SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 46
REFORMA TRABALHISTA
LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017
PUBLICAÇÃO OFICIAL: 14/07/2017
ENTROU EM VIGOR: 11/11/2017
Altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), a fim de adequar a legislação às
novas relações de trabalho.
PREVALÊNCIA DO ACORDADO SOBRE O LEGISLADO
O artigo 611-A da CLT, trouxe uma lista dos assuntos
em que a negociação prevalecerá sobre o que for
legislado.
As alterações trazidas à norma celetista se guiarão
pela prevalência da autonomia da vontade das
partes.
PREVALÊNCIA DO ACORDADO SOBRE O LEGISLADO
Assim, estando as Convenções Coletivas de Trabalho ou os
Acordos Coletivos de Trabalho em conformidade com as
exigências legais para o negócio jurídico, poderão prevalecer
sobre disposições legais, exceto se violarem as regras já
protegidas pela Constituição Federal.
Ainda segundo as regras da Lei 13.467/2017, as condições
previstas nos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT – instrumento
celebrado entre sindicato de empregados e empresa)
prevalecerão sobre o previsto nas Convenções Coletivas de
Trabalho (CCT – celebrada entre dois sindicatos) - Artigo 620
CLT.
PREVALÊNCIA DO ACORDADO SOBRE O LEGISLADO
Eis os pontos de flexibilização trazidos pela Reforma Trabalhista:
1. Possibilidade de fracionamento das férias em até 3x, não podendo um
desses períodos ser inferior a 14 dias corridos, e os demais de 05 dias
corridos, cada um.
2. A Jornada de Trabalho diária poderá ser de até 12 horas, com 36 horas de
descanso, observados ou indenizados os intervalos para
repouso/alimentação;
3. Participação nos lucros e resultados da empresa;
4. Quadro de carreira, dispensada qualquer forma de homologação ou
registro em órgão público;
PREVALÊNCIA DO ACORDADO SOBRE O LEGISLADO
5. Intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta
minutos para jornadas superiores a seis horas;
6. Banco de horas mensal (semestral e anual) e regime de
compensação de jornada;
7. Fixação de horário para descanso especial da mãe cujo filho esteja
em período de amamentação.
8. Grávidas e Lactantes poderão trabalhar em ambiente considerado
insalubre, desde que seja emitido atestado de saúde por médico de
confiança da mulher que garanta que não haverá risco para a saúde.
GRUPO ECONÔMICO
Não bastará para o reconhecimento de grupo empresarial a
mera identidade de sócios entre empresas, mas sim a
ingerência de uma organização sobre a outra, atuando todas
com os mesmos fins de maneira conjunta.
Modifica a redação do §2º e acresce o §3º ao artigo 2º da
CLT.
GRUPO ECONÔMICO
Até então, havendo quadro societário idêntico entre duas ou mais
empresas, era configurado o Grupo Econômico.
Agora, não basta mera identidade de sócios. Para que seja configurado
grupo econômico, deve haver:
• Demonstração de interesse integrado;
• Efetiva comunhão de interesses;
• Atuação conjunta das empresas.
GRUPO ECONÔMICO – COMO ERA E
COMO FICOU
COMO ERA COMO FICOU
Art. 2º § 2º - Sempre que uma ou mais
empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra,
constituindo grupo industrial, comercial ou de
qualquer outra atividade econômica, serão,
para os efeitos da relação de emprego,
solidariamente responsáveis a empresa
principal e cada uma das subordinadas.
Art. 2º § 2o - Sempre que uma ou mais
empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra, ou
ainda quando, mesmo guardando cada uma sua
autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações
decorrentes da relação de emprego.
§ 3o Não caracteriza grupo econômico a
mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do
grupo, a demonstração do interesse
integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das
empresas dele integrantes.” (NR)
SUCESSÃO DE EMPREGADORES
SUCESSÃO TÍPICA - Responsabilidade exclusiva do sucessor.
Em regra, o sucedido não responde pelos débitos trabalhistas dos contratos
em vigor à época da sucessão, mesmo aqueles contraídos antes da sucessão.
Art. 448-A: Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores
prevista nos arts. 10 e 488 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas,
inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a
empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
SÓCIO RETIRANTE
SÓCIO RETIRANTE - Somente responde subsidiariamente pelo período em
que figurou como sócio e respeitando a ordem de preferência apontada.
Art. 10 – A: O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações
trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio,
somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a
modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
I. A empresa devedora;
II. Os sócios atuais, e
III. Os sócios retirantes.
TEMPO À DISPOSIÇÃO
NÃO SE CONTABILIZARÁ COMO TEMPO DEDICADO AO
TRABALHO, AINDA QUE ULTRAPASSE CINCO MINUTOS:
1. Quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más
condições climáticas.
2. Quando adentrar ou permanecer nas dependências da empresa
para exercer atividades particulares, quais sejam: práticas
religiosas; descanso; lazer; estudo; alimentação; atividades de
relacionamento social; higiene pessoal; troca de roupa ou
uniforme, quando esta se dê por mera opção do empregado e não
por imposição do empregador.
TEMPO À DISPOSIÇÃO
Antes Depois
Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o
empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial expressamente
consignada.
Inalterado
Parágrafo único: Computar-se-ão, na contagem de tempo de
serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em
que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço
militar ... (VETADO) ... e por motivo de acidente do trabalho.
§1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para
efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o
empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar
e por motivo de acidente do trabalho.
-
§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador,
não será computado como período extraordinário o que exceder a
jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos
previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o
empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso
de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem
como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para
exercer atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas; II - descanso;
III - lazer; IV - estudo;
V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social;
VII - higiene pessoal;
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver
obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.” (NR)
PRESCRIÇÃO QUANTO AOS CRÉDITOS
TRABALHISTAS
Art. 11 – A pretensão quando a créditos resultantes da relação de
trabalho prescreve em 5 (cinco) anos, até o limite de 2 (dois) anos
após a extinção do contrato de trabalho, equiparando o prazo
prescricional entre os trabalhadores urbanos e rurais.
Poderá ser firmado, anualmente, entre empregado e empregador,
termo de quitação das obrigações trabalhistas.
TRABALHO INTERMITENTE 452 – A (alterado pela
MP nº 808)
Cria a modalidade de contrato de trabalho intermitente, em
situações em que há alternância de períodos de trabalho e de
inatividade, independentemente do tipo atividade do
empregador ou da função a ser desempenhada.
O contrato de trabalho deverá ser ESCRITO, registrado na
CTPS e prever especificamente o valor da hora ou dia
trabalhado.
