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para explorar,
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Profª Juliana Abib
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Drummond de Andrade
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Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu
quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não
falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos
de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer,
não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de
gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. E o seu sistema.
Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os
moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque
ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso
especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em
particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com
esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.
Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais,
comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua
simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. Recebia
tudo com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de
achá-lo egoísta ou importuno. Suas horas de sono - e lhe apraz dormir não só à noite como
principalmente de dia - eram respeitadas como ritos sagrados, a ponto de não ousarmos
erguer a voz para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria
com a gente, porém nós mesmos é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos.
Assim, por conta de Pedro, deixamos de ouvir muito concerto para violino e orquestra, de
Bach, mas também nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da tevê. Andando na ponta
dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não
tinha importância.
Objetos que visse em nossa mão, requisitava-os. Gosta de óculos alheios (e
não os usa), relógios de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório,
botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las,
mirá-las e (é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. Quem
não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo
diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis - porque me
esquecia de dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação
apressada, sobre a razão íntima de seus atos.
Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e o
que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte? Zangar-me com ele porque destruiu a
lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que ele não me sorrisse; tivesse
eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua azul maneira de olhar-me.
Eu sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade - e, até, que a nossa
amizade lhes conferia caráter necessário de prova; ou gratuito, de poesia e jogo.
Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a
seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em: Poesia completa
e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108.
Localização e comparação de
informações, generalizações
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hóspede
Produção de inferências locais e
globais - Onde se passa a
história?
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parentesco entre as
personagens?
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ao texto?
Estudo do Texto
1- Em que momento do texto você percebeu que o amigo de que o autor fala, era uma
criança bem pequena?
2- Qual a característica do amigo Pedro que mais chama a atenção do cronista?
3- Também há nesta crônica pontos em que o autor diz as coisas com certo humor.
Identifique alguns destes pontos.
 Após a correção das questões revelar
aos estudantes que como sabemos pelos
dados biográficos de Drummond, o autor
fala, nesta crônica, do seu primeiro neto,
Pedro. Trata-se, então, do avô falando
amorosamente do neto.
Estudo do Texto - Continuação
4 - A viagem do neto faz o cronista pensar na vida. Que sentimento ele expressa
ao final do texto?
5 - Observe, por fim, as diferentes formas que o autor usou para fazer referência
à cor dos olhos do neto. Observe também que ele começa falando dos olhos e
termina por referir-se ao olhar. Que efeito de sentido tem esse deslocamento na
descrição que o autor faz do neto?
Definição de metas de atividade
de leitura
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aprofundamento e
formação de
conceito sobre
aeroportos
Relações de intertextualidade
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artigos de opinião
acerca das
questões que
envolvem o tráfego
aéreo brasileiro
Apreciações estéticas e/ou afetivas,
valores éticos e/ou políticos
- Que outras
linguagens
podemos identificar
no texto?
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texto isso é
percebido?
Gênero Artigo de Opinião
 É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem
uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu
ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião.
É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento poderão surgir
oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da escrita.
Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e,
para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões.
O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de
contestar.
Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe:
a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe
agradam, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver.
b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A
linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor.
c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do
texto de modo mais consciente, e desenvolva-os.
d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender.
e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia
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f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor.
g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do
seu texto).
h) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a
ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está
adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como
um todo é persuasivo.
Reescreva-o, se necessário.
Artigo: “Nem só de Copa do Mundo
vive um país”, por Gabriel Medina
A vinda da Copa do Mundo ao Brasil
merece uma comemoração, pois
reflete a política internacional exitosa
de um país com crescimento
econômico, inclusão social e um forte
papel indutor do Estado.
http://www.pt.org.br/artigos/view/artigo_nem_so
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Semelhante a As condições dos aeroportos brasileiros e os desafios para a Copa de 2014O texto abordado em sala fala sobre aeroportos e a leitura do poema No Aeroporto nos coloca a pensar sobre a importância desses espaços. Com a proximidade da Copa do Mundo de 2014, que será sediada no Brasil, é inevitável que se pense nas condições dos nossos aeroportos para receber os milhares de turistas que virão para o evento. Nosso país possui aeroportos em divers (20)

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  • 1. Programa Melhor Gestão Melhor Ensino Construção de uma situação de aprendizagem para explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura
  • 2. Público Alvo - 9º Ano Ensino Fundamental Aulas previstas: 08 Disciplina: Língua Portuguesa Profª Juliana Abib Texto : No Aeroporto – Carlos Drummond de Andrade
  • 3. Ativação do conhecimento de mundo - Você já esteve em um aeroporto? - Você conhece o seu funcionamento? - Onde se localiza o aeroporto Galeão? - Existe aeroporto em sua cidade?
