O documento discute a Educação Ambiental no currículo escolar da cidade de São Paulo, definindo-a como crítica e transformadora. Também aborda a importância de tornar as escolas mais inclusivas para estudantes LGBTQIA+ e os riscos da ecoansiedade.
1. JORNALEco
Linneu
democrática e participativa, voltada para a
construção de sociedades sustentáveis. A EA nessa
perspectiva não visa apenas o tratamento dos temas
ambientais como conteúdos curriculares como faz a
pedagogia tradicional, ou seja, como conhecimentos
pré-elaborados que devem ser transmitidos pelo
professor. Ela exige um tratamento mais vivo e
dinâmico do saber, que não pode ser transmitido de
um polo a outro (binômio professor/aluno), evitando-
se assim o tratamento excessivamente "conteudista",
mecânico, vazio e descontextualizado. A ideia central
é que as questões ambientais sejam tratadas como
temas geradores, ancorados na perspectiva freireana.
O nosso JornalEco Linneu, publicação do grupo de
Monitores Ambientais e Grêmio Estudantil Voz
Democrática está no documento:
Ano II - Edição 6 – Maio/2023 – Grêmio Estudantil Voz Democrática e Grupo de
Monitores Ambientais - Redator: Professor Arthur Henrique
Educação Ambiental (EA)
no Currículo da Cidade de
São Paulo
O “Currículo da Cidade: Educação Ambiental:
orientações pedagógicas”, apesar da sua
abrangência temática, não esgota as inúmeras
possibilidades do fazer da EA nas escolas. Todavia
contribui para a ampliação do debate neste campo
do conhecimento tão peculiar, por meio de
palavras e imagens, da razão e da sensibilidade.
Tudo para que a escola emane os valores, atitudes
e princípios fundamentais para a construção de
sociedades sustentáveis, apresentando a questão
ambiental diretamente associada aos aspectos de
justiça ambiental. A concepção que permeia o
documento é de uma Educação Ambiental Crítica
e Transformadora, que parte da compreensão de
que o quadro de crise em que vivemos não
permite soluções compatíveis entre
ambientalismo e capitalismo, justamente porque
tal concepção não considera o homem
contextualizado histórico e culturalmente, e que
esta educação crítica como práxis social busca
contribuir para a construção de uma sociedade
pautada por novos patamares civilizatórios
distintos dos atuais. As proposições que se apoiam
nessa perspectiva epistemológica, criticam as
concepções ingênuas, esvaziadas de viés político,
requerendo que os conhecimentos sejam
construídos de maneira dinâmica, coletiva,
cooperativa, contínua, transversal, interdisciplinar
Educação para a sustentabilidade
EMEFM Professor Linneu Prestes Av. Adolfo Pinheiro 511 Santo Amaro- DRESA
Tel. 5523-3444/ 5548-4007
2. O Currículo da Cidade: Educação Ambiental:
orientações pedagógicas foi inserido no Acervo
Digital e pode ser acessado por meio do link:
https://acervodigital.sme.prefeitura.sp.gov.br/acerv
o/curriculo-da-cidade-educacao-ambiental-
orientacoes-pedagogicas/
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A Rede contará com este documento específico de
EA, articulado com as diretrizes curriculares
presentes no Currículo da Cidade (SÃO PAULO,
2017, 2019, 2021, 2022) para todas as etapas e
modalidades de ensino da educação básica
paulistana, além do Currículo da Cidade: povos
indígenas (SÃO PAULO, 2019), Currículo da Cidade:
povos migrantes (SÃO PAULO, 2021) e Currículo da
Cidade: educação antirracista povos afro-brasileiros
(SÃO PAULO, 2022), bem como as orientações
didáticas do Currículo da Cidade (SÃO PAULO,
2019)1. Reforça-se, portanto, a importância desses
materiais, pois promovem e possibilitam a
institucionalização da EA em toda Rede Municipal de
Ensino de São Paulo.
Estudantes LGBT na escola: acolhimento ou sofrimento?
Por Nicolli Pereira da Silva
Criado em 17 de maio, este dia chama a atenção
para a violência e o preconceito sofrido pela
população LGBTQIA+, principalmente no ambiente
escolar.
Estudantes LGBT consideram a escola como um
ambiente de acolhimento? Para certo estudante gay
paulista de 17 anos, a resposta é não. Isso porque
ele relata o seguinte: “Os estudantes LGBT precisam
ser tratados como são os estudantes heterossexuais.
Não queremos ser tratados de maneira privilegiada,
nem queremos ser melhores que os outros.
Queremos direitos como qualquer outro cidadão. É
preciso fazer isso logo, o mundo não percebe, mas
somos tão humanos quanto os outros, porém
estamos morrendo. O preconceito está nos matando.
A cada vez que você ofende uma pessoa LGBT, o seu
senso de valor é destruído. […]”. Esse depoimento foi
coletado na Pesquisa Nacional sobre o Ambiente
Educacional no Brasil (2016).
Mas, como tornar a escola mais
inclusiva?
Educar para a sustentabilidade é criar uma nova
cultura no ambiente escolar, voltada para a
melhoria da qualidade de vida da comunidade
escolar e do seu entorno e romper
definitivamente com a visão antropocêntrica
que coloca os seres humanos acima dos demais
seres vivos.
3. Não, a mudança climática não acabará com o mundo
em 12 anos. Alimentar o pânico e o medo cria uma
falsa narrativa que pode sobrecarregar as pessoas e
levar à inação e a desesperança. Cientistas do clima,
biólogos, engenheiros e outros especialistas têm
falado e escrito sobre mudanças climáticas que
afetam o planeta há muito tempo. Portanto, a
adaptação é a resposta mais adequada, não o medo
que deseduca. Os cientistas já estão desenvolvendo
novas maneiras de produzir alimentos em climas
mais quentes, secos e úmidos. O cenário energético
está em rápida transição e as novas tecnologias
agora nos permitem ser mais eficientes com a água,
desperdiçar menos na agricultura e reduzir as
emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Alternativas de carne à base de plantas e carne
cultivada em células estão entrando rapidamente no
mercado global para ter um impacto ambiental
menos prejudicial do que suas contrapartes
produzidas tradicionalmente.
