, ajudei a levantar. Foi um tempo de aflição, era quatro
condução, duas pra ir , duas pra voltar.
Hoje depois dele pronto, olho pra cima e fico tonto, mas me chega um cidadão, e me diz
disconfiado: tu tá aí admirado ou tá querendo roubar? Meu domingo está perdido, vou
pra casa entristecido, dá vontade de beber, e prá aumentar o meu tédio eu nem posso
olhar pro prédio que eu ajudei a fazer.
Tá vendo aquele colégio moço, eu também trabalhei lá, Lá eu quase me arrebento, pus
a massa fiz cimento, ajudei a rebocar. Minha filha inocente, vem pra mim toda contente:
pai vou me matricular,

  Disponível em  http: www.webletras.com.br/letra.asp/musica . Acesso em: 21 set. 2007.
Pense nisto!!!
Os conflitos sociais criam possibilidades reflexivas sobre a forma como o
homem se organiza para viver em sociedade. Esses conflitos podem ser
pensados pela dialética das contradições de uma vida organizada, a partir dos
conflitos de classe.
Desafiando o pensar sobre o
homem, os conflitos sociais
criam novas possibilidades
interpretativas...
Aula 05  Metodologia Científica 
suaresposta
Mas me chega um cidadão: criança de pé no chão, aqui não pode estudar. Essa dor doeu
mais forte, por que que eu deixei o norte, eu me pus a me dizer, lá a seca castigava,
mas do pouco que eu plantava, tinha direito a comer. Tá vendo aquela igreja moço,
onde o padre diz amém. Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo, lá eu trabalhei
também. Lá sim valeu a pena tem quermese tem novena e o padre me deixa entrar, foi
lá que Cristo me disse: rapaz deixe de tolice, não se deixe amendrotar. (Refrao) 2 vezes
Fui eu que criou a terra, enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar, Hoje o homem
criou asa e na maioria das casas eu também não posso entrar.
Pense nisto!!!
As desigualdades observadas no acesso aos bens materiais como negação
do trabalho, dá-se pela apropriação do resultado de uma produção coletiva
pelos proprietários dos meios e instrumentos de produção. Essa contradição
capitalista de uma produção coletiva e uma apropriação privada marca a
dinâmica na organização social no mundo capitalista.
Aula 05  Metodologia Científica
Reflita!!!
Questiona-se agora o lixo que existe escondido nos porões da sociedade. O
que existe por trás das aparências dessa nova, maravilhosa e terrível realidade
parida a fórceps pela moderna ordem industrial capitalista? Novos modos de
viver organizados por um modelo desigual, estabelecido com o antagonismo
entre duas classes sociais: os proprietários e os não proprietários dos meios
e dos instrumentos de produção de uma vida material emergidas no processo
histórico de formação do capitalismo industrial. Essa sociedade organizada em
classes que tem interesses divergentes irá organizar as instituições presentes,
tornando-as instrumentos de reprodução desse modo de organizar a sociedade.
Nesse sentido, a produção de saberes tanto apresentará essa luta de classes
quanto as ideologias crias para explicá-las. Nesse caso, pergunta-se se a
ciência poderá contribuir para a emancipação do homem, livrando-o de toda a
opressão que o esmaga?
O que é o Método Dialético?
O método dialético e o contexto histórico
As contradições sociais, verificadas no século XIX, trouxeram de volta uma crítica
a concepção metafísica do mundo. O mundo novo das relações capitalista de produção
trouxe a necessidade de uma interpretação dialética dos fenômenos sociais vigentes, cujas
contradições e conflitos sociais eram patentes.
A dialética enquanto método não interessa às Ciências Exatas que procuram ler as
composições biofísicas e fisicoquímicas dos seres materiais e mais ligadas aos fatos. No
caso das Ciências Humanas que estão atentas a Como os fatos se apresentam, o Por Quê e
o Para Quê tornam-se questões interessantes para compreensão e explicação de fenômenos
que se relacionam com os destinos dos seres humanos na vida em coletividade.
O método dialético reconhece a dificuldade de se apreender o real, em sua determinação
objetiva, por isso a realidade se constrói diante do pesquisador por meio das noções de
totalidade, mudança e contradição. A noção de totalidade refere-se ao entendimento de que
a realidade está totalmente interdependente, interrelacionada entre os fatos e fenômenos
que a constitui. Já a noção de mudança compreende que a natureza e a sociedade estão
em constante mudança e que elas tanto são quantitativas quanto qualitativas. Enquanto isso
a noção de contradição torna-se o motor da mudança. As contradições são constantes e
Aula 05  Metodologia Científica 
Atividade 2
Verificar o exemplo
de procedimento para
a inserção de nota de
rodapé, de acordo com as
normas da ABNT.
intrínsecas à realidade. As relações entre os fenômenos ocorrem num processo de conflitos
que geram novas situações na sociedade.
Karl Marx, conforme visto na aula anterior, tornou-se o expoente do método dialético na
ciência moderna. O método dialético marxista consiste em analisar o todo feito de pedaços,
cuja autonomia e individualidade condicionam uma contradição e um conflito, que, por sua
vez, estão na base da dinâmica da vida material e da evolução da ciência e da História. A
ciência para Karl Marx não é uma coisa feita, ela tem uma história que se perpetua, mas
também é um devir. Nesse caso, para se compreender a ciência necessita-se de buscar o
estudo do passado científico como suporte e base do novo, a ser descoberto.
O pensador Karl Marx acreditava que o papel político do cientista era comprometer-
se com a produção de um conhecimento que retornasse à realidade como instrumento de
reflexão à luta dos trabalhadores (proletários). Esse saber estaria voltado à reflexão dialógica
das condições de vida dos trabalhados na sociedade capitalista e contribuiria na leitura
de mundo dos explorados (proletários) e na organização da luta e da proposição de uma
revolução social com a tomada de poder por parte desses trabalhadores (proletários) e com
a instituição de um novo modelo de sociedade pela extinção da propriedade privada dos
meios e dos instrumentos de produção.
A lógica dialética permite ao cientista social uma cosmovisão de totalidade, por isso que o
método tornou-se lógica, teoria da ciência e base da prática revolucionária no século XX.
A partir das discussões em torno do método dialético procure estabelecer uma
correlação entre as informações que irá obter com os gêneros textuais: notícia e música,
usando a lógica do raciocínio dialético para se posicionar diante do debate, em curso, sobre
a transposição do rio São Francisco, registrando-o no espaço indicado. Leia e interprete:
a) as notícias publicadas
, nos dias 02 e 10.07.07, no site do Paraíba Online. A primeira
notícia é sobre a criação de um comitê formado pelos governadores do Ceará, Paraíba,
Pernambuco e Rio Grande do Norte em defesa da transposição do rio São Francisco,
já a segunda notícia diz respeito à elaboração de um documento, na III Conferência
Nacional de Segurança Alimentar, contrário a transposição do rio São Francisco.
b) o fragmento da letra da música Riacho Novo de Luiz Gonzaga
.

  Disponíveis em http://www.paraiba.com.br/notícias. Acesso em 20 out. 2007.

  Ver nota 1.
Aula 05  Metodologia Científica
a) Governadores da PB, PE, CE e RN se unem pela Transposição
Em uma reunião na manhã desta segunda-feira (02/07/07), no Palácio Campo das
Princesas, em Recife, os governadores Cássio Cunha Lima (PB), Eduardo Campos
(PE), Wilma Faria (RN) e Cid Gomes (CE) acertaram uma reação conjunta em relação
às mobilizações contrárias à transposição de parte das águas do Rio São Francisco.
“O objetivo é desmistificar e acabar com o terrorismo sobre o assunto, contribuindo
para a boa informação”, sintetizou Cássio, articulador do encontro.
A reunião na sede oficial do Governo de Pernambuco, sugerida pelo governador
paraibano, durou pouco mais de uma hora. Na oportunidade, Cássio Cunha Lima,
Eduardo Campos, Wilma Faria e Cid Gomes avaliaram os efeitos negativos provocados
por sistemáticas campanha de desinformação sobre o assunto e acertaram uma
estratégia conjunta em prol da transposição.
Em termos objetivos, os governadores definiram que, no próximo dia 9, haverá uma
grande mobilização simultânea na Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará,
através da abertura do Comitê pela Transposição, que reunirá entes institucionais e
representantes da sociedade civil.
O ponto alto do movimento será o lançamento, no mesmo dia, de uma campanha
informativa,destacandoasinformaçõessobreoquerepresentaoprojetoparaoNordeste,
corrigindo e esclarecendo muitos pontos polêmicos baseados na desinformação de
muitos segmentos.
