Assuntos de Interesse é uma publicação do site da Abeaa - Associação Bandeirante de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, que reúne matérias relacionadas a essas áreas.
1. RRT Social: CAU/BR aprova nova modalidade de registro
para Assistência Técnica
Um único RRT valerá, por seis meses, para até 100 moradias em um mesmo município
O CAU/BR criou uma nova modalidade de Registro de Responsabilidade Técnica, voltada
especialmente para serviços de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social. O RRT
Social vai permitir que arquitetos e urbanistas registrem em um único RRT atividades de Projeto,
Execução e Atividades Especiais para até 100 habitações unifamiliares, conjuntos habitacionais
ou edificações multifamiliares, dentro de um prazo máximo de seis meses.
Para registrar os serviços no RRT Social, arquitetos e urbanistas precisam declarar que as
habitações em que vão trabalhar estão vinculadas a programas de habitação social ou
regularização fundiária. No caso de habitações unifamiliares, elas devem ser de até 100m². Todas
os endereços registrados deverão ser do mesmo município.
“O objetivo é atender a uma população que necessita dos serviços dos arquitetos e urbanistas,
e também facilitar o trabalho dos profissionais”, afirmou o presidente do CAU/BR, Luciano
Guimarães. “A cada seis meses, o arquiteto vai poder seguir trabalhando com um único registro”.
A resolução que cria o RRT Social, proposta pela Comissão de Política Profissional (CPP) e
apresentada pela Comissão de Exercício Profissional (CEP), foi aprovada na 91ª Reunião Plenária
do CAU/BR. Ela altera a Resolução CAU/BR N° 91, que disciplina a emissão de RRT. A discussão
contou com contribuições de 182 arquitetos e urbanistas que participar de consulta pública
realizada em maio deste ano.
A resolução determina ainda que os CAU/UF devem realizar a cada seis meses auditorias de RRT
emitidos, evitando mau uso dos documentos. Os resultados dessas auditorias serão depois
enviados ao CAU/BR para análise.
O RRT Social passa a vigorar em até 120 dias após a publicação da resolução.
Fonte: CAU/BR
2. Como ter produtividade e evitar perdas no Hortifrúti?
Conhecimento e produto certo são os fatores para um bom desempenho
Por: Eliza Maliszewski
Os hortifrutigranjeiros estão todos os dias na mesa dos
brasileiros mas, por vezes, os assuntos que mais dominam o
agronegócio são as grandes culturas como a soja, milho e
algodão. O segmento movimenta no setor 13 milhões de
empregos diretos e indiretos, mais do que a soja e tem área
plantada de 5 milhões de hectares, em todas as regiões do país.
São 53 milhões de toneladas anuais, das quais entre 3% e 5%
são exportadas. Os dados são da Confederação da Agricultura
e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira dos
Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS).
Nesta semana (de 26 a 28) os produtores de hortifrúti tiveram
a oportunidade de conhecer as novidades, tecnologias e
insumos na 26ª Hortitec, em Holambra (SP).
A feira é a maior da América Latina no segmento. Cerca de 430 expositores traziam as melhores
tecnologias e como aplicar no campo para um bom desempenho no controle de pragas e,
consequentemente, maior produtividade na horticultura. O gerente de Marketing de Hortifrúti, Café e
Citros Brasil da Corteva Agriscience, Alison Rampazzo destaca que o produtor de hortifrúti já está
buscando inovação. O fato de, muitas vezes, ser um pequeno produtor não significa que não há emprego
de tecnologia na atividade. “Pensando nesse cenário nós trouxemos o que há de mais moderno em
portfólio e estamos conversando com os produtores para entender o que eles precisam”, afirma.
Rampazzo destaca que o valor agregado aumenta com emprego de inovação como modernos
agroquímicos, fertilidade correta de solo e foliar, irrigação e mecanização. “Ele está indo em direção do
que o mercado consumidor procura que é qualidade e sustentabilidade. São culturas de alto valor
agregado. Enquanto na soja é possível plantar com investimento médio de R$ 3 mil o hectare, na batata
são R$ 30 mil/ha e no tomate até R$ 120 mil/há. Por isso é importante não arriscar e perder toda
produção com manejo incorreto de pragas,por exemplo”, completa.
Defensivos entram como aliados
O amplo espectro de controle é uma das característica dos inseticidas do grupo das spinosinas ,
moléculas extraídas de uma bactéria por fermentação e que têm ação direta em insetos como lagartas,
mosca minadora, mosca da fruta e tripes Devido as espinosinas possuírem mecanismo de ação único e
diferente, são inseticidas que podem ser utilizados em rotação para manejo da resistência.
