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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

ENTEROBACTÉRIAS
Microbiologia

Maria Cecília
Palloma Araújo
Renata Carvalho
Wanessa Rocha
Gênero e Espécie

Filo: Proteobacteria

o

Aproximadamente
30
gêneros e mais de 100
espécies.

10 gêneros tem importância
clínica ~25 espécies.

Classe: γ- Proteobacteria

o

o

o

o

Ordem: Enterobacteriales

o

Família: Enterobacteriaceae


Encontradas amplamente na natureza;



A maioria habita os intestinos do homem e dos
animais;



Constituem a principal causa de infecção intestinal.
CARACTERÍSTICAS GERAIS


Bacilos Gram- negativos;



0,3 a 1 x 1 a 6 μm;



Anaeróbios facultativos;



Não esporulados;



Não
resistem
a
luz
solar,
dessecação,
pasteurização e desinfetantes comuns;



Podem ser cultivadas em diversos meios de
cultura, como ágar MacConkey ou ágar sangue.
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS
ASPECTOS FISIOLÓGICOS


Reduzem nitrato a nitrito;



Fermentam a glicose;



São oxidase- negativas;



Capazes de metabolizar uma ampla variedade de

substâncias como os carboidratos;


Produzem catalase;



Utilizam glicose e amônia como fontes únicas de

carbono e nitrogênio.
ASPECTOS GENÉTICOS


Apresentam sequenciamento do cromossomo e de
vários plasmídeos de enterobactérias;

O genoma de enterobactéria é constituído por: Um
cerne comum a todas as espécies o qual é marcado
por
ISs
(sequência
de
inserção),
Fagos,
Ilhas de patogenicidade,
Pseudogenes,
Sequências repetidas,
Mutações e deleções  Diferenças entre as
espécies

ESTRUTURAS ANTIGÊNICAS



Entre

elas

estão:

Os flagelos  chamados de antígenos H;
As cápsulas  chamadas
LPS  contém o antígeno O.

de antígenos K;
IDENTIFICANDO ENTEROBACTÉRIAS



Coloração de Gram;



Verifica- se se realizam fermentação de glicose;



Caso seja positiva isso restringe essas bactérias a
três

possíveis

grupos

Vibronacea, Pasteurellacea;


Teste de oxidase;

Enterobacteriacea,
PRINCIPAIS GÊNEROS DA FAMÍLIA
ENTEROBACTERIACEAS:

Escherichia;
 Shigella;
 Edwardsiella;
 Salmonella;
 Citrobacte;
 Klebsiella;
 Enterobacter;


Hafnia;
 Serratia;
 Proteus;
 Morganella;
 Providencia;
 Yersinia;
 Erwinia.





A diferenciação dos gêneros e espécies é
realizada por meio de uma série de provas
bioquímicas;

Algumas espécies, em um mesmo gênero, são
muito semelhantes, sendo necessário grande
número de provas para diferencia-las;
DIFERENCIAÇÃO BIOQUÍMICA DE ENTEROBACTÉRIAS
PATOGÊNESE E IMUNIDADE



Numerosos fatores de virulência foram identificados nos
membros da família Enterobacteriaceae. Alguns são
comuns para todos os gêneros e outros específicos
para cepas virulentas;



A maioria desses fatores são expressos pelas
variedades patogênicas de E. coli, Shigella, Salmonella
e Yersinia;



Os patógenos que causam bacteremias e septicemias
de maior importância são os antígenos K que
compreende as cápsulas.
PATOGÊNESE E IMUNIDADE
Os fatores de virulência comprovados são:
EAST e
CDT.
 A toxina EAST (Enteroagregative E. coli Stable
Toxin) é um pequeno peptídeo da família ST.
 A toxina CDT é uma proteína que apresenta ação
distensora.
 São produzidas por diferentes amostras de E. coli;
 O lipídeo A e o peptideoglicano os membros
desta família estimulam a produção de citocinas.



