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ANÁLISE
Financeira
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 15 – Métodos de Avaliação Econômica de Investimentos
O objetivo da avaliação de alternativas de investimento é o de
maximizar a contribuição marginal dos recursos de capital,
promovendo o incremento de sua riqueza líquida
Introdução
Os métodos de análise de investimentos dividem-se
em dois grandes segmentos:
Modelos quantitativos de análise de viabilidade
econômica das alternativas de investimentos
1
Estudo das principais limitações e contribuições práticas
de cada método de avaliação considerado 2
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 15 – Métodos de Avaliação Econômica de Investimentos
15.1 Métodos de Análise de Investimentos
A avaliação de um ativo é estabelecida pelos benefícios futuros
esperados de caixa trazidos a valor presente mediante uma taxa de
desconto que reflete o risco de decisão
Os métodos quantitativos de análise econômica de investimentos
podem ser classificados em dois grandes grupos:
Os que não levam em conta o valor do dinheiro no tempo e
Os que consideram essa variação por meio do critério do
fluxo de caixa descontado.
Payback Simples (PBS)
É o método de avaliação que mede o prazo de retorno do investimento
realizado.
Exemplo: Aquisição de uma Copiadora moderna - Estimativa de economia
Período (ano) Fluxo de Caixa (R$) Saldo (R$) Payback
0 (35.000)(35.000)
1 10.000 (25.000)
2 10.000 (15.000)
3 10.000 ( 5.000)
4 10.000 5.000
5 10.000 15.000
Calcula-se o PBS por interpolação: 5.000 - (-5.000)
4 - 3
=
10.000
1 = 12 meses
= 833,33
- 5.000 = 6 meses
833,33
3,6 meses
Critérios PBS
- Fluxo de Caixa - necessário que o fluxo de caixa apresente apenas uma
mudança de sinal.
- Estipular prazo máximo aceitável - deverá ser definido qual o prazo
máximo que um investimento deverá retornar, para se avaliar se o projeto
é viável ou não.
Características PBS
Vantagens:
- Fácil de ser aplicado e entendido
- Apresenta um resultado de fácil mensuração - quanto menor o prazo de
recuperação, melhor.
- O PBS é uma medida de risco - Quanto mais demorado for o retorno mais
arriscado é o investimento.
- O PBS é uma medida de liquidez - Quanto menor for prazo de
recuperação do investimento, maior será a liquidez do projeto.
- O PBS é bom como método complementar - O PBS é indicado para ser
utilizado como complemento de métodos mais completos.
Desvantagens:
- Não considera o valor do dinheiro no tempo - custo de capital de zero.
- Não considera todos os capitais do fluxo de caixa - como mo prazo
máximo tolerado é arbitrado, pode-se escolher projetos de curta maturação e
baixa rentabilidade e rejeitar projetos de maior maturação e alta rentabilidade.
- Não é medida de rentabilidade do investimento - Não exite nenhuma
relação entre PBS e rentabilidade. O método apenas mede o prazo necessário
para recuperar o valor do investimento.
Exercício
Para um investimento foram desenvolvidas duas alternativas que têm o mesmo valor de
investimento, conforme tabela abaixo. Pede-se para analisar as duas alternativas aplicando o
método PBS, considerando que a empresa aceita projetos de investimentos que tenham um
PBS até 3 anos.
Anos Fluxo de Caixa Acumulado Fluxo de Caixa Acumulado
0 (450.000) (450.000) (450.000) (450.000)
1 150.000 (300.000) 100.000 (350.000)
2 150.000 (150.000) 100.000 (250.000)
3 150.000 0 100.000 (150.000)
4 15.000 15.000 100.000 (50.000)
5 15.000 30.000 100.000 50.000
6 15.000 45.000 100.000 150.000
7 15.000 60.000 100.000 250.000
Projeto A Projeto B
Payback Descontado (PBD)
É o método de avaliação que mede o prazo de retorno do investimento
realizado. Considera o custo de capital da empresa. O fluxo de caixa
de cada período trazido a valor presente, ou seja, calculado o valor de cada
fluxo na data zero.
Exemplo: Aquisição de uma Copiadora moderna - Estimativa de economia
Custo de capital 10% a.a.