Segundo o governador Eduardo Campos, a campanha informativa priorizará uma
linguagemacessíveletambémprocuraráderrubarporterramuitosmitoslevantadospelos
que são contrários à transposição com base em informações distorcidas. Cid Gomes,
por sua vez, assegura que só a comunicação de qualidade e transparente permitirá que
se reverta um processo de antipatia a um projeto que, acima de tudo, pretende assegurar
água de beber para 12 milhões de nordestinos na região do semi-árido.
Em Brasília
Um segundo passo na estratégia dos quatro governadores nordestinos será o de
consolidar uma grande mobilização, em Brasília, na segunda quinzena de agosto.
Articulando suas bancadas no Congresso Nacional, pretendem realizar uma reunião
com o ministro Geddel Quadros Vieira Lima, da Integração Nacional, e com o próprio
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um documento, subscrito pelos governadores dos quatro estados, além dos integrantes
das bancadas e de representantes dos mais diversos segmentos representativos da
sociedade, será entregue ao ministro e ao Presidente, reafirmando o apoio ao projeto
nacional de recursos hídricos para a região do semi-árido.
Boa informação contra a desinformação
Em linhas gerais, os governadores da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e
Ceará definiram o combate à desinformação como o principal ponto da campanha
informativa a ser lançada, em 9 de julho.
Basicamente, seguem abaixo algumas informações que serão evidenciadas:
n  Em três anos e meio, deve-se levar água às cidades do semi-árido, onde vivem
Aula 05  Metodologia Científica 
70% da população da região, e retirando menos de 2% da água do rio que segue
para o oceano.
n  A integração do rio São Francisco às bacias dos rios temporários do semi-árido
será possível por meio de ações relevantes e pontuais, como a retirada contínua
de 26,4 m3/s de água, o que equivale a 1,4% da vazão garantida pela barragem de
Sobradinho (1850m3/s) no trecho do rio onde ocorrerá a captação.
n  A população urbana de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos quatro Estados
do Nordeste Setentrional será beneficiada com o montante hídrico obtido por esta
grande ação.
n  O Projeto estabelece a interligação da bacia hidrográfica do rio São Francisco,
que apresenta relativa abundância de água (1850 m3/s de vazão garantida pelo
reservatório de Sobradinho), com bacias inseridas no Nordeste Setentrional,
com quantidades de água limitada para o desenvolvimento sócio-econômico da
região.
n  O projeto do rio São Francisco prevê a construção de dois canais: o Eixo Norte,
que levará água para os sertões de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande
do Norte; e o Eixo Leste que beneficiará parte do sertão e as regiões agreste de
Pernambuco e da Paraíba.
Consea quer parar transposição do São Francisco.
Os participantes da III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
aprovaram nesta terça-feira, 10 de julho de 2007, um pedido ao governo federal para
que interrompa imediatamente as obras do Programa de Revitalização do rio São
Francisco, aprovada por maioria expressiva dos delegados. O Conselho Nacional de
Segurança Alimentar (Consea) tem caráter “consultivo e assessora o presidente da
República na formulação e na definição de orientações para que o país garanta o direito
humano a alimentação”.
Segundo a definição do Consea, ele é um instrumento de articulação entre governo
e sociedade civil na proposição de diretrizes para as ações na área da alimentação e
nutrição e foi instalado no dia 30 de janeiro de 2003.
A decisão que contraria a transposição do São Francisco, adotada por 1.800 pessoas,
foi recebida com surpresa por políticos que apóiam o Governo, que é favorável a
transposição e revitalização do São Francisco.
Na defesa do documento contrário a transposição do São Francisco, o representante
do Consea Nacional, Naidison Baptista salienta que ele reflete o que a sociedade e
os movimentos sociais avaliam sobre o projeto: “Ele é apressado, é mais dirigido ao
agronegócio, não busca ao desenvolvimento sustentável do semi-árido”.
Para o conselheiro Adriano Martins, a decisão revela o desejo da sociedade de que seja
adotado um projeto que se destine a melhorar a situação daqueles que sofrem mais
com a falta de água. “A afirmação da água como direito fundamental, como um bem
comum é fundamental para se pensar a segurança alimentar e nutricional”, defendeu.
Ele prosseguiu em suas alegações contra o projeto de revitalização do São Francisco,
ao dizer que “olhando o projeto atentamente percebemos que apenas 4% da água que
seria retirada do rio chegaria a esses que passam sede”. A maior parte da água no
Aula 05  Metodologia Científica
suaresposta
projeto atual, segundo Martins, destina-se a atividades, como a produção agrícola de
exportação, a criação de camarão e empreendimentos industriais.
Martins defendeu alternativas ao projeto cujas obras tiveram início no mês passado,
como as ações desenvolvidas pela Articulação do Semi-Árido (ASA), que atende a
população que vive em locais distantes na região, e as propostas pelo Atlas do Nordeste,
da Agência Nacional de Águas (ANA). “A Atlas do Nordeste garantiria água a 34 milhões
de pessoas no semi-árido a um custo muito menor.”
b) Riacho Novo
Riacho do navio corre pro Pajeú
e o rio Pajeú vai despejar no São Francisco
e o rio São Francisco vai bater no meio do mar (bis)
Ah! Se eu fosse um peixe ao contrário do rio
nadava contra as águas e nesse desafio
saia lá do mar pro Riacho do Navio
Eu ia diretinho pro Riacho do Navio
pra ver o meu brejinho fazer umas caçadas
ver as pegas do boi, andar na vaquejada
dormir ao som do chucalho e acordar na passarada
sem rádio e sem notícias da terra civilizada
Aula 05  Metodologia Científica 
suaresposta
O método dialético cria
possibilidades de mudanças?
Pense nisto!!!
Como método, a dialética representa a realidade em movimento indo para além
das aparências. A mudança torna-se uma possibilidade no modo de pensar
dialético por meio da superação da desigualdade na produção e distribuição
dos resultados do trabalho coletivo.
Aula 05  Metodologia Científica10
Atividade 3
Verificar o exemplo
de procedimento para
a inserção de nota de
rodapé, de acordo
com as normas da ABNT.
Analise e comente a letra da música Punk da Periferia de Gilberto Gil
, identificando as
contradições presentes neste gênero textual.
Das feridas que a pobreza cria
Sou o pus
Sou o que de resto restaria
Aos urubus
Pus por isso mesmo este blusão carniça
Fiz no rosto este make-up pó caliça
Quis trazer assim nossa desgraça à luz
Sou um punk da periferia
Sou da Freguesia do Ó
Ó
Ó, aqui pra vocês!
Sou da Freguesia
Ter cabelo tipo índio moicano
Me apraz
Saber que entraremos pelo cano
Satisfaz
Vós tereis um padre pra rezar a missa
Dez minutos antes de virar fumaça
Nós ocuparemos a Praça da Paz
Sou um punk da periferia
Sou da Freguesia do Ó
Ó
Ó, aqui pra vocês!
Sou da Freguesia
Transo lixo, curto porcaria
Tenho dó
Da esperança vã da minha tia
Da vovó
Esgotados os poderes da ciência
Esgotada toda a nossa paciência
Eis que esta cidade é um esgoto só
Sou um punk da periferia
Sou da Freguesia do Ó
Ó
Ó, aqui pra vocês!
Sou da Freguesia

  Ver nota 1.
Aula 05  Metodologia Científica 11
Como a dialética pode orientar
uma reflexão científica?
A dialética pode orientar a reflexão crítica do mundo quando o pesquisador começa a
interrogar-se sobre o que está por trás da aparência dos fenômenos. A verdade não aparece,
ela está escondida nos não ditos nos interditos das relações sociais.
Exercitar o raciocínio dialético é procurar respostas em situações que aparecem como
dadas, como naturais quando de fato foram naturalizadas por uma visão de mundo que
atende aos interesses de quem domina (classe social), procurando por meio dos canais
(escola, meios de comunicação, família e outros) disponibilizados na vida social imprimindo
sua visão como sendo a visão do coletivo, isto se chama ideologia de classe.
Desenvolver ciência usando o método dialético é assumir que o saber está contaminado
por ideologias e que cabe ao cientista social desvendar o que está escondido na aparência
dos fenômenos sociais, particularmente na experiência cotidiana da vida em sociedade.
O conhecimento encontra caminhos para percorrer o caminho dialético, permite ao
homem ver o mundo por outra lente. Perceba, Como o raciocínio desenvolvido por Alves
(1994, p. 64-6) contando histórias para educadores e motivando a reflexão sobre o homem,
o mundo e a sociedade (FREIRE, 1975) constrói um saber sobre a educação.
