A geografia como qualquer outra ciência trabalha metodologicamente em
diversas áreas de estudos, agregando conhecimentos de outras disciplinas para
compor e explicar os fenômenos ocorrentes na natureza. O presente trabalho
consiste na análise de uma porção florestal dentro das dependências da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM), na qual foi feita um levantamento de
variedades de espécies num determinado limite pré-determinado. Partindo do
pressuposto de uma reflexão das análises levantadas podemos ter uma noção das
espécies e da sua formação vegetal, assim compreendendo de forma, mas analítica
através do trabalho campo a distribuição espacial, a variedade das espécies e o tipo
de formação onde está inserida na área estudada.
Relatório biogeografia - Pirâmide de Vegetação em Biogeografia - AO USAR COMO FONTE POR FAVOR CITAR NAS REFERÊNCIAS
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM
INSTITUTO DE FILOSOFIA CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – DEGEOG
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA – IH07-L
DISCIPLINA DE BIOGEOGRAFIA – 2023/1
PIRÂMIDE DE VEGETAÇÃO EM BIOGEOGRAFIA
Dennis dos Santos Marinho1
Hebimael Travassos Lima2
Jandresson Soares de Araújo3
Lorena da Silva4
Pedro Henrique de Sousa Pereira5
Rânelly Daiana Monteiro da Costa6
1. INTRODUÇÃO
A geografia como qualquer outra ciência trabalha metodologicamente em
diversas áreas de estudos, agregando conhecimentos de outras disciplinas para
compor e explicar os fenômenos ocorrentes na natureza. O presente trabalho
consiste na análise de uma porção florestal dentro das dependências da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM), na qual foi feita um levantamento de
variedades de espécies num determinado limite pré-determinado. Partindo do
pressuposto de uma reflexão das análises levantadas podemos ter uma noção das
espécies e da sua formação vegetal, assim compreendendo de forma, mas analítica
através do trabalho campo a distribuição espacial, a variedade das espécies e o tipo
de formação onde está inserida na área estudada.
1
Graduando do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Amazonas, 3º período. E-mail:
Dennisarinho11@gmail.com
2
Graduando do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Amazonas. E-mail:
hebimaelhistory@gmail.com
3
Graduando do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Amazonas, 3º período. E-mail:
Jandresson@hotmail.com
4
Graduanda do curso de Bacharel em Geografia da Universidade Federal do Amazonas, 3º período. E-mail:
Dnspinheiro360@gmail.com
5
Graduando do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Amazonas, 3º período. E-mail:
Phenriquesousa.pe@gmail.com
6
Graduanda do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Amazonas, 3º período. E-mail:
Ranellydaiana@gmail.com
2. 2
O objetivo dessa pesquisa é de estudar, fazer o levantamento de dados e
entender como a porção territorial estudada se organiza nas suas estruturas de
cobertura vegetal por meio das pirâmides de vegetação da área de mata da UFAM.
Não existe a prática sem a teoria, pois ambas andam juntas para se chegar a uma
conclusão da pesquisa, assim a justificativa gira em torno de por em prática todos os
assuntos abordados previamente de biogeografia e aplicar na prática, obtendo assim
resultados dentro dos padrões satisfatórios.
De acordo com VARGAS et.al. (2015, p. 02) os estudos fitossociológicos:
[...] são uma ótima opção para obtenção de dados relativos a composição,
estrutura, funcionamento, dinâmica, histórico, distribuição e relações
ambientais das comunidade vegetais, apoiados pela taxonomia vegetal,
fitogeografia e ciências florestais.
Portanto, conhecer sobre os estudos fitossociológicos dos vegetais tem uma
suma importância para essa pesquisa, pois com tal conhecimento podemos adentrar
ainda mais nessa dinâmica relativos aos fitos correlacionando com a pirâmide de
vegetação adotada por PASSOS7
.
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Preliminarmente dirigiu-se até o local da porção territorial da unidade florestal
dentro das dependências da Universidade Federal do Amazonas (-3º5’37,43763”S -
59º57’28,67473”W). Logo em seguida foi deixado na entrada da floresta um aparelho
de medição (temperatura, umidade de ar) e outro dentro da floresta, que
posteriormente eram feitas a aferição dos valores e anotados. Já dentro da área de
pesquisa e com a escolha da árvore, delimitou-se o setor de estudo em parcela de
10m x 10m, totalizando 100m2
, vale ressaltar que PASSOS (2003), utiliza 20m x
20m, 400m2
, mas devido a poucos integrantes na composição da pesquisa, foi
adotada em uma área de menor escala.
