O grupo Orpheu foi fundado em 1915 por Ronaldo de Carvalho para publicar uma revista trimestral comunicando a nova dinâmica artística e literária européia. O grupo incluía Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. A revista Orpheu teve sucesso de vendas e consolidou o Modernismo português.
2. Início do grupo
Ao viver no Brasil como secretário da
embaixada de Portugal entre 1912 e 1915,
Filipe de Saldanha da Gama da Silva
Ramos, regressa a Portugal com
Ronaldo de Carvalho com a ideia de criar
uma revista trimestral. Reúne-se com
Fernando Pessoa e Francisco Sá
Carneiro no café Montanha para
apresentar a
sua ideia. Esta pretendia comunicar aos portugueses, a nova
dinâmica artística e literária europeia. Tinha também como
objetivo a ansiosa busca do “eu”, dentro da agitação da
idade moderna. O objetivo do grupo era também um novo
renascer da arte, uma nova direção, pondo o passado de
parte, sem o esquecer totalmente. Começou assim a avançar
a ideia, com grande entusiasmo por parte do grupo.
3. O grupo Orpheu
Ronald de Carvalho fundou a revista Orpheu em 1915.
O grupo era formado por:
• Mário de Sá Carneiro
• Fernando Pessoa
• Almada Negreiros
Esse grupo foi o responsável intelectual pela consolidação do
Modernismo português. O conteúdo dessa nova poesia recaía
sobre a angústia humana diante dos horrores da primeira guerra
mundial que aterrorizavam todo continente europeu. A revista
Orpheu contou com dois números e foi sucesso de vendas.
4. Mário de Sá – Carneiro (1890-1916)
Patrocinador da revista Orpheu, foi um poeta
capaz de sintetizar as ousadas propostas
modernistas e a identidade de uma poesia
existencial. A matéria de sua poesia está
intimamente relacionada aos seus dramas
pessoais e à dor que o mundo ao seu redor lhe
causava. Sua produção é marcada pela
manifestação de sensações depressivas
tendendo para o derrotismo e o pessimismo.
5. Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em 13 de Junho de
1888 em Lisboa, famoso poeta e escritor., seguiu um percurso literário
muito influenciado pela infância, que passou na África do Sul.
Trabalhou como tradutor, jornalista, crítico literário ou mesmo
astrólogo. Estes trabalhos serviam para “pôr o pão na mesa”, mas é na
sua escrita que se vai distinguir de outros seus contemporâneos, pela
sua capacidade de criar outras personalidades na escrita
(heterônimos). Dentro deste grupo três heterônimos destacam-se:
Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis. Não se limitando
a variar na forma de escrever entre os heterônimos, teve a astúcia de
criar personalidades para cada um. No primeiro número da Revista
Orpheu, publica em seu nome, e como Álvaro de Campos, escrevendo
algum dos poemas mais controversos desta edição com este seu
heterônimo. Na segunda edição vai contribuir não só como escritor,
6. José Sobral de Almada Negreiros
começou a escrever e a desenhar
desde muito novo. Inicia uma revista
onde era o único membro, A Paródia,
satírica por natureza, onde o seu estilo
se começa a refletir, um ataque à
burguesia e figuras de alto nível. Júlio
Dantas uma das figuras mais
respeitada e intelectuais da época,
critica esta revista, ao que Almada
Negreiros responde com Manifesto
Anti-Dantas, onde sugere mesmo
“Morra o Dantas, morra!”. O seu
trabalho, tanto literário como plástico,
capta a atenção de Pessoa, e Almada
Negreiros junta-se a este para a
publicação da Revista Orpheu.
7. Guilherme Augusto Cau da Costa de Santa Rita ( Santa Rita –
pintor )de Belas Artes de Paris, cargo que vai perder devido às suas opiniões
políticas. Santa-Rita Pintor, tal como os seus dois outros colegas, morre
prematuramente, vivendo apenas 29 anos, contudo muito importante na
implementação de escolas vanguardistas, neste caso o Futurismo, nos
solos nacionais. Em 1910 torna-se bolseiro da Academia
9. Florbela Espanca ( 1984 – 1930)
Não pertenceu ao grupo de escritores da
revista Orpheu, sendo geralmente
classificada em uma fase de transição,
chamada de Interregno.
É o grande nome feminino da literatura
portuguesa. Detentora de uma pesia
dominada por forte impulso erótico, Florbela
Espanca utiliza um estilo que se assemelha
ao de um doloroso diário íntimo, em que
expõe abertamente as contradições e as
insatisfações sentimentais.