Período (ano) Fluxo de Caixa (R$) Valor Presente Saldo (R$)
0 (35.000) (35.000)(35.000)
1 10.000 9.091 (25.909)
2 10.000 8.264 (17.645)
3 10.000 7.513 (10.132)
4 10.000 6.830 ( 3.302)
5 10.000 6.209 2.907
10.000
(1+0,1)1
10.000
(1+0,1)2
10.000
(1+0,1)3
10.000
(1+0,1)4
10.000
(1+0,1)5
PBD = 2.907 - (-3.302) = 517,42 = 3.302
12 517,42
= 4 anos e 6 meses
Exercício
Custo Capital 10,0% 12,5%
Anos Fluxo de Caixa Acumulado Fluxo de Caixa Acumulado
0 (600.000) (600.000) (900.000) (900.000)
1 120.000 (480.000) 300.000 (600.000)
2 150.000 (330.000) 300.000 (300.000)
3 200.000 (130.000) 300.000 0
4 220.000 90.000 300.000 300.000
5 150.000 240.000 300.000 600.000
6 180.000 420.000 250.000 850.000
7 80.000 500.000 200.000 1.050.000
PBD aceitável <= 5 anos
Qual dos projetos deverá ser a aceito ?
Projeto A Projeto B
Valor Presente Líquido (VPL)
É a diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa
associadas ao projeto, devidamente descontadas à taxa mínima de
atratividade (TMA), e o investimento inicial.
$200,00 $200,00 $150,00 $100,00
0 1 2 3 4
-$500,00
TMA = 6% a.a.
200
(1+0,06)1
200
(1+0,06)2
150
(1+0,06)3
100
(1+0,06)4
+ + + - 500
VLP =
VLP = 188,7 + 178,0 + 125,9 + 79,2 - 500 = 71,8
Todos os projetos com VPL > 0 podem ser aceitos, projetos com VPL = 0
são indiferentes e projetos com VPL < 0 devem ser rejeitados.
Critérios Valor Presente Líquido (VPL)
- Fluxo de Caixa - não são uniformes, mas com periodicidade uniforme
- VPL - compara todas as entradas e saídas de dinheiro na data inicial do
projeto, descontando todos os valores futuros do fluxo de caixa na taxa
de juros (TMA) que mede o custo de capital. Sendo o VPL > 0, a soma
de todos os capitais do fluxo de caixa é maior que o valor investido.
Podemos dizer então que o capital investido será recuperado a uma
determinada taxa (TMA) e o projeto gerará um lucro extra, na data zero,
igual a VPL.
Características VPL (Valor Presente Líquido)
Vantagens:
- Considera o fator tempo no valor do dinheiro
- Estabelece o retorno mínimo a ser obtido para manter inalterado o valor
da empresa - quanto o VPL > 0 o projeto garante um ganho extra
- Analisa todos os fluxos de caixa de um projeto
- Considera o custo de capital
- Embute o risco no custo de capital
- O VPL positivo - indica que o capital investido será recuperado, remunerado
na taxa de juros que mede o custo de capital do projeto e gerará um ganho
extra, na data zero, igual ao VPL.
Desvantagens:
- Custo de capital - dificuldade de dimensionar o custo de oportunidade em
fluxo de caixa de longo prazo. (qual o risco ?)
- Projetos com tamanhos diferentes - dificuldade em decidir por qual
projetos quando investimentos são bem diferentes.
Indice de Lucratividade (IL)
É a razão entre o valor presente das entradas líquidas de caixa do projeto
e o investimento inicial. Portanto, tem-se, conforme Galesne, Fensterseifer
e Lamb (1999):
Exemplo anterior:
IL = VPL + Investimento inicial (I0) = 71,8 + 500 = 1,1436
Investimento (I0) 500
- Sempre que o IL for superior a 1 o projeto é passível de aceitação,
levando-se em conta somente a análise financeira.
- Facilita para comparar projetos com tamanhos bem diferentes.
Taxa Interna de Retorno (TIR)
É a taxa de desconto que torna o valor presente das entradas líquidas
de caixa associadas ao projeto igual ao investimento inicial. Em outras
palavras, é a TMA que torna o VPL do projeto igual a zero. Ou seja:
Para Gitman (1997, p. 330-335), é a técnica sofisticada de análise de investimentos mais usada pelos
executivos. A TIR considera que as entradas de caixa do projeto são reinvestidas à própria TIR.