A remuneração somente será devida nas situações em que o
empregado for convocado a trabalhar.
TRABALHO INTERMITENTE
Quando da convocação para a prestação de serviços, esta
deve se dar com no mínimo 3 dias corridos de antecedência,
e informar sobre a jornada;
Recebida a convocação, o empregado pode optar por aceitar
ou não, tendo o prazo de 24 horas para responder.
Em caso de silêncio, presume-se a recusa. Caso aceite, o
empregado comparecerá ao trabalho e terá a jornada
computada, e, portanto, remunerada.
TRABALHO INTERMITENTE
O período de inatividade não será considerado como tempo à
disposição do empregador, não havendo remuneração.
Durante a inatividade, o empregado poderá prestar serviços a
outro contratante.
Se o empregado aceita a convocação e, posteriormente, ou
empregado ou empregador desistem, sem justificativa, há
previsão de pagamento de multa de 50% da remuneração
que seria devida.
TRABALHO INTERMITENTE
Valor da hora não deve ser inferior ao valor horário ou diário
do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados
que exerçam as mesmas funções; assegurada a remuneração
do trabalho noturno superior ao diurno;
O trabalhador ao final do período de trabalho, terá direito ao
recebimento da remuneração pactuada, metade do aviso
prévio indenizado, férias +1/3, 13º salário, repouso semanal
remunerado, FGTS, metade da indenização do FGTS,
recolhimento previdenciário e adicionais legais.
CONTRATO DE PROFISSIONAL AUTÔNOMO
Alterações trazidas pela Medida Provisória nº 808, de 14 de
Novembro de 2017.
Permite a contratação de profissional autônomo, mesmo que a
prestação de serviços ocorra de forma contínua.
É vedada a celebração de cláusula de exclusividade no contrato de
profissional autônomo.
É necessário que realmente inexista subordinação em relação ao
tomador dos serviços.
CONTRATO DE PROFISSIONAL AUTÔNOMO
Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas
as formalidades legais, de forma contínua ou não, afasta a qualidade
de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. (Alterado pela
MP nº 808).
§5º Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis,
parceiros e trabalhadores de outras categorias profissionais
reguladas por leis específicas relacionadas às atividades compatíveis
com o contrato de autônomo, desde que cumpridos os requisitos
dos caput, não possuirão a qualidade de empregado prevista no
artigo 3º.
A terceirização poderá se dar em qualquer atividade da empresa,
inclusive na principal.
Excluiu-se a necessidade de que os serviços terceirizados sejam
“determinados e específicos”.
TERCEIRIZAÇÃO
Antes Depois
Lei 6.019, art. 4º - Empresa prestadora
de serviços a terceiros é a pessoa
jurídica de direito privado destinada a
prestar à contratante serviços
determinados e específicos.
Lei 6.019, art. 4º - Considera-se
prestação de serviços a terceiros, a
transferência feita pela contratante da
execução de quaisquer de suas
atividades, inclusive a principal, à
pessoa jurídica de direito privado
prestadora de serviços que possua
capacidade econômica compatível com
a sua execução.
TERCEIRIZAÇÃO
Restou, portanto, alterado também o artigo 5º - A:
Antes Depois
Lei 6.019, art. 5º - A – Contratante é
a pessoa física ou jurídica que
celebra contrato com empresa de
prestação de serviços determinados
e específicos.
Lei 6.019, art. 5º - A- Contratante é
a pessoa física ou jurídica que
celebra contrato com empresa de
prestação de serviços relacionados
a quaisquer de suas atividades,
inclusive sua atividade principal.
TERCEIRIZAÇÃO
Não obrigatoriedade de salário equivalente aos terceirizados:
Caberá à contratante e contratada estabelecer se os empregados da
contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da
contratante, além de outros direitos. (Equivalência salarial mantida
apenas para o trabalhador temporário)
Garantias:
Assegura aos empregados terceirizados, quando e enquanto os serviços
forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas
condições relativas à alimentação, serviços de transporte, atendimento
médico ou ambulatorial, treinamento adequado, bem como as mesmas
condições sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança e
de instalações adequadas.
TERCEIRIZAÇÃO
“Quarentena para terceirização”: Criada para evitar a
dispensa de empregados próprios para terceirizarem, com
os mesmos trabalhadores, as atividades por eles exercidas.
Não pode ser contratada pessoa jurídica cujos titulares ou
sócios tenha, nos últimos 18 meses, tenham prestado
serviços para a empresa contratante, na qualidade de
empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício,
exceto se aposentados.
TELETRABALHO Art. 75-B
Considera-se Teletrabalho a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador.
Por força dos recursos tecnológicos, o empregado trabalha à
distância durante maior parte do tempo, mas não chega a ser
trabalhador externo.
O fato do teletrabalhador comparecer às dependências da empresa
para atividades específicas, não descaracteriza o regime de
teletrabalho.
TELETRABALHO Art. 75-B
Trabalhadores nessa modalidade estão excluídos do controle de jornada, bem como
do pagamento de horas extras. (art. 62, III)
O regime de trabalho de um mesmo empregado pode ser alterado entre presencial e
de teletrabalho, desde que haja mútuo consentimento, registrado em aditivo
contratual. A alteração do teletrabalho para presencial, por determinação do
empregador, deve cumprir o prazo mínimo de 15 dias. (art. 75 –C)
Os equipamentos eventualmente fornecidos pelo empregador não integram a
remuneração do trabalhador.
No que tange à aquisição, manutenção ou fornecimento de equipamentos
tecnológicos, quanto à infraestrutura para a prestação do trabalho remoto, bem
como quanto ao reembolso das despesas arcadas pelo empregado, estas serão
previstas no contrato escrito.
INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO (Alterado pela MP nº
808)
A reforma altera o artigo 457 da CLT, dispondo que as ajudas de
custo; limitadas a 50% da remuneração mensal, o auxílio
alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, as diárias de
viagens e os prêmios não integrarão a remuneração, mesmo que
pagas habitualmente e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
AMPLIAÇÃO DA MODALIDADE DE REGIME DE
TEMPO PARCIAL.
Com a nova Lei, a modalidade contratual por tempo parcial poderá
ser de até 30 horas semanais sem cumprimento de horas extras, ou,
de até 26 horas semanais, podendo haver realização de até 6 horas
extras semanais.
As horas suplementares serão pagas com o acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
As horas suplementares poderão ser compensadas diretamente até
a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser
feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente,
caso não sejam compensadas.
REGIME DE TEMPO PARCIAL
Antes Depois
Art. 143 §3º O disposto neste
artigo não se aplica aos
empregados sob regime de
tempo parcial.
Revogado
-
Art. 58-A § 6º É facultado ao
empregado contratado sob
regime de tempo parcial
converter um terço do
período de férias a que tiver
direito em abono pecuniário.
RESCISÃO DO CONTRATO
O empregador terá obrigação de comunicar aos órgãos competentes
(MTE) a cessação do contrato de trabalho.
Não mais existirá a obrigação de homologação do Termo Rescisório
(TRCT) em sindicato, mesmo tendo o empregado mais de um ano na
empresa.
Será sempre de 10 dias o tempo determinado para pagamento das
