1. ANATOMIA E FISIOLOGIA
EMBRIONÁRIA E FETAL
Enfª. Res. Hirla Vanessa Araújo
PRONTO SOCORRO CARDIOLÓGICO DE PERNAMBUCO
PROF° LUIZ TAVARES
PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇAO EM CARDIOLOGIA
MODALIDADE RESIDÊNCIA
RECIFE – PE
2014
2. Objetivos
• Descrever a formação do coração primitivo;
• Descrever a circulação sanguínea no coração primitivo;
• Descrever a formação do sistema de condução do
coração;
• Descrever a circulação fetal e a circulação neonatal, bem
como as alterações que ocorrem na circulação transitória;
• Descrever brevemente a formação do sistema linfático.
5. 1. Dobramentos do embrião:
• DISCO TRILAMINAR EMBRIÃO CILÍNDRICO
• Decorrente do rápido crescimento do embrião;
• DOBRAMENTO VENTRAL:
▫ Pregas cefálica e caudal;
▫ PREGA CEFÁLICA: recobre o coração ventralmente.
6. Sistema Cardiovascular Embrionário
• É o primeiro a funcionar no
embrião;
• Formado durante a 3ª semana de
desenvolvimento embrionário;
• Deriva do mesoderma e de
células da crista neural.
7. O Coração Primitivo
• CORDÕES ANGIOBLÁSTICOS: Se canalizam para
formar os tubos cardíacos que se fundem para formar
o coração tubular primitivo.
13. • Três pares de veias drenam o coração tubular do embrião:
▫ Veias vitelinas: por onde retorna o sangue do saco
vitelínico;
▫ Veias umbilicais: que traz sangue oxigenado do córion;
▫ Veias cardinais comuns: por onde o sangue retorna do corpo
do embrião.
*As veias hepáticas se formam a partir das veias
vitelínicas.
14. Circulação do Sangue do Coração Primitivo
• As contrações musculares ocorrem em ondas
peristálticas que começam no seio venoso;
• A princípio é do tipo fluxo e refluxo;
• Ao final da quarta semana Fluxo unidirecional
16. Septação do Tubo Cardíaco
• Ocorre uma série de septações que formarão
quatro cavidades: duas superiores e duas
inferiores:
▫ Septação do Canal Atrioventricular;
▫ Septação Atrial.
17. Septação do Canal Atrioventricular
• Ao final da 4ª semana;
• Formação dos coxins
endocárdicos nas paredes
ventrais e dorsais do canal
atrioventricular;
• Canais AV direito e esquerdo,
separando átrio dos ventrículos.
18. Divisão do Átrio Primitivo
• Formação e subsequente modificação e fusão de dois
septos:
▫ Septum primium (também se une aos coxins)
▫ Septum secundus
19. Formação do Septum Primum
• Membrana fina em forma de lua crescente;
• Desenvolve-se em direção dos coxins;
• *Foramen primun
20. Septum Secundum
• Desenvolve-se a partir da parede
ventrocefálica do átrio,
imediatamente à direita do
septum primum;
• Sobrepõe-se gradualmente ao
foramen secundum;
• Forma uma divisão incompleta:
Forame Oval.
21. Alterações do seio venoso e veias
associadas
• O aumento progressivo do corno direito do seio venoso resulta de
dois shunts de sangue da esquerda para a direita:
▫ Transformação das veias vitelinas e umbilicais;
▫ Anastomose oblíqua das veias cardinais anteriores (veia braquiocefálica).
• Resultado:
▫ O corno esquerdo (seio coronário) diminui de tamanho e de importância;
▫ O corno direito (incorporado ao átrio direito) aumenta e passa a receber
todo o sangue proveniente da cabeça e do pescoço
22.
23. A veia pulmonar primitiva e o átrio direito
• Incorporação da veia pulmonar
primitiva na parede do átrio
esquerdo;
• Formam-se quatro veias
pulmonares com aberturas
distintas no átrio esquerdo.
24. Divisão do ventrículo primitivo
• É primeiro indicada por uma crista muscular média no soalho
do ventrículo (próximo ao seu ápice);
• Decorre da dilatação de ambos os lados dos ventrículos;
• Orifício interventricular: Até a 7ª semana;
▫ Seu fechamento resulta da fusão de 3 tecidos de três origens:
A crista bulbar direita;
A crista bulbar esquerda;
E os coxins endocárdicos
Após o fechamento do orifício
interventricular o tronco pulmonar
comunica-se com o VD e a aorta
comunica-se com o VE
25.
