Este documento discute as perspectivas da geografia moderna, abordando: 1) As características da "Nova Geografia" em comparação à "Velha Geografia"; 2) Como a Segunda Guerra Mundial levou os geógrafos a buscarem novos paradigmas para além da geografia clássica; 3) Duas grandes correntes da geografia renovada - a geografia pragmática e a geografia crítica.
ESCOLAS DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO: NEOPOSITIVISMO & NOVA GEOGRAFIA: O PARADIGMA TEORÉTICO-QUANTITATIVISTA
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – DEGEOG
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA – IH07-L
DOCENTE: RAPHAEL FERNANDO DINIZ
DISCENTES: ANDREW AUGUSTO GUEDES BRAGA
JANDRESSON SOARES DE ARAÚJO
PEDRO HENRIQUE DE SOUSA PEREIRA
TADEU DOS SANTOS DA SILVA
2022/01
2. 1- PERSPECTIVAS DA GEOGRAFIA
1.1 - As características da nova geografia;
1.2 – Um pouco de historia;
1.3 – As paisagens e as organizações espaciais;
1.4 – A perspectiva ideográfica e a nomotética;
1.5 – O espaço absoluto e o espaço relativo;
1.6 – Os instrumento de analise;
1.7 – Quantificação em Geografia.
Conteúdo Programático
3. 2 - O movimento de renovação da Geografia
2.1 - A geografia pragmática;
3 - A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E AS MODIFICAÇÕES NO
PENSAMENTO GEOGRÁFICO
3.1 - O impacto da segunda guerra mundial sobre a
sociedade e a cultura;
3.2 - A conscientização dos geógrafos sobre os
esgotamentos da geografia clássica;
3.3 - Sistemas econômicos, posições ideológicas e
ciência geográfica.
Conteúdo Programático
4. 4- A BUSCA DE NOVOS PARADIGMAS
4.1 - O impacto da tecnologia sobre o conhecimento e
a procura de novos paradigmas;
4.2 – A corrente teôrico-quantitativista;
Conteúdo Programático
6. A transformação que caracteriza a fase
contemporânea da ciência geográfica, ocorrida nas
últimas duas décadas, estão sendo habitualmente
designada de "Nova Geografia". A denominação foi
inicialmente proposta por Manley (1966).
As novas tendências geográficas, diversos adjetivos
foram propostos para qualificá-la. Entre eles, dois
ganharam maior realce: geografia quantitativa e geografia
teorética.
AS CARACTERÍSTICAS DA NOVA GEOGRAFIA
7. AS CARACTERÍSTICAS DA NOVA GEOGRAFIA
Essas duas perspectivas se
encontra refletido, na
contribuição de lan Burton
(1963) The quatítative revolution
and theoretícal geography.
O objetivo, é traçar o quadro
geral das transformações
ocorridas no desenvolvimento
geográfico, tomando como base
os conceitos da "Nova Geografia"
e, para melhor
esclarecimento,confrontando
com os da “Velha Geografia”.
Ian Burton
8. UM POUCO DE HISTÓRIA
O surgimento de novas perspectivas de abordagem
assinala a alteração profunda que ocorreu na ciência
geográfica apôs a Segunda Guerra Mundial.
Esta transformação, abrangendo o aspecto filosófico e
metodológico, foi denominada de "revolução quantitativa e
teorética da Geografia" (Burton, 1963).
10. UM POUCO DE HISTÓRIA
Três obras englobarem, inicialmente, os principais
conceitos adquiridos e serviram como mola propulsora para
os debates e desenvolvimento posterior, são eles:
Em 1962, William Bunge publicava a Theoretical
Geography;
Em 1965, Peter Haggett redigiu a Locational Analysis in
Human Geography;
Em 1967, Richard J. Chorley e Peter Haggett coordenaram
a publicação de nova obra fundamental, Intitulada Models in
Geography.
11. UM POUCO DE HISTÓRIA
No Brasil, os primeiros sinais ligados à Nova Geografia
começaram a aparecer em 1970 através de dois comentários
bibliográficos elaborados por Antonio Christofoletti, publicado
no jornal O Estado de S, Paulo e Pedro Pinchas Geiger,
publicado na Revista Brasileira de Geografia.
12. UM POUCO DE HISTÓRIA
Nos anos seguintes teve diversas pesquisas e
acontecimentos como:
Análise de problemas urbanos e de regionalização;
Em 1971 foi fundada a Associação de Geografia Teorética;
Trabalhos científicos relacionados com a Geomorfologia;
Reunião da Comissão de Métodos Quantitativos da União
Geográfica Internacional;
Simpósio sobre "Renovação da Geografia“.