verbas rescisórias, não mais existindo o prazo de um dia útil para
quitação nos contratos com data determinada de encerramento.
No mesmo prazo de 10 dias, a empresa deverá entregar toda a
documentação ao trabalhador.
JORNADA DE 12 X 36 (alterado pela MP nº 808)
A CLT passou a permitir o estabelecimento de jornada de 12 horas de trabalho
por 36 horas de descanso, por meio de ACT/CCT:
Art. 59 –A. Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado às
partes, por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas
ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para
repouso e alimentação.
§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput abrange os
pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em
feriados e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de
trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73.
RESCISÃO ACORDADA
Cria-se a modalidade de acordo para encerramento do vínculo de emprego.
Assim, se a rescisão do contrato de trabalho for acordada, serão pagos pela
metade:
O aviso-prévio, se indenizado;
A indenização sobre o saldo do FGTS;
Na integralidade as demais verbas trabalhistas;
Permite a movimentação de 80% do FGTS.
Nessa modalidade de rescisão não poderá o trabalhador habilitar-se ao
recebimento do seguro-desemprego.
INSALUBRIDADE
Prorrogação em atividades insalubres: Possibilidade de negociação coletiva
dispensar a autorização prévia para prorrogação da jornada em atividades
insalubres.
Enquadramento do grau de insalubridade: Art. 611 XII - enquadramento do
grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres, incluída
a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença prévia das
autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas,
na integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho
previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;
Gestante e Lactante:
Insalubridade
/ situação
Grau Máximo Grau Médio Grau mínimo
Gestante Afasta
automaticamente
Afastamento condicionado a recomendação
médica
Lactante Afastamento condicionado a recomendação médica
MAIOR RIGOR NA PROPOSITURA DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
O trabalhador que ingressar na justiça, em caso de ausência
injustificada à primeira audiência, além do arquivamento da ação,
deverá arcar com as custas do processo, mesmo que beneficiário
da justiça gratuita.
Apenas poderá ingressar com nova reclamatória se pagar as custas
da ação anterior.
DANOS EXTRAPATRIMONIAL
Limitou a reparação dos danos de natureza extrapatrimonial a:
1. Ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da
pessoa física ou jurídica;
2. A honra, imagem, intimidade, liberdade de ação, autoestima,
sexualidade, saúde, lazer e integridade física são bem
juridicamente tutelados inerentes à pessoa física;
3. A imagem, marca, nome, segredo empresarial e o sigilo da
correspondência são bens juridicamente tutelados inerente à
pessoa jurídica;
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E PERICIAIS
Fica instituído honorários advocatícios, pagos pela parte vencida
na ação, os quais serão fixados entre 5% a 15% sobre o valor
liquidado do processo ou, na falta de valor líquido da ação, sobre o
valor atualizado da causa.
Os honorários periciais deverão ser suportados pela parte
sucumbente na perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.
O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização
de perícias.
MULTA PARA LITIGANTE DE MÁ-FÉ E FALSO TESTEMUNHO
Considera-se má-fé a conduta de pessoa que altere a verdade dos
fatos, use do processo para objetivo ilegal, gere resistência
injustificada ao seguimento normal do processo, dentre outras.
Nos casos em que se configure a litigância de má-fé, será aplicada
multa que variará entre 1% até 10% sobre o valor corrigido da
causa a ser ressarcido à parte adversa, além da indenização que
poderá ser aplicada.
A mesma multa poderá ser aplicada contra testemunha que omitir
fatos essenciais à resolução da lide ou alterar a verdade dos fatos.
MULTA PARA LITIGANTE DE MÁ-FÉ
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO
3ª Vara do Trabalho de Ilhéus
RTOrd 0000242-76.2017.5.05.0493
Face ao exposto, decide-se NÃO ACOLHER a pretensão do
reclamante, conforme fundamentação supra, parte integrante do
presente dispositivo. Custas pela parte autora, no importe de
R$1.000,00.
Devidos, ainda, honorários de sucumbência, pela parte autora, no
valor de R$5.000,00, conforme fundamentação supra.
Deve o obreiro pagar o valor de R$ 2.500,00, a título de indenização
por litigância de má fé, conforme fundamentação supra, parte
integrante deste dispositivo.
MULTA POR EMPREGADO NÃO REGISTRADO
A empresa está sujeita a multa de R$ 3.000,00 por profissional não
devidamente registrado, portanto, sem carteira assinada.
Para as microempresas e empresas de pequeno porte a multa será
de R$ 800,00 por empregado não registrado.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Torna-se opcional. Na prática, o empregador não poderá descontar
em folha do colaborador o valor da contribuição sindical e destiná-
la ao sindicato, mesmo que exista previsão em norma coletiva,
pois o trabalhador terá de anuir expressamente.
Igualmente opcional será a contribuição sindical aos
empregadores.
COMISSÃO DE EMPREGADOS
Nas empresas acima de 200 empregados, será assegurada a eleição
de comissão de representantes dos mesmos, a variar de 3 membros
(200 a 3.000 empregados); 5 membros (mais de 3.000 a 5.000
empregados); 7 membros (empresas com mais de 5.000
empregados).
Os eleitos gozarão de estabilidade desde o registro da candidatura
até um ano após o fim do mandato, só podendo serem desligados
por critério disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
A comissão terá o objetivo de colaborar na resolução de conflitos
internos,
averiguar cumprimento das legislações trabalhistas e previdenciárias
e assegurar tratamento isonômico entre os funcionários,
combatendo discriminações de toda ordem.
PREVALÊNCIA DO ACORDO COLETIVO SOBRE AS CONVENÇÕES
COLETIVAS DE TRABALHO
Acordos Coletivos sempre prevalecerão sobre as Convenções
Coletivas de Trabalho quando houver conflito entre ambas.
As norma coletivas, quando da sua negociação, deverão dispor o
prazo de sua validade, não podendo ser superior a 2 anos, sendo
vedada a ultratividade.
ACORDO EXTRAJUDICIAL
As partes poderão ingressar com petição conjunta, entretanto não
poderão ser representadas pelo mesmo advogado, requerendo a
homologação de acordo extrajudicial.
No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz
analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e
proferirá sentença, restando mantida a prerrogativa do magistrado
em homologar ou não a transação.
A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o
prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados,
que voltará a correr no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado
da decisão que negar a homologação do acordo.
Equipe Responsável:
André Arraes de Aquino Martins
Vitor de Holanda Freire
Rodrigo Portela Oliveira
Priscila Cristinne Aquino Saraiva Franco
Maria Helena Arrais
Felipe Mahle Chastinet
www.hmp.adv.br
Av. Washington Soares, 1400, Sl. 1010/1011 - Cond. Edifício Juridical Center - Luciano Cavalcante
Fortaleza - CE - CEP: 60125-070 - Fone/Fax: 85. 3274.1762
www.hmp.adv.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Contribuições sociais
Contribuições sociaisContribuições sociais
Contribuições sociaisLuiz Campos
 