Exemplo
$4.500,00 $5.000,00 $2.000,00 $3.000,00
0 1 2 3 4
-$10.000,00
Taxa Interna de Retorno (TIR)
Deve-se em primeiro lugar calcular-se o VPL a diferentes taxas (TMA),
até se encontrar pequena diferença entre duas taxas que geram dois
VPL, um positivo e outro negativo. Na realidade, parte-se de uma
TMA=0, e eleva-se o seu valor até que o VPL sofra uma inversão de
sinal. No exemplo:
TMA VPL
0% 4500
10% 1.774,81
20% -173,61
Visualiza-se claramente que a TIR está entre 10% e 20%. Tenta-se 15%
e chega-se a um VPL de 724,05, descobrindo-se que a taxa procurada
está entre 15% e 20%. Utiliza-se 17,5%, e obtém-se um VPL de 258,08.
Neste ponto, resolve-se fazer a interpolação.
Taxa Interna de Retorno (TIR)
Análise gráfica:
VPL
258,08
17,5 20
-173,61 TMA
A interpolação resulta na seguinte equação:
TIR Tma
VPL
Tma TIR
VPL



1
1
2
2
TIR TIR




17 5
258 08
20
173 61
,
, ,
173,61TIR - 3038,18 = 5161,60 - 258,08TIR
431,69TIR = 8199,78 TIR = 18,99%
Cálculo mais preciso pela HP-12C - TIR = 18,97%
Matematicamente, conforme Galesne, Fensterseifer e Lamb (1999), se a TIR for
representada por r*
, então tem-se:
   
I
R D
r
S
r
t t
t
t
T
t
T
0
1 1 1






  
Taxa Interna de Retorno (TIR)
O critério de decisão baseado na TIR é o seguinte: se a mesma for superior à TMA, o
projeto é passível de aceitação, caso contrário não. Como visto, seu cálculo é efetuado
por meio de aproximações sucessivas. Esta tarefa, entretanto, é enormemente facilitada pelo
uso de calculadoras ou planilhas eletrônicas.
Braga (1994, p. 291) apresenta um método alternativo de resolução: inicialmente,
monta-se uma tabela com os valores de TMA e valor presente líquido dos fluxos de caixa do
projeto:
TMA VPL
18% 10.169,11
19% 9,995,17
Portanto, se a TMA aumenta 1%, o valor atual diminui 173,94 (10.169,11 - 9.995,17).
Assim, quanto deveria ser acrescido aos 18% para que o valor atual se reduzisse em apenas
169,11 (gerando um valor atual dos fluxos idêntico ao investimento inicial, o que torna o VPL
= 0) ? A resposta é:
1%
169 11
173 94
0 97% 18% 0 97% 18 97%
     
,
,
, , , TIR
Avaliação de carteiras de investimento envolve três
fases de estudos: a análise dos títulos, das carteiras
e a seleção da carteira
Assaf Neto (2003)
©
Emiliezhang
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18
Introdução
Análise de
um título
envolve conhecer o risco e os retornos
esperados de cada título individual
Análise de
uma carteira
envolve conhecer os riscos e retornos
esperados de um conjunto de títulos
Seleção da
carteira
busca identificar a melhor combinação de
títulos, de acordo com perfil do investido
em relação ao risco e retornos esperados
19
Risco
Corresponde a chance de perda financeira
Ativos que apresentam maior chance de perda
são considerados mais arriscados
Sinônimo de incerteza em referência
à variabilidade dos retornos
associados a um determinado ativo
©
Leeloomultipass
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20
É uma medida de volatilidade, da incerteza
de retornos
Objetiva-se mensurar o grau de incerteza
associado ao investimento a ser realizado
De modo que quanto maior a volatilidade
dos retornos, maior será
o seu risco
Risco
©
Artistashmita
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21
O investidor pode possuir três perfis em relação
ao risco:
Avesso ao risco;
Indiferente ao risco;
Propenso ao risco.
