SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 35
Baixar para ler offline
MÓDULO 11
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
2
Índice
☺ A dinâmica da natureza.
☺ Os elementos das paisagens naturais.
☺ Clima, relevo, solo, hidrografia, a fauna e a flora.
☺ Os grandes domínios naturais do planeta
☺ Regiões tropicais;
☺ Regiões equatoriais.
☺ As regiões temperadas
☺ As zonas polares
☺ Os desertos
☺ As altas montanhas.
OBJETIVOS
 Compreender a dinâmica da natureza;
 Entender os conceitos ligados ao meio ambiente ( solo, clima, relevo, hidrografia)
 Localizar os principais domínios naturais do planeta.
 Ter um noção dos aspectos naturais de cada região no mundo.
 Região tropical, polar, temperada, desérticas e altas montanhas
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
3
A DINÂMICA DA NATUREZA
O habitat do homem é a superfície terrestre. Por habitat devemos entender o
local de moradia, as áreas próprias à sobrevivência, à fixação de uma espécie. O
homem é um ser vivo que não possui um área específica, um tipo de clima ou de
relevo que determine sua fixação. Ele pode viver praticamente em qualquer parte da
superfície da Terra.
A superfície terrestre é uma fina camada de nosso planeta com menos de 20 km
de espessura, é composta de elementos sólidos litosfera, líquidos hidrosfera e
gasosos atmosfera .
Reunidos nessas três esferas, os seres vivos formam a biosfera ou esfera da
vida. Nela , o conjunto das espécies relacionadas com os aspectos físicos do ambiente
( clima, relevo, solo e seres vivos ), compõem os ecossistemas
Os elementos e fenômenos presentes na superfície terrestre estão em
permanente interação .
A ação humana modifica o meio natural com tamanha intensidade que hoje
praticamente não existe natureza “original” pois o homem se apropriou dela para
construir seu ambiente de vida. Uma das maneiras de iniciar o estudo do espaço é
percebendo as diferenças do espaço natural e geográfico.
Observamos então que alguns dos elementos formadores do meio ambiente,
como a vegetação, os rios , os solos, etc. , são produzidos diretamente pela natureza.
Outros são resultados da atividade humana - os edifícios, as ruas, a agricultura, as
pontes e barragens etc.
OS ELEMENTOS DA PAISAGEM NATURAL
O meio ou paisagem natural de uma área consiste nos elementos da natureza
que interagem naquele lugar, são interdependente e interessam aos seres humanos,
porque ocupar esse espaço significa se relacionar com eles ( clima , estrutura geológica
e relevo, solo, hidrografia, vegetação e fauna originais).
O CLIMA é o nome que se dá às condições atmosféricas que costumam ocorrer
num determinado lugar.
A diferença é que o tempo de uma área é algo momentâneo, que varia
constantemente, ao passo que o clima e a sucessão habitual dos tipos de tempo de um
determinado local da superfície terrestre. Quando alguém diz que o tempo está “bom”,
“chuvoso” ou “nublado”, refere-se às características atmosféricas de determinado lugar
em um momento específico. O tempo pode mudar em questão de horas, dias ou
semanas. O conceito de clima, porém envolve uma escala temporal mais ampla.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
4
Por exemplo: dizemos que em Manaus está chovendo neste instante ou que no
dia de ontem fez muito calor, estamos nos referindo ao tempo e não ao clima. Todavia
quando afirmamos que Manaus é quente e úmida, estamos descrevendo de forma bem
simplificada, o clima dessa cidade e não o tempo. O tempo, portanto, reflete um
instante precioso um estado atmosférico , temperatura, pressão, umidade ,etc. que
costuma variar de um momento para outro, já o clima é o que ocorre normalmente,
considerando-se as variações do tempo atmosférico, durante o ano.
MASSA DE AR – O elemento mais importante para as variações atmosféricas
são as massas de ar. Massas de ar são volumes da atmosfera ( semelhantes a
enormes “bolhas” ou “bolsões” ) que possuem propriedades em comum ( pressão
temperatura, umidade ) em virtude da área onde se localizam . Assim existem massas
de ar polares ( frias), equatoriais e tropicais (quentes ), que podem ser oceânicas ( mais
úmidas) ou continentais ( mais secas ).
As massas de ar se movimentam constantemente. Com freqüência uma acaba
empurrando a outra e ocupando seu lugar . A dinâmica das massas de ar é
responsável pela maior parte das alterações do tempo de uma lugar ( vinda do frio, as
chuvas , etc. ) o encontro entre duas massas de ar recebe o nome de frente, ocorre
uma frente fria, por exemplo quando a massa polar desloca, empurrando a tropical e
ocupando-lhe o espaço.
O RELEVO
Você sabia o que é relevo e quais as suas
formas ? Não?
O relevo é o conjunto das diferenças de nível da
superfície terrestre.
Os tipos mais comuns de relevo são as montanhas, as depressões, os planaltos,
as planícies, as colinas, os terraços, os vales, os vários tipo de litoral e outros.
Podemos afirmar que o relevo se forma e se altera devido a fatores internos e
externos.
Os fatores Internos ou geológicos ligados à estrutura geológica da área - são o
vulcanismo, os abalos sísmicos, terremotos e maremotos e o tectonismo.Os fatores
externos são o intemperismo ou meteorização (ação da temperatura das águas e outros
agentes sobre as rochas, provocando decomposições), a ação dos ventos, dos rios das
enxurradas, das torrentes, das geleiras, dos oceanos e dos seres vivos.
A superfície terrestre não é totalmente plana. Nela encontramos regiões
elevadas, rebaixadas e onduladas. A superfície da Terra é irregular e o conjunto
dessas diferenças dar-se o nome de relevo.
Cada uma das formas do relevo apresenta características próprias, por isso
recebem nomes diferentes.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
5
Veja no mapa a seguir a nova classificação do relevo brasileiro.
Vamos conhecer as principais formas do relevo!!
Planalto é uma superfície mais ou menos
plana e elevada, onde predomina o processo de
desgaste, ou seja, a erosão. As superfícies são
desgastadas pelo vento, sol, chuva, etc.
Planície é uma região mais ou menos plana de
origem sedimentar, onde predomina o processo de
acúmulo de materiais. Esses materiais são sedimentos
compostos por cascalho , areia, argila e outros. O
cascalho é proveniente do desgaste e erosão das
regiões mais elevadas. Existem as planícies costeiras
ou litorâneas, junto ao litoral; e as planícies
continentais, situadas no interior do continente.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
6
Você sabia que ...
A cidade de Sorocaba
esta localizada numa
depressão periférica
Montanha é uma grande elevação resultante
do choque das placas tectônicas que se situam no
interior da Terra. Em geral, a palavra montanha é
utilizada para designar grandes elevações. Para
pequenas elevações do terreno, usamos a expressão
colina e para as médias elevações, a palavra morro.
Quando encontramos um alinhamento de montanhas,
denominamos o conjunto de cordilheira ou cadeia
montanhosa.
Chapada é um planalto de rochas sedimentares que apresenta topo plano e
encostas íngremes.
Cuesta é um planalto formado por uma sucessão alternada de camadas
rochosas (sedimentares e magmáticas), que possuem diferentes resistências ao
desgaste (erosão). Por isso apresenta uma encosta íngreme de um lado e um declive
suave do outro.
Tipos de Depressões
São regiões rebaixadas e podem ser do tipo:
❖ absoluta: quando está abaixo do nível do mar;
❖ relativa: quando está acima do nível do mar;
❖ periférica: são áreas rebaixadas situadas entre um planalto cristalino de um lado e
um planalto sedimentar do outro.
A ESTRUTURA GEOLÓGICA E O RELEVO
O tipo de terreno de um lugar (sua origem e as
rochas que o compõem) constituem a estrutura geológica
desse lugar . Sua importância para o meio ambiente do
homem decorre das riquezas minerais a ela associadas e
de seu papel para a
formação do relevo.
O relevo consiste
na forma de um
terreno, no seu
modelado parte
elevadas e baixas,
vales e montanhas ,
planícies etc.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
7
O relevo e uma região que depende basicamente do clima, temperatura, chuvas
etc., que lentamente vão mudando o relevo e do tipo de rocha, isto é da estrutura
geológica desse lugar.
Existem três tipos principais de estrutura geológica :
1º ÁREAS DE DOBRAMENTOS
MODERMOS OU TERCIÁRIOS- São regiões
que sofreram grandes dobaremos com elevações
do terreno, em conseqüência de pressões
vindas do interior do planeta . Constituem as
cadeias montanhosas jovens. Como as
Rochosas , os Alpes (foto ao lado), os Andes, o
Himalaia, etc.
2ºESCUDOS CRISTALINOS ( MACIÇOS
ANTIGOS)_ São compostos por rochas ígneas
ou magmáticas e metamórficas , de idades
geológicas bem antigas. Esse tipo de terreno
geológico costuma dar origem a relevos
planálticos e pode apresentar ferro, manganês,
ouro, alumínio e outras riquezas minerais.
3º BACIAS OU TERRENOS
SEDIMENTARES – Mais recentes que os
escudos cristalinos. Esses terrenos são
constituídos por rochas sedimentares, originando
as planícies e os planaltos sedimentares. As
riquezas minerais que aparecem nessas bacias
são o petróleo e o carvão.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
8
O SOLO
O solo é a camada superficial
de terra arável, possuidora de vida
microbiana. O solo é um complexo
vivo, formado pela decomposição
das rochas por processos físicos,
químicos e biológicos onde existem
água, ar, matéria orgânica (vegetais
e microorganismo) e minerais. Na
realidade solo é a camada
superficial dos continentes e das
ilhas, na qual as rochas originais
foram decompostas – atinge
espessuras pequenas : normalmente
algumas dezenas de centímetros.
Os solos aparecem divididos em horizontes de camadas, que aparecem num
perfil. Podemos observar nos barrancos da beira da estrada, por exemplo o solo
dividido em vários perfis.
O horizonte A, mais superficial, é rico em matéria orgânica (por isso mais
escuro); o horizonte B apresenta pouca matéria orgânica; e o horizonte C que é
essencialmente mineral representa o primeiro estágio da decomposição da rocha;
abaixo dele aparece a rocha matriz ( inalterada).
São comuns as expressões “ solos férteis”, “solos ruins”, “bons solos”, etc. Essa
adjetivação liga-se a importância dos solos para o homem: bons ou férteis são aqueles
que permitem boas colheitas agrícolas; péssimos são os que limitam ou tornam inviável
e estabelecimento da agricultura no local.
Por exemplo alguns solos são famosos por sua fertilidade;
 Solo negro ( tchernoziom)
 Solo de terra roxa ;
 Solo de massapé;
Existem outros tipos de solos que são famosos por motivos contrário: é o caso dos
desertos em que há falta de água; solos tropicais, que formam crostas ferruginosa
devido a intenso processo de lixiviação ( lavagem do solo pela chuva, que levou
elementos como o potássio, cálcio e outros, deixando o ferro que endurece o solo).
Embora existam de fato solos melhores e piores para a agricultura, isso deve ser
visto de maneira relativa. Assim, algumas áreas outrora consideradas inférteis acabam
por se tornar produtivas através de técnicas racionais de cultivo. Como exemplo,
podemos lembrar o deserto de NEGUEV, em Israel, recuperado para a agricultura
através da irrigação e de modernas técnicas agrícolas.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
9
Da mesma forma, solos com certas deficiências, como pobreza em potássio ou
excesso de acidez, podem ser corrigidos com o uso adequado de adubos e
fertilizantes. Como exemplo disso, temos a colagem ( adição de calcário ) no solo
brasileiro do cerrado (Goiás, Mato Grosso do Sul etc.), que até os anos 60 eram
considerados inférteis pelo excesso de acidez e hoje produzem grandes quantidades
de soja e até de trigo.
Todavia, o contrário pode ocorrer: bons solos podem empobrecer e apresentar
menos rendimento agrícola quando forem empregadas técnicas de cultivo inadequados.
Por exemplo, a agricultura tradicional e itnerante em que o agricultor queima a mata e
planta de forma extensiva e sem emprego de técnicas para evitar o desgaste (como a
rotação de culturas ou estabelecimentos de curvas de nível, de terraceamento em
áreas acidentadas), acaba empobrecendo solos que no passado foram férteis.
A HIDROGRAFIA
A hidrografia pode ser subterrânea ( lençóis de
água do subsolo), de superfície ( rios e lagos ) ou marítima
( oceanos e mares). Trata-se de um elemento essencial às
coletividades humanas , pois da hidrografia depende o
suprimento de boa parte das necessidades individuais e
sociais: de abastecimento de água para as populações ,
navegações, produção de energia elétrica, escoamento de
resíduos, irrigação de certos solos e mesmo fornecimento
de alimentos ( peixes ) ou oportunidade de lazer.
De acordo com o relevo, costuma-se reconhecer dois tipos
de rios: de planície, que correm mansamente e não
apresentam grandes cachoeiras, sendo portanto bons para
a navegação; e de planalto que correm em áreas
acidentadas, apresentando cachoeiras e corredeiras; por
isso são poucos navegáveis e possuem maior potencial
hidráulico que os primeiros.
Tais condições podem ser alteradas, mesmo os rios de
planalto podem tornar-se navegáveis com a construção de
barragens e eclusas , com o alargamento de certos trechos
e a drenagem de outros.
Mesmo os rios de planície necessitam de drenagem em
certos locais para serem perfeitamente navegáveis. E
também eles podem ser aproveitados para a construção de
usinas hidrelétricas. Algumas vezes é possível desviar o curso do rio, levando-o para
uma região acidentada, o que aumenta sua capacidade como fonte de energia.
Vamos conhecer um pouco da rede hidrográfica brasileira ?
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
10
O Brasil possui uma das maiores e mais diversificadas redes hidrográficas do
mundo.
A maior parte dos rios brasileiros é de planalto, o que permite ao país um grande
aproveitamento hidrelétrico. As bacias dos rios Amazonas e Paraguai ocupam áreas de
planícies, mas as bacias do São Francisco e do Paraná ocupam áreas de planalto.
Nessas duas últimas bacias encontramos importantes usinas hidrelétricas.
Apesar da grande quantidade de usinas hidrelétricas, o potencial hídrico
brasileiro não é explorado em sua
totalidade, pois as hidrovias (transporte de
cargas e passageiros pelos rios) ainda
ocupam uma posição secundária no
sistema de transportes do país.
Os rios brasileiros são alimentados pelas águas das chuvas, ou seja, possuem
regime pluvial.
No Brasil, predomina o clima tropical, com chuvas concentradas no verão. Por
isso, na maior parte dos rios brasileiros ocorrem cheias nessa época do ano.
A maioria dos rios brasileiros são perenes, ou seja, nunca secam. Mas, na região
semi-árida do Nordeste há rios que secam no período de longa estiagem (seca). Esses
rios são chamados de temporários ou intermitentes.
O que você entende por bacia hidrográfica?
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
11
Exemplo: a tundra, é um tipo
de vegetação nativa
correspondente, ao clima frio
polar, sendo que nessa
paisagem existe toda uma
fauna nativa: ursos polares,
pingüins, focas, renas, etc.
Nas regiões tropicais de climas
quentes e semi-úmidos, existem uma
fauna e flora característica. Por exemplo:
as savanas da África ou cerrados do
Brasil Central e uma fauna também
específica leões, macacos, rinocerontes,
hienas, zebras e outros animais na
África, antas, capivaras e outros no
Brasil.
Bacia hidrográfica ou fluvial é o conjunto de terras drenadas (banhadas) por um
rio principal e seus afluentes, ou ainda por rios que não pertencem a nenhum canal
principal.
As bacias podem ser principais ou secundárias.
Bacia principal: quando um conjunto de terras é drenado por um rio principal,
seus afluentes e subafluentes.
Bacia secundária: quando um conjunto de terras é drenado por rios que não
pertencem a nenhum canal principal, ou seja, correm independentes.
Você sabia que. O Brasil possui sete bacias hidrográficas, sendo quatro
principais e três secundárias?
A flora e a fauna
Quando nos referimos a vegetação, ou a flora, ou mesmo à fauna de uma
região, geralmente levamos em conta apenas as plantas e os animais nativos e não os
que são criados ou plantados pelo homem. Neste último caso falamos em pecuária
( criação) ou em agricultura ( cultivo ). A vegetação natural de uma área em geral é
intimamente ligada à vegetação e, portanto, também ao clima.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
12
Assim, via de regra cada tipo principal de clima possui uma vegetação nativa.
As paisagens com flora e faunas naturais já não existem mais, a não ser em
algumas poucas regiões do globo em reservas florestais dentro de alguns países.
Os Grandes Domínios Naturais do Planeta.
Você sabe o que são os grandes domínios naturais?
São regiões da Terra onde os diferentes elementos do
meio natural, como o clima, o relevo, o solo, a hidrografia e a vegetação interagem
formando paisagens que apresentam uma certa homogeneidade (aspectos parecidos).
Essas regiões são: Regiões tropicais, Regiões temperadas, Regiões polares,
Regiões desérticas e Altas montanhas.
Regiões Tropicais
As regiões tropicais localizam-se principalmente entre os Trópicos de Capricórnio
e de Câncer (zona intertropical). Nessa zona também aparecem outros domínios
naturais muito diferentes da região tropical: desertos, e altas montanhas.
O Clima nas Regiões Tropicais
O clima é muito importante na formação das grandes paisagens naturais. Ele
condiciona (determina) o tipo de vegetação, as características hidrográficas, do relevo e
do solo.
Agora você verá os tipos de clima encontrados nas regiões tropicais e quais as
suas características.
Nas regiões tropicais encontramos dois tipos de clima: Equatorial e Tropical.
Clima Equatorial
É o clima existente nas áreas próximas à linha do Equador, norte da América do Sul,
parte central da África e sul da Ásia. O clima Equatorial apresenta as seguintes
características:
 Temperaturas sempre elevadas (médias anuais de 26ºC a 28ºC)
 Chuvas abundantes durante o ano (acima de 2.000mm)
 As amplitudes térmicas diárias e anuais são baixas em torno de 6ºC
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
13
Clima Tropical
É o clima existente nas regiões que se afastam do Equador em direção aos trópicos
de Câncer ( no hemisfério norte) e de Capricórnio (no hemisfério sul). O clima tropical
apresenta as seguintes características:
 Temperaturas elevadas – a média anual fica acima de 20ºC, e a média do mês
mais frio não é inferior a 18ºC.
 As chuvas são abundantes – (Entre 1.000 e 2.000mm anuais). Uma estação seca
(inverno) alterna-se com uma estação chuvosa (verão).
 Nas áreas litorâneas, a pluviosidade (quantidade de chuvas) é maior e no interior
das continentes é menor.
