A USP assinou um convênio com a ArcelorMittal para a construção do CICS Living Lab, um laboratório que reunirá pesquisadores de várias instituições para acelerar a inovação sustentável na construção civil. O acordo também prevê a criação da Cátedra ArcelorMittal "Construindo o Amanhã" com investimento de R$3 milhões nos próximos cinco anos. O CICS Living Lab testará soluções inovadoras em condições reais para superar desafios ambientais na construção.
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
Assuntos de Interesse - Fevereiro 2019
1. USP terá edifício do futuro para projetos inovadores na
área da construção civil
Por: Adriana Cruz - Editorias: Institucional, Sala de Imprensa
Mais um passo foi dado para a concretização do projeto da nova sede do Centro de Inovação
em Construção Civil (CICS), o CICS Living Lab, liderado pelo Departamento de Engenharia
de Construção Civil da Escola Politécnica (Poli).
No dia 15 de janeiro, foi assinado um convênio com a empresa de aço ArcelorMittal, que
prevê a doação de recursos para a construção do edifício e para a criação da Cátedra
ArcelorMittal “Construindo o Amanhã”, com investimento total de cerca de R$ 3 milhões
para os próximos cinco anos.
A cerimônia contou com a presença dos pró-reitores Edmund Chada Baracat (Graduação),
Carlos Gilberto Carlotti Jr. (Pós-Graduação) e Sylvio Roberto Accioly Canuto (Pesquisa); do
superintendente do Espaço Físico, Francisco Ferreira Cardoso; do prefeito do Campus da
Capital, Hermes Fajersztajn; do diretor de Vendas Corporativas da ArcelorMittal, Homero
Storino; da diretora de Pessoas, Comunicação, Investimento Social e Inovação da
ArcelorMittal, Paula Maria Harraca; do diretor do Escritório Aflalo e Gasperini e autor do
projeto do edifício, Roberto Aflalo; além de dirigentes e pesquisadores da Universidade.
O CICS Living Lab é um laboratório que abrigará o Centro de Inovação em Construção Civil,
ecossistema com o objetivo de acelerar a inovação e a sustentabilidade da construção,
reunindo academia, empresas, entidades governamentais e da sociedade civil em uma
iniciativa inovadora.
2. Na área científica, o centro reúne pesquisadores da Poli, Escola de Engenharia de São Carlos
(EESC), Instituto de Energia e Ambiente (IEE), Faculdade de Zootecnia e Engenharia de
Alimentos (FZEA), Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) e Laboratório de Eficiência
Energética em Edifícios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
“Atualmente, todas as universidades de pesquisa do mundo estão cada vez mais
preocupadas em ampliar a sua inserção social. Uma universidade de pesquisa não é apenas
uma formadora de mão de obra especializada, ela é um instrumento de desenvolvimento
da sociedade. Um dos nossos desafios agora é trazer as empresas para dentro da
Universidade e levar a USP para dentro das empresas”, afirmou o reitor Vahan Agopyan.
Conceitos do futuro
O CICS Living Lab será o único laboratório no País projetado, construído e operado para
demonstrar e testar, em condições reais de uso, as soluções inovadoras necessárias para
superar os desafios ambientais. O edifício deverá incorporar uma série de soluções para uso
sustentável da água, geração descentralizada de energias renováveis, internet das coisas
(IoT), novos materiais, componentes e soluções construtivas industrializadas e ecoeficientes.
Os resultados serão medidos e avaliados tanto em termos de bem-estar dos usuários quanto
por meio de modernos conceitos de ecologia da indústria e economia circular. Para tanto,
usuários e os sistemas serão monitorados por IoT de forma constante, gerando um fluxo
contínuo de dados para fomentar pesquisa.
“O CICS é uma plataforma aberta, que reúne a liderança empresarial, da sociedade civil e
acadêmica em um espaço que privilegia a busca de oportunidades de formação de alianças
para acelerar a inovação para sustentabilidade da construção”, destaca o coordenador do
CICS, Vanderley John. “Sem a multiplicação desse tipo de aliança, a construção não será
capaz de enfrentar os desafios ambientais e decorrentes do envelhecimento da população,
nem tampouco explorar as oportunidades da indústria 4.0”, complementa.
O CICS Living Lab está localizado na Cidade Universitária, próximo ao Edifício da Engenharia
Civil. A área total de 1.200 metros quadrados inclui um novo bloco anexo ao prédio já
existente. A parte já construída será remodelada, incorporando soluções mais avançadas.
Partes do edifício serão desmontadas e os materiais, reciclados.
3. Nova cátedra
O acordo assinado com a ArcelorMittal também prevê o lançamento da Cátedra
ArcelorMittal “Construindo o amanhã”. A cátedra deverá colaborar para a formação de
recursos humanos, incentivar a pesquisa e identificar oportunidades de inovação para
atuação conjunta da USP e ArcelorMittal, sempre buscando a sustentabilidade social,
ambiental e econômica na cadeia da construção em geral e do aço em particular.
“Nosso propósito nesta parceria estratégica com a USP é Construir o Amanhã junto aos
principais players do ecossistema da construção civil. Em um ambiente colaborativo, vamos
cocriar soluções inovadoras que gerem maior competitividade para os nossos clientes e
valor para a sociedade”, destacou o CEO da ArcelorMittal Aços Longos LatAm, Jefferson de
Paula.