Lipopolissacarídeo (LPS) Responsável pela
produção de febre (resposta pirogênica) e
alterações vasculares e ação direta sobre os
mecanismo das reações de hipersensibilidade não
específica.
PATOGÊNESE E IMUNIDADE


Sistema de secreção do tipo III proteínas
efetoras bacterianas são transladadas para dentro
do citoplasma das células do hospedeiro, onde
modulam diversas funções biológicas;



Resistência
aos
antimicrobianos:
os
microrganismos podem se desenvolver resistentes
aos(Trabulsi,L.R. Microbiologia) antibióticos. Essa
resistência pode ser codificada por plasmídeos
transferíveis e trocar entre as espécies, gêneros e
famílias de bactérias.
ENTEROBACTERIACEAE DE IMPORTÂNCIA
MÉDICA
o
o
o
o
o
o
o
o

Citrobacter freundii
Citrobacter koseri
Enterobacter aerogenes
Enterobacter cloaca
Escherichia coli
Klebsiella pneumoniae
Klebsiella oxytoca
Morganella morganii

o
o
o
o
o
o
o
o

Shigella flexneri
Shigella sonnei
Yersinia pestis
Yersinia enterocolitica
Yersinia pseudotuberculosis
Serratia marcescens
Salmonella enterica
Proteus mirabilis
SÍTIOS DE

INFECÇÕES
DIAGNÓSTICO


O diagnóstico das infecções por enterobactérias é
normalmente realizado através do isolamento e
identificação;



Para o diagnóstico de algumas doenças como por
exemplo febre tifóide, recorre-se também à
pesquisa de anticorpos anti- O e anti- H.
ESCHERICHIA COLI
Do ponto de vista de suas relações com o homem,
podem- se distinguir três grupos de E. coli:
Cepas comensais habitam os intestinos;
Cepas enteropatogênicas constituídos de vários
patótipos;
Cepas patogênicas extra intestinais capazes de
causar diferentes tipos de infecção;




A E. coli é um importante causador de infecções
intestinais, com diarreia intensa e disenteria;



Pode causar também, infecções extra- intestinais
como infecção urinária, meningite e bacteremia.


Trasmissão: ocorre pela ingestão de alimentos e
água contaminados com fezes;



Diagnóstico: são geralmente diagnosticadas por
teste laboratorial de fezes. Identificar a variedade
específica de Escherichia coli é muito importante
para propósitos de saúde pública.



Tratamento: geralmente a única medida a ser
adotada é a reposição de líquidos. No entanto,
tratando-se de outras regiões que não pertencem
ao trato digestório, outros procedimentos podem
ser requeridos.
CURIOSIDADES


A Diarreia é o aumento do número de evacuações,
normalmente (mas não sempre) acompanhadas
por fezes amolecidas (pastosas ou líquidas);



Já a Disenteria é uma doença inflamatória
intestinal que provoca diarreia, mas sempre
acompanhada por muco e sangue;



Pessoas com disenteria em geral apresentam
febre, tosse, cólicas intestinais e diminuição do
apetite, podendo levar rapidamente à perda de
peso
e
até
à
desnutrição.
E. COLI CAUSADORAS DE DIARRÉIA

E. coli enterotoxigênica (ETEC)
E. coli enteropatogênica (EPEC)
E. coli enteroagregativa (EAEC)
E. coli enteroinvasiva (EIEC)

E. coli enterohemorrágica (EHEC)
ESCHERICHIA COLI ENTEROTOXIGÊNICA ETEC


As infecções são transmitidas principalmente pela
ingestão de água e alimentos contaminados;



Sítio de ação: intestino delgado;



Doença: diarreia dos viajantes (uma gastroenterite,
apresenta como quadro clínico diarreia líquida, dor
abdominal, febre baixa, náusea e mal-estar), diarreia
infantil (diarreia líquida com muco, febre e
desidratação), diarreia aquosa, vômito, cólicas,
náuseas, febre baixa;



Patogênese: mediada por plasmídeo, enterotoxina
termoestável e/ou termolábio que estimulam a
hipersecreção de fluidos e eletrólitos.
ETEC


Diagnóstico: a partir do isolamento e identificação
bioquímica de E. coli das fezes do infectado. Os
métodos utilizados se baseia na detecção das
enterotoxinas LT e/ou ST por ensaios imunológicos
ou pela pesquisa de sequências genéticas por
sondas genéticas ou PCR;



Tratamento: reposição de água e eletrólitos.
ESCHERICHIA COLI ENTEROPATOGÊNICA EPEC
 Transmissão:

ingestão de água e alimentos
contaminados . É possível também em
hospitais a infecção seja adquirida por via
aérea;