As decisões
de investimentos
são realizadas
de acordo com
cada perfil
©
Phojai
Phanpanya
|
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-
©
Kianlin
|
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22
Risco de uma carteira
• Refere-se ao risco total de uma combinação
de ativos, que representam uma carteira;
• Parte-se do pressuposto de que os investidores
são racionais e;
• Portanto, são avessos ao risco, de modo que
optarão por investir em carteiras em vez
de títulos individuais.
©
Pixelrobot
|
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23
• Ao se trabalhar com combinações de ativos
(uma carteira), o investidor consegue diversificar
parte do risco;
Investidor aplicar
em um único título
as consequências, de bom ou mal
desempenho serão sentidas pelo investidor
de acordo com o risco desse título
Risco de uma carteira
• Porém, com uma carteira
diversificada o investidor
consegue reduzir esse risco.
©
Iqoncept
|
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24
Efeitos da correlação sobre o
risco do portfólio
Risco de um
título isolado
Medido pela volatilidade do
retorno do título
Desvio-padrão
e a variância
Risco de uma
carteira
Medido pela associação
entre variáveis (relação)
Covariância e
correlação
Essas medidas estatísticas medem
a intensidade na qual duas
variáveis são associadas.
©
Weerapat
Wattanapichayakul
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25
Fórmula da covariância:
Efeitos da correlação sobre o
risco do portfólio
26
há uma relação direta entre
os retornos dos títulos
Resultado positivo
aponta uma relação inversa
entre os retornos dos títulos
Resultado negativo
Resultado da covariância:
evidencia que não há relação
entre os retornos dos títulos
Resultado = zero
Efeitos da correlação sobre o
risco do portfólio
27
• Porém, fica difícil interpretar o valor numérico da
covariância, uma vez que é medida pelo quadrado
das diferenças
• Portanto, calcula-se a
Correlação
Mede a intensidade na qual os retornos de dois
títulos estão relacionados
Efeitos da correlação sobre o
risco do portfólio
28
Fórmula da correlação:
O resultado da correlação sempre estará entre +1 e -1
Isso ocorre devido ao procedimento de padronização,
uma vez que há a divisão pelos dois desvios-padrão.
Efeitos da correlação sobre o
risco do portfólio
29
As variáveis são perfeitamente relacionadas, sendo
que os retornos dos títulos A e B são superiores/
inferiores à média ao mesmo tempo.
Fonte: ROSS, WESTERFIELD, JAFFE (2008)
Quando a correlação for de +1
30
Quando a correlação for de -1
Significa que enquanto o título A possuir retorno acima
da média, o título B terá retorno abaixo da média e,
vice-versa.
Fonte: ROSS, WESTERFIELD, JAFFE (2008)
31
Evidencia que as variáveis não são correlacionadas,
ou seja, o resultado nulo mostra que os retornos de
dois títulos não possuem associação entre eles.
Quando a correlação for de 0
Fonte: ROSS, WESTERFIELD, JAFFE (2008)
32
Vamos fazer um exercício!
Objetivo: calcular a covariância e a correlação de uma
carteira com dois títulos.
33
Inicialmente, deve ser calculado o retorno esperado,
a variância e o desvio-padrão de cada título.
34
Vocês lembram da fórmula do
retorno esperado de cada título?
©
Richard
Thomas
|
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35
©
Richard
Thomas
|
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Vocês lembram da fórmula do
retorno esperado de cada título?
36
Vamos agora calcular a variância
de cada título!
Fórmula essa que pode ser
calculada em etapas como segue:
37
Variância das Lojas Albran = 0,02886875
Variância das Lojas Rycco = 0,005725
38
É possível identificar o desvio-padrão de cada título,
uma vez que este será utilizado no cálculo da
correlação entre os títulos.
Fórmula do desvio-padrão:
39
A covariância dos retornos dos títulos
das Lojas Albran e Rycco
Probabilidade dos
4 estados da
economia são de
25% de ocorrência
40
Cálculo da correlação entre os títulos
O que significa que os retornos dos títulos da Albran
são superiores à média enquanto que, ao mesmo tempo,
os retornos da Rycco são inferiores à média e, vice-versa.