13. AS PAISAGENS E AS ORGANIZAÇÕES ESPACIAIS
O predomínio do noção de paisagem tem origem na
geografia alemã, com o conceito de Landschaft (paisagem). A
idéia de Landschaft é complexa e ambígua, mas parte do
pressuposto de que a natureza do mundo pode ser concebida
como um evento visual, total e unido.
14. AS PAISAGENS E AS ORGANIZAÇÕES ESPACIAIS
Todavia, ao estudar a paisagem, os geógrafos não
procuravam levar em conta todos os seus aspectos, mas
selecionar os mais significativos, porque a descrição "está
guiada por um pensamento que procure certos traços típicos
em vista de uma explicação“.
Por esse motivo, a experiência acumulada pelo
pesquisador, baseando-se em ter conhecimento das mais
variadas áreas constituía fator importante para sua
notoriedade.
Metodologicamente,a posição do geógrafo era singular.
15. AS PAISAGENS E AS ORGANIZAÇÕES ESPACIAIS
A noção de paisagem tornou-se insatisfatória para
preencher os requisitos do paradigma contemporâneo da
Geografia, sendo substituída pela noção de sistema espacial
ou organização espacial.
Houve portanto, uma transformação no objeto da
Geografia, trazendo maior precisão a seus objetivos. A
Geografia, pois, pode ser definida como a ciência que estuda
as organizações espaciais.
16. A PERSPECTIVA IDEOGRÁFICA E A NOMOTÉTICA
Uma das modificações básicas reside na maneira de se
encarar o objeto da Geografia. Duas perspectivas podem ser
aplicadas na abordagem de qualquer objeto de estudo:
Encará-lo como acontecimento único. Se em qualquer fato
ou acontecimento particular preocuparmo-nos com sua
origem, seu desenvolvimento e características peculiares,
estaremos descrevendo sua "vida",elaborando a sua biografia;
Encará-lo como constituindo exemplo de uma série
genérica.
17. A PERSPECTIVA IDEOGRÁFICA E A NOMOTÉTICA
Acompanhando a corrente possibilista, essa concepção
ideográfica compreendia a paisagem como uma solução para
o relacionamento homem-meio, sendo ilógico pensar na
definição de leis geográficas.
Além disso, a idéia de leis lembrava o determinismo
ambiental, que era tão criticado.
A perspectiva nomotética salienta a generalização,
procurando oferecer enunciados que caracterizem e
expliquem o funcionamento dos fenômenos, independentes
do tempo e do espaço, o favorecendo a aplicação de leis e
modelos.
18. O ESPAÇO ABSOLUTO E O ESPAÇO RELATIVO
A dimensão espacial sempre foi considerada como aspecto
básico da perspectiva geográfica e as definições desta ciência
costumam salientar essa conotação.
Portanto espaço absoluto e espaço relativo são:
Espaço absoluto, seria que qualquer lugar da superfície
terrestre pode ser localizado de acordo com um sistema
convencional de coordenadas, representando a sua
localização absoluta.
Espaço relativo, localização relativo, é a posição que um
lugar ocupa em relação as outras localidades, podendo ser
expressa das mais diversas maneiras.
21. OS INSTRUMENTO DE ANALISE
Os procedimentos e os materiais disponíveis para a
analise geográfica, verifica-se que houve modificações na
escolha e na significância representada pelos materiais, além
da introdução de novos instrumentos, antes os estudos eram
preocupar com o estudo das paisagens, a formação do
geógrafo era dirigida para treinar a observação.
22. OS INSTRUMENTO DE ANALISE
O uso de modelos passou a ser instrumento de
significativa importância, enquanto os trabalhos de campo, a
análise de cartas e outras passaram a ser técnicas destinadas
a coletar e estudar as informações de testar as hipóteses e a
viabilidade dos modelos.
Os modelos devem preencher três requisitos básicos:
Ser uma representação da estrutura, dos elementos do
sistema;
Ser uma descrição de como o sistema funciona, de como
os elementos interagem;
Ser uma explicação suficiente e necessária do sistema e de
seu funcionamento.
23. OS INSTRUMENTO DE ANALISE
Logo, o modelo é instrumento que formaliza a hipótese
para ser devidamente testada, implicando formulações
quantitativas, verificáveis e universalmente aplicáveis.
Como norma para a análise de casos particulares, o
modelo representa as características mais comuns da
estrutura e do funcionamento do sistema, mas não é
descritivo de nenhum em particular.
24. OS INSTRUMENTO DE ANALISE
Peter Gould, lembra duas respostas para
explicar as complicações conceituais e
geográficas:
O modelo não se ajusta porque não
incorporamos, na escala de tratamento,
pois modelam a forma da configuração do
estado mais provável;
Quando estudamos o sistema,
observamos o mundo em um instante
particular, e é possível que nesse
momento o sistema não esteja em
equilíbrio.