[...] Pensei nisso ao ver as crianças, alegres, indo para as escolas, para aprender os
mundos que lhes foram destinados, e para não aprender os mundos que lhes foram
interditados. Tudo escondido na inocência de palavras que se repetem, como mandam os
currículos ... Ao lado de cada mundo que se aprende há mundos sem conta que se perdem,
no esquecimento, por não terem sido criados, nas trevas do silêncio. Cada currículo é
uma decisão sobre coisas que se deverá fazer silêncio, mundos não ditos, mal-ditos,
inter/ditados, condenados a não ser. Decisão, conspiração de uns, projetos de corpos
futuros, o que farão, como viverão, como amarão, como chorarão, como morrerão...
Lá vão elas, alegres, crianças ao caminho dos mundos e não mundos, decididos por
outros e escolhidos no feitiço das palavras. E as salas de aula ficam muito próximas das
lições de psicolingüística ensinadas em lugares distantes [...]. (grifo nosso)
Reflita!!!
As transformações tornam-se possíveis porque o homem é um ser dialético e
pensa de forma dialógica, estabelecendo com os fenômenos que conhece um
movimento de reflexão e crítica. Como dirá Mello (apud SOUSA FILHO, 1993,
p. 64) “Quem sabe aonde quer chegar, escolhe certo o caminho e o jeito de
caminhar!!!”
Aula 05  Metodologia Científica12
Atividade 4
suaresposta
a)
b)
c)
Analisando o exercício dialético de Rubem Alves pode-se levantar algumas
questões, responda-as.
a)  Quais são os mundos ensinados e o que é interditado as crianças?
b) Por que a educação aprendida na escola constrói uma visão de mundo na
qual se esconde informações sobre o mundo vivido?
c) Os mundos e os não mundos são contradições da educação letrada
aprendida na escola? Justifique.
Aula 05  Metodologia Científica 13
Atividade 5
suaresposta
Verificar o exemplo
de procedimento para
a inserção de nota de
rodapé, de acordo com as
normas da ABNT.
Comente a letra da música Acauã de Zé Dantas
assumindo uma postura crítica
diante do fenômeno da Seca refletido nesse gênero textual.
Acauã, acauã
Vive cantando
Durante o tempo do verão
No silêncio das tarde agoirando
Chamando a seca pro sertão
Chamando a seca pro sertão
Acauã, acauã
Teu canto é penoso e faz medo
Te cala acauã
Que é pra chuva voltar cedo
Que é pra chuva voltar cedo
Toda noite no sertão
Canta o joão corta-pau
A coruja, mãe da lua
O peitica e o bacurau
Na alegria do inverno
Canta sapo, gia e rã
Mas na tristeza da seca
Só se ouve acauã
Acauã, acauã...

  Ver nota 1.
Aula 05  Metodologia Científica14
Atividade 6
suaresposta
Verificar o exemplo
de procedimento para
a inserção de nota de
rodapé, de acordo com as
normas da ABNT.
Buscando compreender e explicar os acontecimentos sociais do nosso cotidiano por
trás de suas aparências, analise e comente a charge
a seguir, observando:
a)  O que são as aparências?
b)  Por que a vida não é o horário eleitoral?

  Jornal da Ciência. Disponível em  http://www.jornaldaciencia.org.br/charges.jsp. Acesso em: 02 set. 2007.
Aula 05  Metodologia Científica 15
Atividade 7
suaresposta
Por que a dialética se torna
uma possibilidade à reflexão
dos problemas sociais?
Pense nisto!!!
O uso da dialética como método de raciocínio permite ao pesquisador identificar
problemas por meio do Por Quê. As respostas serão buscadas nas contradições
e nos conflitos que estão na estrutura da vida social e que só estão sendo
explicados em suas manifestações externas.
Assista ao filme Bicho de Sete Cabeças de Laís Bodanzki, comente a dialética
humana, presente no roteiro e explique por que os conflitos da juventude são
tratados como problemas psiquiátricos?
Aula 05  Metodologia Científica16
Atividade 8
Reflita!!!
O homem na sociedade capitalista vive conflitos que emergem das relações de
opressão criadas por um modelo excludente e castrador das vontades e desejos
de criação e expressão livre. Nesse sentido, vários problemas diagnosticados
como desajustes de conduta social são classificados desse modo para criar
modelos de comportamento aceitáveis socialmente, A opção de fuga cria
estereótipos, preconceitos e instituições que vêm domesticar os corpos
desajustados socialmente.
Para que o conhecimento
dialético na educação?
Pense nisto!!!
Os conflitos vividos pelo homem em sociedade na produção de sua vida
material apresentam-se em outros espaços de convivência coletiva; entre eles,
desta-se a escola. A escola torna-se um dos lugares que refletem o modo como
a sociedade está organizada, seus conflitos e desigualdades.
Relate o modo como sua escola está organizada, os problemas que ela enfrenta
com a desigualdade entre os papéis desempenhados pelos administradores
(direção, supervisão e coordenação), professores e alunos.
Aula 05  Metodologia Científica 17
suaresposta
Verificar o exemplo
de procedimento para
a inserção de nota de
rodapé, de acordo com as
normas da ABNT.
Reflita!!!
A relação de poder que se estabelece entre os sujeitos no ambiente da escola
reproduz a organização social e hierárquica da sociedade industrial. Por isso
que os horários, a orientação das condutas, a disciplina, o uso da burocracia, a
delimitação dos espaços de atuação de cada sujeito e a rotina são ensinados na
escola. Lá o aluno irá aprender a como se comportar em grupo, particularmente
quando for trabalhar terá que seguir uma rotina disciplinar.
A discussão sobre o método dialético e sua aplicação no campo da educação remete
aos estudos sobre o paradigma do conflito em educação. No Brasil destaca-se os estudos
de Paulo Freire
. Para esse educador o homem é um sujeito da história, e na sociedade
capitalista os opressores transformam os oprimidos em objetos. Por isso, a educação
“bancária” que percebe o aluno como um “sujeito” desprovido de informações e o professor
como o sujeito capaz de depositar conhecimentos e formá-lo, conduz a opressão porque
nela os estudantes são objetos e não sujeitos na produção de um saber letrado. Ele propõe
a educação libertadora como caminho a superação da opressão, possibilitando a experiência
de liberdade nos sujeitos envolvidos na prática educativa.
A educação libertadora é, fundamentalmente, uma situação na qual tanto os professores
quanto os alunos devem ser os que aprendem; devem ser os sujeitos cognitivos, apesar de
serem diferentes. Nesse caso, tanto os professores como os alunos são agentes críticos do
ato de conhecer. Desse modo, pode-se considerar que a educação libertadora para Freire
(1975) é um processo:

 Cf. discussão com FREIRE, Paulo. Educação como Prática de Liberdade. 1971 e ______. Pedagogia do
Oprimido. 1975.
Aula 05  Metodologia Científica18
n  dialógico;
n  problematizador;
n  crítico;
n  voltado à responsabilidade social e política; e
n  focado nas relações entre reflexão e ação, na práxis educativa.
A perspectiva libertária de Paulo Freire ao focar numa produção de conhecimento que se
dá numa relação entre a reflexão do mundo e ação transformadora do homem, traz o conceito
de Práxis para o campo educacional. Esse conceito permite a compreensão da prática educativa
como um processo que é pensado e refletido pelos sujeitos que nele interagem.
Buscando em Rubem Alves (1993, p. 18-21) elementos à discussão sobre o método
dialético e seu uso nas reflexões sobre a educação, encontra-se:
[...] É a ciência pouco ortodoxa da psicanálise que nos informa que o discurso sobre
as ausências, discursos dos sonhos, das esperanças, têm o seu lugar na interioridade
de nós mesmos, explodindo, emergindo, inrrompendo sem permissão, para invadir e
embaraçar o mundo tranqüilo, racional e estabelecido de nossas rotinas institucionais.
Seria possível, então, compreender que a polaridade entre educadores e professores
não instaura uma dicotomia entre duas classes de pessoas, umas inexistentes e
heróicas, outras existentes e vulgares, mas antes uma dialética que nos racha a todos,
pelo meio, porque todos somos educadores e professores, águias e carneiros, profetas
e sacerdotes, reprimidos e repressores. Não é por acidente, então que os professores
sejam aqueles que sonham com os educadores e os funcionários tenham visões de
liberdade, e os animais domésticos façam poemas e tenham loucuras sobre o selvagem
que habita cada um deles. Não se trata de formar o educador, como se ele não existisse.