 Sítio

de ação: intestino delgado;

 Doença:

diarreia infantil, diarreia aquosa e

vômito;
 Patogênese:

mediada
por
plasmídeo,
destruição das estruturas normais das
microvilosidades, causando má absorção e
diarreia;
EPEC


Diagnóstico: isolamento da bactéria das fezes e
sua identificação. O meio de cultura mais utilizado
para o isolamento é o MacConkey;



Tratamento: a medida mais eficaz é a hidratação.
ESCHERICHIA COLI ENTEROAGREGATIVA (EAEC)


O padrão AA permite que se diferencie EAEC de duas
outras categorias diarreiogênicas de E. coli (EPEC e DAEC);



Sítio de ação: intestino delgado;



Doença: diarreia infantil, diarreia dos viajantes, diarreia
aquosa persistente com vômito, desidratação e febre baixa.



Patogênese: aderência agregativa mediada por plasmídeo
com encurtamento das microvilosidades, infiltração de
mononucleares e hemorragia, diminuição do fluido.
Possivelmente, a formação de biofilme esteja envolvida na
capacidade de a bactéria colonizar e causar doença
persistente e má absorção de nutrientes.
EAEC


Diagnóstico: amostra de E. coli isoladas das fezes
submetidas a ensaios de adesão em células Hep- 2
ou HeLa, para a pesquisa do padrão AA.



Tratamento: antibioticoterapia, para
agudas a reidratação é recomendada.

diarreias
ESCHERICHIA COLI ENTEROINVASORA EIEC


Transmissão:
ingestão
contaminados ;

de

água

e

alimentos



Sítio de ação: intestino grosso;



Doença: febre, mal- estar, cólicas e diarreia aquosa que
pode progredir para disenteria, fezes sanguinolentas;



Patogênese: invasão mediada por plasmídeo e
destruição das células epiteliais que revestem o cólon;
EIEC


Diagnóstico: provas bioquímicas. A característica
marcante é a perda da capacidade de
descarboxilar a lisina.
E.COLI ENTERO-HEMORRÁGICA (EHEC)
 Vivem

nos intestino de animais ruminantes;

A

principal fonte da doença em humanos é o
gado;

 Outros

tipos de animais, incluindo porcos e
pássaros, algumas vezes pegam Escherichia
coli no ambiente e podem espalhá-la;

 Responsável

por liberar toxinas que entram em
contato com a corrente sanguínea e destroem
os eritrócitos sanguíneos;


Sítio de ação: intestino grosso;



Doença: diarreia aquosa seguida de diarreia
sanguinolenta com cólicas abdominais, pouca ou
nenhuma febre, pode progredir para a síndrome
urêmica hemolítica (HUS- caracteriza-se por anemia
hemolítica microangiopática, insuficiência renal
aguda
e
trombocitopeniabaixo
número
de plaquetas);



Patogênese: mediadas pelas toxinas Shiga
citotóxicas que inibem a síntese de proteínas;
EHEC
ESCHERICHIA COLI QUE CAUSA
INFECÇÕES EXTRA- INTESTINAIS


E. coli que causa infecção urinária: as infecções são
conhecidas pela sigla UTI, podem atingir a uretra, a
bexiga e os rins, e tem como agente etiológico
principal a E. coli uropatogência ou UPEC;



Patogênese: As UPECs tem origem intestinal e
podem migrar e colonizar as regiões periuretrais.
Entram na uretra, sobem para a bexiga e aderem ao
epitélio vesical. A partir da bexiga pode ganhar os
ureteres e chegar aos rins;
As infecções mais comuns são:
Cistite dor ao urinar e necessidade iminente de
urinar. Tratamento- associação trimetoprimsulfametoxazol;
Pielonefrite dor intensa, náusea, vômito, febre,
sudorese
e
indisposição.
Tratamentofluoroquinolona;




Diagnóstico: cultura da urina, seguida do
isolamento e identificação bioquímica da bactéria.
SHIGELLA


Possuem quatro espécies, com vários sorotipos
cada, que são :

S. dysenteriae

S. flexnery

S. boydii
S. sonnei.
A mais comum é a S. flexnery.


A infecção é adquirida pela ingestão de água
contaminada ou de alimentos preparados com
água contaminada;



A doença humana causada por Shigella é
chamada shigelose (que costuma apresentar fezes
com sangue, muco e leucócitos) ou disenteria
bacilar, sendo todos os sorotipos patogênicos.