Peter Gould
25. QUANTIFICAÇÃO EM GEOGRAFIA
A quantificação foi a característica que primeiro se
salientou na Nova Geografia. Em principio, houve certa
tendência em considerar a renovação geográfica como mera
aplicação de técnicas “procedimentos estatísticos e
matemáticos”.
Em 1968, começou a ser usada a denominação de
"geografia qualitativa" para e antiga abordagem de
tratamento verbal.
26. QUANTIFICAÇÃO EM GEOGRAFIA
Na quantificação realizada sob o âmbito da Nova
Geografia, dois aspectos devem ser mencionados, conforme
apresentados por Valenti (1973, p. 22):
Utilização de grande número de dados, abarcado em sua
totalidade ou, pelo menos, de maneira suficiente e
significativa, incluindo também conjuntos de dados sobre
variáveis que possam estar relacionadas;
Aplicação frequente e desde o inicio da Investigação de
enfoques precisos, sendo analisados com técnicas
matemáticas e estatísticas, fazendo correlações que relutem,
nuancem ou confirmem as hipóteses formuladas.
28. O MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO DA GEOGRAFIA
A Geografia conhece hoje um movimento de renovação
considerável, que advém do rompimento de grande parte dos
geógrafos com relação à perspectiva tradicional.
A crise da Geografia Tradicional, e o movimento de
renovação a ela associado, começam a se manifestar já em
meados da década de 50 e se desenvolvem aceleradamente
nos anos posteriores.
A década de 60 encontra as incertezas e os
questionamentos difundidos por vários pontos. A partir de
1970, a Geografia Tradicional está definitivamente enterrada.
29. O MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO DA GEOGRAFIA
Entre muitas razões que desencadearam a crise podemos
citar 3 delas:
Em primeiro lugar, havia se alterado a base social, que
engendrara os fundamentos e as formulações da Geografia
Tradicional.
Em segundo lugar, o desenvolvimento do capitalismo
havia tornado a realidade mais complexa.
Em terceiro lugar, e em função dos dados acima expostos,
o próprio fundamento filosófico, sobre o qual se assentava o
pensamento geográfico tradicional, havia ruído.
30. O MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO DA GEOGRAFIA
Além dessas razões, a crise do pensamento geográfico
tradicional também se desenvolveu a partir de problemas
internos dessa disciplina.
Entre os pontos mais visados da Geografia Tradicional,
existem alguns que foram apontados por todos os envolvidos
na crítica desse conhecimento são eles:
A indefinição do objeto de análise;
Questão da generalização.
A falta de leis, ou de outra forma de generalização, foi uma
das maiores razões da crise da Geografia Tradicional.
31. O MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO DA GEOGRAFIA
O movimento de renovação, ao contrário da Geografia
Tradicional, não possui uma unidade; representa mesmo uma
dispersão.
Geografia Renovada é bastante diversificado, abrangendo
um leque muito amplo de concepções.
Essas concepções sendo agrupadas, temos duas grandes
correntes que são: a Geografia pragmática e a Geografia
critica.
33. A GEOGRAFIA PRAGMÁTICA
A Geografia Pragmática efetua uma crítica apenas à
insuficiência da análise tradicional.
Não vai aos seus fundamentos e à sua base social. Ataca,
principalmente, o caráter não prático da Geografia Tradicional.
Argumentaram que esta disciplina teve sempre uma ótica
retrospectiva, isto é, falava do passado, era um conhecimento
de situações já superadas.
Nesse sentido, os autores pragmáticos vão propor uma
ótica prospectiva, um conhecimento voltado para o futuro,
que instrumentalize uma Geografia aplicada.
34. A GEOGRAFIA PRAGMÁTICA
Portanto, seu intuito geral é o de uma “renovação
metodológica”, o de buscar novas técnicas e uma nova
linguagem, que dê conta das novas tarefas postas pelo
planejamento.
A finalidade explícita é criar uma tecnologia geográfica, um
móvel utilitário. Daí sua denominação de pragmática.
A crítica dos autores pragmáticos à Geografia Tradicional
fica num nível formal.
36. A GEOGRAFIA PRAGMÁTICA
Nesse contexto, podemos descrever que a geografia
pragmática seria uma continuidade da geografia tradicional,
podemos afirmar isso pelos seguintes pontos:
Questiona a superfície da crise e não nos seus
fundamentos;
Foca-se somente em critica acadêmica e não social;
O planejamento é um instrumento de dominação a serviço
do Estado Burguês;
A geografia pragmática visa uma redefinição do interesse
de capital;
Mudança de forma, sem envolver a parte social.