Como se houvesse escolas capazes de gerá-lo, ou programas que pudessem trazê-lo
à luz. Eucaliptos não se transformam em jequitibás, a menos que em cada eucalipto
haja um jequitibá adormecido. O que está em jogo não é uma técnica, um currículo,
uma graduação ou pós-graduação. Nenhuma instituição gera aqueles que tocarão as
trombetas para que seus muros caiam. O que está em jogo não é uma administração
da vocação como se os poetas, profetas, educadores, pudessem ser administrados.
Necessitamos de um ato mágico de exorcismo. Nas estórias de fadas é um ato de
amor, um beijo, que acorda a Bela Adormecida de seu sono letárgico, ou o príncipe
transformado em sapo. [...] São atos de amor e paixão que se encontram nos momentos
fundadores de mundos, momentos em que se encontram os revolucionários, os poetas,
os profetas, os videntes. È depois, quando se esvai o ímpeto criador, quando as
águas correntes se transformam primeiro em lagoas, depois em charcos, que se
estabelece a gerência, a administração, a burocracia, a rotina, a racionalização, a
racionalidade. A questão não é gerenciar o educador. E necessário acorda-lo. E, para
acordá-lo, uma experiência de amor é necessária. Já sei a pergunta que me aguarda:
‘­_ E qual é a receita para a experiência de amor, de paixão? Como se administram tais
coisas? Que programas se constroem? E aí eu tenho de ficar em silêncio, porque não
tenho resposta alguma [...]. (grifo nosso)
Aula 05  Metodologia Científica 19
Atividade 9
Analisando o fragmento de Rubem Alves, estabeleça uma relação, entre a
citação direta, com a rotina que se instaura em sua sala de aula. Explique para
que fins a rotina é incentivada no cotidiano escolar, registrando seu ponto de
vista no espaço a seguir:
Reflita!!!
A compreensão da rotina na escola enquanto uma estratégia educacional
de treinamento do indivíduo para o mundo do trabalho é fundamental para
o desenvolvimento de estudos críticos que tragam propostas para superação
de práticas que não contribuem com a construção de um sujeito crítico e
reflexivo.
Concluindo a aula!!!!!
A
aplicação do método dialético nas pesquisas sobre educação permite a desconstrução
de verdades postas, contribuindo com a quebra de explicações que tem como foco
apenas as aparências dos fenômenos. A educação brasileira por muito tempo insistiu
em tratar a formação letrada na escola como um ato e uma prática de aprendizagem distante
da realidade do aluno. Diante disso, muitos estudos influenciados pelo método dialético
começaram a desenvolver reflexões críticas sobre a relação entre a vida na escola e a
escola da vida, em uma obra com este título, os autores Ceccon; Oliveira; Oliveira (1993)
buscam, por meio do método dialético analisar as contradições presentes nos mecanismos
internos da escola e como, por quê e para quê ela não serve à maioria numa sociedade
capitalista. Logo, se espera que você ao final dessa tenha identificado e aprendido como usar
o Método Dialético em suas reflexões e na produção do seu conhecimento.
Aula 05  Metodologia Científica20
Resumo
Sugestões de Leitura
Orienta-se como leitura complementar às discussões apresentadas nesta aula:
KONDER, Leandro. O que é dialética. São Paulo: Brasiliense, 1997. Coleção Primeiros
Passos, nº 23.
Neste livro o autor contextualiza historicamente a dialética, apresentando as mudanças
de concepção entre os filósofos e estudiosos da sociedade e como a dialética se torna
um método de apreensão da realidade social. No texto aparecem exemplificações da
operacionalização do método em pesquisas na área de Ciências Humanas.
Nesta aula, estudou-se as aplicações do método dialético. Viu-se que por meio
dele pode-se ter uma leitura dos fenômenos para além de suas aparências
e que ele permite a compreensão e explicação das contradições e conflitos
presentes nas relações humanas em sociedade. Estudou-se também, como se
procede metodologicamente nas ciências humanas o uso do método dialético,
questionando-se Como os fatos se apresentam?, Por Quê? e Para Quê? O
método dialético enquanto caminho para o conhecimento questiona a aparência
dos fenômenos e busca conhecer o que está por trás, por meio de correlações
entre situações de conflito geradas nas contradições de relações desiguais e
de exploração, buscando apreender a realidade como uma totalidade histórico-
social. Essas contradições funcionam como articuladores de mudanças que
promovem novas situações de conflito num movimento de negação de um
estágio para outro da experiência do homem no exercício de produção de uma
vida material. Esse exercício produz mudanças de quantidade e qualidade que
possibilitam a transformação da vida social desses indivíduos, contribuindo no
modo como eles pensam, sentem e agem na organização e articulação de lutas
que promovem mudanças sociais.
Auto-avaliação
Na sua compreensão você pode usar o método dialético para estudar os
problemas cotidianos da sua escola? Como? Por Quê e Para Quê? Responda
as questões no espaço a seguir:
Aula 05  Metodologia Científica 21
Convite às próximas aulas de Metodologia Científica
Estudou-se ao longo dessas cinco aulas a dimensão epistemológica da
metodologia científica como uma forma de sistematizar o pensamento e o saber
produzido pela ciência. A partir de então, você vai iniciar um novo percurso,
agora pela Metodologia do Estudo. Na sexta aula, você vai aprender a estudar,
documentar e sistematizar seus estudos. Boa sorte nesta nova caminhada!!!!
Referências
ALVES, R. Conversas com quem gosta de ensinar. 27. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
______. Estórias de quem gosta de ensinar. 17. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
CECCON, C.; OLIVEIRA, M. D. de; OLIVEIRA, R. D. de. A vida na escola e a escola da vida.
27. ed. Petrópolis: Vozes/IDAC,1993.
FREIRE, P. Educação como Prática de Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971.
______. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
KONDER, Leandro. O que é dialética. São Paulo: Brasiliense, 1997. Coleção Primeiros
Passos, nº 23.
LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A. Metodologia Científica. 3. ed. rev. ampl. São Paulo:
Atlas, 2000.
SOUSA FILHO, S. G. de. Prática e Teoria do Conhecimento. Campina Grande: GRAFSET, 1993.
Aula 05  Metodologia Científica22
Anotações
Aula 05  Metodologia Científica 23
Anotações
Aula 05  Metodologia Científica24
Anotações
EMENTA
ConhecimentoeSaber;OConhecimentoCientíficoeOutrosTiposdeConhecimento;PrincipaisAbordagensMetodológicas;
Contextualização da Ciência Contemporânea; Documentação Científica; Tipos de Trabalhos Acadêmico-Científicos; Tipos
de Pesquisa; Aplicações Práticas.
AUTORAS
AULAS
01   O saber humano e sua diversidade
02   Ciência e Conhecimento
03   O caminho da ciência: o método científico
04   Os tipos de métodos e sua aplicação
05   O método dialético e suas possibilidades reflexivas
06   Leitura: análise e interpretação
07   Como organizar e documentar a leitura: esquemas, fichamentos, resumos e resenhas
08   Normalização na redação de trabalhos científicos – parte I
09   Normalização na redação de trabalhos científicos – parte II
10   Normalização na redação de trabalhos científicos – parte III
11   A pesquisa e a iniciação científica na universidade
12   Redação do projeto de pesquisa
n  Célia Regina Diniz
n  Iolanda Barbosa da Silva
2ºSemestrede2008Impressopor:Texform
Metodologia Científica – Geografia
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O método dialético e suas possibilidades reflexivas

  • 1. Célia Regina Diniz Iolanda Barbosa da Silva Metodologia CientíficaD I S C I P L I N A O método dialético e suas possibilidades reflexivas Autoras aula 05
  • 2. Copyright © 2008  Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba. Governo Federal Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário de Educação a Distância – SEED Carlos Eduardo Bielschowsky Universidade Federal do Rio Grande do Norte Reitor José Ivonildo do Rêgo Vice-Reitora Ângela Maria Paiva Cruz Secretária de Educação a Distância Vera Lúcia do Amaral Universidade Estadual da Paraíba Reitora Marlene Alves Sousa Luna Vice-Reitor Aldo Bezerra Maciel Coordenadora Institucional de Programas Especiais - CIPE Eliane de Moura Silva Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Projeto Gráfico Ivana Lima (UFRN) Revisora Tipográfica Nouraide Queiroz (UFRN) Ilustradora Carolina Costa (UFRN) Editoração de Imagens Adauto Harley (UFRN) Carolina Costa (UFRN) Diagramadores Bruno de Souza Melo (UFRN) Dimetrius de Carvalho Ferreira (UFRN) Ivana Lima (UFRN) Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN) Mariana Araújo (UFRN) Revisora de Estrutura e Linguagem Rossana Delmar de Lima Arcoverde (UFCG) Revisora de Língua Portuguesa Maria Divanira de Lima Arcoverde (UEPB) D585   Diniz, Célia Regina.    Metodologia científica / Célia Regina Diniz; Iolanda Barbosa da Silva. – Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN - EDUEP, 2008. ISBN: 978-85-87108-98-2    1. Metodologia científica I. Título. 21. ed.  CDD 001.4 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - UEPB
  • 3. Aula 05  Metodologia Científica 1 2 3 Apresentação O método dialético é uma possibilidade de caminho na construção do saber científico no campo das ciências humanas. Ele torna-se a trajetória percorrida pelo sujeito (pesquisador) na busca de conhecer e perceber-se na construção desse conhecimento do objeto (fenômeno/fato investigado) que se constrói e (des) constrói nas interações entre o sujeito e o objeto. Nesse modo de conhecer o homem se constrói enquanto homem na produção de sua vida material. Ao estabelecer uma relação com a natureza na qual ele a humaniza, tranformando-a em natureza morta pela negação de sua condição, o homem a torna um fenômeno social pela significação que ele dá a essa interação; no entanto, ao modificá-la ele também se transforma, mudando a sua percepção sobre a natureza e ao retornar sobre si se percebe como sujeito criado nessa interação. O exercício dialético nos permite compreender que o homem enquanto ser histórico na produção de uma vida material estabelece relações de negação com o mundo e com ele próprio, criando contradições e gerando conflitos nas relações que se tornam a base da organização de sua vida social. Desse modo: n  elabore as atividades, exercitando o raciocínio dialético na produção das atividades desta aula; n  busque ampliar seu conhecimento sobre o método dialético, tirando as dúvidas quando ocorrerem, em leituras que virão indicadas; n  realize sua auto-avaliação na aula, utilizando-se do espaço disponibilizado. Objetivos Pretende-se, ao final desta aula, que você tenha compreendido e interpretado: que o homem é um ser dialético; que o método dialético possibilita a compreensão e explicação dos problemas e das contradições que envolvem a produção de explicações sobre os fenômenos sociais; a dialética torna-se uma possibilidade à reflexão da prática educativa.
