1. Alimentos Transgênicos:
Há uma corrente que defende o plantio de alimentos transgênicos. Entre os
aspectos positivos dos alimentos transgênicos o destaque é para:
Aumento da produção de alimentos;
Aumento do conteúdo nutricional;
Maior resistência, durabilidade e tempo na estocagem e armazenamento;
Maior resistência às pragas (bactérias, fungos, vírus e insetos);
Diminuição de agrotóxicos.
Agricultura – No caso do agricultor, ele terá de pagar royalties para a empresa
detentora da tecnologia, já que as espécies transgênicas são protegidas por
patentes. Consequentemente, haverá o aumento da dependência do agricultor
em relação às empresas transnacionais do setor.
Economia
Segundo o ESPLAR, a transgênia é uma técnica caríssima, que envolve
investimentos de milhões de dólares. Com certeza, as empresas multinacionais
vão querer obter seus lucros. Para a autorização do plantio em larga escala, todos
os países exigem a análise dos riscos para o meio ambiente e para a saúde
animal e humana. As plantas transgênicas até agora comercializadas não
acrescentam nenhum valor alimentar adicional à aquele observado em plantas
não transgênicas, nem apresentam maior produtividade em biomassa em relação
às convencionais.
Santos (1999) diz que, do ponto de vista comercial, já existem fatos concretos
relacionados aos transgênicos. Assim, grandes cadeias de supermercados na
Europa estão retirando de suas prateleiras produtos transgênicos ou derivados
destes. Organizações de consumidores europeus estão pressionando grandes
redes de supermercados a não venderem produtos originados de plantas
transgênicas. Os alimentos transgênicos não são aceito no mundo inteiro e os
não transgênicos são. Se o Brasil liberar os transgênicos poderá haver perda de
2. mercado, principalmente para a Europa, onde é exportado boa parte dos grãos
produzidos no Brasil.
Santos (1999) destaca outro aspecto comercial importante; que é denominado de
venda casada. No caso de plantas nos Estados Unidos, as variedades transgênicas
fazem parte de um pacote, pois se uma variedade de soja é resistente a um
herbicida, ocorre a venda casada da semente e do produto químico ao agricultor.
Esse tipo de venda de produtos pode ocasionar uma dependência na produção de
alimentos, por isso se faz necessário uma reforma na segurança nacional, antes
da liberação comercial de variedades transgênicas, há a necessidade também de
estudos sócio-econômicos eficientes, para avaliar o impacto dos OGMs no setor
produtivo.
Do ponto de vista econômico, essa nova tecnologia pode ser uma forte aliada do
setor agrícola, pois há uma enorme necessidade de se produzir cada vez mais
alimentos para preencher as crescentes exigências do enorme aumento
populacional, incentivando assim a propagação de culturas geneticamente
modificadas, ou seja, a redução dos custos do plantio ocorre devido à redução da
quantidade de defensivos agrícolas e de combustíveis que por sua vez, são
obviamente necessários para a aplicação nas lavouras (WEYERMULLER, 2004).
Para Roesing (2004, apud Ribaldi; Dechechi; Sobrinho, 2005) o Brasil é hoje um
dos principais exportadores de soja do mundo, sendo este o principal produto
exportado do país, fato este que tem elevado a economia brasileira nos últimos
anos.
A indústria de defensivos acredita que o alargamento da área de cultivo de grãos
poderá contrabalançar o menor uso de agroquímicos por hectare. No Brasil toda
a área destinada à produção de grãos poderá dobrar de tamanho, garantindo
assim rentabilidade do setor (Transgênicos... online 2006).
Segundo Souza (2003, apud, Santos; Montoya, 2004) as vantagens econômicas da
implantação desta tecnologia poderiam se dividir entre os vários grupos da
economia brasileira, como o fazendeiro, seus provedores e o consumidor em geral,
ou seja, com a redução de custos de produção, poderia por exemplo diminuir o
preço de derivados de tal cultura, deste modo o consumidor final também poderia
ser beneficiado.