37. A GEOGRAFIA PRAGMÁTICA
Nessa atualização do discurso burguês, ocorre a passagem,
do positivismo clássico para o neopositivismo. Na qual houve-
se uma troca sendo elas:
Do empirismo da observação direta (do “ater-se aos fatos”
ou dos “levantamentos dos aspectos visíveis”);
Para um empirismo mais abstrato, dos dados filtrados
pelas estatística (das “médias, variâncias e tendências”).
Nesse processo, sofistica-se o discurso geográfico, tornam-
se mais complexas a linguagem e as técnicas empregadas.
38. A GEOGRAFIA PRAGMÁTICA
A Geografia Pragmática vai se substantivar por algumas
propostas diferenciadas. Sendo ela dividida em duas vias:
A primeira via de sua objetivação é a Geografia
Quantitativa, defendida, por exemplo, na obra de
G.Dematteis, Revolução quantitativa e Nova Geografia.
Outra via de objetivação vem da teoria dos sistemas; daí
ser chamada Geografia Sistêmica ou Modelística.
Esta, expressa nas colocações de Brian Berri, propõe o uso
de modelos de representação e explicação no trato dos temas
geográficos.
39. A GEOGRAFIA PRAGMÁTICA
No Brasil, se desenvolveu sob a denominação de Geografia
Teorética, má tradução do termo inglês “theoretical” (teórica),
que nominava esta perspectiva genérica e explicativa do
pensamento geográfico.
Nesse período, apareceram inúmeras propostas, podemos
citar duas:
“Teoria dos jogos”, ação dos homens como fruto de
opções, num rol de possibilidades dado pela natureza;
“Difusão de inovações”, que busca explicar como a
modernização penetra num dado meio social.
40. A GEOGRAFIA PRAGMÁTICA
Dentro da Geografia Pragmática, existe aquela que se
aproxima da Psicologia, formulando o que se denomina
Geografia da Percepção ou Comportamental.
Esta buscaria entender como os homens percebem o
espaço por eles vivenciado, como se dá sua consciência em
relação ao meio que os encerra.
Estes estudos fazem uso do instrumental desenvolvido
pela psicologia, em particular as teorias behavioristas. As
pesquisas efetuadas abordam temas como os seguintes:
41. A GEOGRAFIA PRAGMÁTICA
O comportamento do homem urbano, em relação aos
espaços de lazer;
A influência das formas, na produtividade do trabalho; a
relação das sociedades com a natureza, expressas na
organização dos parques;
A atitude frente a novas técnicas de plantio, numa
determinada comunidade rural;
A concepção e as formas de representação do espaço,
numa sociedade indígena africana.
Esta é uma perspectiva bastante recente, que ainda não
acumulou uma produção significativa.
43. O IMPACTO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
SOBRE A SOCIEDADE E A CULTURA
A guerra de 1939/45 provocou a destruição da economia e
das cidades da maior parte dos países europeus, velhos
valores e morais desapareceram e a destruição material
provocou a necessidade de reconstrução.
Os administradores, os políticos, os cientistas, os
professores e o povo em geral se perguntavam o que
reconstruir e como reconstruir.
Pois as formas outrora construídas e destruídas na guerra
não era mas possíveis.
E ficava a indagação: E como reconstruir de outra forma?
44. O IMPACTO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
SOBRE A SOCIEDADE E A CULTURA
Os países que optaram pela manutenção do sistema
capitalista procuraram fazer um planejamento que orientasse
a empresa privada.
Nos países do Leste da Europa e nos Bálcãs optaram pelo
sistema socialista, com a economia estatizada e com o
controle do partido sobre a economia, foi feita a planificação.
45. O IMPACTO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
SOBRE A SOCIEDADE E A CULTURA
Ainda durante a guerra, foi iniciada na Inglaterra, o Town
and Coutry Planning e na França e Bélgica com aménagement
du territoire, procurando dar ao planejamento uma dimensão
ao mesmo tempo histórica e geográfica.
46. O IMPACTO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
SOBRE A SOCIEDADE E A CULTURA
E a geografia no meio disso tudo?
Procurando indicar a forma de atividades econômicas;
Para população pensava-se na distribuição pelo espaço dos
países e as possibilidades de se estimular melhor distribuição;
Planejamento de relocalização das indústrias, das
comunicações e da utilização agrícola do território;
Havia a necessidade de realização de trabalhos nesta
área, pois era um desafio constante aos geógrafos.