 As frentes frias provocadas pelas massas polares são comuns em algumas áreas,
diminuindo a temperatura por breves períodos de tempo.
 As regiões tropicais são influenciadas por massas de ar equatoriais e tropicais:
massas quentes, que podem ser secas ou úmidas, dependendo da sua origem.
O Clima Brasileiro.
Veja agora quais são os elementos e fatores climáticos e como influenciam o
tempo e o clima.
O clima de uma região é determinado por fatores climáticos e influenciado por
elementos climáticos. Os fatores climáticos são: latitude, altitude, correntes marítimas,
continentalidade e vegetação. O resultado da combinação desses fatores é o clima.
Os elementos climáticos são: temperatura, chuva, umidade do ar, ventos e
pressão atmosférica. O resultado da combinação desses elementos é o tempo.
O tempo é algo momentâneo, que sofre variações constantes. O clima é algo
duradouro e permanente. Quando dizemos que o Brasil é um país tropical, ou que uma
cidade em geral, é quente e úmida, estamos nos referindo ao clima.
Quando dizemos que está chovendo, ou que hoje está frio ou quente, estamos
nos referindo ao tempo. Enfim, podemos dizer que o clima de uma cidade é tropical,
mas o tempo pode estar quente ou frio.
A maior parte do Brasil está situada na zona tropical (92%), sendo que apenas o
sul do país está abaixo do trópico de capricórnio. Devido a essa posição geográfica, o
Brasil apresenta, na maioria do seu território, climas quentes e úmidos. Assim podemos
afirmar que as temperaturas elevadas e a grande umidade são as características
climáticas mais marcantes do país.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
14
A temperatura é um dos elementos climáticos mais importantes e possui várias
características, tais como:
 Temperaturas máximas são as temperaturas mais elevadas de uma região.
No Brasil situam-se em geral, entre 40º e 44ºC.
 Temperaturas mínimas são as temperaturas mais baixas de uma região. No
Brasil as temperaturas dificilmente são inferiores a 10ºC abaixo de zero, mas
em algumas cidades, já foram registradas temperaturas inferiores.
 Média térmica é obtida pela média aritmética das temperaturas. Pode ser
diária, mensal ou anual.
As médias térmicas anuais mais elevadas são encontradas no sertão do
nordeste (28ºC), já as mais baixas são encontradas no sul (14ºC).
Relação entre a Temperatura e os Fatores Climáticos
Como podemos relacionar a temperatura com os fatores climáticos?
Latitude – A temperatura varia na razão inversa da latitude, ou seja, as regiões
de baixa latitude (mais próximas a linha do Equador) apresentam temperaturas
elevadas, e as regiões de alta latitude (mais distantes do Equador) apresentam
temperaturas reduzidas.
Altitude – A temperatura também varia na razão inversa da altitude, pois nas
regiões mais elevadas, as temperaturas são menores que nas regiões mais baixas.
Continentalidade – As áreas próximas ao mar apresentam, em geral uma
pequena amplitude térmica. Já as áreas situadas no interior do continente possuem
amplitudes térmicas mais elevadas.
Cidades situadas na mesma latitude, ou em latitudes muito próximas,
apresentam amplitudes térmicas diferentes se uma estiver localizada no litoral e outra
no interior do continente.
CHUVAS
O Brasil possui médias pluviométricas anuais em torno de 1.000mm. Mas em
algumas regiões essa média pode ser menor ou maior.
Quanto a distribuição das chuvas no Brasil, podemos distinguir três áreas
principais: áreas de chuvas abundantes, de chuvas escassas e satisfatórias.
➢ Áreas de chuvas escassas – Apresentam os menores índices pluviométricas do
país, em geral inferiores a 1.000mm anuais. Destacamos o sertão nordestino e o
vale médio do rio São Francisco.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
15
➢ Áreas de chuvas abundantes – Com mais de 2.000mm anuais, destacamos as
seguintes regiões:
 Serra do mar (SP);
 Porções centro-ocidental da Amazônia;
 Litoral do Amapá e Ilha de Marajó;
 Litoral da Bahia.
➢ Áreas de chuvas satisfatórias – Executando-se as regiões já mencionadas, o
restante do país possui chuvas regulares. Os índices pluviométricos situam-se entre
1.000mm e 2.000mm anuais, no centro-oeste, no Sudeste e no Sul.
Regimes pluviométricos do Brasil –
Regime pluviométrico é a distribuição das chuvas durante o ano.
Veja no mapa a seguir os tipos de climas encontrados no Brasil e observe a sua
relação com a distribuição das chuvas.
Regime Equatorial:
Chuvas abundantes o ano todo (região
da Amazônia);
Regime Tropical:
Chuvas mais concentradas no verão.
Esse é o regime que predomina no
país;
Regime Subtropical:
Chuvas bem distribuídas pelos meses
do ano (região Sul)
Quais as massas de ar que atuam
no Brasil e quais as suas
características?
O Brasil sofre influência de cinco massas de ar:
➢ Massa polar atlântica: entra no Brasil pela região Sul. Essa massa provoca quedas
bruscas nas temperaturas das regiões Sul, Sudeste, no litoral nordestino e na
Amazônia Ocidental.
➢ Massa tropical atlântica: é uma massa quente e úmida, que atua desde o litoral do
Nordeste até o Sul do país.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
16
Você sabia que ...
A maior floresta equatorial do
mundo é a Floresta Amazônica,
localizada em sua maior parte em terras
brasileiras. A floresta amazônica é muito
densa (cheia), fechada e possui grande
variedade de espécies vegetais e
animais. Caracteriza-se pela grande
umidade, por elevadas temperaturas e
pequena amplitude térmica (pequena
variação de temperatura).
➢ Massa equatorial atlântica: é uma massa quente e úmida que atua no litoral das
regiões Norte e Nordeste do país.
➢ Massa equatorial continental: é quente e úmida, por isso provoca chuvas quase
diárias na região amazônica durante o outono e o verão.
➢ Massa tropical continental: é quente e seca. Essa massa é a que menos atua no
Brasil, sua influência limita-se apenas a alguns estados do Sul e Centro-Oeste.
VEGETAÇÃO DO BRASIL
Devido à sua grande variedade de climas, o Brasil apresenta uma formação
vegetal muito variada. As principais formações
são:
A vegetação nas regiões tropicais: nas
regiões tropicais, devido ao calor e à umidade,
desenvolveram-se exuberantes florestas
equatoriais e tropicais.
Você sabe quais são as principais características
da vegetação das regiões tropicais?
São florestas densas, com uma grande
variedade de espécies arbóreas.
Observe no mapa a seguir os tipos de vegetação
encontrados no Brasil.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
17
FORMAÇÕES FLORESTAIS DAS REGIÕES TROPICAIS.
Florestas equatoriais: apresentam vários andares, com árvores muito altas, onde
abaixo delas desenvolvem-se outras de menor tamanho. São florestas fechadas e a
vegetação rasteira é quase inexistente. As copas das árvores impedem a penetração
da luz solar, mas, por outro lado, protegem o solo, diminuindo o impacto das chuvas
sobre ele.
Florestas tropicais: apresentam características parecidas com as equatoriais, porém
são mais abertas e o tamanho de suas árvores é menor. Boa parte dessas florestas já
foi destruída pela ação do homem.
Você sabia que... A Mata Atlântica é uma Floresta Tropical Úmida e estendia-se do
Cabo São Roque (RN) até o Rio Grande do Sul?
Depois do descobrimento do Brasil, ela passou por 500 anos de devastação.
A Mata Atlântica começou a ser devastada no século
XVI, quando começou em nosso país um ciclo
econômico baseado na extração do pau-brasil, que
era uma madeira de onde se retirava uma tinta
vermelha utilizada como corante de tecido. O
extrativismo do pau-brasil foi tão grande que hoje ele
só é encontrado em jardins botânicos.
Outras madeiras da Mata Atlântica foram utilizadas
na fabricação de navios, na construção de aldeias e
cidades.
No auge do cultivo da cana-de-açúcar e do gado, a
floresta passou a ser derrubada para dar lugar à
ocupação humana (cidades), que, em geral, se
encontravam na faixa litorânea. Os grandes
engenhos de açúcar (época colonial) e suas
instalações foram construídos com madeira extraída
da Mata Atlântica.
Mais tarde, com a expansão dos núcleos
habitacionais, a mata foi sendo ocupada por
loteamentos e pela crescente urbanização
(crescimento das cidades).
A Mata Atlântica apresenta-se muito densa,
emaranhada e com grande variedade de vegetais
higrófitos (adaptados à umidade) e perenes (folhas
sempre verdes).
A evaporação da água do
mar e os ventos que sopram em
direção ao continente fazem com
que a água se resfrie e se
condense ao atingir as serras
litorâneas, provocando chuvas
constantes na região. Essas
chuvas garantem a umidade
necessária para a formação da
floresta tropical
que
litoralacompanha todo o
brasileiro.
SAIBA COMO ESTÁ A
MATA ATLÂNTICA.
Hoje 90% da área que era
ocupada pela Mata Atlântica
apresenta sinais de devastação,
principalmente pela ação do
homem..
Os trechos que sobraram,
embora pareçam estar
protegidos pela topografia
acidentada (muito inclinada, de
difícil acesso) da Serra do Mar,
continuam a sofrer ataques de
madeireiros e caçadores.
Essa vegetação
desenvolveu-se em uma extensa
cadeia montanhosa
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
18
Você sabe o que é uma floresta latifoliada?
É a mesma floresta úmida da encosta das serras onde se encontra a Mata
Atlântica, mas, como se desenvolveu no lado oposto ao mar, a floresta latifoliada
tropical não é influenciada diretamente pela umidade marítima trazida pelos ventos.
Essa floresta é muito densa, possuindo árvores muito
altas com troncos grossos. Quando essa vegetação
desenvolve-se em solo de arenito e calcário, o seu aspecto se
modifica, tornando-se menos densa (mais espaçada), com
árvores mais baixas e troncos finos. Como a região possui
solos muito férteis para a agricultura, a floresta foi sendo
desmatada para dar lugar à fazendas e sítios. Assim, restam
hoje apenas alguns trechos espalhados da formação original.
Veja a diferença da floresta aciculifoliada !
Mais conhecida como Mata das Araucárias, essa
floresta existe em maior quantidade em regiões de clima
subtropical e tropical de altitude, estendendo-se desde o
sul de São Paulo até norte do Rio Grande do Sul. Essa
vegetação é encontrada também nos trechos mais
íngremes (inclinados) do relevo como Campos do Jordão
(SP).
Entre as espécies, destaca-se o pinheiro-do-paraná, mas existem também
outras espécies conhecidas como a imbuía , o cedro e o ipê.
Como essa floresta possui solos férteis para a agricultura, ela também passou
por um processo de intensa devastação, para dar lugar a propriedades rurais.
Você conhece a Mata do Cocais?
A Mata dos Cocais é uma
floresta de transição, isto é, uma
mata que fica em uma região de
mudança entre a umidade da
Floresta Amazônica e as zonas
secas do Nordeste, como a
Caatinga. Ocupa regiões dos
estados do Maranhão, Piauí e
Tocantins.
As espécies vegetais mais
encontradas são as palmeiras, entre
as quais se destacam o babaçu e a
carnaúba.
Você sabia que. A
floresta Aciculifoliada
indica que as árvores
apresentam folhas
pontiagudas, no formato
de agulha.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
19
O babaçu desenvolve-se rapidamente e pode atingir até 15 metros. Sua
exploração econômica é muito importante, pois dele se extraem vários produtos como o
óleo, o álcool, coberturas para habitações, acetatos, glicerinas, entre muitos outros
produtos. A carnaúba também é muito importante economicamente, pois de suas folhas
se extrai cera.
Observe o que são Matas Galerias ou Ciliares.
São matas que se desenvolvem ao longo das margens dos rios e dependem da
sua umidade. Em geral, quanto mais próximas estiverem dos rios, mais fechadas e
ricas se apresentam, e, à medida que a umidade diminui, elas vão cedendo lugar a
outros tipos de formação vegetal, que exigem menor quantidade de água. Sua principal
importância é proteger as margens dos rios contra a erosão.
Essa vegetação é bastante diversificada, podendo apresentar seringueiras,
palmeiras, além de outras.
FORMAÇÕES CAMPESTRES
Você sabe como se dividem e quais as características das formações
campestres?
As formações campestres são formadas por vegetais rasteiros, como gramíneas
e pequenos arbustos. Aparecem, em geral, em áreas de topografia (forma de terreno)
suave ou plana.
Quando as formações campestres são compostas por gramíneas, chamam-se
campos limpos e, quando são compostas por gramíneas e arbustos, chamam-se
campos sujos.
As principais formações campestres presentes no Brasil são: Campos
Meridionais, Campos da Hiléia e Campos Serranos.
Campos Meridionais: são também conhecidos como Campos Limpos e
aparecem em manchas (regiões) esparsas (espalhadas), a partir da latitude de 20%
Sul. Aparecem em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato
Grosso do Sul.
Campos da Hiléia: são também conhecidos como Campo de Várzea, já que são
sempre inundados nas épocas de cheias. Aparecem no Baixo Amazonas e no estado
do Pará, especialmente a oeste da ilha de Marajó.
Campos Serranos: Surgem em pontos mais elevados do território nacional,
onde o relevo ultrapassa a 1.500 m., como nas serras da Bocaina e Itatiaia.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
20
Fique sabendo como se divide e quais as características da Formações
Complexas.
O nome Formações Complexas indica a grande variedade de espécies animais e
vegetais que existem nessas regiões. As principais Formações Complexas brasileiras
são: o Cerrado, a Caatinga e o Complexo do Pantanal.
No mapa ao lado você pode
localizar os principais ecossistemas
brasileiros.
Ocorre nas áreas de clima
tropical, onde a estação seca é
mais prolongada. A savana (ou
cerrado) é uma formação arbustiva
muito comum na África e no Brasil
recebe o nome de cerrado. São
constituídas por arbustos, vegetais
de pequeno porte, com galhos
retorcidos, poucas folhas e
desenvolvem-se espalhados e
isolados por uma vegetação
rasteira. Em geral, o solo é ácido e
pouco fértil. No Brasil aparecem na
região Centro-Oeste, embora
também apareça em São Paulo,
Minas Gerais, Bahia, Maranhão e
Tocantins.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
21
Caatinga: é a vegetação que caracteriza o sertão
nordestino, onde o clima é semi-árido, com uma
quantidade muito pequena de chuvas.
As principais características da Caatinga são:
É constituída por árvores e arbustos que perdem suas
folhas na estação seca. Os arbustos são espinhentos;
é uma vegetação do tipo xerófila, ou seja, é uma
vegetação de ambiente seco; apresenta vegetais de
galhos tortuosos, com raízes longas e numerosas;
apresenta, em geral, folhas pequenas.
A falta de água provoca vários tipos de adaptação nos
vegetais da Caatinga, que vão desde a perda das
folhas na estação seca até o aparecimento de raízes
longas, em busca de lençóis subterrâneos de água.
Complexo do Pantanal: essa
formação ocupa a planície do Pantanal
mato-grossense, e possui espécies
vegetais dos campos, dos cerrados e
até da caatinga. O Pantanal é uma das
regiões mais ricas em espécies
vegetais e animais do planeta.
O Pantanal é composto por três tipos
de áreas: as áreas que estão sempre
alagadas, as que estão periodicamente
alagadas e as que não sofrem
inundação.
Você conhece vegetações litorâneas?
As formações vegetais litorâneas aparecem ao longo do litoral brasileiro.
Podemos distinguir dois tipos de vegetação: as formações dos litorais arenosos e os
manguezais .
Formações dos Litorais Arenosos
São vegetações herbáceas e arbustivas que vivem junto ao litoral, em solo
arenoso e salgado. Nas praias essa vegetação é mais pobre, mas nas dunas é mais
diversificada e contínua, devido à maior quantidade de nutrientes e menor presença de
cloreto de sódio (sal).
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
22
Manguezais: é uma vegetação típica dos
litorais tropicais e que aparece em locais
que estão sujeitos à subida e descida das
marés ou são banhados por água salgada.
São vegetais halófilos, ou seja, são
vegetais de ambiente salino. Possuem
raízes aéreas , que saem da terra e
respiram oxigênio. São encontrados em
quase todo o litoral, as maiores
quantidades aparecem no litoral norte.
A DEVASTAÇÃO DAS MATAS E FLORESTAS BRASILEIRAS
Você sabia que o Brasil possui o título, nada invejável, de campeão mundial de
desmatamentos? Existem milhares de focos de desmatamento por todo o país:
➢ Destruição dos manguezais;
➢ Ocupação irracional da Amazônia;
➢ extinção de várias espécies na Mata Atlântica;
➢ incêndios criminosos nos Cerrados, entre muitos outros.
A devastação (destruição) do meio ambiente está relacionada com vários fatores,
como, por exemplo, o crescimento populacional. Para se alimentar um contingente
cada vez maior de pessoas, é necessário ocupar cada vez maiores áreas de cultivo.
Os hábitos sociais, econômicos e políticos de nossa civilização contribuem para
o uso irracional dos recursos naturais.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
23
Os recursos naturais do nosso planeta não são inesgotáveis. Por isso, seria
necessário procurar equilibrar o desenvolvimento tecnológico e industrial com a
preservação do meio ambiente. Isto é possível desde que o homem procure conhecer
o funcionamento dos ecossistemas, ou seja, conhecer como a natureza mantém
relações de equilíbrio entre o ambiente, os animais e os vegetais, e procurar
desenvolver formas de tecnologia que respeitem essas relações de equilíbrio. Existem
muitas técnicas desenvolvidas dessa forma, por exemplo:
➢ formas de combate a pragas agrícolas (insetos) utilizando outros insetos
predadores, ou seja, insetos que conheçam as pragas, evitando o uso de
substâncias tóxicas que contaminam o ambiente;
➢ reciclagem (reutilização) de matérias-primas como o papel (o que economiza
árvores);
➢ preservação das matas ciliares, que, além de evitar a erosão, evita que produtos
tóxicos contaminem os rios.
Existem previsões sobre o que poderá acontecer se a devastação continuar como
está hoje. Essas previsões afirmam que no futuro a área da Floresta Amazônica terá
uma devastação de cerca de 1.500.000 km2
, e a Mata Atlântica estará praticamente
extinta.
Teste os seus conhecimentos, respondendo em seu caderno as
seguintes questões.
1. Como o homem modifica o meio ambiente?
2. Qual a diferença entre clima e tempo?
3. As massas de ar interfere no clima de Votorantim? Sim ou não ? Justifique a
sua resposta.
4. Cite os tipos mais comuns de relevo?
5. O que você entende por solo? E qual é o solo adequado para uma boa
produção agrícola?
6. Escreva o que você entendeu por bacia hidrográfica?
7. Por que os rios de planaltos são importantes para a produção de energia
elétrica?
8. Quais são as causas do desmatamentos no Brasil?
AS REGIÕES TEMPERADAS
Você sabe onde se localizam as regiões temperadas?
As regiões temperadas localizam-se nas latitudes médias, principalmente entre
os trópicos e os círculos polares.