  • 4. Aula 05  Metodologia Científica Atividade 1 Verificar o exemplo de procedimento para a inserção de nota de rodapé, de acordo com as normas da ABNT. Reflita sobre os problemas sociais, analisando e comentando a letra da música Cidadão de Zé Geraldo . Procure explicitar nos seus comentários as contradições e os conflitos que aparecem na letra. Tá vendo aquele edificio moco, ajudei a levantar. Foi um tempo de aflição, era quatro condução, duas pra ir , duas pra voltar. Hoje depois dele pronto, olho pra cima e fico tonto, mas me chega um cidadão, e me diz disconfiado: tu tá aí admirado ou tá querendo roubar? Meu domingo está perdido, vou pra casa entristecido, dá vontade de beber, e prá aumentar o meu tédio eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a fazer. Tá vendo aquele colégio moço, eu também trabalhei lá, Lá eu quase me arrebento, pus a massa fiz cimento, ajudei a rebocar. Minha filha inocente, vem pra mim toda contente: pai vou me matricular,   Disponível em http: www.webletras.com.br/letra.asp/musica . Acesso em: 21 set. 2007. Pense nisto!!! Os conflitos sociais criam possibilidades reflexivas sobre a forma como o homem se organiza para viver em sociedade. Esses conflitos podem ser pensados pela dialética das contradições de uma vida organizada, a partir dos conflitos de classe. Desafiando o pensar sobre o homem, os conflitos sociais criam novas possibilidades interpretativas...
  • 5. Aula 05  Metodologia Científica suaresposta Mas me chega um cidadão: criança de pé no chão, aqui não pode estudar. Essa dor doeu mais forte, por que que eu deixei o norte, eu me pus a me dizer, lá a seca castigava, mas do pouco que eu plantava, tinha direito a comer. Tá vendo aquela igreja moço, onde o padre diz amém. Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo, lá eu trabalhei também. Lá sim valeu a pena tem quermese tem novena e o padre me deixa entrar, foi lá que Cristo me disse: rapaz deixe de tolice, não se deixe amendrotar. (Refrao) 2 vezes Fui eu que criou a terra, enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar, Hoje o homem criou asa e na maioria das casas eu também não posso entrar. Pense nisto!!! As desigualdades observadas no acesso aos bens materiais como negação do trabalho, dá-se pela apropriação do resultado de uma produção coletiva pelos proprietários dos meios e instrumentos de produção. Essa contradição capitalista de uma produção coletiva e uma apropriação privada marca a dinâmica na organização social no mundo capitalista.
  • 6. Aula 05  Metodologia Científica Reflita!!! Questiona-se agora o lixo que existe escondido nos porões da sociedade. O que existe por trás das aparências dessa nova, maravilhosa e terrível realidade parida a fórceps pela moderna ordem industrial capitalista? Novos modos de viver organizados por um modelo desigual, estabelecido com o antagonismo entre duas classes sociais: os proprietários e os não proprietários dos meios e dos instrumentos de produção de uma vida material emergidas no processo histórico de formação do capitalismo industrial. Essa sociedade organizada em classes que tem interesses divergentes irá organizar as instituições presentes, tornando-as instrumentos de reprodução desse modo de organizar a sociedade. Nesse sentido, a produção de saberes tanto apresentará essa luta de classes quanto as ideologias crias para explicá-las. Nesse caso, pergunta-se se a ciência poderá contribuir para a emancipação do homem, livrando-o de toda a opressão que o esmaga? O que é o Método Dialético? O método dialético e o contexto histórico As contradições sociais, verificadas no século XIX, trouxeram de volta uma crítica a concepção metafísica do mundo. O mundo novo das relações capitalista de produção trouxe a necessidade de uma interpretação dialética dos fenômenos sociais vigentes, cujas contradições e conflitos sociais eram patentes. A dialética enquanto método não interessa às Ciências Exatas que procuram ler as composições biofísicas e fisicoquímicas dos seres materiais e mais ligadas aos fatos. No caso das Ciências Humanas que estão atentas a Como os fatos se apresentam, o Por Quê e o Para Quê tornam-se questões interessantes para compreensão e explicação de fenômenos que se relacionam com os destinos dos seres humanos na vida em coletividade. O método dialético reconhece a dificuldade de se apreender o real, em sua determinação objetiva, por isso a realidade se constrói diante do pesquisador por meio das noções de totalidade, mudança e contradição. A noção de totalidade refere-se ao entendimento de que a realidade está totalmente interdependente, interrelacionada entre os fatos e fenômenos que a constitui. Já a noção de mudança compreende que a natureza e a sociedade estão em constante mudança e que elas tanto são quantitativas quanto qualitativas. Enquanto isso a noção de contradição torna-se o motor da mudança. As contradições são constantes e
  • 7. Aula 05  Metodologia Científica Atividade 2 Verificar o exemplo de procedimento para a inserção de nota de rodapé, de acordo com as normas da ABNT. intrínsecas à realidade. As relações entre os fenômenos ocorrem num processo de conflitos que geram novas situações na sociedade. Karl Marx, conforme visto na aula anterior, tornou-se o expoente do método dialético na ciência moderna. O método dialético marxista consiste em analisar o todo feito de pedaços, cuja autonomia e individualidade condicionam uma contradição e um conflito, que, por sua vez, estão na base da dinâmica da vida material e da evolução da ciência e da História. A ciência para Karl Marx não é uma coisa feita, ela tem uma história que se perpetua, mas também é um devir. Nesse caso, para se compreender a ciência necessita-se de buscar o estudo do passado científico como suporte e base do novo, a ser descoberto. O pensador Karl Marx acreditava que o papel político do cientista era comprometer- se com a produção de um conhecimento que retornasse à realidade como instrumento de reflexão à luta dos trabalhadores (proletários). Esse saber estaria voltado à reflexão dialógica das condições de vida dos trabalhados na sociedade capitalista e contribuiria na leitura de mundo dos explorados (proletários) e na organização da luta e da proposição de uma revolução social com a tomada de poder por parte desses trabalhadores (proletários) e com a instituição de um novo modelo de sociedade pela extinção da propriedade privada dos meios e dos instrumentos de produção. A lógica dialética permite ao cientista social uma cosmovisão de totalidade, por isso que o método tornou-se lógica, teoria da ciência e base da prática revolucionária no século XX. A partir das discussões em torno do método dialético procure estabelecer uma correlação entre as informações que irá obter com os gêneros textuais: notícia e música, usando a lógica do raciocínio dialético para se posicionar diante do debate, em curso, sobre a transposição do rio São Francisco, registrando-o no espaço indicado. Leia e interprete: a) as notícias publicadas , nos dias 02 e 10.07.07, no site do Paraíba Online. A primeira notícia é sobre a criação de um comitê formado pelos governadores do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte em defesa da transposição do rio São Francisco, já a segunda notícia diz respeito à elaboração de um documento, na III Conferência Nacional de Segurança Alimentar, contrário a transposição do rio São Francisco. b) o fragmento da letra da música Riacho Novo de Luiz Gonzaga .   Disponíveis em http://www.paraiba.com.br/notícias. Acesso em 20 out. 2007.   Ver nota 1.