47. O IMPACTO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
SOBRE A SOCIEDADE E A CULTURA
Esta oportunidade de trabalho era um grande desafio:
Os geógrafos, que vinham trabalhando isoladamente ou
no ensino universitário;
Teriam de se adaptar a um sistema de trabalho realizado
em comum e em colaboração com outros especialistas;
Atingir resultados mas pragmáticos.
Daí o crescimento e até o surgimento de disciplinas que
envolvia Geografia e a Economia, a Sociologia ou
Antropologia, e se passou a falar em uma Geografia Aplicada e
em uma Geografia Ativa.
48. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Os geógrafos estavam inquietos, perceberam que o
caminho que estavam trilhando, ou seja, da geografia
tradicional/clássica não estava mas satisfazendo a necessidade
daquele momento tão importante da história, precisava-se de
uma “nova” geografia e estavam no dilema reforma ou
revolução.
Os geógrafos clássicos, chamados a dar uma contribuição à
reconstrução do pós-guerra, mas estavam muito limitados:
49. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Apenas levantamento de diagnóstico;
Não estando mentalmente equipados, na maioria das
vezes, para participar dos prognósticos;
Limitava-se a observar, a descrever e a explicar a
paisagem, utilizando o “olho clínico”;
Não usavam técnicas que a levassem a ver o que se fazia,
de forma invisível, na elaboração da paisagem.
50. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
A geografia agrária perdia sua importância, dando lugar a
geografia urbana e econômica.
Na frança, Pierre George elevou ainda mas essa
importância, dando mas ênfase a estudos ligados à indústria,
às cidades, ao comércio, aos transportes e ao consumo.
Sua sede de inovação científica levou-o a fazer estudos de
profundidade na área da geografia rural e da geografia
urbana, salientando as características do meio rural e urbano
na sociedade capitalista avançada, dos meados do século XX.
51. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Em 1956, Pierre George participou, no Rio de Janeiro, do
XVIII Congresso Internacional de Geografia, onde teve
bastante influência, salientava a preocupação com o social, na
qual observava-se em poucos geógrafos brasileiros no período
anterior a 1964.
O chamamento de geógrafos na Europa desenvolveu nos
vários países o que se convencionou chamar Geografia
Aplicada e deu novo alento à Geografia Política.
52. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Contudo, nesses chamamentos, os estudos geográficos
não eram feitos por geógrafos, mas por funcionários.
Geógrafos não realizavam trabalhos de coordenação;
Não faziam síntese, para qual estavam habilitados;
Os trabalhos eram realizados por engenheiros e
economistas;
Faziam trabalhos complementares e estudos específicos;
Trabalhos como: solos, climas, interpretação de fotografias
aéreas.
53. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Os mestres da época estavam preocupados devido a várias
manifestações de pensamentos, de humanista para
especialista, entre algumas preocupações estavam:
Deixar a síntese pela análise;
Afasta-se de sua profissão para se dedicar ao trabalho em
áreas restritas;
Questionamentos no ensino ministrado nas universidades;
Exigências de uma formação mais técnica, que ganharia
força nos anos 60 com a Geografia Quantitativa.
54. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Escolas/Universidades na França
Universidade de Strasbourg
J. Tricart e E. Juillard
55. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Escolas/Universidades na França
Universidade de Renes
A. Meynier e M. Philliponneau
56. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Escolas/Universidades na França
Universidade de Bordeaux
L. Papy e Enjalbert
57. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Escola/Universidade na Bélgica
Universidade de Liêge
Omer Toulippe
58. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Partidários da geografia aplicada defenderam a sua filiação
à escola clássica e apontavam o novo rumo como um
desdobramento e uma evolução.
Para Pierre George, foi contra a idéia da existência de um
novo ramo da geografia aplicada, admitindo apenas a
aplicação dos princípios geográficos, defendendo o que
chamou Geografia Ativa.
Porém, admitia que se formassem nas universidades ou
em outras instituições setores de preparação de geógrafos, já
formados, para atuarem na área de planejamento.
59. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
E no Brasil?
IBGE contribuía com à formação de geógrafos, professores
e não professores, encaminhando-os à pesquisa e à procura
de solução para os problemas geográficos;
Uma nova revisão territorial do Brasil (1946/64);
Preocupação com o conhecimento dos problemas do
território;
Preocupação com a problemática social;
Denuncias de Orlando Valverde, com grandes problemas
causados pelas estruturas socioeconômicas dominantes.
60. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Durante a ditadura militar, teve grande engajamento dos
geógrafos do IBGE com a política econômica do governo;
Desprezo pelos problemas sociais e do meio ambiente,
com a abstração matemático-estatística;
Destruição do Conselho Nacional de Geografia;
O movimento renovador chegou universidades brasileiras,
que intensificaram as missões científicas e a colaboração com
universidades estrangeiras;
Como os do Laboratórios de Geomorfologia e Estudos
Regionais da Universidade da Bahia, criado por Milton Santos
recebendo grande influência de Tricart, sobre a poluição dos
rios provocada por despejos industriais.