Nessas áreas, entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico (Hemisfério
Norte) e entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico (Hemisfério Sul),
também aparecem outros domínios naturais: desertos e altas montanhas.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
24
Vamos ver como é o clima nas regiões temperadas e o resto do
mundo.
Nessas regiões existem três tipos climáticos decorrentes das diferenças de
latitude e da continentalidade:
• Temperado Oceânico
Ocorre na fachada ocidental da Europa, do Canadá e do Chile. Devido à
influência dos ventos úmidos de oeste provenientes dos oceanos, apresenta as
seguintes características:
Ð Chuvas bem distribuídas ao longo do ano, acentuando-se no inverno;
Ð Amplitude térmica pequena;
Ð Temperatura média do mês mais frio inferior a 18º C.
No mapa a seguir você tem a localização dos tipos de climas no mundo.
Observe com atenção.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
25
• Temperado Continental
Ocorre nas áreas situadas no interior dos continentes até seus limites orientais,
onde as chuvas são menos abundantes. Apresenta as seguintes características:
Ð Semi-úmido - pluviosidade moderada (média anual 600mm), ocorrendo
principalmente no verão;
Ð Precipitação nival nos meses de inverno;
Ð Temperatura média anual entre 8ºC a 13 º C. ;
Ð Grande amplitude térmica: a temperatura do mês mais quente é sempre
superior a 10ºC e as temperaturas abaixo de 0ºC são freqüentes no mês mais frio.
• Temperado Mediterrâneo
Ocorre nos limites entre os domínios tropicais e temperados, em torno do Mar
Mediterrâneo, na costa da Califórnia (EUA), litoral central do Chile, sul da África e da
Austrália. Apresenta as seguintes características:
Ð Os invernos são suaves e os verões, quentes e secos;
Ð As chuvas concentram-se nos meses mais frios (média anual de 500mm);
Nas regiões temperadas, a circulação atmosférica é intensa devido à latitude.
São áreas de confronto de massas de ar vindas das áreas polares e das áreas
tropicais, continentais e oceânicas. Somente nos climas temperados as quatro estações
do ano (verão, inverno, primavera e outono), apresentam-se bem definidas e
diferenciadas umas das outras.
E vegetação da regiões temperadas, você sabe quais as suas
características e os seus tipos?
A grande variação climática provoca nas regiões temperadas uma cobertura
vegetal muito diversificada. Nessas regiões podem ser encontradas:
• Florestas temperadas
Foram as mais destruídas entre as formações florestais do
mundo.
Aproximadamente 2/3 da população mundial vive nas
regiões temperadas. A exploração econômica
(extrativismo, agropecuária e as concentrações industriais)
reduziu muito essas florestas.
As florestas temperadas desenvolviam-se
principalmente no nordeste dos EUA, no sudeste do Canadá, na maior parte da Europa
ocidental, sul da Sibéria (Rússia), parte do Japão, parte do Chile, no Centro- Leste da
Argentina e na Nova Zelândia.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
26
São florestas abertas, as árvores desenvolvem-se distantes umas das outras, o
que facilita sua exploração e a penetração dos raios solares no solo; desenvolve-se
uma formação vegetal de gramíneas.
Essas florestas possuem muitas espécies arbóreas: carvalho, castanheira ,
nogueira, abeto, sequóias entre outras. Mas a biodiversidade vegetal é, sem dúvida,
menor do que a existente nas florestas equatoriais e tropicais.
Nas florestas temperadas predominam as árvores caducifólias, que se
apresentam verdes durante a primavera- verão, tornando-se amarelas e marrons no
outono- inverno, quando suas folhas caem.
• Florestas de coníferas
Localizam-se nas áreas mais frias, influenciadas
pelas massas polares. No Canadá, Europa e Rússia,
grandes extensões de terra são cobertas por essas
florestas.
São florestas homogêneas (possuem espécies
parecidas), formadas em sua maior parte por pinheiros, que
apresentam frutos e copas em forma de cone.
Encontram-se principalmente no Hemisfério Norte e são chamadas florestas
boreais. A palavra boreal é sinônimo de norte.
No Hemisfério Sul, nas latitudes onde haveria o clima frio, não existem áreas
continentais, só oceânicas.
Essas formações constituem a maior fonte de madeira mole do mundo,
largamente explorada para a fabricação de papel. Na Rússia recebe o nome de Taiga e
no Canadá, de Floresta Laurenciana.
A evaporação nessas áreas é quase inexistente devido à fraca precipitação
(pouca chuva) e às baixas temperaturas, o que permite que as árvores se mantenham
verdes o ano inteiro, embora no inverno fiquem recobertas pela neve.
Suas folhas têm forma de agulhas e são persistentes, ou seja, não caem e não
se renovam freqüentemente.
Em latitudes mais baixas, como no litoral ocidental dos EUA, particularmente na
Califórnia, também desenvolvem-se coníferas de grande porte como as sequóias.
Na região Sul do Brasil, a Mata de Araucária pertence a esse tipo de formação. A
araucária é o pinheiro brasileiro.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
27
• Campos Limpos
Os campos limpos localizam-se nas planícies centrais dos EUA, no Centro- Sul
do Canadá, na porção central da Argentina, Uruguai, sudoeste o Rio Grande do Sul, na
Europa oriental e na Ásia Central.
São formações campestres constituídas por uma vegetação não lenhosa;
herbáceas e gramíneas.
Na América do Norte (EUA e Canadá), são chamadas de pradarias, onde foram
largamente substituídas por áreas agrícolas. Nessas áreas predomina o cultivo de
cereais. Na América do Sul, são conhecidas como pampas platinos, sendo localizadas
como pasto natural para os enormes rebanhos de bovinos criados na região.
Na Europa e na Ásia, onde a umidade é menor, a vegetação mais seca e
descontínua recebe o nome de estepes.
AS ZONAS POLARES
As áreas de clima frio polar são aquelas de altas latitudes
( acima dos 66°33’, tanto ao norte como ao sul do equador), ou
seja, vizinhas aos pólos. Tais áreas incluem, no hemisfério Sul
, a Antártida, e no hemisfério norte, o Alasca , a Groenlândia, o
norte do Canadá, o norte da Rússia e dos países da
escandinavos (Suécia Finlândia e Noruega) e numerosas ilhas.
Essas áreas possuem elevadas pressões atmosféricas e nelas
se localizam as massas de ar polares, frias e normalmente
secas.
O continente Antártico
É o mais frio que as áreas polares do norte. Existem sobre
esse continente permanentes camadas de gelo que chegam a
atingir espessuras de até 2 km. Também existem camadas de
gelo, embora de menor espessura, recobrindo parte do Alasca,
da Groenlândia, de algumas ilhas e até do mar na zona polar
Ártica.
O solo nos pólos.
Não há solos em vastas extensões dessas áreas devido
às grossas camadas de gelo. Quando aparecem, são bastante
pobres, pois têm uma espessura muito pequena e pouca vida
microbiana.
Curiosidades
No clima frio polar
há duas estações
do ano principais :
o inverno, durante o
qual, nos dois pólos
a 90°de latitudes,
chegar a ficar até
seis meses sem o
sol ( noite polar );
no verão há mais
ou menos seis
meses de sol fraco
( dia polar)
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
28
A Vegetação nos pólos.
Em especial na Antártida, é quase inexistente. Apenas nas bordas desses
continentes e em grandes trechos da Sibéria, do Alasca e da Groenlândia, bem como
em partes setentrionais da Europa, aparece a tundra , vegetação rasteira, composta
por musgos e liquens.
A Ocupação Humana nos Pólos.
Algumas áreas da zona polar Ártica são tradicionalmente habitadas
pelos lapões. Nas últimas décadas, porém devido à descoberta de riquezas minerais,
principalmente de petróleo, o norte da Sibéria ( parte da Rússia ) e o
Alasca, pertencentes aos Estados Unidos começam a ser mais intensamente
explorado, com a construção de instalações industriais e o desenvolvimento de
pequenas cidades. A Antártida é ainda desabitada, (exceto algumas instalações de
natureza científica, em especial norte americanas, russas, francesas, inglesas alemãs
etc..
Na realidade, Antártida constitui hoje a última grande porção territorial do nosso
planeta que ainda não foi incorporada na economia moderna.
Sabe-se que por baixo dessa grossa camada de gelo a geleira polar antártica
existem importantes reservas de Petróleo, ferro, cobre, ouro, manganês, urânio, carvão
e alguns outros recursos minerais. Além disso, aparece nas águas oceânicas vizinhas
à Antártida uma rica fauna, que vai desde baleias até inúmeras espécies de
crustáceos.
Portanto não pertencendo a ninguém esse
continente até 1991, todos os países vêm se respeitando em
reuniões que querem fazer a partilha desse continente.
Inclusive o Brasil mantém um pequena base na Antártida.
A proposta mais defendida é de que a Antártida se
torne uma reserva ecológica mundial, um patrimônio de toda
a humanidade. Em 1991 os países signatários do Tratado da
Antártida deram um posso nessa direção ao prorrogarem por cinqüenta anos esse
acordo: até 2041 nenhuma nação terá a propriedade de terras nesse continente.
REGIÕES DESÉRTICAS
➢ Qual a origem dos desertos?
➢ Onde se localizam as regiões desérticas ?
As regiões desérticas ou áridas localizam-se no interior dos continentes, nas
baixas e médias latitudes. Os desertos são um fato natural. Sua existência está
relacionada à dinâmica climática da Terra.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
29
São freqüentes nas regiões subtropicais ( latitudes próximas a 30º), onde a
pressão atmosférica é alta, provocando constantemente a ação de ventos forte secos .
Esses ventos são responsáveis pela
diminuição da umidade relativa do ar. Por isso,
o que caracteriza as regiões desérticas, ao
contrário do que se pensa, não é o calor, e sim
a escassez ( falta ) de água.
VEGETAÇÃO NAS REGIÕES
DESÉRTICAS
A vegetação é extremamente pobre e
adaptada às condições climáticas, sendo mais
abundante nas áreas semi-áridas. Nessas
áreas destacam-se as cactáceas e as
bromeliáceas, vegetais xeromorfos , cujas
características são:
 apresentam espinhos no lugar das
folhas para diminuir a transpiração;
 os caules são recobertos por uma
espécie de cera para evitar a
evaporação;
 suas raízes são finas e longas
(raízes capilares) para buscar água
no subsolo;
 apresentam estruturas adaptadas
para o armazenamento de água.
Desenvolve-se também uma vegetação
rasteira de gramíneas. O ciclo vital curto dessa
O clima nas áreas desérticas.
Nas regiões desérticas são
identificados dois tipos climáticos :árido e
o semi-árido.
O clima árido possui as seguintes
características:
O índice pluviométrico é muito
baixo. E as chuvas são irregularmente
distribuídas ao longo do ano ( caem em
períodos curtos, de forma violenta e
rápida). Às vezes passam-se anos sem
chover.
As temperaturas diárias variam
intensamente ( amplitude térmica): os dias
são quentes e as noites são frias. A
amplitude térmica é conseqüência da baixa
umidade, que não permite a formação das
nuvens.
O céu limpo facilita o aquecimento
durante o dia, e a perda de calor durante a
noite.
O clima semi-árido (semi- desértico)
domina as áreas que envolvem os
desertos; são zonas de transição.
Você sabe como são os rios dos
desertos ?
A rede hidrográfica nas regiões
desérticas é extremamente pobre. Os
rios são intermitentes ou temporários
(secam durante vários meses) em sua
maioria.
Esses rios formam-se durante os
breves períodos de chuvas. Somente
os rios que nascem fora das áreas
desérticas são permanentes, como, por
exemplo, o Rio Nilo, que atravessa o
deserto do Saara, localizado na África.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
30
formação coincide com o período da chuvas.
Nas áreas áridas (desertos) a vegetação é quase inexistente.
Contudo pode-se encontrar uma vegetação mais rica nos oásis, que são áreas
onde lençóis de água subterrânea afloram formando lagos. A umidade local aumenta,
possibilitando a formação de solo e o desenvolvimento de vegetais como tamareiras e
palmeiras.
O RELEVO E SOLO NAS REGIÕES DESÉRTICAS
O ambiente seco e a forte ação do vento não permitem a decomposição química
das rochas e, conseqüentemente, a formação do solo.
As rochas, devido às variações térmicas, dilatam e contraem, sofrendo um
processo de desagregação e formando terrenos de superfície pedregosa ou arenosa.
Os desertos de pedras localizados nos planaltos são conhecidos como hamadas.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
31
Nas áreas recobertas pelos lençóis de areia ( ergs ), a ação do vento forma as
dunas.
Os inselbergs também são característicos das áreas desérticas. São maciços ou
elevações antigas de rochas resistentes que sofreram menos ação do vento e da
variação térmica. São testemunhos de um relevo mais elevado existente no passado.
As depressões absolutas e relativas também são encontradas nas áreas
desérticas.
A ocupação humana nos desertos.
Os desertos constituem vazios demográficos,
pois as condições climáticas dificultam a ocupação
humana. Somente nas áreas ao longo dos rios, ao
redor dos lagos e nas faixas litorâneas encontra-se
um maior contigente populacional.
Nas áreas semi- desérticas são comuns os
grupos nômades de criadores de gado ovino
(ovelhas). Esses grupos deslocam-se com seus
rebanhos de um lugar para outro atraídos pelas
chuvas, que permitem a formação de pastos
temporários.
Porém, os períodos prolongados de seca
provocam a perda das colheitas e do gado.
Nos últimos anos, no entanto, a construção de
poços artesianos e de canais artificiais de irrigação nas áreas desérticas tem
contribuído para uma maior ocupação dessas áreas, uma vez que a prática agrícola se
torna possível.
As recentes descobertas de reservas minerais, principalmente petróleo, têm
motivado o homem a procurar soluções para conviver com as condições naturais
adversas dos desertos.
O processo de desertificação
Processo de desertificação vem ocorrendo nas áreas vizinhas aos desertos.
Ocorre quando a água perdida por evaporação ou escoamentos é superior à
recebida pelas chuvas.
A desertificação atual é resultante principalmente da ação humana, como, por
exemplo, o desmatamento da vegetação original.
E os animais dos
desertos? Como são?
São poucos os animais
adaptados à escassez de
água dos desertos.
Além dos camelos, que
conseguem evitar a
desidratação armazenando
grande quantidade de água
em seu organismo, podem ser
observados lagartos, cobras,
roedores e insetos.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
32
As altas montanhas
As altas montanhas constituem um tipo de relevo jovem (do período Terciário e
ainda pouco gasto pela erosão) e de elevadas altitudes, normalmente acima do
4000m. Incluem-se nessa classificação as seguintes cadeias de montanhas : os Alpes,
os Apeninos, os Pireneus e os Cárpatos na Europa; os Andes e as montanhas
Rochosas ( no continente americano ); o Atlas ( na África); o Himalaia ( na Ásia); e
outras menos conhecidas.
Essas áreas
montanhosas possuem
feições muito
particulares, diferentes
das regiões vizinhas.
Elas aparecem em
latitudesbaixas e
médias, mas as altitudes
lhes conferem
características
climáticas, e , portanto
de solo e vegetação,
diversas das que teriam
por sua posição
geográfica. Assim, as
altas montanhas situadas
na zona intertropical
apresentam uma
paisagem natural peculiar diferente das áreas tropicais. O mesmo ocorre com as
paisagens montanhosas das zonas temperadas.
A temperatura do ar diminui à medida que aumenta a altitude. As zonas
montanhosas são portanto, frias. É comum a existência de neve eterna nas suas partes
mais altas, pois a queda da neve é superior ao degelo, formando assim as geleiras
alpinas ou montanhosas. Ainda devido às elevadas altitudes, a pressão atmosférica é
baixa. As precipitações (chuvas e geadas) são normalmente abundantes.
A vegetação divide-se por “andares”: nas partes mais baixas ( de 0 a 300 metros)
podemos encontrar matas e pastos; mais acima (de 300 a 1000 metros), florestas de
folhas caducas; de mais ou menos 1000 a 2400 metros, pinheirais; de cerca de 2400 a
3000 metros, campos alpinos, um tipo de vegetação orófila* ; acima dos 3000 metros,
há apenas rochas e gelo eterno.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
33
Apesar de em geral não serem densamente povoadas, as zonas montanhosas
são bastante utilizadas pelo homem.
Em algumas o povoamento chega a ser intenso, como no México, no Peru ou no
Chile, onde existem numerosas cidades localizadas em altitudes superiores a 4000
metros. A cidade de Aucanquilcha, no Chile, situa-se a 5 334 metros acima do nível do
mar. Em outros lugares, onde as condições para o povoamento são precárias, utilizam-
se as montanhas como centros de lazer (alpinismo, esqui), ou como caminho, área de
passagem, cortando-as com extensos túneis e pontes.
*Florestas de folhas caducas: São formadas por plantas que perdem as folhas no
inverno.
Vegetação orófila: É a vegetação formada por plantas adaptadas ao ambiente das
montanhas.
Avalie os seus conhecimentos respondendo em seu caderno as questões a
seguir.
1. Se nos pólos não há solo bom para a agricultura, como os seus habitantes
se alimentam?
2. Como se caracteriza as regiões desérticas?
3. Explique a ocupação humana nos desertos?
Fim.
Boa Sorte.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
34
BIBLIOGRAFIA
ADAS, Melhem. Geografia. São Paulo. Editora Ática, 1994.
ALMANAQUE ABRIL. CD ROM, 8ª Edição, 2000.
BELTRAME, Zoraide Victoréllo. Geografia Ativa. São Paulo. Editora Ática,
1995.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, 1998.
DIAMANTINO, Alves C. Pereira e outros, Ciências dos Espaço. São Paulo.
Editora Atual, 1994
DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do Futuro. São Paulo. Editora Ática, 2000.
JORNAIS: Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Cruzeiro do Sul.
LUCCI, Elian Alabi. Geografia. O homem no espaço global. São Paulo. Editora
Saraiva, 1997.
MAGNOLI, Demétrio e. Projeto de Ensino de Geografia. São Paulo. Editora
Moderna, 2000.
MÉDICI, Miriam de Cássia e. Coleção Nova Geração. São Paulo. Editora Nova
Geração, 1999.
MOREIRA, Igor. O espaço geográfico. São Paulo, Editora Ática, 1998.
NIDELCOFF, Maria Teresa. A escola e a compreensão da realidade. São
Paulo. Editora Brasiliense, 1990.
OLIVA, Jaime. Espaço e Modernidade. Temas da Geografia Mundial. São
Paulo. Editora Atual, 1995.
PROFESSOR PC, Geografia, CD ROM
REVISTAS: Veja, Isto é, Super Interessante, Época, Globo Rural.
RODRIGUES, Rosicler Martins. As cidades brasileiras. São Paulo, Editora
Moderna, 1995.
SENE, Eustáquio de e. Espaço geográfico e globalização. São Paulo. Editora
Scipione, 1998.
SIMIELLI, Maria Helena. Atlas Geográfico. São Paulo. Editora Ática, 2000.
TELECURSO 2000, Geografia, Vol. 1 e 2 .
VESENTINI, J. William. Sociedade e Espaço. São Paulo. Editora Ática, 1997.
Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA
35