©
Alfio
Roberto
Silvestro
|
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41
São títulos como esses que fazem com que seja
possível diminuir o risco diversificável pelo fato deles
possuírem movimentações contrárias
Cálculo da correlação entre os títulos
42

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  • 2. Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Capítulo 15 – Métodos de Avaliação Econômica de Investimentos O objetivo da avaliação de alternativas de investimento é o de maximizar a contribuição marginal dos recursos de capital, promovendo o incremento de sua riqueza líquida Introdução Os métodos de análise de investimentos dividem-se em dois grandes segmentos: Modelos quantitativos de análise de viabilidade econômica das alternativas de investimentos 1 Estudo das principais limitações e contribuições práticas de cada método de avaliação considerado 2
  • 3. Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Capítulo 15 – Métodos de Avaliação Econômica de Investimentos 15.1 Métodos de Análise de Investimentos A avaliação de um ativo é estabelecida pelos benefícios futuros esperados de caixa trazidos a valor presente mediante uma taxa de desconto que reflete o risco de decisão Os métodos quantitativos de análise econômica de investimentos podem ser classificados em dois grandes grupos: Os que não levam em conta o valor do dinheiro no tempo e Os que consideram essa variação por meio do critério do fluxo de caixa descontado.
  • 4. Payback Simples (PBS) É o método de avaliação que mede o prazo de retorno do investimento realizado. Exemplo: Aquisição de uma Copiadora moderna - Estimativa de economia Período (ano) Fluxo de Caixa (R$) Saldo (R$) Payback 0 (35.000)(35.000) 1 10.000 (25.000) 2 10.000 (15.000) 3 10.000 ( 5.000) 4 10.000 5.000 5 10.000 15.000 Calcula-se o PBS por interpolação: 5.000 - (-5.000) 4 - 3 = 10.000 1 = 12 meses = 833,33 - 5.000 = 6 meses 833,33 3,6 meses
  • 5. Critérios PBS - Fluxo de Caixa - necessário que o fluxo de caixa apresente apenas uma mudança de sinal. - Estipular prazo máximo aceitável - deverá ser definido qual o prazo máximo que um investimento deverá retornar, para se avaliar se o projeto é viável ou não.
  • 6. Características PBS Vantagens: - Fácil de ser aplicado e entendido - Apresenta um resultado de fácil mensuração - quanto menor o prazo de recuperação, melhor. - O PBS é uma medida de risco - Quanto mais demorado for o retorno mais arriscado é o investimento. - O PBS é uma medida de liquidez - Quanto menor for prazo de recuperação do investimento, maior será a liquidez do projeto. - O PBS é bom como método complementar - O PBS é indicado para ser utilizado como complemento de métodos mais completos. Desvantagens: - Não considera o valor do dinheiro no tempo - custo de capital de zero. - Não considera todos os capitais do fluxo de caixa - como mo prazo máximo tolerado é arbitrado, pode-se escolher projetos de curta maturação e baixa rentabilidade e rejeitar projetos de maior maturação e alta rentabilidade. - Não é medida de rentabilidade do investimento - Não exite nenhuma relação entre PBS e rentabilidade. O método apenas mede o prazo necessário para recuperar o valor do investimento.
