Apresentação da Aula 01 do curso de Plano de Negócios da Escola de Extensão do Instituto de Economia da UNICAMP, para os cursos de Estratégia Empresarial e Economia Financeira.
Apresentação preparada pelo Professor Giancarlo Ciola.
2. Primeira aula
1) Apresentação da turma (alunos e
professores)
2) Pacto de Convivência Pacífica
• Horário
• Celular
• Presença
2) Definir a Avaliação
3) Introdução à disciplina
4) Atividade Individual
4. PLANO DE NEGÓCIOS
• O que é?
– Documento que descreve os objetivos de um
negócio e quais passos devem ser dados para que
esses objetivos sejam alcançados da melhor
forma, diminuindo os riscos e as incertezas.
• Para que?
– Constituição de uma empresa até aos seus
movimentos de expansão ou incorporação de
novos processos ou produtos.
5. • A elaboração de PNs deve constituir-se
em suporte conceitual para:
– Levantar dinheiro;
– Planejar o futuro; e
– Controlar os progressos de qualquer
empreendimento.
• PN serve como instrumento de melhoria das
possibilidades de sucesso do negócio.
7. CONCEITOS IMPORTANTES (1/2)
• EMPRESA
– Unidade de acumulação de capital cujo objetivo é
ocupar e sustentar dinamicamente uma posição
no mercado;
– Faz isso, através da geração continuada de
excedentes (lucro), obtidos por meio da produção
e venda de bens ou serviços de qualquer natureza
destinados a satisfazer necessidades ou desejos.
8. CONCEITOS IMPORTANTES (2/2)
• MERCADO
– Clientes: conjuntos de indivíduos que necessitam e podem
adquirir bens ou serviços para determinadas finalidades
– Indústria / Concorrência: conjuntos de empresas
produtoras de bens (ou serviços) com destinação
semelhante e resultados de processos de produção
relativamente homogêneos, passíveis de diferenciação em
modelos, faixa de renda, faixa etária, etc.
10. COMO CONSTRUIR O PN
Identificação da Elaboração,
Redação
Oportunidade Análise de
do
de Mercado Viabilidade
Plano de
(anteprojeto) e Avaliação do
Negócios
Projeto
11. ROTEIRO PARA COMPOSIÇÃO
1. Descrição do Negócio: resumo dos conceitos e definições da oportunidade;
identificação dos riscos e definição de estratégias para minimizá-los.
2. Estudo do Mercado e Posicionamento Estratégico: descrição dos mercados
consumidor e fornecedor; caracterização da concorrência; identificação da
capacidade competitiva do novo empreendimento.
3. Engenharia do Projeto: descrição do processo de produção, fluxogramas, lay-out,
etc.; justificativas da localização.
4. Projeção das grandezas econômicas e financeiras: plano anual de produção e
vendas; descrição das máquinas e equipamentos utilizados e respectivos valores
de investimentos e custos; descrição do tipo de trabalho humano utilizado;
identificação dos materiais utilizados e respectivos custos; abordagem completa
da composição dos investimentos (fixos e de giro), da estrutura dos custos e
receitas e do resultado econômico, dos custos unitários, dos preços unitários de
venda dos produtos ou serviços, etc.
5. Análise do Projeto: estudo da viabilidade econômico-financeira: determinação do
ponto de nivelamento, da margem de segurança; da margem de lucro, rotação do
capital e taxa e período de retorno do capital.
13. • O pleno desenvolvimento
de um projeto depende
não apenas dos fatores
relacionados aos
indivíduos ou grupos
diretamente envolvidos,
mas, também de fatores
de ordem mais geral que
compõem o conjunto,
comumente denominado
de “Sistema Econômico
Local”
• Sistema Local de
Inovação: componentes
mantém intensas
relações econômicas de
caráter técnico-
especializado e, via de
regra, de natureza
inovadora
14. SISTEMA LOCAL DE INOVAÇÃO
• Empresas de qualquer tipo e tamanho, que
praticam a inovação
– Empresas de Base Tecnológica (EBTs): aquela que
incorporando grau elevado de conhecimento
científico em seus produtos / processos e mantêm
atividades estruturadas de P&D.