A shigelose localiza-se no íleo terminal e cólon,
caracterizando-se por invasão e destruição da
camada epitelial da mucosa, com intensa reação
inflamatória. Em consequência disso, o paciente
geralmente apresenta leucócitos, muco e sangue
nas fezes;


Maiores problemas quadros que podem
acompanhar a Shigellose, como a trombocitopenia
purpúrea e a síndrome urêmica hemolítica devido à
liberação de uma poderosa citotoxina por estas
bactérias;



Diagnóstico: fezes do paciente em meios de
cultura, com posterior identificação das colônias
suspeitas por meios de provas bioquímicas e
sorológicas.
YERSINIA


Compreende dez espécies, sendo três patogênicas:
Y. enterocolítica, Y. pestis e Y. pseudotuberculosis ;



Tem grande importância histórica por ter causado
episódios de peste (Y. pestis);



É a Y. enterocolítica, entretanto, que é capaz de gerar
gastroenterite;



Infecções: adquiridas pela via oral- fecal, por ingestão
de água e alimentos, como leite e carne suína
contaminados.



Infecção intestinal: caracterizado por diarreia, febre e
dor abdominal.


Se conhece pouco sobre o metabolismo que causa a
diarreia, mesmo porque os casos relacionados com
Yersinia são mais raros;



A Y. enterocolítica possui um período de quatro a sete
dias, surgem ulceração da mucosa do íleo terminal,
lesões necróticas nas placas de Peyer e aumento dos
nódulos linfáticos mesentéricos.
Quando invade a circulação pode ocorrer lesões
supurativas em vários órgão.





Diagnóstico: feito pela coprocultura das fezes em meios
de MacConkey e SS, a 37ºC , com a posterior
identificação bioquímica e sorológica da bactéria.



Tratamento: é feito com antibióticos, em geral a Y.
enterocolítica é sensível a maioria dos antibióticos.
SALMONELLA


Salmonella typhi causa infecções sistêmicas e
febre tifóide;



Salmonella typhimurium é um
causadores das gastroenterites.



As infecções por Salmonella tem início na mucosa
intestinal;



Fontes de infecção: solo contaminado, vegetação,
água, carne, ovos e fezes de animais infectados;

dos

agentes
Patogenia:
 Gastroenterite: salmonelose mais frequente, a sua
sintomatologia surge 6 a 48h após ingestão de
alimentos ou água contaminados; os sintomas mais
comuns são: diarreia não sanguinolenta, náuseas,
dores abdominais tipo cólica e cefaleias. É
autolimitada, durando de 2 dias até 1 semana;


Septicemia:
Todas
as
espécies
de Salmonella podem causar bacteriemia. Grupos
de risco, encontram-se crianças, idosos, e indivíduos
seropositivos;



Febre entérica, vulgarmente conhecida por febre
tifóide, infecção sistémica febril caracterizada por
febre gradual constante 10 a 14 dias após a
infecção.


Diagnóstico:
realizado
identificação da bactéria;

pelo

isolamento



Tratamento: ciprofloxacina, mas para gestantes e
crianças, é usada a ceftriaxona.

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Enterobactérias: gêneros, espécies e doenças