  • 7. Exercício Para um investimento foram desenvolvidas duas alternativas que têm o mesmo valor de investimento, conforme tabela abaixo. Pede-se para analisar as duas alternativas aplicando o método PBS, considerando que a empresa aceita projetos de investimentos que tenham um PBS até 3 anos. Anos Fluxo de Caixa Acumulado Fluxo de Caixa Acumulado 0 (450.000) (450.000) (450.000) (450.000) 1 150.000 (300.000) 100.000 (350.000) 2 150.000 (150.000) 100.000 (250.000) 3 150.000 0 100.000 (150.000) 4 15.000 15.000 100.000 (50.000) 5 15.000 30.000 100.000 50.000 6 15.000 45.000 100.000 150.000 7 15.000 60.000 100.000 250.000 Projeto A Projeto B
  • 8. Payback Descontado (PBD) É o método de avaliação que mede o prazo de retorno do investimento realizado. Considera o custo de capital da empresa. O fluxo de caixa de cada período trazido a valor presente, ou seja, calculado o valor de cada fluxo na data zero. Exemplo: Aquisição de uma Copiadora moderna - Estimativa de economia Custo de capital 10% a.a. Período (ano) Fluxo de Caixa (R$) Valor Presente Saldo (R$) 0 (35.000) (35.000)(35.000) 1 10.000 9.091 (25.909) 2 10.000 8.264 (17.645) 3 10.000 7.513 (10.132) 4 10.000 6.830 ( 3.302) 5 10.000 6.209 2.907 10.000 (1+0,1)1 10.000 (1+0,1)2 10.000 (1+0,1)3 10.000 (1+0,1)4 10.000 (1+0,1)5 PBD = 2.907 - (-3.302) = 517,42 = 3.302 12 517,42 = 4 anos e 6 meses
  • 9. Exercício Custo Capital 10,0% 12,5% Anos Fluxo de Caixa Acumulado Fluxo de Caixa Acumulado 0 (600.000) (600.000) (900.000) (900.000) 1 120.000 (480.000) 300.000 (600.000) 2 150.000 (330.000) 300.000 (300.000) 3 200.000 (130.000) 300.000 0 4 220.000 90.000 300.000 300.000 5 150.000 240.000 300.000 600.000 6 180.000 420.000 250.000 850.000 7 80.000 500.000 200.000 1.050.000 PBD aceitável <= 5 anos Qual dos projetos deverá ser a aceito ? Projeto A Projeto B
  • 10. Valor Presente Líquido (VPL) É a diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto, devidamente descontadas à taxa mínima de atratividade (TMA), e o investimento inicial. $200,00 $200,00 $150,00 $100,00 0 1 2 3 4 -$500,00 TMA = 6% a.a. 200 (1+0,06)1 200 (1+0,06)2 150 (1+0,06)3 100 (1+0,06)4 + + + - 500 VLP = VLP = 188,7 + 178,0 + 125,9 + 79,2 - 500 = 71,8 Todos os projetos com VPL > 0 podem ser aceitos, projetos com VPL = 0 são indiferentes e projetos com VPL < 0 devem ser rejeitados.
  • 11. Critérios Valor Presente Líquido (VPL) - Fluxo de Caixa - não são uniformes, mas com periodicidade uniforme - VPL - compara todas as entradas e saídas de dinheiro na data inicial do projeto, descontando todos os valores futuros do fluxo de caixa na taxa de juros (TMA) que mede o custo de capital. Sendo o VPL > 0, a soma de todos os capitais do fluxo de caixa é maior que o valor investido. Podemos dizer então que o capital investido será recuperado a uma determinada taxa (TMA) e o projeto gerará um lucro extra, na data zero, igual a VPL.
  • 12. Características VPL (Valor Presente Líquido) Vantagens: - Considera o fator tempo no valor do dinheiro - Estabelece o retorno mínimo a ser obtido para manter inalterado o valor da empresa - quanto o VPL > 0 o projeto garante um ganho extra - Analisa todos os fluxos de caixa de um projeto - Considera o custo de capital - Embute o risco no custo de capital - O VPL positivo - indica que o capital investido será recuperado, remunerado na taxa de juros que mede o custo de capital do projeto e gerará um ganho extra, na data zero, igual ao VPL. Desvantagens: - Custo de capital - dificuldade de dimensionar o custo de oportunidade em fluxo de caixa de longo prazo. (qual o risco ?) - Projetos com tamanhos diferentes - dificuldade em decidir por qual projetos quando investimentos são bem diferentes.
  • 13. Indice de Lucratividade (IL) É a razão entre o valor presente das entradas líquidas de caixa do projeto e o investimento inicial. Portanto, tem-se, conforme Galesne, Fensterseifer e Lamb (1999): Exemplo anterior: IL = VPL + Investimento inicial (I0) = 71,8 + 500 = 1,1436 Investimento (I0) 500 - Sempre que o IL for superior a 1 o projeto é passível de aceitação, levando-se em conta somente a análise financeira. - Facilita para comparar projetos com tamanhos bem diferentes.