Com isso, a demarcação do perímetro foi feita com uma fita plástica amarrado
nos galhos, observando com atenção as medidas adotadas, fechando assim o
quadrante pré-estabelecido. Logo em seguida, foram feitas os procedimentos:
7
Ver o artigo O índice de vegetação (ndvi) e a pirâmide de vegetação: Abordagens complementares
Prof. Dr. Messias Modesto dos Passos.
3. 3
contagem de indivíduos: arbóreo, arbustivo, subarbustivo e herbáceo; observação
do critério de abundância e dominância (quadro 1); por fim o grau de sociabilidade
(quadro 2), isto é, como as plantas estavam agrupadas.
Fonte: PASSOS (2003)
Fonte: PASSOS (2003)
Com tudo definido, foram feitas anotações na ficha biogeográfica levando em
conta tudo aquilo aceito nos procedimentos, preenchendo e relacionando as
espécies que estavam ocorrendo naquele perímetro por consequência na
observância dos conjuntos dos estratos.
A temperatura e umidade relativa do ar foram aqui medidas em dois trechos
na pesquisa e obtivemos os seguintes resultados (Quadro 3).
Quadro 3: Temperatura e Umidade relativa do ar
Fonte: Prof: Dr. João Cândido André da Silva Neto; Org. Jandresson Soares de Araújo.
Horários
Entrada da floresta Dentro da floresta
T (ºC) URA (%) T (ºC) URA (%)
09h34min 28,9 66 28,5 66
10h24min 29,1 77 28,5 72
4. 4
Imagem 1: Aparelho usado para medir a temperatura e a umidade relativa do ar
Foto tirada por: Pedro Henrique de Sousa Pereira/2023
Gráfico 1: Medições da temperatura
Fonte: Prof: Dr. João Cândido André da Silva Neto; Org. Jandresson Soares de Araújo.
28,9
28,5
29,1
28,5
28,2
28,3
28,4
28,5
28,6
28,7
28,8
28,9
29
29,1
29,2
09:34 10:24
TEMPERATURA
(ºC)
TEMPERATURA DENTRO E FORA DA FLORESTA
Entrada da floresta
Dentro da floresta
5. 5
Gráfico 2: Medições da umidade relativa do ar
Fonte: Prof: Dr. João Cândido André da Silva Neto; Org. Jandresson Soares de Araújo.
Como se pode notar no gráfico 1, as temperaturas no primeiro registro são
muito próximas, tendo um leve aumento no segundo registro (1ºC) na entrada e
dentro da floresta se manteve igual, como os pontos dos registros são próximos às
temperaturas se mantiveram equivalentes.
No gráfico 2, a umidade relativa do ar acontece algo semelhante ao ocorrido
na temperatura no primeiro registro, onde ambas as medições começam iguais
(66%), mas no segundo registro a umidade dentro do perímetro florestal cai (72%)
em relação à entrada (77%).
Portanto, quanto maior for à umidade relativa do ar estará proporcionalmente
relacionada, menor a temperatura.
3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área de estudo é marcada pela formação de floresta ombrófila densa, pois a
Amazônia é do tipo “vegetação é caracterizado por fanerófitos - subformas de vida
macro e mesofanerófitos, além de lianas lenhosas e epífitas em abundância, que o
diferenciam das outras classes de formações” (IBGE 2012, p.65, grifo nosso), desse
modo, o perímetro de estudo fazendo parte dessa composição ecológica é
caracterizado por diversos outros fatores como: elevadas temperaturas, altas
precipitações, umidade relativa do ar e o tipo de formação dos solos.
66%
77%
66%
72%
60%
62%
64%
66%
68%
70%
72%
74%
76%
78%
09:34 10:24
UMIDADE
RELATIVA
DO
AR
(URA)
UMIDADE DO AR DENTRO E FORA DA FLORESTA
Entrada da floresta
Dentro da floresta
6. 6
Imagem 2: Perfil Esquemático da Floresta Ombrófila Densa
Fonte: Veloso, Rangel Filho e Lima (1991) apud IBGE, 2019, p.74.
Em relação aos tipos de vegetações pesquisadas na área de estudo, foram
encontradas diversas variedades de espécies e de distintos portes de alturas, o que
ajudou a identificar os estratos e no preenchimento da ficha biogeográfica, com isso
foram encontradas algumas espécies em cada categoria de acordo com ficha, sendo
elas: estrato arbóreo (altura acima de 5m), estrato arbustivo (altura entre 1 e 5m),
estrato subarbustivo (altura entre 0,5 e 1m) e estrato herbáceo (altura até 0,5m).