  • 8. Aula 05  Metodologia Científica a) Governadores da PB, PE, CE e RN se unem pela Transposição Em uma reunião na manhã desta segunda-feira (02/07/07), no Palácio Campo das Princesas, em Recife, os governadores Cássio Cunha Lima (PB), Eduardo Campos (PE), Wilma Faria (RN) e Cid Gomes (CE) acertaram uma reação conjunta em relação às mobilizações contrárias à transposição de parte das águas do Rio São Francisco. “O objetivo é desmistificar e acabar com o terrorismo sobre o assunto, contribuindo para a boa informação”, sintetizou Cássio, articulador do encontro. A reunião na sede oficial do Governo de Pernambuco, sugerida pelo governador paraibano, durou pouco mais de uma hora. Na oportunidade, Cássio Cunha Lima, Eduardo Campos, Wilma Faria e Cid Gomes avaliaram os efeitos negativos provocados por sistemáticas campanha de desinformação sobre o assunto e acertaram uma estratégia conjunta em prol da transposição. Em termos objetivos, os governadores definiram que, no próximo dia 9, haverá uma grande mobilização simultânea na Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, através da abertura do Comitê pela Transposição, que reunirá entes institucionais e representantes da sociedade civil. O ponto alto do movimento será o lançamento, no mesmo dia, de uma campanha informativa,destacandoasinformaçõessobreoquerepresentaoprojetoparaoNordeste, corrigindo e esclarecendo muitos pontos polêmicos baseados na desinformação de muitos segmentos. Segundo o governador Eduardo Campos, a campanha informativa priorizará uma linguagemacessíveletambémprocuraráderrubarporterramuitosmitoslevantadospelos que são contrários à transposição com base em informações distorcidas. Cid Gomes, por sua vez, assegura que só a comunicação de qualidade e transparente permitirá que se reverta um processo de antipatia a um projeto que, acima de tudo, pretende assegurar água de beber para 12 milhões de nordestinos na região do semi-árido. Em Brasília Um segundo passo na estratégia dos quatro governadores nordestinos será o de consolidar uma grande mobilização, em Brasília, na segunda quinzena de agosto. Articulando suas bancadas no Congresso Nacional, pretendem realizar uma reunião com o ministro Geddel Quadros Vieira Lima, da Integração Nacional, e com o próprio Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um documento, subscrito pelos governadores dos quatro estados, além dos integrantes das bancadas e de representantes dos mais diversos segmentos representativos da sociedade, será entregue ao ministro e ao Presidente, reafirmando o apoio ao projeto nacional de recursos hídricos para a região do semi-árido. Boa informação contra a desinformação Em linhas gerais, os governadores da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará definiram o combate à desinformação como o principal ponto da campanha informativa a ser lançada, em 9 de julho. Basicamente, seguem abaixo algumas informações que serão evidenciadas: n  Em três anos e meio, deve-se levar água às cidades do semi-árido, onde vivem
  • 9. Aula 05  Metodologia Científica 70% da população da região, e retirando menos de 2% da água do rio que segue para o oceano. n  A integração do rio São Francisco às bacias dos rios temporários do semi-árido será possível por meio de ações relevantes e pontuais, como a retirada contínua de 26,4 m3/s de água, o que equivale a 1,4% da vazão garantida pela barragem de Sobradinho (1850m3/s) no trecho do rio onde ocorrerá a captação. n  A população urbana de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos quatro Estados do Nordeste Setentrional será beneficiada com o montante hídrico obtido por esta grande ação. n  O Projeto estabelece a interligação da bacia hidrográfica do rio São Francisco, que apresenta relativa abundância de água (1850 m3/s de vazão garantida pelo reservatório de Sobradinho), com bacias inseridas no Nordeste Setentrional, com quantidades de água limitada para o desenvolvimento sócio-econômico da região. n  O projeto do rio São Francisco prevê a construção de dois canais: o Eixo Norte, que levará água para os sertões de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte; e o Eixo Leste que beneficiará parte do sertão e as regiões agreste de Pernambuco e da Paraíba. Consea quer parar transposição do São Francisco. Os participantes da III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional aprovaram nesta terça-feira, 10 de julho de 2007, um pedido ao governo federal para que interrompa imediatamente as obras do Programa de Revitalização do rio São Francisco, aprovada por maioria expressiva dos delegados. O Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) tem caráter “consultivo e assessora o presidente da República na formulação e na definição de orientações para que o país garanta o direito humano a alimentação”. Segundo a definição do Consea, ele é um instrumento de articulação entre governo e sociedade civil na proposição de diretrizes para as ações na área da alimentação e nutrição e foi instalado no dia 30 de janeiro de 2003. A decisão que contraria a transposição do São Francisco, adotada por 1.800 pessoas, foi recebida com surpresa por políticos que apóiam o Governo, que é favorável a transposição e revitalização do São Francisco. Na defesa do documento contrário a transposição do São Francisco, o representante do Consea Nacional, Naidison Baptista salienta que ele reflete o que a sociedade e os movimentos sociais avaliam sobre o projeto: “Ele é apressado, é mais dirigido ao agronegócio, não busca ao desenvolvimento sustentável do semi-árido”. Para o conselheiro Adriano Martins, a decisão revela o desejo da sociedade de que seja adotado um projeto que se destine a melhorar a situação daqueles que sofrem mais com a falta de água. “A afirmação da água como direito fundamental, como um bem comum é fundamental para se pensar a segurança alimentar e nutricional”, defendeu. Ele prosseguiu em suas alegações contra o projeto de revitalização do São Francisco, ao dizer que “olhando o projeto atentamente percebemos que apenas 4% da água que seria retirada do rio chegaria a esses que passam sede”. A maior parte da água no
  • 10. Aula 05  Metodologia Científica suaresposta projeto atual, segundo Martins, destina-se a atividades, como a produção agrícola de exportação, a criação de camarão e empreendimentos industriais. Martins defendeu alternativas ao projeto cujas obras tiveram início no mês passado, como as ações desenvolvidas pela Articulação do Semi-Árido (ASA), que atende a população que vive em locais distantes na região, e as propostas pelo Atlas do Nordeste, da Agência Nacional de Águas (ANA). “A Atlas do Nordeste garantiria água a 34 milhões de pessoas no semi-árido a um custo muito menor.” b) Riacho Novo Riacho do navio corre pro Pajeú e o rio Pajeú vai despejar no São Francisco e o rio São Francisco vai bater no meio do mar (bis) Ah! Se eu fosse um peixe ao contrário do rio nadava contra as águas e nesse desafio saia lá do mar pro Riacho do Navio Eu ia diretinho pro Riacho do Navio pra ver o meu brejinho fazer umas caçadas ver as pegas do boi, andar na vaquejada dormir ao som do chucalho e acordar na passarada sem rádio e sem notícias da terra civilizada
  • 11. Aula 05  Metodologia Científica suaresposta O método dialético cria possibilidades de mudanças? Pense nisto!!! Como método, a dialética representa a realidade em movimento indo para além das aparências. A mudança torna-se uma possibilidade no modo de pensar dialético por meio da superação da desigualdade na produção e distribuição dos resultados do trabalho coletivo.
  • 12. Aula 05  Metodologia Científica10 Atividade 3 Verificar o exemplo de procedimento para a inserção de nota de rodapé, de acordo com as normas da ABNT. Analise e comente a letra da música Punk da Periferia de Gilberto Gil , identificando as contradições presentes neste gênero textual. Das feridas que a pobreza cria Sou o pus Sou o que de resto restaria Aos urubus Pus por isso mesmo este blusão carniça Fiz no rosto este make-up pó caliça Quis trazer assim nossa desgraça à luz Sou um punk da periferia Sou da Freguesia do Ó Ó Ó, aqui pra vocês! Sou da Freguesia Ter cabelo tipo índio moicano Me apraz Saber que entraremos pelo cano Satisfaz Vós tereis um padre pra rezar a missa Dez minutos antes de virar fumaça Nós ocuparemos a Praça da Paz Sou um punk da periferia Sou da Freguesia do Ó Ó Ó, aqui pra vocês! Sou da Freguesia Transo lixo, curto porcaria Tenho dó Da esperança vã da minha tia Da vovó Esgotados os poderes da ciência Esgotada toda a nossa paciência Eis que esta cidade é um esgoto só Sou um punk da periferia Sou da Freguesia do Ó Ó Ó, aqui pra vocês! Sou da Freguesia   Ver nota 1.