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FACULDADE DE NUTRIÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO ENTEROBACTÉRIAS Microbiologia Maria Cecília Palloma Araújo Renata Carvalho Wanessa Rocha
  • 2. Gênero e Espécie Filo: Proteobacteria o Aproximadamente 30 gêneros e mais de 100 espécies. 10 gêneros tem importância clínica ~25 espécies. Classe: γ- Proteobacteria o o o o Ordem: Enterobacteriales o Família: Enterobacteriaceae
  • 3.  Encontradas amplamente na natureza;  A maioria habita os intestinos do homem e dos animais;  Constituem a principal causa de infecção intestinal.
  • 4. CARACTERÍSTICAS GERAIS  Bacilos Gram- negativos;  0,3 a 1 x 1 a 6 μm;  Anaeróbios facultativos;  Não esporulados;  Não resistem a luz solar, dessecação, pasteurização e desinfetantes comuns;  Podem ser cultivadas em diversos meios de cultura, como ágar MacConkey ou ágar sangue.
  • 6. ASPECTOS FISIOLÓGICOS  Reduzem nitrato a nitrito;  Fermentam a glicose;  São oxidase- negativas;  Capazes de metabolizar uma ampla variedade de substâncias como os carboidratos;  Produzem catalase;  Utilizam glicose e amônia como fontes únicas de carbono e nitrogênio.
  • 7. ASPECTOS GENÉTICOS  Apresentam sequenciamento do cromossomo e de vários plasmídeos de enterobactérias; O genoma de enterobactéria é constituído por: Um cerne comum a todas as espécies o qual é marcado por ISs (sequência de inserção), Fagos, Ilhas de patogenicidade, Pseudogenes, Sequências repetidas, Mutações e deleções  Diferenças entre as espécies 
  • 8. ESTRUTURAS ANTIGÊNICAS  Entre elas estão: Os flagelos  chamados de antígenos H; As cápsulas  chamadas LPS  contém o antígeno O. de antígenos K;
  • 9. IDENTIFICANDO ENTEROBACTÉRIAS  Coloração de Gram;  Verifica- se se realizam fermentação de glicose;  Caso seja positiva isso restringe essas bactérias a três possíveis grupos Vibronacea, Pasteurellacea;  Teste de oxidase; Enterobacteriacea,
  • 10. PRINCIPAIS GÊNEROS DA FAMÍLIA ENTEROBACTERIACEAS: Escherichia;  Shigella;  Edwardsiella;  Salmonella;  Citrobacte;  Klebsiella;  Enterobacter;  Hafnia;  Serratia;  Proteus;  Morganella;  Providencia;  Yersinia;  Erwinia. 
  • 11.   A diferenciação dos gêneros e espécies é realizada por meio de uma série de provas bioquímicas; Algumas espécies, em um mesmo gênero, são muito semelhantes, sendo necessário grande número de provas para diferencia-las;
  • 12. DIFERENCIAÇÃO BIOQUÍMICA DE ENTEROBACTÉRIAS
  • 13. PATOGÊNESE E IMUNIDADE  Numerosos fatores de virulência foram identificados nos membros da família Enterobacteriaceae. Alguns são comuns para todos os gêneros e outros específicos para cepas virulentas;  A maioria desses fatores são expressos pelas variedades patogênicas de E. coli, Shigella, Salmonella e Yersinia;  Os patógenos que causam bacteremias e septicemias de maior importância são os antígenos K que compreende as cápsulas.
  • 14. PATOGÊNESE E IMUNIDADE Os fatores de virulência comprovados são: EAST e CDT.  A toxina EAST (Enteroagregative E. coli Stable Toxin) é um pequeno peptídeo da família ST.  A toxina CDT é uma proteína que apresenta ação distensora.  São produzidas por diferentes amostras de E. coli;  O lipídeo A e o peptideoglicano os membros desta família estimulam a produção de citocinas. 
  • 15.  Lipopolissacarídeo (LPS) Responsável pela produção de febre (resposta pirogênica) e alterações vasculares e ação direta sobre os mecanismo das reações de hipersensibilidade não específica.
  • 16. PATOGÊNESE E IMUNIDADE  Sistema de secreção do tipo III proteínas efetoras bacterianas são transladadas para dentro do citoplasma das células do hospedeiro, onde modulam diversas funções biológicas;  Resistência aos antimicrobianos: os microrganismos podem se desenvolver resistentes aos(Trabulsi,L.R. Microbiologia) antibióticos. Essa resistência pode ser codificada por plasmídeos transferíveis e trocar entre as espécies, gêneros e famílias de bactérias.