  • 5. Texto: No Aeroporto – Carlos Drummond de Andrade Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. E o seu sistema. Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.
  • 6. Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. Recebia tudo com naturalidade, sabendo-se merecedor das distinções, e ninguém se lembraria de achá-lo egoísta ou importuno. Suas horas de sono - e lhe apraz dormir não só à noite como principalmente de dia - eram respeitadas como ritos sagrados, a ponto de não ousarmos erguer a voz para não acordá-lo. Acordaria sorrindo, como de costume, e não se zangaria com a gente, porém nós mesmos é que não nos perdoaríamos o corte de seus sonhos. Assim, por conta de Pedro, deixamos de ouvir muito concerto para violino e orquestra, de Bach, mas também nossos olhos e ouvidos se forraram à tortura da tevê. Andando na ponta dos pés, ou descalços, levamos tropeções no escuro, mas sendo por amor de Pedro não tinha importância.
  • 7. Objetos que visse em nossa mão, requisitava-os. Gosta de óculos alheios (e não os usa), relógios de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e (é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. Quem não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis - porque me esquecia de dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita ou acusação apressada, sobre a razão íntima de seus atos.
  • 8. Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e o que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte? Zangar-me com ele porque destruiu a lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que ele não me sorrisse; tivesse eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua azul maneira de olhar-me. Eu sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade - e, até, que a nossa amizade lhes conferia caráter necessário de prova; ou gratuito, de poesia e jogo. Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio. ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108.
  • 9. Localização e comparação de informações, generalizações - Qual é o foco narrativo? - Quem é o hóspede? - Caracterize o hóspede
  • 10. Produção de inferências locais e globais - Onde se passa a história? - Existe algum grau de parentesco entre as personagens? Justifique - Que final você daria ao texto?
  • 11. Estudo do Texto 1- Em que momento do texto você percebeu que o amigo de que o autor fala, era uma criança bem pequena? 2- Qual a característica do amigo Pedro que mais chama a atenção do cronista? 3- Também há nesta crônica pontos em que o autor diz as coisas com certo humor. Identifique alguns destes pontos.
  • 12.  Após a correção das questões revelar aos estudantes que como sabemos pelos dados biográficos de Drummond, o autor fala, nesta crônica, do seu primeiro neto, Pedro. Trata-se, então, do avô falando amorosamente do neto.
  • 13. Estudo do Texto - Continuação 4 - A viagem do neto faz o cronista pensar na vida. Que sentimento ele expressa ao final do texto? 5 - Observe, por fim, as diferentes formas que o autor usou para fazer referência à cor dos olhos do neto. Observe também que ele começa falando dos olhos e termina por referir-se ao olhar. Que efeito de sentido tem esse deslocamento na descrição que o autor faz do neto?
  • 14. Definição de metas de atividade de leitura - Visita a SAI para aprofundamento e formação de conceito sobre aeroportos
  • 15. Relações de intertextualidade - Apresentação de artigos de opinião acerca das questões que envolvem o tráfego aéreo brasileiro
  • 16. Apreciações estéticas e/ou afetivas, valores éticos e/ou políticos - Que outras linguagens podemos identificar no texto? - Em quais partes do texto isso é percebido?
  • 17. Gênero Artigo de Opinião  É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião. É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento poderão surgir oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da escrita. Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões. O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar. Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe:
  • 18. a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe agradam, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver. b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor. c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do texto de modo mais consciente, e desenvolva-os. d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender.
  • 19. e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido. f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor. g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto). h) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como um todo é persuasivo. Reescreva-o, se necessário.
  • 20. Artigo: “Nem só de Copa do Mundo vive um país”, por Gabriel Medina A vinda da Copa do Mundo ao Brasil merece uma comemoração, pois reflete a política internacional exitosa de um país com crescimento econômico, inclusão social e um forte papel indutor do Estado. http://www.pt.org.br/artigos/view/artigo_nem_so
  • 21. Proposta de Produção de Texto - Produza um artigo de opinião sobre a situação dos aeroportos em nosso país, vista a proximidade da Copa do Mundo.