  • 13. Aula 05  Metodologia Científica 11 Como a dialética pode orientar uma reflexão científica? A dialética pode orientar a reflexão crítica do mundo quando o pesquisador começa a interrogar-se sobre o que está por trás da aparência dos fenômenos. A verdade não aparece, ela está escondida nos não ditos nos interditos das relações sociais. Exercitar o raciocínio dialético é procurar respostas em situações que aparecem como dadas, como naturais quando de fato foram naturalizadas por uma visão de mundo que atende aos interesses de quem domina (classe social), procurando por meio dos canais (escola, meios de comunicação, família e outros) disponibilizados na vida social imprimindo sua visão como sendo a visão do coletivo, isto se chama ideologia de classe. Desenvolver ciência usando o método dialético é assumir que o saber está contaminado por ideologias e que cabe ao cientista social desvendar o que está escondido na aparência dos fenômenos sociais, particularmente na experiência cotidiana da vida em sociedade. O conhecimento encontra caminhos para percorrer o caminho dialético, permite ao homem ver o mundo por outra lente. Perceba, Como o raciocínio desenvolvido por Alves (1994, p. 64-6) contando histórias para educadores e motivando a reflexão sobre o homem, o mundo e a sociedade (FREIRE, 1975) constrói um saber sobre a educação. [...] Pensei nisso ao ver as crianças, alegres, indo para as escolas, para aprender os mundos que lhes foram destinados, e para não aprender os mundos que lhes foram interditados. Tudo escondido na inocência de palavras que se repetem, como mandam os currículos ... Ao lado de cada mundo que se aprende há mundos sem conta que se perdem, no esquecimento, por não terem sido criados, nas trevas do silêncio. Cada currículo é uma decisão sobre coisas que se deverá fazer silêncio, mundos não ditos, mal-ditos, inter/ditados, condenados a não ser. Decisão, conspiração de uns, projetos de corpos futuros, o que farão, como viverão, como amarão, como chorarão, como morrerão... Lá vão elas, alegres, crianças ao caminho dos mundos e não mundos, decididos por outros e escolhidos no feitiço das palavras. E as salas de aula ficam muito próximas das lições de psicolingüística ensinadas em lugares distantes [...]. (grifo nosso) Reflita!!! As transformações tornam-se possíveis porque o homem é um ser dialético e pensa de forma dialógica, estabelecendo com os fenômenos que conhece um movimento de reflexão e crítica. Como dirá Mello (apud SOUSA FILHO, 1993, p. 64) “Quem sabe aonde quer chegar, escolhe certo o caminho e o jeito de caminhar!!!”
  • 14. Aula 05  Metodologia Científica12 Atividade 4 suaresposta a) b) c) Analisando o exercício dialético de Rubem Alves pode-se levantar algumas questões, responda-as. a)  Quais são os mundos ensinados e o que é interditado as crianças? b) Por que a educação aprendida na escola constrói uma visão de mundo na qual se esconde informações sobre o mundo vivido? c) Os mundos e os não mundos são contradições da educação letrada aprendida na escola? Justifique.
  • 15. Aula 05  Metodologia Científica 13 Atividade 5 suaresposta Verificar o exemplo de procedimento para a inserção de nota de rodapé, de acordo com as normas da ABNT. Comente a letra da música Acauã de Zé Dantas assumindo uma postura crítica diante do fenômeno da Seca refletido nesse gênero textual. Acauã, acauã Vive cantando Durante o tempo do verão No silêncio das tarde agoirando Chamando a seca pro sertão Chamando a seca pro sertão Acauã, acauã Teu canto é penoso e faz medo Te cala acauã Que é pra chuva voltar cedo Que é pra chuva voltar cedo Toda noite no sertão Canta o joão corta-pau A coruja, mãe da lua O peitica e o bacurau Na alegria do inverno Canta sapo, gia e rã Mas na tristeza da seca Só se ouve acauã Acauã, acauã...   Ver nota 1.
  • 16. Aula 05  Metodologia Científica14 Atividade 6 suaresposta Verificar o exemplo de procedimento para a inserção de nota de rodapé, de acordo com as normas da ABNT. Buscando compreender e explicar os acontecimentos sociais do nosso cotidiano por trás de suas aparências, analise e comente a charge a seguir, observando: a)  O que são as aparências? b)  Por que a vida não é o horário eleitoral?   Jornal da Ciência. Disponível em http://www.jornaldaciencia.org.br/charges.jsp. Acesso em: 02 set. 2007.
  • 17. Aula 05  Metodologia Científica 15 Atividade 7 suaresposta Por que a dialética se torna uma possibilidade à reflexão dos problemas sociais? Pense nisto!!! O uso da dialética como método de raciocínio permite ao pesquisador identificar problemas por meio do Por Quê. As respostas serão buscadas nas contradições e nos conflitos que estão na estrutura da vida social e que só estão sendo explicados em suas manifestações externas. Assista ao filme Bicho de Sete Cabeças de Laís Bodanzki, comente a dialética humana, presente no roteiro e explique por que os conflitos da juventude são tratados como problemas psiquiátricos?
  • 18. Aula 05  Metodologia Científica16 Atividade 8 Reflita!!! O homem na sociedade capitalista vive conflitos que emergem das relações de opressão criadas por um modelo excludente e castrador das vontades e desejos de criação e expressão livre. Nesse sentido, vários problemas diagnosticados como desajustes de conduta social são classificados desse modo para criar modelos de comportamento aceitáveis socialmente, A opção de fuga cria estereótipos, preconceitos e instituições que vêm domesticar os corpos desajustados socialmente. Para que o conhecimento dialético na educação? Pense nisto!!! Os conflitos vividos pelo homem em sociedade na produção de sua vida material apresentam-se em outros espaços de convivência coletiva; entre eles, desta-se a escola. A escola torna-se um dos lugares que refletem o modo como a sociedade está organizada, seus conflitos e desigualdades. Relate o modo como sua escola está organizada, os problemas que ela enfrenta com a desigualdade entre os papéis desempenhados pelos administradores (direção, supervisão e coordenação), professores e alunos.
  • 19. Aula 05  Metodologia Científica 17 suaresposta Verificar o exemplo de procedimento para a inserção de nota de rodapé, de acordo com as normas da ABNT. Reflita!!! A relação de poder que se estabelece entre os sujeitos no ambiente da escola reproduz a organização social e hierárquica da sociedade industrial. Por isso que os horários, a orientação das condutas, a disciplina, o uso da burocracia, a delimitação dos espaços de atuação de cada sujeito e a rotina são ensinados na escola. Lá o aluno irá aprender a como se comportar em grupo, particularmente quando for trabalhar terá que seguir uma rotina disciplinar. A discussão sobre o método dialético e sua aplicação no campo da educação remete aos estudos sobre o paradigma do conflito em educação. No Brasil destaca-se os estudos de Paulo Freire . Para esse educador o homem é um sujeito da história, e na sociedade capitalista os opressores transformam os oprimidos em objetos. Por isso, a educação “bancária” que percebe o aluno como um “sujeito” desprovido de informações e o professor como o sujeito capaz de depositar conhecimentos e formá-lo, conduz a opressão porque nela os estudantes são objetos e não sujeitos na produção de um saber letrado. Ele propõe a educação libertadora como caminho a superação da opressão, possibilitando a experiência de liberdade nos sujeitos envolvidos na prática educativa. A educação libertadora é, fundamentalmente, uma situação na qual tanto os professores quanto os alunos devem ser os que aprendem; devem ser os sujeitos cognitivos, apesar de serem diferentes. Nesse caso, tanto os professores como os alunos são agentes críticos do ato de conhecer. Desse modo, pode-se considerar que a educação libertadora para Freire (1975) é um processo:  Cf. discussão com FREIRE, Paulo. Educação como Prática de Liberdade. 1971 e ______. Pedagogia do Oprimido. 1975.