  • 14. Taxa Interna de Retorno (TIR) É a taxa de desconto que torna o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto igual ao investimento inicial. Em outras palavras, é a TMA que torna o VPL do projeto igual a zero. Ou seja: Para Gitman (1997, p. 330-335), é a técnica sofisticada de análise de investimentos mais usada pelos executivos. A TIR considera que as entradas de caixa do projeto são reinvestidas à própria TIR. Exemplo $4.500,00 $5.000,00 $2.000,00 $3.000,00 0 1 2 3 4 -$10.000,00
  • 15. Taxa Interna de Retorno (TIR) Deve-se em primeiro lugar calcular-se o VPL a diferentes taxas (TMA), até se encontrar pequena diferença entre duas taxas que geram dois VPL, um positivo e outro negativo. Na realidade, parte-se de uma TMA=0, e eleva-se o seu valor até que o VPL sofra uma inversão de sinal. No exemplo: TMA VPL 0% 4500 10% 1.774,81 20% -173,61 Visualiza-se claramente que a TIR está entre 10% e 20%. Tenta-se 15% e chega-se a um VPL de 724,05, descobrindo-se que a taxa procurada está entre 15% e 20%. Utiliza-se 17,5%, e obtém-se um VPL de 258,08. Neste ponto, resolve-se fazer a interpolação.
  • 16. Taxa Interna de Retorno (TIR) Análise gráfica: VPL 258,08 17,5 20 -173,61 TMA A interpolação resulta na seguinte equação: TIR Tma VPL Tma TIR VPL    1 1 2 2 TIR TIR     17 5 258 08 20 173 61 , , , 173,61TIR - 3038,18 = 5161,60 - 258,08TIR 431,69TIR = 8199,78 TIR = 18,99% Cálculo mais preciso pela HP-12C - TIR = 18,97% Matematicamente, conforme Galesne, Fensterseifer e Lamb (1999), se a TIR for representada por r* , então tem-se:     I R D r S r t t t t T t T 0 1 1 1         
  • 17. Taxa Interna de Retorno (TIR) O critério de decisão baseado na TIR é o seguinte: se a mesma for superior à TMA, o projeto é passível de aceitação, caso contrário não. Como visto, seu cálculo é efetuado por meio de aproximações sucessivas. Esta tarefa, entretanto, é enormemente facilitada pelo uso de calculadoras ou planilhas eletrônicas. Braga (1994, p. 291) apresenta um método alternativo de resolução: inicialmente, monta-se uma tabela com os valores de TMA e valor presente líquido dos fluxos de caixa do projeto: TMA VPL 18% 10.169,11 19% 9,995,17 Portanto, se a TMA aumenta 1%, o valor atual diminui 173,94 (10.169,11 - 9.995,17). Assim, quanto deveria ser acrescido aos 18% para que o valor atual se reduzisse em apenas 169,11 (gerando um valor atual dos fluxos idêntico ao investimento inicial, o que torna o VPL = 0) ? A resposta é: 1% 169 11 173 94 0 97% 18% 0 97% 18 97%       , , , , , TIR
  • 18. Avaliação de carteiras de investimento envolve três fases de estudos: a análise dos títulos, das carteiras e a seleção da carteira Assaf Neto (2003) © Emiliezhang | Dreamstime.com 18
  • 19. Introdução Análise de um título envolve conhecer o risco e os retornos esperados de cada título individual Análise de uma carteira envolve conhecer os riscos e retornos esperados de um conjunto de títulos Seleção da carteira busca identificar a melhor combinação de títulos, de acordo com perfil do investido em relação ao risco e retornos esperados 19
  • 20. Risco Corresponde a chance de perda financeira Ativos que apresentam maior chance de perda são considerados mais arriscados Sinônimo de incerteza em referência à variabilidade dos retornos associados a um determinado ativo © Leeloomultipass | Dreamstime.com 20
  • 21. É uma medida de volatilidade, da incerteza de retornos Objetiva-se mensurar o grau de incerteza associado ao investimento a ser realizado De modo que quanto maior a volatilidade dos retornos, maior será o seu risco Risco © Artistashmita | Dreamstime.com 21
  • 22. O investidor pode possuir três perfis em relação ao risco: Avesso ao risco; Indiferente ao risco; Propenso ao risco. As decisões de investimentos são realizadas de acordo com cada perfil © Phojai Phanpanya | Dreamstime.com - © Kianlin | Dreamstime.com 22