A formulação é exclusiva que contribui para o manejo com segurança. É o caso de Tracer, Sucess e
Delegate, este último com ação para 44 tipos de culturas e ação contra 32 tipos de pragas. O produto
foi premiado no Green Chemistry Award, reconhecimento dos Estados Unidos para tecnologias
sustentáveis. Rampazzo ressalta que, entre as características diferenciais, estão o efeito de choque,
residual prolongado, amplo espectro e baixo período de carência. “Tudo isso nasceu de observação e
diálogo”, completa.
3. A batata e o tomate são as duas hortaliças mais cultivadas no país e sofrem com ataque de doenças que
podem levar, em poucas semanas, a perda de 100% da lavoura como é o caso da requeima da batata.
São 95 mil hectares de batata no Brasil, sendo produzidos por aproximadamente 44 mil produtores.
Fatores como a falta de rotação de culturas e a crise econômica contribuem para o aumento de muitos
problemas de solo como as doenças bacterianas e fúngicas. É o caso da rizoctoniose também conhecida
como crosta negra ou mancha asfalto.
Ocorre em todas as regiões onde se planta batata no mundo. O patógeno costuma atacar desde a raiz
até as hastes, causando tombamento, tubérculos aéreos e danos,depreciando o produto final.O fungo
também pode atacar a planta já desenvolvida, causando uma crosta negra nos tubérculos,
comprometendo a sua formação.Como manejo desta doença a Corteva recomenda a a utilização do
fungicida Pulsor que age de forma preventiva e curativa com ação sistêmica em todas as fases do ciclo
e é aplicado no sulco de plantio. Em associação entra o inseticida Sabre, sendo o único clorpirifós do
mercado com uma formulação a base de água. Além das doenças o cenário também é de expansão da
diabrotica ou vaquinha que pode gerar perdas de qualidade e produtividade.
No caso do tomate uma pesquisa de mercado feita pela Corteva em 2015 apontou que um ciclo tinha
em média, 17 aplicações somente para lagarta e 5 para traça. Já no ano de 2018 as aplicações para a
traçado tomateiro subiram para uma média de 1 aplicações. O problema está em aplicações com
produtos do mesmo grupo químico. Gabriel Dornelas, Agrônomo de Produtos, explica que o ideal é
rotacionar com produtos como Delegate, Tracer e Intrepid. No caso do tomate perder uma produção
inteira significa muito prejuízo já que o cultivo por pé custa, em média, R$ 10. “O produtor deve pensar
na ação preventiva. Quando se fala em doenças ele já veio aprendendo a preservar as moléculas dele
com a utilização de um fungicida protetor em mistura com um sistêmico, que é algo muito comum na
soja hoje mas no HF já acontece há anos. O cultivo de hortifrúti não tem espaço para amadores. Demanda
conhecimento. Mesmo os pouco tecnificados já sabem que perder uma aplicação pode significar toda
perda da área”, explica.
Dornelas ensina como ter mais efetividade no controle de pragas e reduzir o número de aplicações: o
primeiro passo é destruir os restos da última lavoura para quebrar o ciclo de pragas. “Muitas vezes o
produtor quer aproveitar as últimas pencas da lavoura de tomate para faturar mais um pouco mas tanto
na propriedade dele quanto na do vizinho as pragas se movem entre áreas e depois pode ser mais difícil
conter”, completa.
Conhecimento é a palavra
Aproveitando a semana da 26ª Hortitec e as discussões sobre o cultivo de hortaliças com melhor
desempenho, o município de Mogi Mirim (SP) recebeu mais uma edição do Agronomy Day. O evento é
promovido pela Corteva na Estação Experimental da marca, onde são realizados testes sobre pragas e
doenças de todas as culturas do país e o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias.
Técnicos e produtores tiveram três dias para treinamentos técnicos e educativos em três estações: a
primeira identifica e faz o diagnóstico dos problemas enfrentados no campo, de forma a replicar o
problema tido no campo e apontar a melhor solução; na segunda fase foram conhecidos os produtos e
como tirar o melhor deles; na terceira uma demonstração de como as soluções se encaixam em cada
4. cultura. Esta edição foi voltada aos inseticidas e fungicidas e os participantes puderam circular por
lavouras demonstrativas de batata e tomate.