Emergência climática: quando
o medo e as previsões
apocalípticas estimulam o
pânico e a “ecoansiedade”
O Observatório Trans disponibiliza gratuitamente
materiais de apoio e planos de aulas para
professores e gestores escolares trabalharem a
inclusão e o apoio à diversidade dentro da sala de
aula. Para conhecer o material acesso o link:
http://observatoriotrans.org/
Além disso, o acolhimento e suporte emocional às
pessoas que foram vítimas de qualquer tipo de
LGBTfobia é fundamental. Nem sempre o(a) aluno(a)
vai receber apoio dentro de casa, por isso medidas
de acolhimento no ambiente escolar são importantes
não só para evitar a evasão desse(a) estudante, mas
também para a preservar a sua própria vida.
Um dos exemplos mais recentes e alarmantes dessa
mentalidade apocalíptica pode ser observado nas
atitudes do grupo alemão chamado “Last Generation”,
seus integrantes entraram em greve de fome como
protesto contra as mudanças climáticas. O grupo afirma
que a crise climática irá desencadear escassez de
alimento e consequentemente fome em vários países
nos próximos 20 anos. Sabe-se que a mudança climática
poderá afetar de alguma forma a agricultura, mas tal
informação carece de evidencias científicas e, até o
presente momento nenhuma pesquisa científica
confiável corroborou tal ideia.
A mídia, de maneira geral, deve descobrir como
transmitir o estado precário do nosso mundo junto com
as oportunidades ainda disponíveis para adaptar e
mudar nosso comportamento para mitigar os piores
resultados possíveis.
Cenários apocalípticos podem gerar cliques e vender
anúncios, mas sempre falham em transmitir que a
ciência tem nuances. Previsões arbitrárias de "tempo
restante para o apocalipse" não são baseadas em
evidências e a história da mudança climática não se
encaixa perfeitamente nas manchetes alarmistas que
competem simplesmente por atenção no ambiente
saturado da mídia da atualidade.
Fonte https://www.ipe.org.br/ultimas-noticias?start=210
Fonte:https://happyeconews.com/youll-die-of-old-age-ill-
die-of-climate-change/
4. Cinema Ambiental:
um importante recurso para despertar a consciência
ambiental.
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Calendário Ecológico
Abril/2023
03 – Dia Nacional da Educação Ambiental
05 – Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia
05 - Semana mundial do meio ambiente do dia 05
ao dia 09
08 – Dia Mundial dos Oceanos
16 – Dia Mundial das Tartarugas Marinhas
17 – Dia Mundial de Combate à Desertificação e à
Seca
24 - Dia Nacional da Araucária
Filme: Mataram Irmã Dorothy (2007)
O documentário, dirigido por Daniel Junge, mostra o desafio que é ser
ativista da causa ambiental na Amazônia. Para isso, a morte da missionária norte-americana Dorothy Mae
Stang e as questões que envolvem o julgamento do crime são contadas. Ela vivia no Pará para ajudar a colocar
em prática o Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) e lutou contra o desmatamento da Amazônia.
Uma questão que fica clara no documentário é a indiferença à realidade diária da região amazônica. A luta
sangrenta pela terra enquanto a floresta nativa é destruída para dar origem a pasto para gado. Quem assiste
ao “Mataram Irmã Dorothy” não deixa de pensar nas relações entre consumo de carne e sustentabilidade.
a nossa mesa.
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A American Psychology Association (APA)
descreve a ecoansiedade ou ansiedade climática
como “o medo crônico de sofrer um cataclismo
ambiental. a APA considera que a interiorização
dos grandes problemas ambientais que afetam o
planeta pode ter sequelas psicológicas, mais ou
menos graves, em algumas pessoas.
Mas, a mudança clima tica é a maior ameaça à
humanidade?
Somos bombardeados diuturnamente com
notícias alarmantes sobre desastres climáticos,
essas (des)informações não fornecem uma
perspectiva precisa sobre a frequência e as
consequências das mudanças climáticas
antrópicas, na verdade alimentam uma falsa
perspectiva. Ora, o mundo se tornou mais
seguro, as taxas de mortalidade por desastres
caíram muito no último século, a humanidade se
tornou mais resiliente, temos melhores
tecnologias para prever tempestades, incêndios
florestais e inundações. A mídia, ao alimentar o
catastrofismo contribui mais ainda como
elemento indutor da ansiedade. É preciso
apresentar a crise climática de forma
transparente e realista. A retórica sobre a
mudança climática tornou-se cada vez mais
radical e menos atrelada à ciência real. Nos
últimos vinte anos, os cientistas do clima
aumentaram meticulosamente o conhecimento
sobre as mudanças climáticas, e temos
atualmente muito mais dados — e mais
confiáveis — do que nunca.
Mas, ao mesmo tempo, a retórica dos comentaristas e
da mídia tornou-se cada vez mais irracional. A ciência
nos mostra que os temores de um apocalipse climático
são infundados. O aquecimento é real, porém, não se
trata do fim do mundo. É um problema administrável
que requer políticas claras de adaptação e mitigação. A
ciência não corrobora a ideia de que 2030 é a data
limite para a salvação do planeta, não é isso que a
ciência afirma, é o que os políticos dizem.
https://instagram.com/monitoria.ambiental?igshid=OGRjNzg3M2Y=