  • 23. Risco de uma carteira • Refere-se ao risco total de uma combinação de ativos, que representam uma carteira; • Parte-se do pressuposto de que os investidores são racionais e; • Portanto, são avessos ao risco, de modo que optarão por investir em carteiras em vez de títulos individuais. © Pixelrobot | Dreamstime.com 23
  • 24. • Ao se trabalhar com combinações de ativos (uma carteira), o investidor consegue diversificar parte do risco; Investidor aplicar em um único título as consequências, de bom ou mal desempenho serão sentidas pelo investidor de acordo com o risco desse título Risco de uma carteira • Porém, com uma carteira diversificada o investidor consegue reduzir esse risco. © Iqoncept | Dreamstime.com 24
  • 25. Efeitos da correlação sobre o risco do portfólio Risco de um título isolado Medido pela volatilidade do retorno do título Desvio-padrão e a variância Risco de uma carteira Medido pela associação entre variáveis (relação) Covariância e correlação Essas medidas estatísticas medem a intensidade na qual duas variáveis são associadas. © Weerapat Wattanapichayakul | Dreamstime.com 25
  • 26. Fórmula da covariância: Efeitos da correlação sobre o risco do portfólio 26
  • 27. há uma relação direta entre os retornos dos títulos Resultado positivo aponta uma relação inversa entre os retornos dos títulos Resultado negativo Resultado da covariância: evidencia que não há relação entre os retornos dos títulos Resultado = zero Efeitos da correlação sobre o risco do portfólio 27
  • 28. • Porém, fica difícil interpretar o valor numérico da covariância, uma vez que é medida pelo quadrado das diferenças • Portanto, calcula-se a Correlação Mede a intensidade na qual os retornos de dois títulos estão relacionados Efeitos da correlação sobre o risco do portfólio 28
  • 29. Fórmula da correlação: O resultado da correlação sempre estará entre +1 e -1 Isso ocorre devido ao procedimento de padronização, uma vez que há a divisão pelos dois desvios-padrão. Efeitos da correlação sobre o risco do portfólio 29
  • 30. As variáveis são perfeitamente relacionadas, sendo que os retornos dos títulos A e B são superiores/ inferiores à média ao mesmo tempo. Fonte: ROSS, WESTERFIELD, JAFFE (2008) Quando a correlação for de +1 30
  • 31. Quando a correlação for de -1 Significa que enquanto o título A possuir retorno acima da média, o título B terá retorno abaixo da média e, vice-versa. Fonte: ROSS, WESTERFIELD, JAFFE (2008) 31
  • 32. Evidencia que as variáveis não são correlacionadas, ou seja, o resultado nulo mostra que os retornos de dois títulos não possuem associação entre eles. Quando a correlação for de 0 Fonte: ROSS, WESTERFIELD, JAFFE (2008) 32
  • 33. Vamos fazer um exercício! Objetivo: calcular a covariância e a correlação de uma carteira com dois títulos. 33
  • 34. Inicialmente, deve ser calculado o retorno esperado, a variância e o desvio-padrão de cada título. 34
  • 35. Vocês lembram da fórmula do retorno esperado de cada título? © Richard Thomas | Dreamstime.com 35
  • 36. © Richard Thomas | Dreamstime.com Vocês lembram da fórmula do retorno esperado de cada título? 36
  • 37. Vamos agora calcular a variância de cada título! Fórmula essa que pode ser calculada em etapas como segue: 37
  • 38. Variância das Lojas Albran = 0,02886875 Variância das Lojas Rycco = 0,005725 38
  • 39. É possível identificar o desvio-padrão de cada título, uma vez que este será utilizado no cálculo da correlação entre os títulos. Fórmula do desvio-padrão: 39
  • 40. A covariância dos retornos dos títulos das Lojas Albran e Rycco Probabilidade dos 4 estados da economia são de 25% de ocorrência 40
  • 41. Cálculo da correlação entre os títulos O que significa que os retornos dos títulos da Albran são superiores à média enquanto que, ao mesmo tempo, os retornos da Rycco são inferiores à média e, vice-versa. © Alfio Roberto Silvestro | Dreamstime.com 41
  • 42. São títulos como esses que fazem com que seja possível diminuir o risco diversificável pelo fato deles possuírem movimentações contrárias Cálculo da correlação entre os títulos 42