Imagem 3: Tipos de estratos encontradas no perímetro
A- Caminho que leva a porção territorial ecológica pesquisada; B- discente usado como
escala para o estrato arbustivo; C- identificação do estrato subarbustivo; D- estrato
do tipo herbáceo; E e F- estrato do tipo arbóreo. Fotos tiradas por: Dennis dos
Santos Marinho/2023.
7. 7
À vista disso, a composição e compilação na pirâmide de vegetação mostrará
graficamente os resultados dessa parcela estudada, de modo que o entendimento
ficará fácil compreensão das distribuições dos estratos na abundância - dominância
e sociabilidade.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Com os dados da parcela coletados e preenchidos na ficha, será
posteriormente feito a transferência para o computador para a criação do gráfico
da pirâmide de vegetação.
4.1 PARCELA E PIRÂMIDE DE VEGETAÇÃO
Na parcela estudada, foram encontradas cerca de 16 espécies, sendo a
totalidade de 38 indivíduos na área, dando ênfase nas espécies, mostrou-se uma
predominância para os portes dos tipos arbóreo e arbustivo, sendo a sua
cobertura vegetal variando de 25%, 50% a 75%, entretanto, em comparação ao
tipo arbóreo, o arbustivo apesar de ter uma quantidade relativamente equiparado
ao anterior citado, a sua sociabilidade se encontrava de modo isolado. O
subarbustivo teve poucas espécies pesquisadas, com pouca abundância-
dominância de cobertura e seu agrupamento variando de isolados a duas
espécies e por fim o tipo herbáceo teve uma gama relativamente grande de tipos
de estratos, com baixa cobertura e isolada, como pode ser vista no quadro 4.
Quadro 4: Ficha Biogeográfica da parcela florestal
Ficha Biogeográfica
PARCELA: Floresta da Universidade Federal do Amazonas
Formação vegetal: Floresta ombrófila densa
Município: MANAUS Altitude: -------------
Local: UFAM Lat: 3º5’37,43763”S Long: 59º57’28,67473”W
Data: 17.10.2023 Por espécie
vegetal
Por estrato
Estrato Arbóreo - (Altura acima de 5m)
N° de
indivíduos A/D S A/D S
Espécie A 1 11
5
2
5
-
Espécie A 2 1 1 -
Espécie A 3 1 1 -
Por espécie
vegetal
Por estrato
8. 8
Estrato Arbustivo - (Altura entre 1 e 5m)
N° de
indivíduos A/D S A/D S
Espécie B 1 7
3
1
4
-
Espécie B 2 2 1 -
Espécie B 3 2 1 -
Espécie B 4 1 1 -
Espécie B 5 1 1 -
Por espécie
vegetal
Por estrato
Estrato Subarbustivo - (Altura entre 0,5 e 1 m)
N° de
indivíduos A/D S A/D S
Espécie C 1 2
1
2
+
-
Espécie C 2 1 1 -
Espécie C 3 1 1 -
Por espécie
vegetal
Por estrato
Estrato Herbaceo - (Altura ate 0,5m)
N° de
indivíduos A/D S A/D S
Espécie D 1 2
1
1
1
-
Espécie D 2 2 1 -
Espécie D 3 2 1 -
Espécie D 4 1 1 -
Espécie D 5 1 1 -
Preenchido e Organizado por: Jandresson Soares de Araújo.
A compilação dos dados da ficha fitossociológica foi levada para o
computador e feita o seu gráfico no software Microsoft PowerPoint®8
para a
8
Programa utilizado para diversos fins, sendo a principal função a criação e exibição de slides.
Software pertencente à Microsoft ®.
CLIMA: Equatorial
TEMPO: Nublado
TEMPERATURA / UMIDADE REL.: ----------
VENTO: -------------
SOLO: Latossolo com uma leve inclinação
EROSÃO: Aparentemente ausente
AÇÃO ANTROPICA E IMPACTOS AMBIENTAIS:
Não tem ação de processos antropicos de escala elevada no local, se mantendo com grande
parte com as caracteristicas originais, ou seja, com a vegetação preservadas primarias,
entretanto, como o local pesquisado fica nas dependências da Universidade federal e não muito
distante da ocupação urbana, há possibilidade dessa area ser afetada.