61. A CONSCIENTIZAÇÃO DOS GEÓGRAFOS SOBRE
OS ESGOTAMENTOS DA GEOGRAFIA CLÁSSICA
Além dos pensamentos, transformações ocorridas, ainda
estava acontecendo:
Transformação na Geografia Humana;
Rejeição, na geografia física, da morfologia de Davis;
Destruição o que se chamava geomorfologia "normal" e
defendendo princípios de zonalidade nos processos
morfológicos;
A climatologia também ia perdendo o seu caráter estático
e passava a ser encarada de forma dinâmica;
Renascimento da Geografia Política, desvinculada da
Geopolítica.
62. SISTEMAS ECONÔMICOS, POSIÇÕES IDEOLÓGICAS
E CIÊNCIA GEOGRÁFICA
Enquanto os geógrafos em outros países estavam
dispersos, na União soviética:
Faculdades de Geografia que deram maior importância
aos estudos de geografia física;
Engajados nos trabalhos de planificação, nas equipes
dedicadas aos problemas físico-naturais.
Os problemas de organização do espaço: sociólogos,
economistas, antropólogos, urbanistas etc;
O papel desempenhado pelos antropólogos foi agigantado,
de vez que a União Soviética era um país em que conviviam
mais de 100 povos e nações diferentes.
63. SISTEMAS ECONÔMICOS, POSIÇÕES IDEOLÓGICAS
E CIÊNCIA GEOGRÁFICA
Na França:
Geógrafos trabalharam no Ministério da Construção e na
Delegacion à l'Aménagement du Territoire et à l'Action
Regionale;
Reorganizando o funcionamento de atividades econômicas;
Procuravam descentralizar a vida econômica francesa e
atenuar a concentração existente em Paris e sua região;
Fazer o diagnóstico da situação existente;
Desenvolver a prospectiva, projetando o crescimento para
o futuro;
Teoria de Pólos de Desenvolvimento, formulada por
François Perrouxs.
64. SISTEMAS ECONÔMICOS, POSIÇÕES IDEOLÓGICAS
E CIÊNCIA GEOGRÁFICA
No Estados Unidos e Brasil:
Trabalho desenvolvido por Walter lzard, que criou nova
disciplina, a Ciência Regional;
Ela contribuiu para estimular entre os geógrafos o uso dos
chamados métodos quantitativos;
Fernando de Oliveira Mota, superintendente da SUDENE,
procurou conciliar, com os ensinamentos de F. Perroux.
Em 1966, no Recife, houve I Seminário sobre Pólos de
Desenvolvimento.
65. SISTEMAS ECONÔMICOS, POSIÇÕES IDEOLÓGICAS
E CIÊNCIA GEOGRÁFICA
As tendências à utilização de métodos estatísticos nos
trabalhos geográficos ganharam grande prestígio no pós-
guerra;
Rápido desenvolvimento do capitalismo;
Necessidade de reconstrução dos países mais atingidos
pela guerra;
Indústrias, que haviam sido montadas, poderiam ser
convertida à produção dos materiais necessários à
reconstrução;
Pós-guerra, os Estados Unidos, estava com a liderança
incontestável do mundo capitalista.
66. SISTEMAS ECONÔMICOS, POSIÇÕES IDEOLÓGICAS
E CIÊNCIA GEOGRÁFICA
O mundo da Guerra Fria em meados da década de 1970:
Primeiro Mundo: o Bloco Ocidental, liderado pelos Estados Unidos, Japão e seus aliados na
Europa
Segundo Mundo: o Bloco Oriental liderado pela União Soviética, República Popular da China e
seus aliados
Terceiro Mundo: os países não alinhados e neutros
67. SISTEMAS ECONÔMICOS, POSIÇÕES IDEOLÓGICAS
E CIÊNCIA GEOGRÁFICA
Na década de 50, quando a reconstrução já chegara ao
ápice e a expansão capitalista começava a ser freada, foi feita
a guerra da Coréia, então aconteceu:
Novamente mobilizou e estimulou a indústria bélica;
Precisando de mais recursos para o mundo industrializado;
Acentuando as diferenças existentes entre o Primeiro e o
Terceiro Mundo;
Crescimento rápido teria de ser feito à custa da
degradação do meio natural;
Política preservacionista tornaria mais elevado o custo de
produção;
Condição de vida da população, mundo subdesenvolvido.
