Margaret Thatcher alertou sobre mudanças climáticas em 1988
1. JORNALEco
Linneu
Margaret Thatcher (1925-2013) ex-primeira-ministra
britânica por dois mandatos consecutivos (1979-
1990), foi uma das primeiras figuras da política
internacional a trazer a mudança climática como uma
emergência global, chegou a levar o assunto para a
Royal Society, em 1988, e para a Assembleia Geral das
Nações Unidas no ano seguinte.
Surpreendentemente, afirmava em seus discursos
que o “livre mercado inviabilizaria seu próprio
objetivo se ocasionasse danos ao meio ambiente e a
qualidade de vida das pessoas”. “Antropoceno”, é um
conceito popularizado, em 2000, pelo químico
holandês Paul Crutzen (1933- 2021), vencedor do
Prêmio Nobel de Química em 1995, para designar
uma nova época geológica caracterizada pelo impacto
do homem na Terra. Al Gore, afirmou que a
sustentabilidade é a maior oportunidade de
investimento da história. Seu ativismo sobre
mudanças climáticas lhe rendeu um Prêmio Nobel da
Paz (concedido em conjunto com o Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas-
IPCC), em 2007. O documentário “Uma Verdade
Inconveniente” abocanhou também duas estatuetas
(Oscar) e um Grammy. Em 2011, Gore publicou o
“Manifesto para o Capitalismo Sustentável” no qual
defende um novo modelo econômico para a
economia mundial. A ideia é inspirada no conceito de
Desenvolvimento Sustentável (DS) que quando surgiu
na década de 1980 teve a proeza de agradar
capitalistas e grande parte do movimento
ambientalista, diferentemente do conceito de
“Ecodesenvolvimento” proposto na década de 1970
pelo economista polonês naturalizado francês Ignacy
Sachs. Para dar vida ao manifesto Al Gore fundou
junto com David Blood, ex-CEO da Goldman Sachs
Asset Management, a Generation Investment
Management, empresa de administração de fundos
com sede em Londres para acelerar a expansão do
capitalismo sustentável.
Ano II – Edição 09 – Setembro/2023 – Grêmio Estudantil Voz Democrática e Grupo
de Monitores Ambientais - Redator: Professor Arthur Henrique
Capitalismo Verde: quem
poderia supor que o capitalismo
poderia oferecer um bom
“Antropoceno”
(Professor Arthur Henrique)
Disponível em: https://outraspalavras.net/blog/para-
debater-o-capitalismo-verde/
A escassez e o esgotamento dos recursos naturais,
superpopulação, fome, miséria, migração
climática, elevação do nível do mar, o problema da
camada de ozônio, desertificação, aumento na
intensidade de furacões no Atlântico Norte, o
derretimento dos polos, etc. são eventos que
começaram a ser alardeados desde meados da
década de 1960 o que tornou a possibilidade de
colapso e destruição total do planeta algo
facilmente imaginável. A partir daí o Capitalismo
se transvestiu de “verde”, “eco” ou “Green New
Deal” e tornou-se consenso evidente diante da
presunção da catástrofe climática anunciada.
Educação para a sustentabilidade
EMEFM Professor Linneu Prestes Av. Adolfo Pinheiro 511 Santo Amaro- DRESA
Tel. 5523-3444/ 5548-4007
2. Desde a crise financeira iniciada nos EUA, em
2008, que levou a quebradeira geral de
empresas e empurrou as economias do globo
para a recessão, foi acessa a luz vermelha para
o Capitalismo. “O Capitalismo corre o risco de
desmoronar, precisamos ser mais agressivos”.
“Investimento verde gera retorno e não
apenas brilho clamoroso” alertou Al Gore e
David Blood em artigo do Financial Times de
julho de 2017, que soou mais como um
manifesto sobre a necessidade de salvar o
sistema capitalista do que um apelo à razão
para se evitar a “catástrofe climática”. Nesse
contexto, surge a tábua de salvação chamada
“riqueza climática” que se tornou uma das
maiores oportunidades de investimentos da
história.
O mais engraçado é que a energia de baixo
carbono não nasce em árvores, sua produção
exige mineração, uso de combustíveis fósseis,
derrubada de florestas, além de diversos
impactos ambientais, porém, o mito da
energia limpa se mantém vivo no imaginário
popular e na grande mídia.
A Generation comprou 9,6% de participação da
Camco International, empresa que desenvolve
projetos de redução de emissões de gases de
efeito estufa (GEE) e também fornece serviços
de consultoria em carbono e desenvolvimento
sustentável, incluindo avaliação de emissões,
gestão de carbono e trabalho de estratégia e
política para empresas e governos. Entre os
clientes da Camco estão o Banco Mundial e a
Comissão Europeia.
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Calendário Ecológico
Setembro/2023
03 – Dia do Biólogo
05- Dia da Amazônia
11- Dia do Cerrado
19 -Dia Mundial pela Limpeza das águas
21 – Dia Internacional da árvore
22 – Dia de defesa da fauna
Cinema Ambiental:
um importante recurso para despertar a
consciência ambiental.
Documentário Ambiental: In Transition 2.0
In Transition 2.0, é um filme inspirador que reúne
histórias do mundo inteiro de pessoas comuns a
realizarem acções e projectos extraordinários. Neste
filme vamos saber de comunidades que produzem a sua
própria alimentação, tornam a sua economia local,
imprimem o seu próprio dinheiro, apostam em energias
renováveis.
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Inúmeras iniciativas de transição no mundo
(incluindo Portugal – Aldeia das Amoreiras) são
aqui registadas em diferentes estágios e
projetos.
Transição 2.0 mostra que qualquer coisa é
possível se trabalharmos em conjunto, quer a
nível local, que a nível internacional.