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

DINÂMICAS DO RELEVO: AGENTES MODELADORES
DINÂMICAS DO RELEVO:  AGENTES MODELADORESDINÂMICAS DO RELEVO:  AGENTES MODELADORES
DINÂMICAS DO RELEVO: AGENTES MODELADORESJosimar Nunes
 
Paisagens terrestres e as formas de relevo
Paisagens  terrestres e as formas de relevoPaisagens  terrestres e as formas de relevo
Paisagens terrestres e as formas de relevoWanderson Benigno
 
Formação e Transformação do Relevo Terrestre
Formação e Transformação do Relevo TerrestreFormação e Transformação do Relevo Terrestre
Formação e Transformação do Relevo TerrestreMauricio Martins
 
www.AulasDeGeografiaApoio.com - Geografia - Relevo
 www.AulasDeGeografiaApoio.com  -  Geografia -  Relevo www.AulasDeGeografiaApoio.com  -  Geografia -  Relevo
www.AulasDeGeografiaApoio.com - Geografia - RelevoAulas De Geografia Apoio
 
Aula 4 a geomorfologia e as diferentes feições do relevo
Aula 4 a geomorfologia e as diferentes feições do relevoAula 4 a geomorfologia e as diferentes feições do relevo
Aula 4 a geomorfologia e as diferentes feições do relevogeopedrote
 
AGENTES INTERNOS DO RELEVO
AGENTES INTERNOS DO RELEVOAGENTES INTERNOS DO RELEVO
AGENTES INTERNOS DO RELEVOOmar Fürst
 
As Formas do Relevo Terrestre
As Formas do Relevo TerrestreAs Formas do Relevo Terrestre
As Formas do Relevo TerrestreCadernizando
 
Estrutura Forma Relevo
Estrutura Forma RelevoEstrutura Forma Relevo
Estrutura Forma Relevoantoniogeo
 
AGENTES EXTERNOS DO RELEVO
AGENTES EXTERNOS DO RELEVOAGENTES EXTERNOS DO RELEVO
AGENTES EXTERNOS DO RELEVOOmar Fürst
 
Prof Demetrio Melo - Brasil: Estrutura Geológica e Relevo
Prof Demetrio Melo - Brasil: Estrutura Geológica e RelevoProf Demetrio Melo - Brasil: Estrutura Geológica e Relevo
Prof Demetrio Melo - Brasil: Estrutura Geológica e RelevoDeto - Geografia
 

Mais procurados (20)

Formas de relevo
Formas de relevoFormas de relevo
Formas de relevo
 
DINÂMICAS DO RELEVO: AGENTES MODELADORES
DINÂMICAS DO RELEVO:  AGENTES MODELADORESDINÂMICAS DO RELEVO:  AGENTES MODELADORES
DINÂMICAS DO RELEVO: AGENTES MODELADORES
 
Paisagens terrestres e as formas de relevo
Paisagens  terrestres e as formas de relevoPaisagens  terrestres e as formas de relevo
Paisagens terrestres e as formas de relevo
 
Jhenny
JhennyJhenny
Jhenny
 
Modulo 04 O planeta Terra - Relevo
Modulo 04   O planeta Terra - RelevoModulo 04   O planeta Terra - Relevo
Modulo 04 O planeta Terra - Relevo
 
Formas de relevo
Formas de relevoFormas de relevo
Formas de relevo
 
Formação e Transformação do Relevo Terrestre
Formação e Transformação do Relevo TerrestreFormação e Transformação do Relevo Terrestre
Formação e Transformação do Relevo Terrestre
 
Relevo
RelevoRelevo
Relevo
 
Formação da terra
Formação da terraFormação da terra
Formação da terra
 
6ano unidade5
6ano unidade56ano unidade5
6ano unidade5
 
www.AulasDeGeografiaApoio.com - Geografia - Relevo
 www.AulasDeGeografiaApoio.com  -  Geografia -  Relevo www.AulasDeGeografiaApoio.com  -  Geografia -  Relevo
www.AulasDeGeografiaApoio.com - Geografia - Relevo
 
6º ano unidade 6
6º ano unidade 6 6º ano unidade 6
6º ano unidade 6
 
Aula 01 Relevo 1º Ano Matisse
Aula 01  Relevo 1º Ano MatisseAula 01  Relevo 1º Ano Matisse
Aula 01 Relevo 1º Ano Matisse
 
Aula 4 a geomorfologia e as diferentes feições do relevo
Aula 4 a geomorfologia e as diferentes feições do relevoAula 4 a geomorfologia e as diferentes feições do relevo
Aula 4 a geomorfologia e as diferentes feições do relevo
 
RELEVO CONTINENTAL
RELEVO CONTINENTALRELEVO CONTINENTAL
RELEVO CONTINENTAL
 
AGENTES INTERNOS DO RELEVO
AGENTES INTERNOS DO RELEVOAGENTES INTERNOS DO RELEVO
AGENTES INTERNOS DO RELEVO
 
As Formas do Relevo Terrestre
As Formas do Relevo TerrestreAs Formas do Relevo Terrestre
As Formas do Relevo Terrestre
 
Estrutura Forma Relevo
Estrutura Forma RelevoEstrutura Forma Relevo
Estrutura Forma Relevo
 
AGENTES EXTERNOS DO RELEVO
AGENTES EXTERNOS DO RELEVOAGENTES EXTERNOS DO RELEVO
AGENTES EXTERNOS DO RELEVO
 
Prof Demetrio Melo - Brasil: Estrutura Geológica e Relevo
Prof Demetrio Melo - Brasil: Estrutura Geológica e RelevoProf Demetrio Melo - Brasil: Estrutura Geológica e Relevo
Prof Demetrio Melo - Brasil: Estrutura Geológica e Relevo
 