68. SISTEMAS ECONÔMICOS, POSIÇÕES IDEOLÓGICAS
E CIÊNCIA GEOGRÁFICA
Para encobrir estes grandes problemas tornava-se
necessário concentrar toda a atenção na problemática
econômica e otimizá-la frente à problemática ecológica e
social, consequentemente:
Houve mobilização de meio cultural, universitário, no
sentido de desenvolver teorias que renascessem o
positivismo;
Considerar que o uso da matemática era indispensável;
Importância dada ao quantitativismo nos fins da década
de 60 e início de 70;
A Econometria, com a Sociometria e com a Geografia
Teorética.
70. O IMPACTO DA TECNOLOGIA SOBRE O CONHECIMENTO E
A PROCURA DE NOVOS PARADIGMAS
No pós-guerra sobre a geografia não se limitou a fazê-lo só
na Universidade, ao tentar disputar espaço com outras
disciplinas na área do planejamento e da crítica social.
Mas, impactou em diversos aspectos, que seriam:
Provocou a reflexão dos geógrafos sobre a natureza da
geografia;
Levou a atitudes de crítica;
A reformulação dos seus princípios científicos e filosóficos;
A negação do passado, por parte de alguns grupos;
A procura de novos caminhos.
71. O IMPACTO DA TECNOLOGIA SOBRE O CONHECIMENTO E
A PROCURA DE NOVOS PARADIGMAS
Para Osvaldo Bueno Amorim Filho, inclui outros impactos.
Sendo elas:
Abriram perspectivas para a renovação do conhecimento
geográfico;
Formulação da teoria geral dos sistemas;
Formulação do estruturalismo;
As bases teóricas da cibernética;
A teoria dos conjuntos;
A teoria dos jogos;
As bases teóricas da comunicação.
72. O IMPACTO DA TECNOLOGIA SOBRE O CONHECIMENTO E
A PROCURA DE NOVOS PARADIGMAS
Travou-se então grande discussão entre as correntes de
pensamentos a respeito da natureza e da metodologia do
conhecimento geográfico em todo o mundo, discussão que
durou mais de um decênio e que refletiu de forma flagrante as
ligações ideológicas do pensamento geográfico.
Nos fins da década de 70, Carlos Augusto de Figueiredo
Monteiro, em livro angustiado, apresentou aos geógrafos,
reunidos em Fortaleza caminhos percorridos pela geografia
brasileira, até então.
73. O IMPACTO DA TECNOLOGIA SOBRE O CONHECIMENTO E
A PROCURA DE NOVOS PARADIGMAS
Para ele três eram os caminhos a serem escolhidos como
alternativas para a geografia brasileira:
O da Concepção sociológica de Kuhn;
O do Modelo evolucionista de Popper;
Proposta pluralista de Feyeraband.
Contribuições que haviam influenciado as decisões do
autor, que desenvolveu grande programa de reformulação do
estudo e do ensino da Climatologia, aceitando em grande
parte os princípios da Teoria Geral dos Sistemas.
74. O IMPACTO DA TECNOLOGIA SOBRE O CONHECIMENTO E
A PROCURA DE NOVOS PARADIGMAS
Para analisarmos os últimos 30 anos de evolução da
Geografia e do pensamento geográfico, classificou-se em
quatro grandes correntes teórico metodológicas:
A corrente teórico-quantitativista;
A corrente da geografia do comportamento e a da
percepção;
A corrente ecologista;
Corrente radical, em grande parte marxista.
75. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
Esta corrente destacou-se por usar em larga escala os
modelos matemático-estatísticos, desenvolvendo diagramas,
matrizes e utilizando sempre a análise fatorial e a cadeia de
Markov.
Rompeu inteiramente com a Geografia Clássica e se
apresentou como Nova Geografia.
Sem ligações com o pensamento tradicional, apresentando
grandes formulações nomotéticas que facilitavam o uso da
estatística.
76. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
Essa Nova Geografia queria se desvincular totalmente da
Geografia clássica, fazendo algumas alterações.
Algumas dessas alterações são:
Condenou, no ensino, o uso das excursões, das aulas
práticas de campo por achar desnecessária a observação da
realidade;
Substituindo o campo pelo laboratório, onde seriam feitas
as medições matemáticas, os gráficos e tabelas sofisticadas;
Uma ala intitulou-se de Teorética, para quebrar qualquer
vínculo com os trabalhos empíricos.
77. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
A corrente que se apresentou como revolucionária, por
negar as origens da Geografia.
Desenvolveu-se inicialmente na Suécia, nos Estados
Unidos e na Grã-Bretanha, tendo fortes repercussões na União
Soviética e na Polônia.
Encontrou porém forte resistência na Alemanha e na
França.
78. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
Na Suécia.
Iniciou-se com os trabalhos de
Torsten Hargerstrand que já nos fins
da década de 40.
Ele se preocupou com:
Estudos das modificações à
agricultura, como o uso de máquinas
agrícolas;
Tuberculização dos bovinos;
Novos métodos de cultura de
ervas.
Torsten Hargerstrand
79. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
No Estados Unidos.
Edward Ulman, professor da
Universidade de Washington que
formou estudantes.
Transmitiu ao seus alunos:
Estudos urbanos e de
comunicação os princípios e
métodos utilizados antes da guerra
mundial, por Alfred Weber e Walter
Christaller.
Edward Ulman
80. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
No Estados Unidos.
Na universidade de Chicago, foi
um grande centro de difusão das
idéias quantitativistas.
Onde William Bunge publicou
um livro fundamental para o
pensamento teórico.
Dando maior ênfase à reflexão
sobre as propriedades geométricas
dos sistemas físicos e sociais.
William Bunge
81. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
No Estados Unidos.
Na Escola de Chicago, a grande
figura foi Brien Barry, onde ele se
dedicou:
Aos estudos urbanos, retomando
as idéias de Christaller;
Desenvolvendo princípios em
uma área da Geografia;
Apresentou grande produção
isolada e com grupo de colegas.
Universidade de Chicago
82. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
Na Inglaterra.
Peter Haggett, Michael Chisholm
e Richard Chorley, realizaram
trabalhos intensos utilizando a
pesquisa operacional, a cibernética e
a teoria dos jogos.
Figura central da Geografia
Teorética a mais famosa, foi David
Harvey que publicou um livro de
base, que continha profundas
reflexões sobre o caráter científico
da Geografia e sobre a "revolução"
que se realiza.
David Harvey
83. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
Na Alemanha e França.
A sólida formação clássica dos
discípulos de Hettner da escola
lablachiana serviram como um
escudo, dificultando a penetração
das idéias quantitativistas.
Alguns geógrafos famosos, como
Pinchemel, que traduziu o livro de
Haggett e Claval, aceitaram
parcialmente os pontos de vista da
nova escola.
Paul Claval
84. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
Na Alemanha e França.
Um grupo, que se entitulou
Chadule, composto por professores
como Henri Chamussy, Joel Charre,
Pierre Dumonlard, Maria Geneviêve
Dirand e Maryvonne la BerryFigura.
Comprometeram-se
profundamente com a nova escola e
publicou uma obra coletiva de apoio
e de difusão da mesma.
Universidade de Grenoble
85. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
No Brasil
A geografia teorético-quantitativa teve difusão nos fins da
década de 60 e primeiro período na de 70;
Governo militar estava consolidado;
Colocar o país entre as grandes potências;
Acionou a Fundação IBGE que dispunha de ricas
informações estatísticas e de um corpo de geógrafos que, em
parte, apoiou a utilização de novos métodos.
86. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
No Brasil
Desprezaram a orientação francesa;
Enviaram geógrafos para fazer a pós-graduação nos
Estados Unidos;
Promoveram a vinda de americanos e ingleses para
ministrar cursos e seminários no Brasil;
Revista Brasileira de Geografia, divulgaram os novos
métodos e técnicas.
87. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
No Brasil
Associação dos Geógrafos Brasileiros foram também
utilizados como tribunas de divulgação;
Passou-se a fazer verdadeira guerra contra os geógrafos
que não aderiam à "revolução quantitativa“;
Geografia da UNESP, localizada em Rio Claro, onde, ao lado
dos estudos urbanos, desenvolveram-se, principalmente,
estudos agrários ou de localização das principais culturas.
88. A CORRENTE TEÔRICO-QUANTITATIVISTA
No Brasil
Em 1973, a AGB patrocinou, no Rio de Janeiro, um
Seminário sobre a Renovação da Geografia que teve como
relatora a professora Bertha Backer;
Os geógrafos quantitativistas compreenderam a fragilidade
de suas postulações e se dividiram em dois grandes grupos:
Um liderado por Harvey, que aderiu ao marxismo;
Outro por Brien Barry, que procurou atenuar a
agressividade dos quantitativistas.
89. Referências Bibliográficas
Andrade, Manuel Correia de Geograia : ciência
da sociedade I Manuel Correia de Andrade.-
Recife: Ed. Universitária da FPE, 2008. 246 p.
Christofoletti, Antonio (Organizador),
Perspectivas da geografia, Antonio Christofoletti,
São Paulo : Difel, 2. ed. 1985 - 318 p.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia:
Pequena História Crítica. São Paulo: HUCITEC-VIP,
1985.