9. 9
elaboração da pirâmide de vegetação. O uso do software é uma adaptação da
metodologia adotada pelo PASSOS (2003), pois para a construção da pirâmide de
vegetação seria feita em:
[...] um papel milimetrado, toma-se um segmento de reta horizontal de 10
cm. de comprimento. Sobre esta base e no seu centro, ergue-se,
perpendicularmente, o eixo da pirâmide. Dispõe-se os estratos de
vegetação simetricamente em relação ao eixo, considerando sua ordem
normal de superposição, de seu índice de recobrimento (abundância-
dominância 1 = 1 cm, 2 = 2 cm, 5 = 5 cm). A espessura de cada estrato,
representado na pirâmide, está determinada arbitrariamente, de modo a
facilitar as interpretações biogeográficas: estrato 1 = 0,5 cm, estrato 2 e 3 =
1 cm, estrato 4 = 1,5 cm, estrato 5 = 2 cm. A construção da pirâmide é
concluída com outras informações (BERTRAND 1966, págs. 129-145 apud
PASSOS).
Com os recursos atualmente, seria de melhor opção a utilização de
operações computacionais para a criação da pirâmide, entretanto, na falta de
material e de máquinas para elaboração da pirâmide, recomenda-se o uso adotado
por PASSOS e BERTRAND.
Imagem 4: Pirâmide de vegetação no ponto da reserva florestal da UFAM no
município de Manaus – AM
+ Planta Rara ou isolada
1- Indivíduos Isolados
2- Plantas em grupos de 2 e 3
3- Crescimento em grupos
4- Mancha Densa pouco estendida
5- População Densa e contínua
Pirâmide de vegetação – Floresta Ombrófila Densa – Reserva da UFAM - Manaus
SOCIABILIDADE
ESTRUTURA DO SOLO
Húmus com matéria orgânica
Solo – Latossolo
Rocha Fonte
DINÂMICA DOS ESTRATOS
Progressão Regressão = Equilíbrio
10. 10
Org. Jandresson Soares de Araújo/2023
No estrato arbóreo se apresenta em 3 espécies no total de 13 indivíduos,
sendo que uma espécie em específico em abundância estava distribuído em grupos
de a 3 indivíduos e as outras espécies estavam isoladas, ocupando uma vasta
cobertura vegetal de 75% a 100% da área, entretanto, pode haver indícios de
regressão.
No estrato arbustivo, se equipara em números de indivíduos em relação ao
estrato arbóreo no total de 13, com variedade de 5 espécies. A dominância se
mostrou em 1 espécie, contudo todos são isolados com uma taxa de progressão
crescente e sua abundância-dominância esta em torno de 25% a 50%.
O estrato subarbustivo, foi o que teve menos espécies achada na área com 3,
totalizando o número de indivíduos de 4. A sua abundância-dominância não está
mais que 10% da cobertura vegetal.
O estrato herbáceo teve 5 espécies catalogadas com seus indivíduos bem
distribuídos na área com 8 indivíduos ocupando a cobertura vegetal em torno de
10% e com indícios de haver um crescimento desse estrato, pois esse tipo de
vegetal de porte baixo se espalha perto da camada de húmus aproveitando os
nutrientes necessários para seu desenvolvimento, sendo esta uma característica da
floresta ombrófila densa.
4.2 PRESERVAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS NO FRAGMENTO
FLORESTAL
A área de floresta da UFAM é considerada no meio urbano da cidade de
Manaus uma ilha de frescor, pertencente a uma APA (área de proteção ambiental)
definida:
Ponto 1 – Floresta Ombrófila Densa– Reserva da UFAM - Manaus
Área de reserva pertencente à Universidade Federal do Amazonas Município: Manaus
Estado: Amazonas Latitude: 3º5’37,43763”S Longitude: 59º57’28,67473”W Altitude: --
Rocha: Formação Alter do chão Solo: Latossolo Clima: Equatorial
Formação fitogeográfica: Floresta Ombrófila Densa Data da coleta: 17/10/2023
Data da compilação e montagem da pirâmide: 31/10/2023
Elaboração: Jandresson Soares de Araújo Orientador: Prof: Dr. João Cândido André
da Silva Neto
11. 11
[...] pelo Decreto nᵒ 1.503 de 27 de março de 2012
9
, que tem como
objetivo básico disciplinar o processo de ocupação humana, evitando o
parcelamento do solo irregular e clandestino, manter a diversidade
biológica, proteger os atributos abióticos, bióticos, estéticos e culturais,
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, visando a
favorecer a melhoria da qualidade de vida e o bem estar da população
humana (CASTRO et. al. 2022, p. 124, grifo nosso).