Semelhante a Natureza Dinâmica

geografia6_litosfera_atmosfera_hidrosfera.ppt
geografia6_litosfera_atmosfera_hidrosfera.pptgeografia6_litosfera_atmosfera_hidrosfera.ppt
geografia6_litosfera_atmosfera_hidrosfera.pptFranciscoNeto353211
 
Paisagem natural trabalho
Paisagem natural trabalhoPaisagem natural trabalho
Paisagem natural trabalhoRenan Diego
 
Unidade 5 cap_1_litosfera_2
Unidade 5 cap_1_litosfera_2Unidade 5 cap_1_litosfera_2
Unidade 5 cap_1_litosfera_2ISJ
 
Relevo agentes formadores e erosivos
Relevo agentes formadores e erosivosRelevo agentes formadores e erosivos
Relevo agentes formadores e erosivosProfessor
 
RELEVO - Aula de geografia do 2 ano remoto
RELEVO - Aula de geografia do 2 ano  remotoRELEVO - Aula de geografia do 2 ano  remoto
RELEVO - Aula de geografia do 2 ano remotosw4kfysgx7
 
Estudo de geografia 6º ano – 3º trimestre – Novembro – 2012 – Prof.ª Ana ...
Estudo de geografia    6º ano – 3º trimestre – Novembro – 2012 – Prof.ª Ana  ...Estudo de geografia    6º ano – 3º trimestre – Novembro – 2012 – Prof.ª Ana  ...
Estudo de geografia 6º ano – 3º trimestre – Novembro – 2012 – Prof.ª Ana ...Luiza Collet
 
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxmodeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxisacsouza12
 
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxmodeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxisacsouza12
 
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2017)
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2017)A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2017)
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2017)Nefer19
 
O papel do clima na esculturação do relevo
O papel do clima na esculturação do relevoO papel do clima na esculturação do relevo
O papel do clima na esculturação do relevo Lucelia Santos
 
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2018)
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2018)A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2018)
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2018)Nefer19
 
Dinâmica atmosférica, climática e hidrográfica no planeta terra
Dinâmica atmosférica, climática e hidrográfica no planeta terraDinâmica atmosférica, climática e hidrográfica no planeta terra
Dinâmica atmosférica, climática e hidrográfica no planeta terraClaudia França
 
Atividade 02 curso geografia aplicada
Atividade 02 curso geografia aplicadaAtividade 02 curso geografia aplicada
Atividade 02 curso geografia aplicadanairaeliza
 

Semelhante a Natureza Dinâmica (20)

geografia6_litosfera_atmosfera_hidrosfera.ppt
geografia6_litosfera_atmosfera_hidrosfera.pptgeografia6_litosfera_atmosfera_hidrosfera.ppt
geografia6_litosfera_atmosfera_hidrosfera.ppt
 
Paisagem natural trabalho
Paisagem natural trabalhoPaisagem natural trabalho
Paisagem natural trabalho
 
Unidade 5 cap_1_litosfera_2
Unidade 5 cap_1_litosfera_2Unidade 5 cap_1_litosfera_2
Unidade 5 cap_1_litosfera_2
 
Os Agentes do Relevo - Geografia
Os Agentes do Relevo - GeografiaOs Agentes do Relevo - Geografia
Os Agentes do Relevo - Geografia
 
Relevo agentes formadores e erosivos
Relevo agentes formadores e erosivosRelevo agentes formadores e erosivos
Relevo agentes formadores e erosivos
 
Formação e modelagem do relevo
Formação e modelagem do relevoFormação e modelagem do relevo
Formação e modelagem do relevo
 
RELEVO - Aula de geografia do 2 ano remoto
RELEVO - Aula de geografia do 2 ano  remotoRELEVO - Aula de geografia do 2 ano  remoto
RELEVO - Aula de geografia do 2 ano remoto
 
Paisagens do mundo
Paisagens do mundoPaisagens do mundo
Paisagens do mundo
 
Estudo de geografia 6º ano – 3º trimestre – Novembro – 2012 – Prof.ª Ana ...
Estudo de geografia    6º ano – 3º trimestre – Novembro – 2012 – Prof.ª Ana  ...Estudo de geografia    6º ano – 3º trimestre – Novembro – 2012 – Prof.ª Ana  ...
Estudo de geografia 6º ano – 3º trimestre – Novembro – 2012 – Prof.ª Ana ...
 
O clima no mundo
O clima no mundoO clima no mundo
O clima no mundo
 
Aula 2 geo
Aula 2 geoAula 2 geo
Aula 2 geo
 
A dinâmica da natureza
A dinâmica da naturezaA dinâmica da natureza
A dinâmica da natureza
 
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxmodeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
 
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxmodeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
 
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2017)
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2017)A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2017)
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2017)
 
Geografia relevo aprovação virtual
Geografia relevo aprovação virtualGeografia relevo aprovação virtual
Geografia relevo aprovação virtual
 
O papel do clima na esculturação do relevo
O papel do clima na esculturação do relevoO papel do clima na esculturação do relevo
O papel do clima na esculturação do relevo
 
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2018)
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2018)A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2018)
A Terra e suas Transformações - 6º Ano (2018)
 
Dinâmica atmosférica, climática e hidrográfica no planeta terra
Dinâmica atmosférica, climática e hidrográfica no planeta terraDinâmica atmosférica, climática e hidrográfica no planeta terra
Dinâmica atmosférica, climática e hidrográfica no planeta terra
 
Atividade 02 curso geografia aplicada
Atividade 02 curso geografia aplicadaAtividade 02 curso geografia aplicada
Atividade 02 curso geografia aplicada
 

Mais de Blaunier Matheus (20)

Ed fisica fundamental - 2021
Ed fisica   fundamental - 2021Ed fisica   fundamental - 2021
Ed fisica fundamental - 2021
 
Geo ef - 2021 - volume 2
Geo   ef - 2021 - volume 2Geo   ef - 2021 - volume 2
Geo ef - 2021 - volume 2
 
Geo ef - 2021 - volume 1
Geo   ef - 2021 - volume 1Geo   ef - 2021 - volume 1
Geo ef - 2021 - volume 1
 
Geo ef - 2021 - volume 4
Geo   ef - 2021 - volume 4Geo   ef - 2021 - volume 4
Geo ef - 2021 - volume 4
 
Geo ef - 2021 - volume 3
Geo   ef - 2021 - volume 3Geo   ef - 2021 - volume 3
Geo ef - 2021 - volume 3
 
Artes
ArtesArtes
Artes
 
Educacao fisica fundamental
Educacao fisica   fundamentalEducacao fisica   fundamental
Educacao fisica fundamental
 
Educacaoo fisica medio
Educacaoo fisica   medioEducacaoo fisica   medio
Educacaoo fisica medio
 
Redacao vol1
Redacao vol1Redacao vol1
Redacao vol1
 
Portuguesvol7
Portuguesvol7Portuguesvol7
Portuguesvol7
 
Portugues vol6
Portugues vol6Portugues vol6
Portugues vol6
 
Portugues vol8
Portugues vol8Portugues vol8
Portugues vol8
 
Portugues vol5
Portugues vol5Portugues vol5
Portugues vol5
 
Portugues vol4
Portugues vol4Portugues vol4
Portugues vol4
 
Portugues vol3
Portugues vol3Portugues vol3
Portugues vol3
 
Portugues vol2
Portugues vol2Portugues vol2
Portugues vol2
 
Portugues vol1
Portugues vol1Portugues vol1
Portugues vol1
 
Matematica vol6
Matematica vol6Matematica vol6
Matematica vol6
 
Matematica vol5
Matematica vol5Matematica vol5
Matematica vol5
 
Matematica vol4
Matematica vol4Matematica vol4
Matematica vol4
 

Último

Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptxCLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptxFranciely Carvalho
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...EvandroAlvesAlves1
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 

Último (20)

Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptxCLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 