Surgimento das leis trabalhistas no brasil
Surgimento das leis trabalhistas no brasilSurgimento das leis trabalhistas no brasil
Surgimento das leis trabalhistas no brasilCarla Moraes
 
Contrato de trabalho
Contrato de trabalhoContrato de trabalho
Contrato de trabalhoRosana Serelo
 
5 - Responsabilidade Tributária
5 - Responsabilidade Tributária5 - Responsabilidade Tributária
5 - Responsabilidade TributáriaJessica Namba
 
Teoria geral dos contratos
Teoria geral dos contratosTeoria geral dos contratos
Teoria geral dos contratosPitágoras
 
Auxilio acidente
Auxilio acidenteAuxilio acidente
Auxilio acidentealeperi
 
Aula 01 direito das obrigações - introdução
Aula 01   direito das obrigações - introduçãoAula 01   direito das obrigações - introdução
Aula 01 direito das obrigações - introduçãoLaisy Quesado
 
Princípios contratuais - CIVIL 3
Princípios contratuais - CIVIL 3Princípios contratuais - CIVIL 3
Princípios contratuais - CIVIL 3tuliomedeiross
 
Caso dos Exploradores de Caverna
Caso dos Exploradores de CavernaCaso dos Exploradores de Caverna
Caso dos Exploradores de CavernaAdvogadassqn
 
Teoria da Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais. Resumo com al...
Teoria da Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais. Resumo com al...Teoria da Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais. Resumo com al...
Teoria da Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais. Resumo com al...Rosângelo Miranda
 
Slides personalidade jurídica
Slides personalidade jurídicaSlides personalidade jurídica
Slides personalidade jurídicaILDA VALENTIM
 
Introdução ao direito constitucional módulo I
Introdução ao direito constitucional   módulo IIntrodução ao direito constitucional   módulo I
Introdução ao direito constitucional módulo IRosane Domingues
 
Cidadania ativa, passiva, reprimida e regulada
Cidadania ativa, passiva, reprimida e reguladaCidadania ativa, passiva, reprimida e regulada
Cidadania ativa, passiva, reprimida e reguladaMaira Conde
 

Mais procurados (20)

Contribuições sociais
Contribuições sociaisContribuições sociais
Contribuições sociais
 
Surgimento das leis trabalhistas no brasil
Surgimento das leis trabalhistas no brasilSurgimento das leis trabalhistas no brasil
Surgimento das leis trabalhistas no brasil
 
Contrato de trabalho
Contrato de trabalhoContrato de trabalho
Contrato de trabalho
 
5 - Responsabilidade Tributária
5 - Responsabilidade Tributária5 - Responsabilidade Tributária
5 - Responsabilidade Tributária
 
Direito Do Trabalho
Direito Do TrabalhoDireito Do Trabalho
Direito Do Trabalho
 
Teoria geral dos contratos
Teoria geral dos contratosTeoria geral dos contratos
Teoria geral dos contratos
 
Salário e remuneração
Salário e remuneraçãoSalário e remuneração
Salário e remuneração
 
estabilidade e fgts.pptx
estabilidade e fgts.pptxestabilidade e fgts.pptx
estabilidade e fgts.pptx
 
Auxilio acidente
Auxilio acidenteAuxilio acidente
Auxilio acidente
 
Civil - Aulas contratos
Civil - Aulas contratosCivil - Aulas contratos
Civil - Aulas contratos
 
Previdenciário
PrevidenciárioPrevidenciário
Previdenciário
 
Direito coletivo do trabalho
Direito coletivo do trabalhoDireito coletivo do trabalho
Direito coletivo do trabalho
 
Aula 01 direito das obrigações - introdução
Aula 01   direito das obrigações - introduçãoAula 01   direito das obrigações - introdução
Aula 01 direito das obrigações - introdução
 
Princípios contratuais - CIVIL 3
Princípios contratuais - CIVIL 3Princípios contratuais - CIVIL 3
Princípios contratuais - CIVIL 3
 
Caso dos Exploradores de Caverna
Caso dos Exploradores de CavernaCaso dos Exploradores de Caverna
Caso dos Exploradores de Caverna
 
Teoria da Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais. Resumo com al...
Teoria da Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais. Resumo com al...Teoria da Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais. Resumo com al...
Teoria da Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais. Resumo com al...
 
