2. Grandes mudanças marcam o cenário mundial.
A globalização rompe as barreiras dos mercados mundiais
estimulando a competitividade e pressionando a produção
(Jenschke, 2003).
As informações, antes limitadas a pequenos grupos,
tornaram-se acessíveis e virais, espaço e tempo deixam de ser
obstáculos (Vieira, 1998) e com isso oportunidades se abriram
para novos negócios e novos mercados.
Ao mesmo tempo, a população tomou conhecimento de uma
iminente crise ambiental e dos efeitos que ela pode provocar
na sustentação da espécie humana na Terra.
3.
4. Os transtornos na natureza vão além das mudanças
climáticas, elas possuem efeitos econômicos locais, onde, por
exemplo, pesqueiros perdem seu meio de sobrevivência e
deixam de distribuir o seu produto para a população, terras
agrícolas deixam de ser férteis e florestas repletas de matéria-
prima desaparecem.
Catástrofes naturais como enchentes, secas, terremotos e
incêndios florestais aumentam a cada dia sob o efeito da
atividade humana (Brown, 2003).
5. O primeiro encontro internacional
para discutir a crise ambiental e as
necessidades de outro modelo de
desenvolvimento foi a Conferência
sobre mudanças climáticas, em
Estocolmo, no ano de 1972.
A partir dessa conferência outras
surgiram, com destaque para a Rio
92 (1992), a Kyoto (1997), a Rio+10
(2002) e, mais recentemente, a
Rio+20 (2012).
COP 21 (2015): Primeiro acordo
global contra aquecimento global
onde os países terão de desacelerar
emissão de gases-estufa.
6. Um ponto importante trazido pelo relatório “Nosso Futuro
Comum” foi o alerta sobre os recursos naturais serem
limitados, e, portanto, termos que buscar meios de
proporcionar o bem-estar das gerações futuras, mas sem
ignorar as necessidades da geração atual que já sofre por
causa das disparidades sociais.
Assim, o desenvolvimento sustentável tem como objetivos
integrar e compatibilizar o desenvolvimento econômico e
social e a qualidade ambiental (CMMAD, 1991).
7.
8. No entanto nem todos os países estão tendo ações em prol
do desenvolvimento sustentável. Um exemplo dessa afirmação
é que apesar do pacto estabelecido no Protocolo de Kyoto
(1990) visar à redução de 55% das emissões totais de dióxido
de carbono no mundo, alguns países não aderiram ao acordo.
O exemplo mais emblemático é o dos Estados Unidos, maior
emissor mundial de carbono na atmosfera. Por não aderir ao
protocolo, deixou de lado o seu poder de modificar o clima
mundial (Brown, 2003).
9.
10. Apesar de o planeta estar dando sinais de que estamos
vivendo uma crise ambiental, ainda é muito difícil mudar a
mentalidade dos investidores que é voltada à geração de
riquezas econômicas no curto prazo.
Para Brown (2003), em uma ecoeconomia, as principais
mudanças seriam a estabilização da população; a mudança na
geração de energia proveniente do petróleo, carvão e gás
natural para a energia eólica, solar e geotérmica; a
reestruturação do modelo linear de descarte para um modelo
cíclico de reutilização e reciclagem; mudanças nas práticas
agrícolas, respeitando o solo e dando fim ao desmatamento
que ocorre na produção de alimentos.