Portanto, a floresta desde 2012 esta protegida pelo decreto municipal de
Manaus, não sendo isto um fator significante que toda a área está sendo
preservada, com sua vegetação mantida de origem primaria, pois com o avanço
desordenado de bairros adjacentes e pela própria expansão da Universidade, essa
vegetação vai sendo destruída e ocupada por moradias e assentamentos e se a
fiscalização das autoridades internas e externas não tomar providências teremos
menos floresta.
Os impactos ambientais podem ocorrer de várias formas, mas uma forma que
é bastante ativa e constante é a ação do homem e isso acarreta diversas
consequências dos, mas variados tipos, tais como: processos erosivos; aumento de
sensação térmica no local e áreas adjacentes e empobrecimento do solo causando
a desertificação.
No fragmento estudado não houve no primeiro momento ações antrópicas,
contudo a caminho do campo de estudo havia diversos dejetos como: telhas de
cimento; cerâmicas; conteúdos plásticos entre outros objetos de identificação
desconhecida, isso acende um sinal de alerta que o avanço esta adentrando cada
vez mais na floresta, como pode ser vista na imagem 5.
9
Decreto que dispõe preservar e proteger os recursos ambientais, dentre outros instrumentos, pela
criação de espaços territoriais especialmente protegidos. Disponível em:
https://leismunicipais.com.br/a/am/m/manaus/decreto/2012/151/1503/decreto-n-1503-2012-cria-a-
area-de-protecao-ambiental-ufam-inpa-ulbra-elisa-miranda-lagoa-do-japiim-e-acariquara-e-da-outras-
providencias, Acesso em: 31 out. 2023.
12. 12
Imagem 5: Objetos encontrados a caminho do campo na floresta da UFAM
Fotos tiradas por: Dennis dos Santos Marinho/2023.
A área estudada se encontra em uma localização de fácil acesso para os
moradores do bairro de agirem contra a floresta de diversas formas, sem
esquecer também das ações dos próprios discentes e visitantes na poluição.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que com a ida ao campo, reconhecer os tipos de fitos, a
dinâmica e cobertura vegetal, com os levantamentos de dados e o preenchimento
da ficha biogeográfica, se mostrou muito importante para aprender na prática o
que era só visto na sala, esse contato se tornou fundamental de como o tipo de
floresta ombrófila densa é exuberante e complexa.
13. 13
De acordo com a pirâmide a área se apresentou em condições estáveis
com diversas espécies com crescimento e outras não, o solo com bastante húmus
e não tendo no momento da pesquisa erosões a vista.
REFERÊNCIAS
CASTRO, Rosana Barbosa de; PAIXÃO, Kamila Lacerda; JUNIOR, José Henrique
Costa e Penha; ROMERO, Flora Magdaline Benitez; CARVALHO, Pedro Marinho
de; RIGUERA, Luisa Virginia Franco; TELLO, Julio César Rodríguez; GALINDO,
Julio César Rodríguez; ROCA, Dean Kenji Vaca. Lianas em fragmento florestal
urbano na cidade de Manaus. Estudos Dendrológicos e Ecológicos na Amazônia:
oportunidades e experiências, [s. l.], p. 120-142, 2022. DOI 10.37885/220508822.
Disponível em: https://www.editoracientifica.com.br/artigos/lianas-em-fragmento-
florestal-urbano-na-cidade-de-manaus. Acesso em: 31 out. 2023.
IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro: FIBGE, 1992.
(série manuais técnicos em geociências).
PASSOS, Messias Modesto dos. Biogeografia e paisagem 2.ed. Maringá,
Editora UEM 2003.
SAKUMA, Mariane Zambone; SILVA, Mauro Henrique Soares da. A Técnica Das
Pirâmides De Vegetação Aplicada A Análise De Unidades Florestais De
Vegetação Arbórea Densa No Pantanal Do Abobral. In: Anais do XVII Simpósio
Brasileiro de Geografia Física Aplicada e I Congresso Nacional de Geografia
Física: Os Desafios da Geografia Física na Fronteira do Conhecimento. 2017.
VARGAS, Karine & Dal SANTO, Thalita & MIOLA, Deise. (2015). O Uso De
Pirâmides De Vegetação Para A Representação Gráfica Da Mata Ciliar Do
Córrego Água Pequena, Realeza, Pr. Fórum Ambiental da Alta Paulista. 11. 47-61.
10.17271/19800827110120151072. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/283500556_O_USO_DE_PIRAMIDES_DE
_VEGETACAO_PARA_A_REPRESENTACAO_GRAFICA_DA_MATA_CILIAR_DO_
CORREGO_AGUA_PEQUENA_REALEZA_PR. Acesso em: 31 out. 2023.