Direitos Trabalhistas
Direitos TrabalhistasDireitos Trabalhistas
Direitos Trabalhistas
 
Slides personalidade jurídica
Slides personalidade jurídicaSlides personalidade jurídica
Slides personalidade jurídica
 
Introdução ao direito constitucional módulo I
Introdução ao direito constitucional   módulo IIntrodução ao direito constitucional   módulo I
Introdução ao direito constitucional módulo I
 
Cidadania ativa, passiva, reprimida e regulada
Cidadania ativa, passiva, reprimida e reguladaCidadania ativa, passiva, reprimida e regulada
Cidadania ativa, passiva, reprimida e regulada
 

Semelhante a Reforma trabalhista 2017

Resumo direito trabalho segundo periodo
Resumo direito trabalho segundo periodoResumo direito trabalho segundo periodo
Resumo direito trabalho segundo periodoPitágoras
 
Aula 03 - Trabalhista.pptx
Aula 03 - Trabalhista.pptxAula 03 - Trabalhista.pptx
Aula 03 - Trabalhista.pptxSamaraNbrega
 
Suspensao e interrupcao de contrato de trabalho
Suspensao e interrupcao de contrato de trabalhoSuspensao e interrupcao de contrato de trabalho
Suspensao e interrupcao de contrato de trabalhoJaqueline Montenegro
 
Direito do Trabalho.pptx
Direito do Trabalho.pptxDireito do Trabalho.pptx
Direito do Trabalho.pptxNelsonJose28
 
Rotinas trabalhistas -_aula
Rotinas trabalhistas -_aulaRotinas trabalhistas -_aula
Rotinas trabalhistas -_aulaAugusto Pereira
 
Aula 04 - Trabalhista.pptx
Aula 04 - Trabalhista.pptxAula 04 - Trabalhista.pptx
Aula 04 - Trabalhista.pptxSamaraNbrega
 
Legislação Trabalhista
Legislação TrabalhistaLegislação Trabalhista
Legislação TrabalhistaEliseu Fortolan
 
3º WORKSHOP E-SOCIAL NO MERCADO SEGURADOR - FABIO JOÃO RODRIGUES
3º WORKSHOP E-SOCIAL NO MERCADO SEGURADOR - FABIO JOÃO RODRIGUES3º WORKSHOP E-SOCIAL NO MERCADO SEGURADOR - FABIO JOÃO RODRIGUES
3º WORKSHOP E-SOCIAL NO MERCADO SEGURADOR - FABIO JOÃO RODRIGUESCNseg
 
Relações Trabalhistas - Projovem Ponta Porã - MS
Relações Trabalhistas - Projovem Ponta Porã - MSRelações Trabalhistas - Projovem Ponta Porã - MS
Relações Trabalhistas - Projovem Ponta Porã - MSjuliermerr
 
Legislação trabalhista 1
Legislação trabalhista   1Legislação trabalhista   1
Legislação trabalhista 1Lorena Duarte
 
Guia prático da reforma trabalhista
Guia prático da reforma trabalhistaGuia prático da reforma trabalhista
Guia prático da reforma trabalhistaGuy Valerio
 
Aula 02 - Trabalhista.pptx
Aula 02 - Trabalhista.pptxAula 02 - Trabalhista.pptx
Aula 02 - Trabalhista.pptxSamaraNbrega
 
Esquema das partes empregado e empregador
Esquema das partes   empregado e empregadorEsquema das partes   empregado e empregador
Esquema das partes empregado e empregadorIvy Rezzaghi
 
Diferença entre RECURSOS HUMANOS & DP.pptx
Diferença entre RECURSOS HUMANOS & DP.pptxDiferença entre RECURSOS HUMANOS & DP.pptx
Diferença entre RECURSOS HUMANOS & DP.pptxGuilherme354900
 

Semelhante a Reforma trabalhista 2017 (20)

Resumo direito trabalho segundo periodo
Resumo direito trabalho segundo periodoResumo direito trabalho segundo periodo
Resumo direito trabalho segundo periodo
 
Aula 03 - Trabalhista.pptx
Aula 03 - Trabalhista.pptxAula 03 - Trabalhista.pptx
Aula 03 - Trabalhista.pptx
 
Suspensao e interrupcao de contrato de trabalho
Suspensao e interrupcao de contrato de trabalhoSuspensao e interrupcao de contrato de trabalho
Suspensao e interrupcao de contrato de trabalho
 
Direito do Trabalho.pptx
Direito do Trabalho.pptxDireito do Trabalho.pptx
Direito do Trabalho.pptx
 
Rotinas trabalhistas -_aula
Rotinas trabalhistas -_aulaRotinas trabalhistas -_aula
Rotinas trabalhistas -_aula
 
Aula 04 - Trabalhista.pptx
Aula 04 - Trabalhista.pptxAula 04 - Trabalhista.pptx
Aula 04 - Trabalhista.pptx
 
Legislação Trabalhista
Legislação TrabalhistaLegislação Trabalhista
Legislação Trabalhista
 
3º WORKSHOP E-SOCIAL NO MERCADO SEGURADOR - FABIO JOÃO RODRIGUES
3º WORKSHOP E-SOCIAL NO MERCADO SEGURADOR - FABIO JOÃO RODRIGUES3º WORKSHOP E-SOCIAL NO MERCADO SEGURADOR - FABIO JOÃO RODRIGUES
3º WORKSHOP E-SOCIAL NO MERCADO SEGURADOR - FABIO JOÃO RODRIGUES
 
Aula 2
Aula 2Aula 2
Aula 2
 
Direito do trabalho
Direito do trabalho Direito do trabalho
Direito do trabalho
 
Aula 02 departamento pessoal
Aula 02 departamento pessoalAula 02 departamento pessoal
Aula 02 departamento pessoal
 
Relações Trabalhistas - Projovem Ponta Porã - MS
Relações Trabalhistas - Projovem Ponta Porã - MSRelações Trabalhistas - Projovem Ponta Porã - MS
Relações Trabalhistas - Projovem Ponta Porã - MS
 
Legislação trabalhista 1
Legislação trabalhista   1Legislação trabalhista   1
Legislação trabalhista 1
 