Natureza Dinâmica

  • 2. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 2 Índice ☺ A dinâmica da natureza. ☺ Os elementos das paisagens naturais. ☺ Clima, relevo, solo, hidrografia, a fauna e a flora. ☺ Os grandes domínios naturais do planeta ☺ Regiões tropicais; ☺ Regiões equatoriais. ☺ As regiões temperadas ☺ As zonas polares ☺ Os desertos ☺ As altas montanhas. OBJETIVOS  Compreender a dinâmica da natureza;  Entender os conceitos ligados ao meio ambiente ( solo, clima, relevo, hidrografia)  Localizar os principais domínios naturais do planeta.  Ter um noção dos aspectos naturais de cada região no mundo.  Região tropical, polar, temperada, desérticas e altas montanhas
  • 3. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 3 A DINÂMICA DA NATUREZA O habitat do homem é a superfície terrestre. Por habitat devemos entender o local de moradia, as áreas próprias à sobrevivência, à fixação de uma espécie. O homem é um ser vivo que não possui um área específica, um tipo de clima ou de relevo que determine sua fixação. Ele pode viver praticamente em qualquer parte da superfície da Terra. A superfície terrestre é uma fina camada de nosso planeta com menos de 20 km de espessura, é composta de elementos sólidos litosfera, líquidos hidrosfera e gasosos atmosfera . Reunidos nessas três esferas, os seres vivos formam a biosfera ou esfera da vida. Nela , o conjunto das espécies relacionadas com os aspectos físicos do ambiente ( clima, relevo, solo e seres vivos ), compõem os ecossistemas Os elementos e fenômenos presentes na superfície terrestre estão em permanente interação . A ação humana modifica o meio natural com tamanha intensidade que hoje praticamente não existe natureza “original” pois o homem se apropriou dela para construir seu ambiente de vida. Uma das maneiras de iniciar o estudo do espaço é percebendo as diferenças do espaço natural e geográfico. Observamos então que alguns dos elementos formadores do meio ambiente, como a vegetação, os rios , os solos, etc. , são produzidos diretamente pela natureza. Outros são resultados da atividade humana - os edifícios, as ruas, a agricultura, as pontes e barragens etc. OS ELEMENTOS DA PAISAGEM NATURAL O meio ou paisagem natural de uma área consiste nos elementos da natureza que interagem naquele lugar, são interdependente e interessam aos seres humanos, porque ocupar esse espaço significa se relacionar com eles ( clima , estrutura geológica e relevo, solo, hidrografia, vegetação e fauna originais). O CLIMA é o nome que se dá às condições atmosféricas que costumam ocorrer num determinado lugar. A diferença é que o tempo de uma área é algo momentâneo, que varia constantemente, ao passo que o clima e a sucessão habitual dos tipos de tempo de um determinado local da superfície terrestre. Quando alguém diz que o tempo está “bom”, “chuvoso” ou “nublado”, refere-se às características atmosféricas de determinado lugar em um momento específico. O tempo pode mudar em questão de horas, dias ou semanas. O conceito de clima, porém envolve uma escala temporal mais ampla.
  • 4. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 4 Por exemplo: dizemos que em Manaus está chovendo neste instante ou que no dia de ontem fez muito calor, estamos nos referindo ao tempo e não ao clima. Todavia quando afirmamos que Manaus é quente e úmida, estamos descrevendo de forma bem simplificada, o clima dessa cidade e não o tempo. O tempo, portanto, reflete um instante precioso um estado atmosférico , temperatura, pressão, umidade ,etc. que costuma variar de um momento para outro, já o clima é o que ocorre normalmente, considerando-se as variações do tempo atmosférico, durante o ano. MASSA DE AR – O elemento mais importante para as variações atmosféricas são as massas de ar. Massas de ar são volumes da atmosfera ( semelhantes a enormes “bolhas” ou “bolsões” ) que possuem propriedades em comum ( pressão temperatura, umidade ) em virtude da área onde se localizam . Assim existem massas de ar polares ( frias), equatoriais e tropicais (quentes ), que podem ser oceânicas ( mais úmidas) ou continentais ( mais secas ). As massas de ar se movimentam constantemente. Com freqüência uma acaba empurrando a outra e ocupando seu lugar . A dinâmica das massas de ar é responsável pela maior parte das alterações do tempo de uma lugar ( vinda do frio, as chuvas , etc. ) o encontro entre duas massas de ar recebe o nome de frente, ocorre uma frente fria, por exemplo quando a massa polar desloca, empurrando a tropical e ocupando-lhe o espaço. O RELEVO Você sabia o que é relevo e quais as suas formas ? Não? O relevo é o conjunto das diferenças de nível da superfície terrestre. Os tipos mais comuns de relevo são as montanhas, as depressões, os planaltos, as planícies, as colinas, os terraços, os vales, os vários tipo de litoral e outros. Podemos afirmar que o relevo se forma e se altera devido a fatores internos e externos. Os fatores Internos ou geológicos ligados à estrutura geológica da área - são o vulcanismo, os abalos sísmicos, terremotos e maremotos e o tectonismo.Os fatores externos são o intemperismo ou meteorização (ação da temperatura das águas e outros agentes sobre as rochas, provocando decomposições), a ação dos ventos, dos rios das enxurradas, das torrentes, das geleiras, dos oceanos e dos seres vivos. A superfície terrestre não é totalmente plana. Nela encontramos regiões elevadas, rebaixadas e onduladas. A superfície da Terra é irregular e o conjunto dessas diferenças dar-se o nome de relevo. Cada uma das formas do relevo apresenta características próprias, por isso recebem nomes diferentes.
  • 5. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 5 Veja no mapa a seguir a nova classificação do relevo brasileiro. Vamos conhecer as principais formas do relevo!! Planalto é uma superfície mais ou menos plana e elevada, onde predomina o processo de desgaste, ou seja, a erosão. As superfícies são desgastadas pelo vento, sol, chuva, etc. Planície é uma região mais ou menos plana de origem sedimentar, onde predomina o processo de acúmulo de materiais. Esses materiais são sedimentos compostos por cascalho , areia, argila e outros. O cascalho é proveniente do desgaste e erosão das regiões mais elevadas. Existem as planícies costeiras ou litorâneas, junto ao litoral; e as planícies continentais, situadas no interior do continente.
  • 6. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 6 Você sabia que ... A cidade de Sorocaba esta localizada numa depressão periférica Montanha é uma grande elevação resultante do choque das placas tectônicas que se situam no interior da Terra. Em geral, a palavra montanha é utilizada para designar grandes elevações. Para pequenas elevações do terreno, usamos a expressão colina e para as médias elevações, a palavra morro. Quando encontramos um alinhamento de montanhas, denominamos o conjunto de cordilheira ou cadeia montanhosa. Chapada é um planalto de rochas sedimentares que apresenta topo plano e encostas íngremes. Cuesta é um planalto formado por uma sucessão alternada de camadas rochosas (sedimentares e magmáticas), que possuem diferentes resistências ao desgaste (erosão). Por isso apresenta uma encosta íngreme de um lado e um declive suave do outro. Tipos de Depressões São regiões rebaixadas e podem ser do tipo: ❖ absoluta: quando está abaixo do nível do mar; ❖ relativa: quando está acima do nível do mar; ❖ periférica: são áreas rebaixadas situadas entre um planalto cristalino de um lado e um planalto sedimentar do outro. A ESTRUTURA GEOLÓGICA E O RELEVO O tipo de terreno de um lugar (sua origem e as rochas que o compõem) constituem a estrutura geológica desse lugar . Sua importância para o meio ambiente do homem decorre das riquezas minerais a ela associadas e de seu papel para a formação do relevo. O relevo consiste na forma de um terreno, no seu modelado parte elevadas e baixas, vales e montanhas , planícies etc.
  • 7. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 7 O relevo e uma região que depende basicamente do clima, temperatura, chuvas etc., que lentamente vão mudando o relevo e do tipo de rocha, isto é da estrutura geológica desse lugar. Existem três tipos principais de estrutura geológica : 1º ÁREAS DE DOBRAMENTOS MODERMOS OU TERCIÁRIOS- São regiões que sofreram grandes dobaremos com elevações do terreno, em conseqüência de pressões vindas do interior do planeta . Constituem as cadeias montanhosas jovens. Como as Rochosas , os Alpes (foto ao lado), os Andes, o Himalaia, etc. 2ºESCUDOS CRISTALINOS ( MACIÇOS ANTIGOS)_ São compostos por rochas ígneas ou magmáticas e metamórficas , de idades geológicas bem antigas. Esse tipo de terreno geológico costuma dar origem a relevos planálticos e pode apresentar ferro, manganês, ouro, alumínio e outras riquezas minerais. 3º BACIAS OU TERRENOS SEDIMENTARES – Mais recentes que os escudos cristalinos. Esses terrenos são constituídos por rochas sedimentares, originando as planícies e os planaltos sedimentares. As riquezas minerais que aparecem nessas bacias são o petróleo e o carvão.
  • 8. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 8 O SOLO O solo é a camada superficial de terra arável, possuidora de vida microbiana. O solo é um complexo vivo, formado pela decomposição das rochas por processos físicos, químicos e biológicos onde existem água, ar, matéria orgânica (vegetais e microorganismo) e minerais. Na realidade solo é a camada superficial dos continentes e das ilhas, na qual as rochas originais foram decompostas – atinge espessuras pequenas : normalmente algumas dezenas de centímetros. Os solos aparecem divididos em horizontes de camadas, que aparecem num perfil. Podemos observar nos barrancos da beira da estrada, por exemplo o solo dividido em vários perfis. O horizonte A, mais superficial, é rico em matéria orgânica (por isso mais escuro); o horizonte B apresenta pouca matéria orgânica; e o horizonte C que é essencialmente mineral representa o primeiro estágio da decomposição da rocha; abaixo dele aparece a rocha matriz ( inalterada). São comuns as expressões “ solos férteis”, “solos ruins”, “bons solos”, etc. Essa adjetivação liga-se a importância dos solos para o homem: bons ou férteis são aqueles que permitem boas colheitas agrícolas; péssimos são os que limitam ou tornam inviável e estabelecimento da agricultura no local. Por exemplo alguns solos são famosos por sua fertilidade;  Solo negro ( tchernoziom)  Solo de terra roxa ;  Solo de massapé; Existem outros tipos de solos que são famosos por motivos contrário: é o caso dos desertos em que há falta de água; solos tropicais, que formam crostas ferruginosa devido a intenso processo de lixiviação ( lavagem do solo pela chuva, que levou elementos como o potássio, cálcio e outros, deixando o ferro que endurece o solo). Embora existam de fato solos melhores e piores para a agricultura, isso deve ser visto de maneira relativa. Assim, algumas áreas outrora consideradas inférteis acabam por se tornar produtivas através de técnicas racionais de cultivo. Como exemplo, podemos lembrar o deserto de NEGUEV, em Israel, recuperado para a agricultura através da irrigação e de modernas técnicas agrícolas.
  • 9. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 9 Da mesma forma, solos com certas deficiências, como pobreza em potássio ou excesso de acidez, podem ser corrigidos com o uso adequado de adubos e fertilizantes. Como exemplo disso, temos a colagem ( adição de calcário ) no solo brasileiro do cerrado (Goiás, Mato Grosso do Sul etc.), que até os anos 60 eram considerados inférteis pelo excesso de acidez e hoje produzem grandes quantidades de soja e até de trigo. Todavia, o contrário pode ocorrer: bons solos podem empobrecer e apresentar menos rendimento agrícola quando forem empregadas técnicas de cultivo inadequados. Por exemplo, a agricultura tradicional e itnerante em que o agricultor queima a mata e planta de forma extensiva e sem emprego de técnicas para evitar o desgaste (como a rotação de culturas ou estabelecimentos de curvas de nível, de terraceamento em áreas acidentadas), acaba empobrecendo solos que no passado foram férteis. A HIDROGRAFIA A hidrografia pode ser subterrânea ( lençóis de água do subsolo), de superfície ( rios e lagos ) ou marítima ( oceanos e mares). Trata-se de um elemento essencial às coletividades humanas , pois da hidrografia depende o suprimento de boa parte das necessidades individuais e sociais: de abastecimento de água para as populações , navegações, produção de energia elétrica, escoamento de resíduos, irrigação de certos solos e mesmo fornecimento de alimentos ( peixes ) ou oportunidade de lazer. De acordo com o relevo, costuma-se reconhecer dois tipos de rios: de planície, que correm mansamente e não apresentam grandes cachoeiras, sendo portanto bons para a navegação; e de planalto que correm em áreas acidentadas, apresentando cachoeiras e corredeiras; por isso são poucos navegáveis e possuem maior potencial hidráulico que os primeiros. Tais condições podem ser alteradas, mesmo os rios de planalto podem tornar-se navegáveis com a construção de barragens e eclusas , com o alargamento de certos trechos e a drenagem de outros. Mesmo os rios de planície necessitam de drenagem em certos locais para serem perfeitamente navegáveis. E também eles podem ser aproveitados para a construção de usinas hidrelétricas. Algumas vezes é possível desviar o curso do rio, levando-o para uma região acidentada, o que aumenta sua capacidade como fonte de energia. Vamos conhecer um pouco da rede hidrográfica brasileira ?
  • 10. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 10 O Brasil possui uma das maiores e mais diversificadas redes hidrográficas do mundo. A maior parte dos rios brasileiros é de planalto, o que permite ao país um grande aproveitamento hidrelétrico. As bacias dos rios Amazonas e Paraguai ocupam áreas de planícies, mas as bacias do São Francisco e do Paraná ocupam áreas de planalto. Nessas duas últimas bacias encontramos importantes usinas hidrelétricas. Apesar da grande quantidade de usinas hidrelétricas, o potencial hídrico brasileiro não é explorado em sua totalidade, pois as hidrovias (transporte de cargas e passageiros pelos rios) ainda ocupam uma posição secundária no sistema de transportes do país. Os rios brasileiros são alimentados pelas águas das chuvas, ou seja, possuem regime pluvial. No Brasil, predomina o clima tropical, com chuvas concentradas no verão. Por isso, na maior parte dos rios brasileiros ocorrem cheias nessa época do ano. A maioria dos rios brasileiros são perenes, ou seja, nunca secam. Mas, na região semi-árida do Nordeste há rios que secam no período de longa estiagem (seca). Esses rios são chamados de temporários ou intermitentes. O que você entende por bacia hidrográfica?
  • 11. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 11 Exemplo: a tundra, é um tipo de vegetação nativa correspondente, ao clima frio polar, sendo que nessa paisagem existe toda uma fauna nativa: ursos polares, pingüins, focas, renas, etc. Nas regiões tropicais de climas quentes e semi-úmidos, existem uma fauna e flora característica. Por exemplo: as savanas da África ou cerrados do Brasil Central e uma fauna também específica leões, macacos, rinocerontes, hienas, zebras e outros animais na África, antas, capivaras e outros no Brasil. Bacia hidrográfica ou fluvial é o conjunto de terras drenadas (banhadas) por um rio principal e seus afluentes, ou ainda por rios que não pertencem a nenhum canal principal. As bacias podem ser principais ou secundárias. Bacia principal: quando um conjunto de terras é drenado por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. Bacia secundária: quando um conjunto de terras é drenado por rios que não pertencem a nenhum canal principal, ou seja, correm independentes. Você sabia que. O Brasil possui sete bacias hidrográficas, sendo quatro principais e três secundárias? A flora e a fauna Quando nos referimos a vegetação, ou a flora, ou mesmo à fauna de uma região, geralmente levamos em conta apenas as plantas e os animais nativos e não os que são criados ou plantados pelo homem. Neste último caso falamos em pecuária ( criação) ou em agricultura ( cultivo ). A vegetação natural de uma área em geral é intimamente ligada à vegetação e, portanto, também ao clima.
  • 12. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 12 Assim, via de regra cada tipo principal de clima possui uma vegetação nativa. As paisagens com flora e faunas naturais já não existem mais, a não ser em algumas poucas regiões do globo em reservas florestais dentro de alguns países. Os Grandes Domínios Naturais do Planeta. Você sabe o que são os grandes domínios naturais? São regiões da Terra onde os diferentes elementos do meio natural, como o clima, o relevo, o solo, a hidrografia e a vegetação interagem formando paisagens que apresentam uma certa homogeneidade (aspectos parecidos). Essas regiões são: Regiões tropicais, Regiões temperadas, Regiões polares, Regiões desérticas e Altas montanhas. Regiões Tropicais As regiões tropicais localizam-se principalmente entre os Trópicos de Capricórnio e de Câncer (zona intertropical). Nessa zona também aparecem outros domínios naturais muito diferentes da região tropical: desertos, e altas montanhas. O Clima nas Regiões Tropicais O clima é muito importante na formação das grandes paisagens naturais. Ele condiciona (determina) o tipo de vegetação, as características hidrográficas, do relevo e do solo. Agora você verá os tipos de clima encontrados nas regiões tropicais e quais as suas características. Nas regiões tropicais encontramos dois tipos de clima: Equatorial e Tropical. Clima Equatorial É o clima existente nas áreas próximas à linha do Equador, norte da América do Sul, parte central da África e sul da Ásia. O clima Equatorial apresenta as seguintes características:  Temperaturas sempre elevadas (médias anuais de 26ºC a 28ºC)  Chuvas abundantes durante o ano (acima de 2.000mm)  As amplitudes térmicas diárias e anuais são baixas em torno de 6ºC