  • 20. Aula 05  Metodologia Científica18 n  dialógico; n  problematizador; n  crítico; n  voltado à responsabilidade social e política; e n  focado nas relações entre reflexão e ação, na práxis educativa. A perspectiva libertária de Paulo Freire ao focar numa produção de conhecimento que se dá numa relação entre a reflexão do mundo e ação transformadora do homem, traz o conceito de Práxis para o campo educacional. Esse conceito permite a compreensão da prática educativa como um processo que é pensado e refletido pelos sujeitos que nele interagem. Buscando em Rubem Alves (1993, p. 18-21) elementos à discussão sobre o método dialético e seu uso nas reflexões sobre a educação, encontra-se: [...] É a ciência pouco ortodoxa da psicanálise que nos informa que o discurso sobre as ausências, discursos dos sonhos, das esperanças, têm o seu lugar na interioridade de nós mesmos, explodindo, emergindo, inrrompendo sem permissão, para invadir e embaraçar o mundo tranqüilo, racional e estabelecido de nossas rotinas institucionais. Seria possível, então, compreender que a polaridade entre educadores e professores não instaura uma dicotomia entre duas classes de pessoas, umas inexistentes e heróicas, outras existentes e vulgares, mas antes uma dialética que nos racha a todos, pelo meio, porque todos somos educadores e professores, águias e carneiros, profetas e sacerdotes, reprimidos e repressores. Não é por acidente, então que os professores sejam aqueles que sonham com os educadores e os funcionários tenham visões de liberdade, e os animais domésticos façam poemas e tenham loucuras sobre o selvagem que habita cada um deles. Não se trata de formar o educador, como se ele não existisse. Como se houvesse escolas capazes de gerá-lo, ou programas que pudessem trazê-lo à luz. Eucaliptos não se transformam em jequitibás, a menos que em cada eucalipto haja um jequitibá adormecido. O que está em jogo não é uma técnica, um currículo, uma graduação ou pós-graduação. Nenhuma instituição gera aqueles que tocarão as trombetas para que seus muros caiam. O que está em jogo não é uma administração da vocação como se os poetas, profetas, educadores, pudessem ser administrados. Necessitamos de um ato mágico de exorcismo. Nas estórias de fadas é um ato de amor, um beijo, que acorda a Bela Adormecida de seu sono letárgico, ou o príncipe transformado em sapo. [...] São atos de amor e paixão que se encontram nos momentos fundadores de mundos, momentos em que se encontram os revolucionários, os poetas, os profetas, os videntes. È depois, quando se esvai o ímpeto criador, quando as águas correntes se transformam primeiro em lagoas, depois em charcos, que se estabelece a gerência, a administração, a burocracia, a rotina, a racionalização, a racionalidade. A questão não é gerenciar o educador. E necessário acorda-lo. E, para acordá-lo, uma experiência de amor é necessária. Já sei a pergunta que me aguarda: ‘­_ E qual é a receita para a experiência de amor, de paixão? Como se administram tais coisas? Que programas se constroem? E aí eu tenho de ficar em silêncio, porque não tenho resposta alguma [...]. (grifo nosso)
  • 21. Aula 05  Metodologia Científica 19 Atividade 9 Analisando o fragmento de Rubem Alves, estabeleça uma relação, entre a citação direta, com a rotina que se instaura em sua sala de aula. Explique para que fins a rotina é incentivada no cotidiano escolar, registrando seu ponto de vista no espaço a seguir: Reflita!!! A compreensão da rotina na escola enquanto uma estratégia educacional de treinamento do indivíduo para o mundo do trabalho é fundamental para o desenvolvimento de estudos críticos que tragam propostas para superação de práticas que não contribuem com a construção de um sujeito crítico e reflexivo. Concluindo a aula!!!!! A aplicação do método dialético nas pesquisas sobre educação permite a desconstrução de verdades postas, contribuindo com a quebra de explicações que tem como foco apenas as aparências dos fenômenos. A educação brasileira por muito tempo insistiu em tratar a formação letrada na escola como um ato e uma prática de aprendizagem distante da realidade do aluno. Diante disso, muitos estudos influenciados pelo método dialético começaram a desenvolver reflexões críticas sobre a relação entre a vida na escola e a escola da vida, em uma obra com este título, os autores Ceccon; Oliveira; Oliveira (1993) buscam, por meio do método dialético analisar as contradições presentes nos mecanismos internos da escola e como, por quê e para quê ela não serve à maioria numa sociedade capitalista. Logo, se espera que você ao final dessa tenha identificado e aprendido como usar o Método Dialético em suas reflexões e na produção do seu conhecimento.
  • 22. Aula 05  Metodologia Científica20 Resumo Sugestões de Leitura Orienta-se como leitura complementar às discussões apresentadas nesta aula: KONDER, Leandro. O que é dialética. São Paulo: Brasiliense, 1997. Coleção Primeiros Passos, nº 23. Neste livro o autor contextualiza historicamente a dialética, apresentando as mudanças de concepção entre os filósofos e estudiosos da sociedade e como a dialética se torna um método de apreensão da realidade social. No texto aparecem exemplificações da operacionalização do método em pesquisas na área de Ciências Humanas. Nesta aula, estudou-se as aplicações do método dialético. Viu-se que por meio dele pode-se ter uma leitura dos fenômenos para além de suas aparências e que ele permite a compreensão e explicação das contradições e conflitos presentes nas relações humanas em sociedade. Estudou-se também, como se procede metodologicamente nas ciências humanas o uso do método dialético, questionando-se Como os fatos se apresentam?, Por Quê? e Para Quê? O método dialético enquanto caminho para o conhecimento questiona a aparência dos fenômenos e busca conhecer o que está por trás, por meio de correlações entre situações de conflito geradas nas contradições de relações desiguais e de exploração, buscando apreender a realidade como uma totalidade histórico- social. Essas contradições funcionam como articuladores de mudanças que promovem novas situações de conflito num movimento de negação de um estágio para outro da experiência do homem no exercício de produção de uma vida material. Esse exercício produz mudanças de quantidade e qualidade que possibilitam a transformação da vida social desses indivíduos, contribuindo no modo como eles pensam, sentem e agem na organização e articulação de lutas que promovem mudanças sociais. Auto-avaliação Na sua compreensão você pode usar o método dialético para estudar os problemas cotidianos da sua escola? Como? Por Quê e Para Quê? Responda as questões no espaço a seguir:
  • 23. Aula 05  Metodologia Científica 21 Convite às próximas aulas de Metodologia Científica Estudou-se ao longo dessas cinco aulas a dimensão epistemológica da metodologia científica como uma forma de sistematizar o pensamento e o saber produzido pela ciência. A partir de então, você vai iniciar um novo percurso, agora pela Metodologia do Estudo. Na sexta aula, você vai aprender a estudar, documentar e sistematizar seus estudos. Boa sorte nesta nova caminhada!!!! Referências ALVES, R. Conversas com quem gosta de ensinar. 27. ed. São Paulo: Cortez, 1993. ______. Estórias de quem gosta de ensinar. 17. ed. São Paulo: Cortez, 1994. CECCON, C.; OLIVEIRA, M. D. de; OLIVEIRA, R. D. de. A vida na escola e a escola da vida. 27. ed. Petrópolis: Vozes/IDAC,1993. FREIRE, P. Educação como Prática de Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971. ______. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975. KONDER, Leandro. O que é dialética. São Paulo: Brasiliense, 1997. Coleção Primeiros Passos, nº 23. LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A. Metodologia Científica. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2000. SOUSA FILHO, S. G. de. Prática e Teoria do Conhecimento. Campina Grande: GRAFSET, 1993.
  • 24. Aula 05  Metodologia Científica22 Anotações
  • 25. Aula 05  Metodologia Científica 23 Anotações
  • 26. Aula 05  Metodologia Científica24 Anotações
  • 27. EMENTA ConhecimentoeSaber;OConhecimentoCientíficoeOutrosTiposdeConhecimento;PrincipaisAbordagensMetodológicas; Contextualização da Ciência Contemporânea; Documentação Científica; Tipos de Trabalhos Acadêmico-Científicos; Tipos de Pesquisa; Aplicações Práticas. AUTORAS AULAS 01   O saber humano e sua diversidade 02   Ciência e Conhecimento 03   O caminho da ciência: o método científico 04   Os tipos de métodos e sua aplicação 05   O método dialético e suas possibilidades reflexivas 06   Leitura: análise e interpretação 07   Como organizar e documentar a leitura: esquemas, fichamentos, resumos e resenhas 08   Normalização na redação de trabalhos científicos – parte I 09   Normalização na redação de trabalhos científicos – parte II 10   Normalização na redação de trabalhos científicos – parte III 11   A pesquisa e a iniciação científica na universidade 12   Redação do projeto de pesquisa n  Célia Regina Diniz n  Iolanda Barbosa da Silva 2ºSemestrede2008Impressopor:Texform Metodologia Científica – Geografia