Guia prático da reforma trabalhista
Guia prático da reforma trabalhistaGuia prático da reforma trabalhista
Guia prático da reforma trabalhista
 
Pis e livro de registro
Pis e livro de registroPis e livro de registro
Pis e livro de registro
 
Reforma Trabalhista
Reforma TrabalhistaReforma Trabalhista
Reforma Trabalhista
 
Aula 02 - Trabalhista.pptx
Aula 02 - Trabalhista.pptxAula 02 - Trabalhista.pptx
Aula 02 - Trabalhista.pptx
 
CLT esquematizada - parte 01
CLT esquematizada - parte 01CLT esquematizada - parte 01
CLT esquematizada - parte 01
 
Esquema das partes empregado e empregador
Esquema das partes   empregado e empregadorEsquema das partes   empregado e empregador
Esquema das partes empregado e empregador
 
Diferença entre RECURSOS HUMANOS & DP.pptx
Diferença entre RECURSOS HUMANOS & DP.pptxDiferença entre RECURSOS HUMANOS & DP.pptx
Diferença entre RECURSOS HUMANOS & DP.pptx
 

Reforma trabalhista 2017

  • 1.
  • 2. REFORMA TRABALHISTA LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 PUBLICAÇÃO OFICIAL: 14/07/2017 ENTROU EM VIGOR: 11/11/2017 Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho.
  • 3. PREVALÊNCIA DO ACORDADO SOBRE O LEGISLADO O artigo 611-A da CLT, trouxe uma lista dos assuntos em que a negociação prevalecerá sobre o que for legislado. As alterações trazidas à norma celetista se guiarão pela prevalência da autonomia da vontade das partes.
  • 4. PREVALÊNCIA DO ACORDADO SOBRE O LEGISLADO Assim, estando as Convenções Coletivas de Trabalho ou os Acordos Coletivos de Trabalho em conformidade com as exigências legais para o negócio jurídico, poderão prevalecer sobre disposições legais, exceto se violarem as regras já protegidas pela Constituição Federal. Ainda segundo as regras da Lei 13.467/2017, as condições previstas nos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT – instrumento celebrado entre sindicato de empregados e empresa) prevalecerão sobre o previsto nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCT – celebrada entre dois sindicatos) - Artigo 620 CLT.
  • 5. PREVALÊNCIA DO ACORDADO SOBRE O LEGISLADO Eis os pontos de flexibilização trazidos pela Reforma Trabalhista: 1. Possibilidade de fracionamento das férias em até 3x, não podendo um desses períodos ser inferior a 14 dias corridos, e os demais de 05 dias corridos, cada um. 2. A Jornada de Trabalho diária poderá ser de até 12 horas, com 36 horas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso/alimentação; 3. Participação nos lucros e resultados da empresa; 4. Quadro de carreira, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público;
  • 6. PREVALÊNCIA DO ACORDADO SOBRE O LEGISLADO 5. Intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; 6. Banco de horas mensal (semestral e anual) e regime de compensação de jornada; 7. Fixação de horário para descanso especial da mãe cujo filho esteja em período de amamentação. 8. Grávidas e Lactantes poderão trabalhar em ambiente considerado insalubre, desde que seja emitido atestado de saúde por médico de confiança da mulher que garanta que não haverá risco para a saúde.
  • 7. GRUPO ECONÔMICO Não bastará para o reconhecimento de grupo empresarial a mera identidade de sócios entre empresas, mas sim a ingerência de uma organização sobre a outra, atuando todas com os mesmos fins de maneira conjunta. Modifica a redação do §2º e acresce o §3º ao artigo 2º da CLT.
  • 8. GRUPO ECONÔMICO Até então, havendo quadro societário idêntico entre duas ou mais empresas, era configurado o Grupo Econômico. Agora, não basta mera identidade de sócios. Para que seja configurado grupo econômico, deve haver: • Demonstração de interesse integrado; • Efetiva comunhão de interesses; • Atuação conjunta das empresas.
  • 9. GRUPO ECONÔMICO – COMO ERA E COMO FICOU COMO ERA COMO FICOU Art. 2º § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Art. 2º § 2o - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.” (NR)
  • 10. SUCESSÃO DE EMPREGADORES SUCESSÃO TÍPICA - Responsabilidade exclusiva do sucessor. Em regra, o sucedido não responde pelos débitos trabalhistas dos contratos em vigor à época da sucessão, mesmo aqueles contraídos antes da sucessão. Art. 448-A: Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 488 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
  • 11. SÓCIO RETIRANTE SÓCIO RETIRANTE - Somente responde subsidiariamente pelo período em que figurou como sócio e respeitando a ordem de preferência apontada. Art. 10 – A: O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I. A empresa devedora; II. Os sócios atuais, e III. Os sócios retirantes.
  • 12. TEMPO À DISPOSIÇÃO NÃO SE CONTABILIZARÁ COMO TEMPO DEDICADO AO TRABALHO, AINDA QUE ULTRAPASSE CINCO MINUTOS: 1. Quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas. 2. Quando adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, quais sejam: práticas religiosas; descanso; lazer; estudo; alimentação; atividades de relacionamento social; higiene pessoal; troca de roupa ou uniforme, quando esta se dê por mera opção do empregado e não por imposição do empregador.
  • 13. TEMPO À DISPOSIÇÃO Antes Depois Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Inalterado Parágrafo único: Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar ... (VETADO) ... e por motivo de acidente do trabalho. §1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. - § 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.” (NR)
  • 14. PRESCRIÇÃO QUANTO AOS CRÉDITOS TRABALHISTAS Art. 11 – A pretensão quando a créditos resultantes da relação de trabalho prescreve em 5 (cinco) anos, até o limite de 2 (dois) anos após a extinção do contrato de trabalho, equiparando o prazo prescricional entre os trabalhadores urbanos e rurais. Poderá ser firmado, anualmente, entre empregado e empregador, termo de quitação das obrigações trabalhistas.
  • 15. TRABALHO INTERMITENTE 452 – A (alterado pela MP nº 808) Cria a modalidade de contrato de trabalho intermitente, em situações em que há alternância de períodos de trabalho e de inatividade, independentemente do tipo atividade do empregador ou da função a ser desempenhada. O contrato de trabalho deverá ser ESCRITO, registrado na CTPS e prever especificamente o valor da hora ou dia trabalhado. A remuneração somente será devida nas situações em que o empregado for convocado a trabalhar.
  • 16. TRABALHO INTERMITENTE Quando da convocação para a prestação de serviços, esta deve se dar com no mínimo 3 dias corridos de antecedência, e informar sobre a jornada; Recebida a convocação, o empregado pode optar por aceitar ou não, tendo o prazo de 24 horas para responder. Em caso de silêncio, presume-se a recusa. Caso aceite, o empregado comparecerá ao trabalho e terá a jornada computada, e, portanto, remunerada.