  • 13. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 13 Clima Tropical É o clima existente nas regiões que se afastam do Equador em direção aos trópicos de Câncer ( no hemisfério norte) e de Capricórnio (no hemisfério sul). O clima tropical apresenta as seguintes características:  Temperaturas elevadas – a média anual fica acima de 20ºC, e a média do mês mais frio não é inferior a 18ºC.  As chuvas são abundantes – (Entre 1.000 e 2.000mm anuais). Uma estação seca (inverno) alterna-se com uma estação chuvosa (verão).  Nas áreas litorâneas, a pluviosidade (quantidade de chuvas) é maior e no interior das continentes é menor.  As frentes frias provocadas pelas massas polares são comuns em algumas áreas, diminuindo a temperatura por breves períodos de tempo.  As regiões tropicais são influenciadas por massas de ar equatoriais e tropicais: massas quentes, que podem ser secas ou úmidas, dependendo da sua origem. O Clima Brasileiro. Veja agora quais são os elementos e fatores climáticos e como influenciam o tempo e o clima. O clima de uma região é determinado por fatores climáticos e influenciado por elementos climáticos. Os fatores climáticos são: latitude, altitude, correntes marítimas, continentalidade e vegetação. O resultado da combinação desses fatores é o clima. Os elementos climáticos são: temperatura, chuva, umidade do ar, ventos e pressão atmosférica. O resultado da combinação desses elementos é o tempo. O tempo é algo momentâneo, que sofre variações constantes. O clima é algo duradouro e permanente. Quando dizemos que o Brasil é um país tropical, ou que uma cidade em geral, é quente e úmida, estamos nos referindo ao clima. Quando dizemos que está chovendo, ou que hoje está frio ou quente, estamos nos referindo ao tempo. Enfim, podemos dizer que o clima de uma cidade é tropical, mas o tempo pode estar quente ou frio. A maior parte do Brasil está situada na zona tropical (92%), sendo que apenas o sul do país está abaixo do trópico de capricórnio. Devido a essa posição geográfica, o Brasil apresenta, na maioria do seu território, climas quentes e úmidos. Assim podemos afirmar que as temperaturas elevadas e a grande umidade são as características climáticas mais marcantes do país.
  • 14. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 14 A temperatura é um dos elementos climáticos mais importantes e possui várias características, tais como:  Temperaturas máximas são as temperaturas mais elevadas de uma região. No Brasil situam-se em geral, entre 40º e 44ºC.  Temperaturas mínimas são as temperaturas mais baixas de uma região. No Brasil as temperaturas dificilmente são inferiores a 10ºC abaixo de zero, mas em algumas cidades, já foram registradas temperaturas inferiores.  Média térmica é obtida pela média aritmética das temperaturas. Pode ser diária, mensal ou anual. As médias térmicas anuais mais elevadas são encontradas no sertão do nordeste (28ºC), já as mais baixas são encontradas no sul (14ºC). Relação entre a Temperatura e os Fatores Climáticos Como podemos relacionar a temperatura com os fatores climáticos? Latitude – A temperatura varia na razão inversa da latitude, ou seja, as regiões de baixa latitude (mais próximas a linha do Equador) apresentam temperaturas elevadas, e as regiões de alta latitude (mais distantes do Equador) apresentam temperaturas reduzidas. Altitude – A temperatura também varia na razão inversa da altitude, pois nas regiões mais elevadas, as temperaturas são menores que nas regiões mais baixas. Continentalidade – As áreas próximas ao mar apresentam, em geral uma pequena amplitude térmica. Já as áreas situadas no interior do continente possuem amplitudes térmicas mais elevadas. Cidades situadas na mesma latitude, ou em latitudes muito próximas, apresentam amplitudes térmicas diferentes se uma estiver localizada no litoral e outra no interior do continente. CHUVAS O Brasil possui médias pluviométricas anuais em torno de 1.000mm. Mas em algumas regiões essa média pode ser menor ou maior. Quanto a distribuição das chuvas no Brasil, podemos distinguir três áreas principais: áreas de chuvas abundantes, de chuvas escassas e satisfatórias. ➢ Áreas de chuvas escassas – Apresentam os menores índices pluviométricas do país, em geral inferiores a 1.000mm anuais. Destacamos o sertão nordestino e o vale médio do rio São Francisco.
  • 15. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 15 ➢ Áreas de chuvas abundantes – Com mais de 2.000mm anuais, destacamos as seguintes regiões:  Serra do mar (SP);  Porções centro-ocidental da Amazônia;  Litoral do Amapá e Ilha de Marajó;  Litoral da Bahia. ➢ Áreas de chuvas satisfatórias – Executando-se as regiões já mencionadas, o restante do país possui chuvas regulares. Os índices pluviométricos situam-se entre 1.000mm e 2.000mm anuais, no centro-oeste, no Sudeste e no Sul. Regimes pluviométricos do Brasil – Regime pluviométrico é a distribuição das chuvas durante o ano. Veja no mapa a seguir os tipos de climas encontrados no Brasil e observe a sua relação com a distribuição das chuvas. Regime Equatorial: Chuvas abundantes o ano todo (região da Amazônia); Regime Tropical: Chuvas mais concentradas no verão. Esse é o regime que predomina no país; Regime Subtropical: Chuvas bem distribuídas pelos meses do ano (região Sul) Quais as massas de ar que atuam no Brasil e quais as suas características? O Brasil sofre influência de cinco massas de ar: ➢ Massa polar atlântica: entra no Brasil pela região Sul. Essa massa provoca quedas bruscas nas temperaturas das regiões Sul, Sudeste, no litoral nordestino e na Amazônia Ocidental. ➢ Massa tropical atlântica: é uma massa quente e úmida, que atua desde o litoral do Nordeste até o Sul do país.
  • 16. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 16 Você sabia que ... A maior floresta equatorial do mundo é a Floresta Amazônica, localizada em sua maior parte em terras brasileiras. A floresta amazônica é muito densa (cheia), fechada e possui grande variedade de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se pela grande umidade, por elevadas temperaturas e pequena amplitude térmica (pequena variação de temperatura). ➢ Massa equatorial atlântica: é uma massa quente e úmida que atua no litoral das regiões Norte e Nordeste do país. ➢ Massa equatorial continental: é quente e úmida, por isso provoca chuvas quase diárias na região amazônica durante o outono e o verão. ➢ Massa tropical continental: é quente e seca. Essa massa é a que menos atua no Brasil, sua influência limita-se apenas a alguns estados do Sul e Centro-Oeste. VEGETAÇÃO DO BRASIL Devido à sua grande variedade de climas, o Brasil apresenta uma formação vegetal muito variada. As principais formações são: A vegetação nas regiões tropicais: nas regiões tropicais, devido ao calor e à umidade, desenvolveram-se exuberantes florestas equatoriais e tropicais. Você sabe quais são as principais características da vegetação das regiões tropicais? São florestas densas, com uma grande variedade de espécies arbóreas. Observe no mapa a seguir os tipos de vegetação encontrados no Brasil.
  • 17. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 17 FORMAÇÕES FLORESTAIS DAS REGIÕES TROPICAIS. Florestas equatoriais: apresentam vários andares, com árvores muito altas, onde abaixo delas desenvolvem-se outras de menor tamanho. São florestas fechadas e a vegetação rasteira é quase inexistente. As copas das árvores impedem a penetração da luz solar, mas, por outro lado, protegem o solo, diminuindo o impacto das chuvas sobre ele. Florestas tropicais: apresentam características parecidas com as equatoriais, porém são mais abertas e o tamanho de suas árvores é menor. Boa parte dessas florestas já foi destruída pela ação do homem. Você sabia que... A Mata Atlântica é uma Floresta Tropical Úmida e estendia-se do Cabo São Roque (RN) até o Rio Grande do Sul? Depois do descobrimento do Brasil, ela passou por 500 anos de devastação. A Mata Atlântica começou a ser devastada no século XVI, quando começou em nosso país um ciclo econômico baseado na extração do pau-brasil, que era uma madeira de onde se retirava uma tinta vermelha utilizada como corante de tecido. O extrativismo do pau-brasil foi tão grande que hoje ele só é encontrado em jardins botânicos. Outras madeiras da Mata Atlântica foram utilizadas na fabricação de navios, na construção de aldeias e cidades. No auge do cultivo da cana-de-açúcar e do gado, a floresta passou a ser derrubada para dar lugar à ocupação humana (cidades), que, em geral, se encontravam na faixa litorânea. Os grandes engenhos de açúcar (época colonial) e suas instalações foram construídos com madeira extraída da Mata Atlântica. Mais tarde, com a expansão dos núcleos habitacionais, a mata foi sendo ocupada por loteamentos e pela crescente urbanização (crescimento das cidades). A Mata Atlântica apresenta-se muito densa, emaranhada e com grande variedade de vegetais higrófitos (adaptados à umidade) e perenes (folhas sempre verdes). A evaporação da água do mar e os ventos que sopram em direção ao continente fazem com que a água se resfrie e se condense ao atingir as serras litorâneas, provocando chuvas constantes na região. Essas chuvas garantem a umidade necessária para a formação da floresta tropical que litoralacompanha todo o brasileiro. SAIBA COMO ESTÁ A MATA ATLÂNTICA. Hoje 90% da área que era ocupada pela Mata Atlântica apresenta sinais de devastação, principalmente pela ação do homem.. Os trechos que sobraram, embora pareçam estar protegidos pela topografia acidentada (muito inclinada, de difícil acesso) da Serra do Mar, continuam a sofrer ataques de madeireiros e caçadores. Essa vegetação desenvolveu-se em uma extensa cadeia montanhosa
  • 18. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 18 Você sabe o que é uma floresta latifoliada? É a mesma floresta úmida da encosta das serras onde se encontra a Mata Atlântica, mas, como se desenvolveu no lado oposto ao mar, a floresta latifoliada tropical não é influenciada diretamente pela umidade marítima trazida pelos ventos. Essa floresta é muito densa, possuindo árvores muito altas com troncos grossos. Quando essa vegetação desenvolve-se em solo de arenito e calcário, o seu aspecto se modifica, tornando-se menos densa (mais espaçada), com árvores mais baixas e troncos finos. Como a região possui solos muito férteis para a agricultura, a floresta foi sendo desmatada para dar lugar à fazendas e sítios. Assim, restam hoje apenas alguns trechos espalhados da formação original. Veja a diferença da floresta aciculifoliada ! Mais conhecida como Mata das Araucárias, essa floresta existe em maior quantidade em regiões de clima subtropical e tropical de altitude, estendendo-se desde o sul de São Paulo até norte do Rio Grande do Sul. Essa vegetação é encontrada também nos trechos mais íngremes (inclinados) do relevo como Campos do Jordão (SP). Entre as espécies, destaca-se o pinheiro-do-paraná, mas existem também outras espécies conhecidas como a imbuía , o cedro e o ipê. Como essa floresta possui solos férteis para a agricultura, ela também passou por um processo de intensa devastação, para dar lugar a propriedades rurais. Você conhece a Mata do Cocais? A Mata dos Cocais é uma floresta de transição, isto é, uma mata que fica em uma região de mudança entre a umidade da Floresta Amazônica e as zonas secas do Nordeste, como a Caatinga. Ocupa regiões dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. As espécies vegetais mais encontradas são as palmeiras, entre as quais se destacam o babaçu e a carnaúba. Você sabia que. A floresta Aciculifoliada indica que as árvores apresentam folhas pontiagudas, no formato de agulha.
  • 19. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 19 O babaçu desenvolve-se rapidamente e pode atingir até 15 metros. Sua exploração econômica é muito importante, pois dele se extraem vários produtos como o óleo, o álcool, coberturas para habitações, acetatos, glicerinas, entre muitos outros produtos. A carnaúba também é muito importante economicamente, pois de suas folhas se extrai cera. Observe o que são Matas Galerias ou Ciliares. São matas que se desenvolvem ao longo das margens dos rios e dependem da sua umidade. Em geral, quanto mais próximas estiverem dos rios, mais fechadas e ricas se apresentam, e, à medida que a umidade diminui, elas vão cedendo lugar a outros tipos de formação vegetal, que exigem menor quantidade de água. Sua principal importância é proteger as margens dos rios contra a erosão. Essa vegetação é bastante diversificada, podendo apresentar seringueiras, palmeiras, além de outras. FORMAÇÕES CAMPESTRES Você sabe como se dividem e quais as características das formações campestres? As formações campestres são formadas por vegetais rasteiros, como gramíneas e pequenos arbustos. Aparecem, em geral, em áreas de topografia (forma de terreno) suave ou plana. Quando as formações campestres são compostas por gramíneas, chamam-se campos limpos e, quando são compostas por gramíneas e arbustos, chamam-se campos sujos. As principais formações campestres presentes no Brasil são: Campos Meridionais, Campos da Hiléia e Campos Serranos. Campos Meridionais: são também conhecidos como Campos Limpos e aparecem em manchas (regiões) esparsas (espalhadas), a partir da latitude de 20% Sul. Aparecem em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Campos da Hiléia: são também conhecidos como Campo de Várzea, já que são sempre inundados nas épocas de cheias. Aparecem no Baixo Amazonas e no estado do Pará, especialmente a oeste da ilha de Marajó. Campos Serranos: Surgem em pontos mais elevados do território nacional, onde o relevo ultrapassa a 1.500 m., como nas serras da Bocaina e Itatiaia.
  • 20. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 20 Fique sabendo como se divide e quais as características da Formações Complexas. O nome Formações Complexas indica a grande variedade de espécies animais e vegetais que existem nessas regiões. As principais Formações Complexas brasileiras são: o Cerrado, a Caatinga e o Complexo do Pantanal. No mapa ao lado você pode localizar os principais ecossistemas brasileiros. Ocorre nas áreas de clima tropical, onde a estação seca é mais prolongada. A savana (ou cerrado) é uma formação arbustiva muito comum na África e no Brasil recebe o nome de cerrado. São constituídas por arbustos, vegetais de pequeno porte, com galhos retorcidos, poucas folhas e desenvolvem-se espalhados e isolados por uma vegetação rasteira. Em geral, o solo é ácido e pouco fértil. No Brasil aparecem na região Centro-Oeste, embora também apareça em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Tocantins.
  • 21. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 21 Caatinga: é a vegetação que caracteriza o sertão nordestino, onde o clima é semi-árido, com uma quantidade muito pequena de chuvas. As principais características da Caatinga são: É constituída por árvores e arbustos que perdem suas folhas na estação seca. Os arbustos são espinhentos; é uma vegetação do tipo xerófila, ou seja, é uma vegetação de ambiente seco; apresenta vegetais de galhos tortuosos, com raízes longas e numerosas; apresenta, em geral, folhas pequenas. A falta de água provoca vários tipos de adaptação nos vegetais da Caatinga, que vão desde a perda das folhas na estação seca até o aparecimento de raízes longas, em busca de lençóis subterrâneos de água. Complexo do Pantanal: essa formação ocupa a planície do Pantanal mato-grossense, e possui espécies vegetais dos campos, dos cerrados e até da caatinga. O Pantanal é uma das regiões mais ricas em espécies vegetais e animais do planeta. O Pantanal é composto por três tipos de áreas: as áreas que estão sempre alagadas, as que estão periodicamente alagadas e as que não sofrem inundação. Você conhece vegetações litorâneas? As formações vegetais litorâneas aparecem ao longo do litoral brasileiro. Podemos distinguir dois tipos de vegetação: as formações dos litorais arenosos e os manguezais . Formações dos Litorais Arenosos São vegetações herbáceas e arbustivas que vivem junto ao litoral, em solo arenoso e salgado. Nas praias essa vegetação é mais pobre, mas nas dunas é mais diversificada e contínua, devido à maior quantidade de nutrientes e menor presença de cloreto de sódio (sal).
  • 22. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 22 Manguezais: é uma vegetação típica dos litorais tropicais e que aparece em locais que estão sujeitos à subida e descida das marés ou são banhados por água salgada. São vegetais halófilos, ou seja, são vegetais de ambiente salino. Possuem raízes aéreas , que saem da terra e respiram oxigênio. São encontrados em quase todo o litoral, as maiores quantidades aparecem no litoral norte. A DEVASTAÇÃO DAS MATAS E FLORESTAS BRASILEIRAS Você sabia que o Brasil possui o título, nada invejável, de campeão mundial de desmatamentos? Existem milhares de focos de desmatamento por todo o país: ➢ Destruição dos manguezais; ➢ Ocupação irracional da Amazônia; ➢ extinção de várias espécies na Mata Atlântica; ➢ incêndios criminosos nos Cerrados, entre muitos outros. A devastação (destruição) do meio ambiente está relacionada com vários fatores, como, por exemplo, o crescimento populacional. Para se alimentar um contingente cada vez maior de pessoas, é necessário ocupar cada vez maiores áreas de cultivo. Os hábitos sociais, econômicos e políticos de nossa civilização contribuem para o uso irracional dos recursos naturais.
  • 23. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 23 Os recursos naturais do nosso planeta não são inesgotáveis. Por isso, seria necessário procurar equilibrar o desenvolvimento tecnológico e industrial com a preservação do meio ambiente. Isto é possível desde que o homem procure conhecer o funcionamento dos ecossistemas, ou seja, conhecer como a natureza mantém relações de equilíbrio entre o ambiente, os animais e os vegetais, e procurar desenvolver formas de tecnologia que respeitem essas relações de equilíbrio. Existem muitas técnicas desenvolvidas dessa forma, por exemplo: ➢ formas de combate a pragas agrícolas (insetos) utilizando outros insetos predadores, ou seja, insetos que conheçam as pragas, evitando o uso de substâncias tóxicas que contaminam o ambiente; ➢ reciclagem (reutilização) de matérias-primas como o papel (o que economiza árvores); ➢ preservação das matas ciliares, que, além de evitar a erosão, evita que produtos tóxicos contaminem os rios. Existem previsões sobre o que poderá acontecer se a devastação continuar como está hoje. Essas previsões afirmam que no futuro a área da Floresta Amazônica terá uma devastação de cerca de 1.500.000 km2 , e a Mata Atlântica estará praticamente extinta. Teste os seus conhecimentos, respondendo em seu caderno as seguintes questões. 1. Como o homem modifica o meio ambiente? 2. Qual a diferença entre clima e tempo? 3. As massas de ar interfere no clima de Votorantim? Sim ou não ? Justifique a sua resposta. 4. Cite os tipos mais comuns de relevo? 5. O que você entende por solo? E qual é o solo adequado para uma boa produção agrícola? 6. Escreva o que você entendeu por bacia hidrográfica? 7. Por que os rios de planaltos são importantes para a produção de energia elétrica? 8. Quais são as causas do desmatamentos no Brasil? AS REGIÕES TEMPERADAS Você sabe onde se localizam as regiões temperadas? As regiões temperadas localizam-se nas latitudes médias, principalmente entre os trópicos e os círculos polares. Nessas áreas, entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico (Hemisfério Norte) e entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico (Hemisfério Sul), também aparecem outros domínios naturais: desertos e altas montanhas.