Segundo a diretora da Poli, Liedi Legi
Bernucci, “é uma tradição da escola
trabalhar em sinergia com a indústria. O
formato da cátedra, consagrado na USP,
permite o estabelecimento de um
relacionamento trazendo novas
propostas para ensino, pesquisa e
inovação, beneficiando a comunidade
acadêmica, a empresa e a sociedade”.
“As cátedras, além de propiciarem
estudos e discussões de temas
complexos e multidisciplinares,
permitem a apresentação de uma visão
externa para a solução desses
problemas, com maior integração com a
cadeia produtiva do setor. No caso particular, a participação das stakeholders da construção
civil vai garantir o sucesso desta cátedra”, ressalta o reitor.
Fonte: Engenharia Compartilhada
[A partir da esquerda] O coordenador do CICS, Vanderley John; o
CEO da ArcelorMittal Aços Longos LatAm, Jefferson de Paula; o
reitor Vahan Agopyan; a diretora da Poli, Liedi Legi Bariani
Bernucci; e o vice-presidente comercial da ArcelorMittal, Henrique
Moraes de Almeida – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
4. Moscas estão polinizando o Ártico
"Isto é provavelmente devido a uma diminuição nos polinizadores"
Um estudo realizado pelo pesquisador Mikko Tiusanen, em
sua tese de doutorado, investigou a estrutura e o
funcionamento de plantas e seus polinizadores nas regiões
árticas e descobriu que, na ausência das abelhas, as moscas
desempenham essa função. Ele explicou que a floração no
Ártico ocorre algumas semanas depois da neve derreter e lá
existem poucos insetos nessa época do ano devido ao frio
intenso.
Durante o estudo, verificou-se que as comunidades de
polinizadores do Ártico eram dominadas por algumas
espécies de plantas e insetos, o que resultou num número
insuficiente de polinizadores no momento da floração. "Isto é provavelmente devido a uma
diminuição nos polinizadores. O número de Muscidae, os polinizadores mais importantes,
está em declínio nos últimos vinte anos. Além disso, plantas e polinizadores reagem de
maneira diferente ao aquecimento do clima, mudando sua ocorrência para diferentes
estágios da estação de crescimento ", explica.
Além disso, o pesquisador afirma que mudanças globais nos habitats causam uma
diminuição na biodiversidade, que altera os ecossistemas e sua capacidade de produzir
serviços ecossistêmicos. "As comunidades árticas não são as únicas comunidades de
polinização dominadas por um punhado de espécies. Os ambientes agrícolas com suas
culturas e as abelhas ocidentais formam uma comunidade estruturalmente similar ", indica.
Por fim, ele explica que, à medida que a mudança climática e outras mudanças ambientais
induzidas pelo homem se intensificam, as plantas polinizadas por insetos e suas
comunidades de polinizadores precisam se adaptar às novas condições nas regiões do Ártico
e do sul.
Fonte: Agrolink
Imagem créditos: wikipédia
5. SET Architects projeta complexo educacional em região
devastada por terremoto na Itália
Por Megan Schires - Traduzido por Romullo Baratto
Dez anos depois de um grande terremoto ter assolado a região central de Abruzzo, na Itália,
muitas crianças ainda têm aula em módulos temporários semelhantes a contêineres. Visando
melhorar o cotidiano dessas crianças, o projeto do escritório SET Architects para o novo
“Complexo Escolar de Sassa” propõe a reconstrução de um lugar para os alunos e a
comunidade aprenderem, se reunirem e crescerem. Inspirados na modularidade dos
brinquedos de "trepa-trepa", os arquitetos descrevem o projeto como uma metáfora para a
"liberdade e agregação social como valores fundamentais para o ensino dinâmico e
inovador".
Localizado na cidade de Sassa, perto de L'Aquila (a cidade mais afetada pelo terremoto de
2009), o complexo está situado estrategicamente, acessível a partir de muitas comunidades
vizinhas afetadas pelo tremor. O projeto do SET Architects utiliza uma estrutura de painéis
de madeira laminada cruzada, material flexível e resistente a sismos, no caso de novos
terremotos na região. As geometrias simples e materiais naturais integram o edifício à
paisagem, criando um diálogo contínuo entre espaços internos e externos e entre espaços
de aprendizagem e de interação social.
6. A estrutura externa, inspirada no "trepa-trepa",
desempenha diversas funções. Enquanto
pérgula, percorre e conecta os diferentes
edifícios, servindo também como protação
solar para salas de aula voltadas para o sul e
como um elemento de transição entre os
edifícios e jardins. Fachadas de vidro no térreo
garantem transparência visual e a oportunidade
de ampliar o espaço de aprendizado para o
exterior, sob a pérgula, quando o clima permitir.
Projetado visando a flexibilidade e adaptabilidade, o complexo integra uma mistura de
espaços públicos e privados de diferentes escalas. Através do uso de mobiliário modular,
paredes móveis e outros elementos flexíveis, estudantes e membros da comunidade podem
usar estes espaços para diferentes atividades. Nos espaços de aprendizagem, os alunos são
incentivados a desenvolver autonomia e criatividade, envolvendo-se ativamente no espaço
e apropriando-se dele para suas necessidades.
O projeto considera a sustentabilidade, a saúde e o
bem-estar dos usuários na escolha dos materiais, no
desenho do layout e na orientação dos edifícios.
Concebida como uma série de blocos independentes
conectados por um pórtico autoportante, a proposta
poderia ser construída em etapas para facilitar a
implementação.
Fonte: arch daily