  • 17. TRABALHO INTERMITENTE O período de inatividade não será considerado como tempo à disposição do empregador, não havendo remuneração. Durante a inatividade, o empregado poderá prestar serviços a outro contratante. Se o empregado aceita a convocação e, posteriormente, ou empregado ou empregador desistem, sem justificativa, há previsão de pagamento de multa de 50% da remuneração que seria devida.
  • 18. TRABALHO INTERMITENTE Valor da hora não deve ser inferior ao valor horário ou diário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados que exerçam as mesmas funções; assegurada a remuneração do trabalho noturno superior ao diurno; O trabalhador ao final do período de trabalho, terá direito ao recebimento da remuneração pactuada, metade do aviso prévio indenizado, férias +1/3, 13º salário, repouso semanal remunerado, FGTS, metade da indenização do FGTS, recolhimento previdenciário e adicionais legais.
  • 19. CONTRATO DE PROFISSIONAL AUTÔNOMO Alterações trazidas pela Medida Provisória nº 808, de 14 de Novembro de 2017. Permite a contratação de profissional autônomo, mesmo que a prestação de serviços ocorra de forma contínua. É vedada a celebração de cláusula de exclusividade no contrato de profissional autônomo. É necessário que realmente inexista subordinação em relação ao tomador dos serviços.
  • 20. CONTRATO DE PROFISSIONAL AUTÔNOMO Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. (Alterado pela MP nº 808). §5º Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros e trabalhadores de outras categorias profissionais reguladas por leis específicas relacionadas às atividades compatíveis com o contrato de autônomo, desde que cumpridos os requisitos dos caput, não possuirão a qualidade de empregado prevista no artigo 3º.
  • 21. A terceirização poderá se dar em qualquer atividade da empresa, inclusive na principal. Excluiu-se a necessidade de que os serviços terceirizados sejam “determinados e específicos”. TERCEIRIZAÇÃO Antes Depois Lei 6.019, art. 4º - Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. Lei 6.019, art. 4º - Considera-se prestação de serviços a terceiros, a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive a principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução.
  • 22. TERCEIRIZAÇÃO Restou, portanto, alterado também o artigo 5º - A: Antes Depois Lei 6.019, art. 5º - A – Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos. Lei 6.019, art. 5º - A- Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal.
  • 23. TERCEIRIZAÇÃO Não obrigatoriedade de salário equivalente aos terceirizados: Caberá à contratante e contratada estabelecer se os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos. (Equivalência salarial mantida apenas para o trabalhador temporário) Garantias: Assegura aos empregados terceirizados, quando e enquanto os serviços forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições relativas à alimentação, serviços de transporte, atendimento médico ou ambulatorial, treinamento adequado, bem como as mesmas condições sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança e de instalações adequadas.
  • 24. TERCEIRIZAÇÃO “Quarentena para terceirização”: Criada para evitar a dispensa de empregados próprios para terceirizarem, com os mesmos trabalhadores, as atividades por eles exercidas. Não pode ser contratada pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenha, nos últimos 18 meses, tenham prestado serviços para a empresa contratante, na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se aposentados.
  • 25. TELETRABALHO Art. 75-B Considera-se Teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador. Por força dos recursos tecnológicos, o empregado trabalha à distância durante maior parte do tempo, mas não chega a ser trabalhador externo. O fato do teletrabalhador comparecer às dependências da empresa para atividades específicas, não descaracteriza o regime de teletrabalho.
  • 26. TELETRABALHO Art. 75-B Trabalhadores nessa modalidade estão excluídos do controle de jornada, bem como do pagamento de horas extras. (art. 62, III) O regime de trabalho de um mesmo empregado pode ser alterado entre presencial e de teletrabalho, desde que haja mútuo consentimento, registrado em aditivo contratual. A alteração do teletrabalho para presencial, por determinação do empregador, deve cumprir o prazo mínimo de 15 dias. (art. 75 –C) Os equipamentos eventualmente fornecidos pelo empregador não integram a remuneração do trabalhador. No que tange à aquisição, manutenção ou fornecimento de equipamentos tecnológicos, quanto à infraestrutura para a prestação do trabalho remoto, bem como quanto ao reembolso das despesas arcadas pelo empregado, estas serão previstas no contrato escrito.
  • 27. INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO (Alterado pela MP nº 808) A reforma altera o artigo 457 da CLT, dispondo que as ajudas de custo; limitadas a 50% da remuneração mensal, o auxílio alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, as diárias de viagens e os prêmios não integrarão a remuneração, mesmo que pagas habitualmente e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
  • 28. AMPLIAÇÃO DA MODALIDADE DE REGIME DE TEMPO PARCIAL. Com a nova Lei, a modalidade contratual por tempo parcial poderá ser de até 30 horas semanais sem cumprimento de horas extras, ou, de até 26 horas semanais, podendo haver realização de até 6 horas extras semanais. As horas suplementares serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. As horas suplementares poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
  • 29. REGIME DE TEMPO PARCIAL Antes Depois Art. 143 §3º O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob regime de tempo parcial. Revogado - Art. 58-A § 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.
  • 30. RESCISÃO DO CONTRATO O empregador terá obrigação de comunicar aos órgãos competentes (MTE) a cessação do contrato de trabalho. Não mais existirá a obrigação de homologação do Termo Rescisório (TRCT) em sindicato, mesmo tendo o empregado mais de um ano na empresa. Será sempre de 10 dias o tempo determinado para pagamento das verbas rescisórias, não mais existindo o prazo de um dia útil para quitação nos contratos com data determinada de encerramento. No mesmo prazo de 10 dias, a empresa deverá entregar toda a documentação ao trabalhador.