  • 24. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 24 Vamos ver como é o clima nas regiões temperadas e o resto do mundo. Nessas regiões existem três tipos climáticos decorrentes das diferenças de latitude e da continentalidade: • Temperado Oceânico Ocorre na fachada ocidental da Europa, do Canadá e do Chile. Devido à influência dos ventos úmidos de oeste provenientes dos oceanos, apresenta as seguintes características: Ð Chuvas bem distribuídas ao longo do ano, acentuando-se no inverno; Ð Amplitude térmica pequena; Ð Temperatura média do mês mais frio inferior a 18º C. No mapa a seguir você tem a localização dos tipos de climas no mundo. Observe com atenção.
  • 25. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 25 • Temperado Continental Ocorre nas áreas situadas no interior dos continentes até seus limites orientais, onde as chuvas são menos abundantes. Apresenta as seguintes características: Ð Semi-úmido - pluviosidade moderada (média anual 600mm), ocorrendo principalmente no verão; Ð Precipitação nival nos meses de inverno; Ð Temperatura média anual entre 8ºC a 13 º C. ; Ð Grande amplitude térmica: a temperatura do mês mais quente é sempre superior a 10ºC e as temperaturas abaixo de 0ºC são freqüentes no mês mais frio. • Temperado Mediterrâneo Ocorre nos limites entre os domínios tropicais e temperados, em torno do Mar Mediterrâneo, na costa da Califórnia (EUA), litoral central do Chile, sul da África e da Austrália. Apresenta as seguintes características: Ð Os invernos são suaves e os verões, quentes e secos; Ð As chuvas concentram-se nos meses mais frios (média anual de 500mm); Nas regiões temperadas, a circulação atmosférica é intensa devido à latitude. São áreas de confronto de massas de ar vindas das áreas polares e das áreas tropicais, continentais e oceânicas. Somente nos climas temperados as quatro estações do ano (verão, inverno, primavera e outono), apresentam-se bem definidas e diferenciadas umas das outras. E vegetação da regiões temperadas, você sabe quais as suas características e os seus tipos? A grande variação climática provoca nas regiões temperadas uma cobertura vegetal muito diversificada. Nessas regiões podem ser encontradas: • Florestas temperadas Foram as mais destruídas entre as formações florestais do mundo. Aproximadamente 2/3 da população mundial vive nas regiões temperadas. A exploração econômica (extrativismo, agropecuária e as concentrações industriais) reduziu muito essas florestas. As florestas temperadas desenvolviam-se principalmente no nordeste dos EUA, no sudeste do Canadá, na maior parte da Europa ocidental, sul da Sibéria (Rússia), parte do Japão, parte do Chile, no Centro- Leste da Argentina e na Nova Zelândia.
  • 26. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 26 São florestas abertas, as árvores desenvolvem-se distantes umas das outras, o que facilita sua exploração e a penetração dos raios solares no solo; desenvolve-se uma formação vegetal de gramíneas. Essas florestas possuem muitas espécies arbóreas: carvalho, castanheira , nogueira, abeto, sequóias entre outras. Mas a biodiversidade vegetal é, sem dúvida, menor do que a existente nas florestas equatoriais e tropicais. Nas florestas temperadas predominam as árvores caducifólias, que se apresentam verdes durante a primavera- verão, tornando-se amarelas e marrons no outono- inverno, quando suas folhas caem. • Florestas de coníferas Localizam-se nas áreas mais frias, influenciadas pelas massas polares. No Canadá, Europa e Rússia, grandes extensões de terra são cobertas por essas florestas. São florestas homogêneas (possuem espécies parecidas), formadas em sua maior parte por pinheiros, que apresentam frutos e copas em forma de cone. Encontram-se principalmente no Hemisfério Norte e são chamadas florestas boreais. A palavra boreal é sinônimo de norte. No Hemisfério Sul, nas latitudes onde haveria o clima frio, não existem áreas continentais, só oceânicas. Essas formações constituem a maior fonte de madeira mole do mundo, largamente explorada para a fabricação de papel. Na Rússia recebe o nome de Taiga e no Canadá, de Floresta Laurenciana. A evaporação nessas áreas é quase inexistente devido à fraca precipitação (pouca chuva) e às baixas temperaturas, o que permite que as árvores se mantenham verdes o ano inteiro, embora no inverno fiquem recobertas pela neve. Suas folhas têm forma de agulhas e são persistentes, ou seja, não caem e não se renovam freqüentemente. Em latitudes mais baixas, como no litoral ocidental dos EUA, particularmente na Califórnia, também desenvolvem-se coníferas de grande porte como as sequóias. Na região Sul do Brasil, a Mata de Araucária pertence a esse tipo de formação. A araucária é o pinheiro brasileiro.
  • 27. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 27 • Campos Limpos Os campos limpos localizam-se nas planícies centrais dos EUA, no Centro- Sul do Canadá, na porção central da Argentina, Uruguai, sudoeste o Rio Grande do Sul, na Europa oriental e na Ásia Central. São formações campestres constituídas por uma vegetação não lenhosa; herbáceas e gramíneas. Na América do Norte (EUA e Canadá), são chamadas de pradarias, onde foram largamente substituídas por áreas agrícolas. Nessas áreas predomina o cultivo de cereais. Na América do Sul, são conhecidas como pampas platinos, sendo localizadas como pasto natural para os enormes rebanhos de bovinos criados na região. Na Europa e na Ásia, onde a umidade é menor, a vegetação mais seca e descontínua recebe o nome de estepes. AS ZONAS POLARES As áreas de clima frio polar são aquelas de altas latitudes ( acima dos 66°33’, tanto ao norte como ao sul do equador), ou seja, vizinhas aos pólos. Tais áreas incluem, no hemisfério Sul , a Antártida, e no hemisfério norte, o Alasca , a Groenlândia, o norte do Canadá, o norte da Rússia e dos países da escandinavos (Suécia Finlândia e Noruega) e numerosas ilhas. Essas áreas possuem elevadas pressões atmosféricas e nelas se localizam as massas de ar polares, frias e normalmente secas. O continente Antártico É o mais frio que as áreas polares do norte. Existem sobre esse continente permanentes camadas de gelo que chegam a atingir espessuras de até 2 km. Também existem camadas de gelo, embora de menor espessura, recobrindo parte do Alasca, da Groenlândia, de algumas ilhas e até do mar na zona polar Ártica. O solo nos pólos. Não há solos em vastas extensões dessas áreas devido às grossas camadas de gelo. Quando aparecem, são bastante pobres, pois têm uma espessura muito pequena e pouca vida microbiana. Curiosidades No clima frio polar há duas estações do ano principais : o inverno, durante o qual, nos dois pólos a 90°de latitudes, chegar a ficar até seis meses sem o sol ( noite polar ); no verão há mais ou menos seis meses de sol fraco ( dia polar)
  • 28. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 28 A Vegetação nos pólos. Em especial na Antártida, é quase inexistente. Apenas nas bordas desses continentes e em grandes trechos da Sibéria, do Alasca e da Groenlândia, bem como em partes setentrionais da Europa, aparece a tundra , vegetação rasteira, composta por musgos e liquens. A Ocupação Humana nos Pólos. Algumas áreas da zona polar Ártica são tradicionalmente habitadas pelos lapões. Nas últimas décadas, porém devido à descoberta de riquezas minerais, principalmente de petróleo, o norte da Sibéria ( parte da Rússia ) e o Alasca, pertencentes aos Estados Unidos começam a ser mais intensamente explorado, com a construção de instalações industriais e o desenvolvimento de pequenas cidades. A Antártida é ainda desabitada, (exceto algumas instalações de natureza científica, em especial norte americanas, russas, francesas, inglesas alemãs etc.. Na realidade, Antártida constitui hoje a última grande porção territorial do nosso planeta que ainda não foi incorporada na economia moderna. Sabe-se que por baixo dessa grossa camada de gelo a geleira polar antártica existem importantes reservas de Petróleo, ferro, cobre, ouro, manganês, urânio, carvão e alguns outros recursos minerais. Além disso, aparece nas águas oceânicas vizinhas à Antártida uma rica fauna, que vai desde baleias até inúmeras espécies de crustáceos. Portanto não pertencendo a ninguém esse continente até 1991, todos os países vêm se respeitando em reuniões que querem fazer a partilha desse continente. Inclusive o Brasil mantém um pequena base na Antártida. A proposta mais defendida é de que a Antártida se torne uma reserva ecológica mundial, um patrimônio de toda a humanidade. Em 1991 os países signatários do Tratado da Antártida deram um posso nessa direção ao prorrogarem por cinqüenta anos esse acordo: até 2041 nenhuma nação terá a propriedade de terras nesse continente. REGIÕES DESÉRTICAS ➢ Qual a origem dos desertos? ➢ Onde se localizam as regiões desérticas ? As regiões desérticas ou áridas localizam-se no interior dos continentes, nas baixas e médias latitudes. Os desertos são um fato natural. Sua existência está relacionada à dinâmica climática da Terra.
  • 29. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 29 São freqüentes nas regiões subtropicais ( latitudes próximas a 30º), onde a pressão atmosférica é alta, provocando constantemente a ação de ventos forte secos . Esses ventos são responsáveis pela diminuição da umidade relativa do ar. Por isso, o que caracteriza as regiões desérticas, ao contrário do que se pensa, não é o calor, e sim a escassez ( falta ) de água. VEGETAÇÃO NAS REGIÕES DESÉRTICAS A vegetação é extremamente pobre e adaptada às condições climáticas, sendo mais abundante nas áreas semi-áridas. Nessas áreas destacam-se as cactáceas e as bromeliáceas, vegetais xeromorfos , cujas características são:  apresentam espinhos no lugar das folhas para diminuir a transpiração;  os caules são recobertos por uma espécie de cera para evitar a evaporação;  suas raízes são finas e longas (raízes capilares) para buscar água no subsolo;  apresentam estruturas adaptadas para o armazenamento de água. Desenvolve-se também uma vegetação rasteira de gramíneas. O ciclo vital curto dessa O clima nas áreas desérticas. Nas regiões desérticas são identificados dois tipos climáticos :árido e o semi-árido. O clima árido possui as seguintes características: O índice pluviométrico é muito baixo. E as chuvas são irregularmente distribuídas ao longo do ano ( caem em períodos curtos, de forma violenta e rápida). Às vezes passam-se anos sem chover. As temperaturas diárias variam intensamente ( amplitude térmica): os dias são quentes e as noites são frias. A amplitude térmica é conseqüência da baixa umidade, que não permite a formação das nuvens. O céu limpo facilita o aquecimento durante o dia, e a perda de calor durante a noite. O clima semi-árido (semi- desértico) domina as áreas que envolvem os desertos; são zonas de transição. Você sabe como são os rios dos desertos ? A rede hidrográfica nas regiões desérticas é extremamente pobre. Os rios são intermitentes ou temporários (secam durante vários meses) em sua maioria. Esses rios formam-se durante os breves períodos de chuvas. Somente os rios que nascem fora das áreas desérticas são permanentes, como, por exemplo, o Rio Nilo, que atravessa o deserto do Saara, localizado na África.
  • 30. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 30 formação coincide com o período da chuvas. Nas áreas áridas (desertos) a vegetação é quase inexistente. Contudo pode-se encontrar uma vegetação mais rica nos oásis, que são áreas onde lençóis de água subterrânea afloram formando lagos. A umidade local aumenta, possibilitando a formação de solo e o desenvolvimento de vegetais como tamareiras e palmeiras. O RELEVO E SOLO NAS REGIÕES DESÉRTICAS O ambiente seco e a forte ação do vento não permitem a decomposição química das rochas e, conseqüentemente, a formação do solo. As rochas, devido às variações térmicas, dilatam e contraem, sofrendo um processo de desagregação e formando terrenos de superfície pedregosa ou arenosa. Os desertos de pedras localizados nos planaltos são conhecidos como hamadas.
  • 31. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 31 Nas áreas recobertas pelos lençóis de areia ( ergs ), a ação do vento forma as dunas. Os inselbergs também são característicos das áreas desérticas. São maciços ou elevações antigas de rochas resistentes que sofreram menos ação do vento e da variação térmica. São testemunhos de um relevo mais elevado existente no passado. As depressões absolutas e relativas também são encontradas nas áreas desérticas. A ocupação humana nos desertos. Os desertos constituem vazios demográficos, pois as condições climáticas dificultam a ocupação humana. Somente nas áreas ao longo dos rios, ao redor dos lagos e nas faixas litorâneas encontra-se um maior contigente populacional. Nas áreas semi- desérticas são comuns os grupos nômades de criadores de gado ovino (ovelhas). Esses grupos deslocam-se com seus rebanhos de um lugar para outro atraídos pelas chuvas, que permitem a formação de pastos temporários. Porém, os períodos prolongados de seca provocam a perda das colheitas e do gado. Nos últimos anos, no entanto, a construção de poços artesianos e de canais artificiais de irrigação nas áreas desérticas tem contribuído para uma maior ocupação dessas áreas, uma vez que a prática agrícola se torna possível. As recentes descobertas de reservas minerais, principalmente petróleo, têm motivado o homem a procurar soluções para conviver com as condições naturais adversas dos desertos. O processo de desertificação Processo de desertificação vem ocorrendo nas áreas vizinhas aos desertos. Ocorre quando a água perdida por evaporação ou escoamentos é superior à recebida pelas chuvas. A desertificação atual é resultante principalmente da ação humana, como, por exemplo, o desmatamento da vegetação original. E os animais dos desertos? Como são? São poucos os animais adaptados à escassez de água dos desertos. Além dos camelos, que conseguem evitar a desidratação armazenando grande quantidade de água em seu organismo, podem ser observados lagartos, cobras, roedores e insetos.
  • 32. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 32 As altas montanhas As altas montanhas constituem um tipo de relevo jovem (do período Terciário e ainda pouco gasto pela erosão) e de elevadas altitudes, normalmente acima do 4000m. Incluem-se nessa classificação as seguintes cadeias de montanhas : os Alpes, os Apeninos, os Pireneus e os Cárpatos na Europa; os Andes e as montanhas Rochosas ( no continente americano ); o Atlas ( na África); o Himalaia ( na Ásia); e outras menos conhecidas. Essas áreas montanhosas possuem feições muito particulares, diferentes das regiões vizinhas. Elas aparecem em latitudesbaixas e médias, mas as altitudes lhes conferem características climáticas, e , portanto de solo e vegetação, diversas das que teriam por sua posição geográfica. Assim, as altas montanhas situadas na zona intertropical apresentam uma paisagem natural peculiar diferente das áreas tropicais. O mesmo ocorre com as paisagens montanhosas das zonas temperadas. A temperatura do ar diminui à medida que aumenta a altitude. As zonas montanhosas são portanto, frias. É comum a existência de neve eterna nas suas partes mais altas, pois a queda da neve é superior ao degelo, formando assim as geleiras alpinas ou montanhosas. Ainda devido às elevadas altitudes, a pressão atmosférica é baixa. As precipitações (chuvas e geadas) são normalmente abundantes. A vegetação divide-se por “andares”: nas partes mais baixas ( de 0 a 300 metros) podemos encontrar matas e pastos; mais acima (de 300 a 1000 metros), florestas de folhas caducas; de mais ou menos 1000 a 2400 metros, pinheirais; de cerca de 2400 a 3000 metros, campos alpinos, um tipo de vegetação orófila* ; acima dos 3000 metros, há apenas rochas e gelo eterno.
  • 33. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 33 Apesar de em geral não serem densamente povoadas, as zonas montanhosas são bastante utilizadas pelo homem. Em algumas o povoamento chega a ser intenso, como no México, no Peru ou no Chile, onde existem numerosas cidades localizadas em altitudes superiores a 4000 metros. A cidade de Aucanquilcha, no Chile, situa-se a 5 334 metros acima do nível do mar. Em outros lugares, onde as condições para o povoamento são precárias, utilizam- se as montanhas como centros de lazer (alpinismo, esqui), ou como caminho, área de passagem, cortando-as com extensos túneis e pontes. *Florestas de folhas caducas: São formadas por plantas que perdem as folhas no inverno. Vegetação orófila: É a vegetação formada por plantas adaptadas ao ambiente das montanhas. Avalie os seus conhecimentos respondendo em seu caderno as questões a seguir. 1. Se nos pólos não há solo bom para a agricultura, como os seus habitantes se alimentam? 2. Como se caracteriza as regiões desérticas? 3. Explique a ocupação humana nos desertos? Fim. Boa Sorte.
  • 34. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 34 BIBLIOGRAFIA ADAS, Melhem. Geografia. São Paulo. Editora Ática, 1994. ALMANAQUE ABRIL. CD ROM, 8ª Edição, 2000. BELTRAME, Zoraide Victoréllo. Geografia Ativa. São Paulo. Editora Ática, 1995. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, 1998. DIAMANTINO, Alves C. Pereira e outros, Ciências dos Espaço. São Paulo. Editora Atual, 1994 DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do Futuro. São Paulo. Editora Ática, 2000. JORNAIS: Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Cruzeiro do Sul. LUCCI, Elian Alabi. Geografia. O homem no espaço global. São Paulo. Editora Saraiva, 1997. MAGNOLI, Demétrio e. Projeto de Ensino de Geografia. São Paulo. Editora Moderna, 2000. MÉDICI, Miriam de Cássia e. Coleção Nova Geração. São Paulo. Editora Nova Geração, 1999. MOREIRA, Igor. O espaço geográfico. São Paulo, Editora Ática, 1998. NIDELCOFF, Maria Teresa. A escola e a compreensão da realidade. São Paulo. Editora Brasiliense, 1990. OLIVA, Jaime. Espaço e Modernidade. Temas da Geografia Mundial. São Paulo. Editora Atual, 1995. PROFESSOR PC, Geografia, CD ROM REVISTAS: Veja, Isto é, Super Interessante, Época, Globo Rural. RODRIGUES, Rosicler Martins. As cidades brasileiras. São Paulo, Editora Moderna, 1995. SENE, Eustáquio de e. Espaço geográfico e globalização. São Paulo. Editora Scipione, 1998. SIMIELLI, Maria Helena. Atlas Geográfico. São Paulo. Editora Ática, 2000. TELECURSO 2000, Geografia, Vol. 1 e 2 . VESENTINI, J. William. Sociedade e Espaço. São Paulo. Editora Ática, 1997.
  • 35. Módulo 11 A DINÂMICA DA NATUREZA 35