  • 17. ENTEROBACTERIACEAE DE IMPORTÂNCIA MÉDICA o o o o o o o o Citrobacter freundii Citrobacter koseri Enterobacter aerogenes Enterobacter cloaca Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Klebsiella oxytoca Morganella morganii o o o o o o o o Shigella flexneri Shigella sonnei Yersinia pestis Yersinia enterocolitica Yersinia pseudotuberculosis Serratia marcescens Salmonella enterica Proteus mirabilis
  • 19. DIAGNÓSTICO  O diagnóstico das infecções por enterobactérias é normalmente realizado através do isolamento e identificação;  Para o diagnóstico de algumas doenças como por exemplo febre tifóide, recorre-se também à pesquisa de anticorpos anti- O e anti- H.
  • 21. Do ponto de vista de suas relações com o homem, podem- se distinguir três grupos de E. coli: Cepas comensais habitam os intestinos; Cepas enteropatogênicas constituídos de vários patótipos; Cepas patogênicas extra intestinais capazes de causar diferentes tipos de infecção;   A E. coli é um importante causador de infecções intestinais, com diarreia intensa e disenteria;  Pode causar também, infecções extra- intestinais como infecção urinária, meningite e bacteremia.
  • 22.  Trasmissão: ocorre pela ingestão de alimentos e água contaminados com fezes;  Diagnóstico: são geralmente diagnosticadas por teste laboratorial de fezes. Identificar a variedade específica de Escherichia coli é muito importante para propósitos de saúde pública.  Tratamento: geralmente a única medida a ser adotada é a reposição de líquidos. No entanto, tratando-se de outras regiões que não pertencem ao trato digestório, outros procedimentos podem ser requeridos.
  • 23. CURIOSIDADES  A Diarreia é o aumento do número de evacuações, normalmente (mas não sempre) acompanhadas por fezes amolecidas (pastosas ou líquidas);  Já a Disenteria é uma doença inflamatória intestinal que provoca diarreia, mas sempre acompanhada por muco e sangue;  Pessoas com disenteria em geral apresentam febre, tosse, cólicas intestinais e diminuição do apetite, podendo levar rapidamente à perda de peso e até à desnutrição.
  • 24. E. COLI CAUSADORAS DE DIARRÉIA E. coli enterotoxigênica (ETEC) E. coli enteropatogênica (EPEC) E. coli enteroagregativa (EAEC) E. coli enteroinvasiva (EIEC) E. coli enterohemorrágica (EHEC)
  • 25. ESCHERICHIA COLI ENTEROTOXIGÊNICA ETEC  As infecções são transmitidas principalmente pela ingestão de água e alimentos contaminados;  Sítio de ação: intestino delgado;  Doença: diarreia dos viajantes (uma gastroenterite, apresenta como quadro clínico diarreia líquida, dor abdominal, febre baixa, náusea e mal-estar), diarreia infantil (diarreia líquida com muco, febre e desidratação), diarreia aquosa, vômito, cólicas, náuseas, febre baixa;  Patogênese: mediada por plasmídeo, enterotoxina termoestável e/ou termolábio que estimulam a hipersecreção de fluidos e eletrólitos.
  • 26. ETEC
  • 27.  Diagnóstico: a partir do isolamento e identificação bioquímica de E. coli das fezes do infectado. Os métodos utilizados se baseia na detecção das enterotoxinas LT e/ou ST por ensaios imunológicos ou pela pesquisa de sequências genéticas por sondas genéticas ou PCR;  Tratamento: reposição de água e eletrólitos.
  • 28. ESCHERICHIA COLI ENTEROPATOGÊNICA EPEC  Transmissão: ingestão de água e alimentos contaminados . É possível também em hospitais a infecção seja adquirida por via aérea;  Sítio de ação: intestino delgado;  Doença: diarreia infantil, diarreia aquosa e vômito;  Patogênese: mediada por plasmídeo, destruição das estruturas normais das microvilosidades, causando má absorção e diarreia;
  • 29. EPEC
  • 30.  Diagnóstico: isolamento da bactéria das fezes e sua identificação. O meio de cultura mais utilizado para o isolamento é o MacConkey;  Tratamento: a medida mais eficaz é a hidratação.
  • 31. ESCHERICHIA COLI ENTEROAGREGATIVA (EAEC)  O padrão AA permite que se diferencie EAEC de duas outras categorias diarreiogênicas de E. coli (EPEC e DAEC);  Sítio de ação: intestino delgado;  Doença: diarreia infantil, diarreia dos viajantes, diarreia aquosa persistente com vômito, desidratação e febre baixa.  Patogênese: aderência agregativa mediada por plasmídeo com encurtamento das microvilosidades, infiltração de mononucleares e hemorragia, diminuição do fluido. Possivelmente, a formação de biofilme esteja envolvida na capacidade de a bactéria colonizar e causar doença persistente e má absorção de nutrientes.