O líder de Agronomia da Corteva, Marcus Santos, destaca que o evento foi pensado para trazer o que é
mais relevante para o produtor de hortifrúti trazendo a ideia de que a marca entende o problema vivido
no dia a dia das plantações, estabelecendo conexões e, assim, desenvolver soluções. “A gente pensa, de
forma responsável e certa, para que não haja prejuízo nem falte informação. O segmento é muito
dinâmico. O nosso trabalho é difundir a tecnologia para que o produtor possa crescer”, ressalta.
Neste ano estão programadas 30 edições do Agronomy Day, em diversos estados brasileiros, com
programações para soja, milho, cana-de-açúcar, hortifrúti e pastagem,em alguns casos integrando
agroquímicos e sementes. “Pensamos que em todas áreas que atuamos devemos oferecer as melhores
opções”, destaca Santos.
Fonte: Agrolink
5. Coreia inaugura nova geração do pavimento de concreto
Desenvolvido nos Estados Unidos, o NGCS possui superfície que emite menos ruídos
durante o tráfego de veículos
Por – Construliga
Desenvolvido pela International Grooving & Grinding Association (IGGA) e pela American
Concrete Pavement Association, em conjunto com a Universidade de Purdue, na Indiana-
EUA, o NGCS (do inglês, Next Generation Concrete Surface [próxima geração de superfície
em concreto]) faz a Coreia do Sul sair na frente no uso deste novo tipo de pavimento. A
diferença para o sistema convencional é que o NGCS possui uma superfície mais silenciosa,
ideal para ser aplicada em túneis, como é o caso sul-coreano.
O país asiático está construindo 7 troncos rodoviários, e que vão resultar em 6.200
quilômetros de pavimentação. A obra inclui uma série de 19 túneis, cada um com 3
quilômetros em média, os quais exigirão pavimento em concreto com baixa emissão de
ruído. Os testes com o NGCS, realizados pelo Instituto de Engenharia de Tráfego Rodoviário
da Coreia, demonstraram redução de ruído de 1,5 a 7,5 decibéis, em comparação ao
pavimento convencional, sem comprometer as forças de atrito da superfície.
O segredo do NGCS está nos agregados usados para construir a base do pavimento, na
resistência à compressão de 30 MPa do concreto e no modelo das ranhuras, que possibilita
uma superfície mais lisa e plana que os pavimentos rígidos convencionais. “O NGCS, com
sua superfície lisa, de baixo ruído e alta fricção, é perfeito para os desafios de construção e
manutenção de estradas que vemos na Coreia do Sul”, diz John Roberts, diretor-executivo
da International Grooving & Grinding Association.
6. Os túneis em construção vão receber o equivalente a 1,5 milhão de m2 de NGCS. Além da
prevenção contra o excesso de ruídos, a opção pelo pavimento em concreto se deu por
causa do clima na Coreia do Sul, considerado “muito dinâmico” pelos engenheiros. O país
costuma experimentar amplitudes térmicas que chegam a 50° C, indo de 12 graus negativos
no inverno a 38 graus no verão. O território sul-coreano também é bastante chuvoso. A
precipitação média anual é de cerca de 1.300 milímetros. “O gerenciamento de estradas
nessas condições severas representa um desafio à engenharia”, afirma Hyung-Bae Kim,
diretor da divisão de pesquisa de pavimentos do Instituto de Pesquisa da Korea Expressway
Corp.
Rodovias sul-coreanas têm obrigação de oferecer conforto acústico aos usuários
No projeto do complexo rodoviário em construção na Coreia do Sul, a nova geração de
pavimento rígido também será aplicada nos trechos que passam por regiões portuárias do
país, com o objetivo de minimizar o barulho causado pelo tráfego de caminhões. “Como o
NGCS possibilita uma condução suave, a expectativa é que o ruído nestas regiões seja
reduzido em até 5,75 decibéis”, avalia John Roberts.
O novo pavimento usado na Coreia do Sul é pesquisado na Universidade de Purdue desde
2006. Em 2014, quando o país asiático decidiu tirar do papel o novo entroncamento
rodoviário, técnicos foram enviados aos Estados Unidos para estudar estradas que
receberam o NGCS. O convencimento se deu com a comprovação “in loco” de que o
pavimento emite menos ruído. Como as rodovias sul-coreanas são todas pedagiadas, as
concessionárias têm o compromisso de manter o conforto acústico, tanto para quem trafega
quanto para quem reside no entorno. Isso também fortaleceu a opção pelo novo tipo de
pavimento.
Fonte: constru liga