26. Divisão do Bulbus Cordis e do Tronco
Arterioso
Durante a 5ª semana:
• Cristas Bulbares
• Cristas Tronculares
Proliferação de células
mesenquimais
• Septo aorticopulmonar
espiralado
Orientação em espiral
das cristas
27.
28.
29. • Formação das paredes ventriculares:
▫ Cavitação das paredes:
Trabéculas carnosas;
Músculos papilares;
Cordoalha tendinosa.
• Formação das valvas cardíacas:
▫ Semilunares: 3 saliências valvares
Aorta e tronco pulmonar
▫ Atrioventriculares
Em torno dos canais atrioventriculares
Divisão do Bulbos Cordis e do Tronco
Arterioso
30. Estruturas derivadas dos arcos aórticos
• 1º par: desaparecem quase por completo, mas as partes remanescentes
formam as artérias maxilares;
• 2º par: as porções dorsais formam o tronco das artérias hióideas;
• 3º par: as porções proximais formas as carótidas comuns e as porções
distais junta-se com a aorta dorsal e formam as carótidas internas;
• 4º par: o arco esquerdo forma a parte da croaça da aorta e o arco direito
forma a parte proximal da artéria subclávia direita;
• 5º par: 50% sofre degeneração e os outros 50% não chegam a se
desenvolver;
• 6º par:
▫ Esquerdo:
Proximal: parte proximal da artéria pulmonar esquerda;
Distal: persiste como um shunt (ducto arterioso)
▫ Direito:
Proximal: parte proximal da artéria pulmonar direita;
Distal: degenera-se
31.
32. Formação do Sistema de Condução
• O átrio primitivo atua como um marcapasso temporário;
• O nó sinoatrial desenvolve-se a partir da 5ª semana ;
• Células da parede esquerda do átrio direito juntamente com as células
do canal atrioventricular vão constituir o nó e o feixe atrioventricular;
• O nó sinoatrial, o nó atrioventricular e o feixe atrioventricular logo se
tornam ricamente inervados.
35. Circulação Fetal
• Maior parte: mistura de sangue oxigenado e não
oxigenado
▫ Único lugar só c/ sg oxigenado: da placenta até V. cava
inferior através do ducto venoso (SatO2 = aprox 70%);
▫ Suficiente para as necessidades metabólicas do feto.
36. Circulação Neonatal
• Choro: distensão pulmonar (aereção dos pulmões) e queda da
pressão pulmonar Desvio de sangue para o pulmão;
• Os três shunts param de funcionar;
• Devido ao fluxo pulmonar aumentado, a pressão no interior do
átrio esquerdo fica maior que a do átrio direito:
FECHAMENTO DO ORIFÍCIO OVAL.
Tão logo a criança nasce, o orifício oval, o ducto arterioso, o ducto venoso, e os vasos
umbilicais não são mais necessários!
37. Circulação Neonatal
• A mudança de circulação sanguínea do padrão fetal para o do
adulto não é uma ocorrência súbita;
• ESTRUTURAS DO ADULTO DERIVADAS DOS VASOS
FETAIS:
▫ Ligamento redondo: porção intra-abdominal da veia umbilical;
▫ Ligamento venoso: ducto venoso;
▫ Arterias vesicais superiores: porções proximais das porções intra-
abdominais das artérias umbilicais;
▫ Ligamento arterioso: ducto arterioso.
38. Sistema Linfático
• Começa a se desenvolver no fim da 5ª semana;
• Desenvolve-se de maneira semelhante à explicação prévia para os
vasos sanguíneos e fazem conexão com o sistema venoso;
• Formam-se 6 sacos linfáticos:
▫ 2 sacos linfáticos jugulares;
▫ 2 sacos linfáticos ilíacos;
▫ 1 saco linfático retroperitoneal;
▫ 1 cisterna chyli.
39.
40. Sistema Linfático
• Ocorre a formação de linfonodos ao longo da rede de
vasos linfáticos;
• Os linfonódulos só aparecem pouco antes e/ou logo
depois do nascimento.