  • 31. JORNADA DE 12 X 36 (alterado pela MP nº 808) A CLT passou a permitir o estabelecimento de jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, por meio de ACT/CCT: Art. 59 –A. Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado às partes, por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. § 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73.
  • 32. RESCISÃO ACORDADA Cria-se a modalidade de acordo para encerramento do vínculo de emprego. Assim, se a rescisão do contrato de trabalho for acordada, serão pagos pela metade: O aviso-prévio, se indenizado; A indenização sobre o saldo do FGTS; Na integralidade as demais verbas trabalhistas; Permite a movimentação de 80% do FGTS. Nessa modalidade de rescisão não poderá o trabalhador habilitar-se ao recebimento do seguro-desemprego.
  • 33. INSALUBRIDADE Prorrogação em atividades insalubres: Possibilidade de negociação coletiva dispensar a autorização prévia para prorrogação da jornada em atividades insalubres. Enquadramento do grau de insalubridade: Art. 611 XII - enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres, incluída a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas, na integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; Gestante e Lactante: Insalubridade / situação Grau Máximo Grau Médio Grau mínimo Gestante Afasta automaticamente Afastamento condicionado a recomendação médica Lactante Afastamento condicionado a recomendação médica
  • 34. MAIOR RIGOR NA PROPOSITURA DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA O trabalhador que ingressar na justiça, em caso de ausência injustificada à primeira audiência, além do arquivamento da ação, deverá arcar com as custas do processo, mesmo que beneficiário da justiça gratuita. Apenas poderá ingressar com nova reclamatória se pagar as custas da ação anterior.
  • 35. DANOS EXTRAPATRIMONIAL Limitou a reparação dos danos de natureza extrapatrimonial a: 1. Ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica; 2. A honra, imagem, intimidade, liberdade de ação, autoestima, sexualidade, saúde, lazer e integridade física são bem juridicamente tutelados inerentes à pessoa física; 3. A imagem, marca, nome, segredo empresarial e o sigilo da correspondência são bens juridicamente tutelados inerente à pessoa jurídica;
  • 36. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E PERICIAIS Fica instituído honorários advocatícios, pagos pela parte vencida na ação, os quais serão fixados entre 5% a 15% sobre o valor liquidado do processo ou, na falta de valor líquido da ação, sobre o valor atualizado da causa. Os honorários periciais deverão ser suportados pela parte sucumbente na perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.
  • 37.
  • 38. MULTA PARA LITIGANTE DE MÁ-FÉ E FALSO TESTEMUNHO Considera-se má-fé a conduta de pessoa que altere a verdade dos fatos, use do processo para objetivo ilegal, gere resistência injustificada ao seguimento normal do processo, dentre outras. Nos casos em que se configure a litigância de má-fé, será aplicada multa que variará entre 1% até 10% sobre o valor corrigido da causa a ser ressarcido à parte adversa, além da indenização que poderá ser aplicada. A mesma multa poderá ser aplicada contra testemunha que omitir fatos essenciais à resolução da lide ou alterar a verdade dos fatos.
  • 39. MULTA PARA LITIGANTE DE MÁ-FÉ TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO 3ª Vara do Trabalho de Ilhéus RTOrd 0000242-76.2017.5.05.0493 Face ao exposto, decide-se NÃO ACOLHER a pretensão do reclamante, conforme fundamentação supra, parte integrante do presente dispositivo. Custas pela parte autora, no importe de R$1.000,00. Devidos, ainda, honorários de sucumbência, pela parte autora, no valor de R$5.000,00, conforme fundamentação supra. Deve o obreiro pagar o valor de R$ 2.500,00, a título de indenização por litigância de má fé, conforme fundamentação supra, parte integrante deste dispositivo.
  • 40. MULTA POR EMPREGADO NÃO REGISTRADO A empresa está sujeita a multa de R$ 3.000,00 por profissional não devidamente registrado, portanto, sem carteira assinada. Para as microempresas e empresas de pequeno porte a multa será de R$ 800,00 por empregado não registrado.
  • 41. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Torna-se opcional. Na prática, o empregador não poderá descontar em folha do colaborador o valor da contribuição sindical e destiná- la ao sindicato, mesmo que exista previsão em norma coletiva, pois o trabalhador terá de anuir expressamente. Igualmente opcional será a contribuição sindical aos empregadores.
  • 42. COMISSÃO DE EMPREGADOS Nas empresas acima de 200 empregados, será assegurada a eleição de comissão de representantes dos mesmos, a variar de 3 membros (200 a 3.000 empregados); 5 membros (mais de 3.000 a 5.000 empregados); 7 membros (empresas com mais de 5.000 empregados). Os eleitos gozarão de estabilidade desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, só podendo serem desligados por critério disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. A comissão terá o objetivo de colaborar na resolução de conflitos internos, averiguar cumprimento das legislações trabalhistas e previdenciárias e assegurar tratamento isonômico entre os funcionários, combatendo discriminações de toda ordem.
  • 43. PREVALÊNCIA DO ACORDO COLETIVO SOBRE AS CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO Acordos Coletivos sempre prevalecerão sobre as Convenções Coletivas de Trabalho quando houver conflito entre ambas. As norma coletivas, quando da sua negociação, deverão dispor o prazo de sua validade, não podendo ser superior a 2 anos, sendo vedada a ultratividade.
  • 44. ACORDO EXTRAJUDICIAL As partes poderão ingressar com petição conjunta, entretanto não poderão ser representadas pelo mesmo advogado, requerendo a homologação de acordo extrajudicial. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença, restando mantida a prerrogativa do magistrado em homologar ou não a transação. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados, que voltará a correr no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo.
  • 45. Equipe Responsável: André Arraes de Aquino Martins Vitor de Holanda Freire Rodrigo Portela Oliveira Priscila Cristinne Aquino Saraiva Franco Maria Helena Arrais Felipe Mahle Chastinet www.hmp.adv.br
  • 46. Av. Washington Soares, 1400, Sl. 1010/1011 - Cond. Edifício Juridical Center - Luciano Cavalcante Fortaleza - CE - CEP: 60125-070 - Fone/Fax: 85. 3274.1762 www.hmp.adv.br