• Instituições de Ensino e Pesquisa Científica;
• Instituições de Pesquisa e Desenvolvimento
Tecnológico
16. Empreendimentos na Região Metropolitana de
Campinas (RMC)
• RMC = bom exemplo de Sistema Local de Inovação
• ICTs, empresas e incubadoras (Ciatec, Softex, InovaSoft,
Incamp)
+150 empresas, +4500 pessoas (2008)
17. O PROCESSO EMPREENDEDOR
• Principais características relacionadas às
trajetórias individuais, às redes de relações
profissionais e ao contexto sócio econômico
• Fontes principais: pesquisa do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e
pesquisas Instituto de Economia (UNICAMP)
20. Processo empreendedor: identificação de
oportunidades
%
Fonte T otal
Experiências em trabalhos/atividades anteriores 78,1
Interação/discussão com outras pessoas 71,0
Participação em feiras comerciais 37,3
Revistas 29,0
Leitura de jornais 26,0
Leitura de artigos acadêm icos 13,0
Ou tros 8,9
Internet 8,3
T elevisão, radio 4,1
M édia de mençoes 2,8
BID: pesquisa realizada com amostra de 169 empresas no Brasil
21. Processo empreendedor: perfil dos empreendedores
quanto ao grau de escolaridade
BID: pesquisa realizada com amostra de 169 empresas no Brasil
22. Principais problemas nos 3 primeiros anos
BID: pesquisa realizada com amostra de 169 empresas no Brasil
23. Características comuns
• América Latina e Leste Asiático:
– Os novos empresários são predominantemente homens,
com formação superior (graduação / pós-graduação) e
criaram sua empresa entre os 30 e 35 anos de idade,
– Formaram equipes de sócios com especializações e
habilidades complementares e usaram, principalmente,
economias pessoais para montar o negócio,
– Iniciaram seus negócios atendendo às demandas de outras
empresas, seja de outras PMEs ou de grandes firmas.
– Experiência anterior de trabalho e redes de contatos tem
papel fundamental.
25. RECONHECENDO OPORTUNIDADES DE
MERCADO (1/8)
• Identificação de Necessidades
• Premissa: “todo negócio deve atender às
necessidades dos consumidores”;
• Um exemplo muito simples de aplicação dessa
fórmula seria prestar atenção nas queixas das
pessoas e tentar solucioná-las;
• Forma mais geral de reconhecimento de
oportunidades de negócios.
26. RECONHECENDO OPORTUNIDADES DE
MERCADO (2/8)
• Observação de deficiências
– Premissa: “Todo negócio pode ser aperfeiçoado”
(produtos, nos processos produtivos,
administrativos, comerciais, financeiros, etc.)
– O que é um negócio “melhor”? Aquele que
oferece o mesmo valor por preço menor ou mais
valor por preço igual ou menos do que
proporcionalmente maior.
27. RECONHECENDO OPORTUNIDADES DE
MERCADO (3/8)
• Observação de tendências
– Premissa: “Assim como economia apresenta ciclos de
funcionamento dinâmico, os negócios e os produtos têm
ciclos de vida ou prazos de validade econômica” - Há um
contínuo impulso para a mudança no interior do sistema
produtivo
– Processo é fortemente influenciado pela capacidade de
observação das tendências econômicas, sejam as globais -
que se referem aos grandes movimentos econômicos
mundiais - ou específicas - que abrangem as relações mais
diretas / imediatas do negócio; sejam as estruturais, sejam
as conjunturais.
28. RECONHECENDO OPORTUNIDADES DE
MERCADO (4/8)
• Derivação da ocupação atual
– Baseada na idéia de que o empreendedor conhece
profundamente o tipo de empreendimento e acredita que
“se o negócio fosse dele, faria melhor do que o que está
sendo feito”
– Talvez seja a forma mais simples e comum de abrir-se um
novo negócio.
– ”Learning by doing”: empregar-se no tipo de empresa que
pretende montar, aprender o seu funcionamento, as
razões de sucesso ou fracasso, e, em seguida, após ter
absorvido todo o conhecimento necessário, montar seu
próprio negócio.
29. RECONHECENDO OPORTUNIDADES DE
MERCADO (5/8)
• Procura de outras aplicações
– Novas ou melhores aplicações para soluções
(produtivas / administrativas / comerciais) já
disponíveis
30. RECONHECENDO OPORTUNIDADES DE
MERCADO (6/8)
• Exploração de hobbies
– Premissa: ”se eu gosto de fazer algo é possível e
provável que outros também gostem”
– Parte do aproveitamento ou da exploração dos
conhecimentos adquiridos em função de um gosto
ou de habilidade individual, muito desenvolvidos.
– A oportunidade se concretiza com o
desenvolvimento de um produto (bem ou serviço)
que satisfaça tal gosto.
31. RECONHECENDO OPORTUNIDADES DE
MERCADO (7/8)
• Lançamento de moda
– Premissa: “explorar o encanto, passageiro ou recorrente,
de uma idéia original”
– É possível criar empreendimentos para suprir “surtos” de
demanda por determinados bens ou serviços que podem
ser atendidos por empreendimentos criados apenas para
isso.
– É muito comum observar-se negócios que se transformam
em “modismos”, com ciclo de vida muito curto e poucos
deles duram mais tempo, ou derivam para outros
mercados correlatos.
32. RECONHECENDO OPORTUNIDADES DE
MERCADO (8/8)
• Imitação do sucesso alheio
– Premissa: “se algum empreendimento de pequeno porte
está dando certo, pode caber mais um”
– Parte do procedimento de observar os fundamentos dos
concorrentes melhor sucedidos, que ocupam as posições
mais destacadas no segmento, e imitá-los (benchmark),
– A forma menos arriscada de iniciar um investimento
próprio e mais adotada pelos novos empreendedores:
bons e competentes “seguidores” podem tornar-se
“inovadores”.