  • 32. EAEC
  • 33.  Diagnóstico: amostra de E. coli isoladas das fezes submetidas a ensaios de adesão em células Hep- 2 ou HeLa, para a pesquisa do padrão AA.  Tratamento: antibioticoterapia, para agudas a reidratação é recomendada. diarreias
  • 34. ESCHERICHIA COLI ENTEROINVASORA EIEC  Transmissão: ingestão contaminados ; de água e alimentos  Sítio de ação: intestino grosso;  Doença: febre, mal- estar, cólicas e diarreia aquosa que pode progredir para disenteria, fezes sanguinolentas;  Patogênese: invasão mediada por plasmídeo e destruição das células epiteliais que revestem o cólon;
  • 35. EIEC
  • 36.  Diagnóstico: provas bioquímicas. A característica marcante é a perda da capacidade de descarboxilar a lisina.
  • 37. E.COLI ENTERO-HEMORRÁGICA (EHEC)  Vivem nos intestino de animais ruminantes; A principal fonte da doença em humanos é o gado;  Outros tipos de animais, incluindo porcos e pássaros, algumas vezes pegam Escherichia coli no ambiente e podem espalhá-la;  Responsável por liberar toxinas que entram em contato com a corrente sanguínea e destroem os eritrócitos sanguíneos;
  • 38.  Sítio de ação: intestino grosso;  Doença: diarreia aquosa seguida de diarreia sanguinolenta com cólicas abdominais, pouca ou nenhuma febre, pode progredir para a síndrome urêmica hemolítica (HUS- caracteriza-se por anemia hemolítica microangiopática, insuficiência renal aguda e trombocitopeniabaixo número de plaquetas);  Patogênese: mediadas pelas toxinas Shiga citotóxicas que inibem a síntese de proteínas;
  • 39. EHEC
  • 40.
  • 41. ESCHERICHIA COLI QUE CAUSA INFECÇÕES EXTRA- INTESTINAIS  E. coli que causa infecção urinária: as infecções são conhecidas pela sigla UTI, podem atingir a uretra, a bexiga e os rins, e tem como agente etiológico principal a E. coli uropatogência ou UPEC;  Patogênese: As UPECs tem origem intestinal e podem migrar e colonizar as regiões periuretrais. Entram na uretra, sobem para a bexiga e aderem ao epitélio vesical. A partir da bexiga pode ganhar os ureteres e chegar aos rins;
  • 42. As infecções mais comuns são: Cistite dor ao urinar e necessidade iminente de urinar. Tratamento- associação trimetoprimsulfametoxazol; Pielonefrite dor intensa, náusea, vômito, febre, sudorese e indisposição. Tratamentofluoroquinolona;   Diagnóstico: cultura da urina, seguida do isolamento e identificação bioquímica da bactéria.
  • 44.  Possuem quatro espécies, com vários sorotipos cada, que são : S. dysenteriae S. flexnery S. boydii S. sonnei. A mais comum é a S. flexnery.
  • 45.  A infecção é adquirida pela ingestão de água contaminada ou de alimentos preparados com água contaminada;  A doença humana causada por Shigella é chamada shigelose (que costuma apresentar fezes com sangue, muco e leucócitos) ou disenteria bacilar, sendo todos os sorotipos patogênicos.  A shigelose localiza-se no íleo terminal e cólon, caracterizando-se por invasão e destruição da camada epitelial da mucosa, com intensa reação inflamatória. Em consequência disso, o paciente geralmente apresenta leucócitos, muco e sangue nas fezes;
  • 46.
  • 47.  Maiores problemas quadros que podem acompanhar a Shigellose, como a trombocitopenia purpúrea e a síndrome urêmica hemolítica devido à liberação de uma poderosa citotoxina por estas bactérias;  Diagnóstico: fezes do paciente em meios de cultura, com posterior identificação das colônias suspeitas por meios de provas bioquímicas e sorológicas.
  • 49.  Compreende dez espécies, sendo três patogênicas: Y. enterocolítica, Y. pestis e Y. pseudotuberculosis ;  Tem grande importância histórica por ter causado episódios de peste (Y. pestis);  É a Y. enterocolítica, entretanto, que é capaz de gerar gastroenterite;  Infecções: adquiridas pela via oral- fecal, por ingestão de água e alimentos, como leite e carne suína contaminados.  Infecção intestinal: caracterizado por diarreia, febre e dor abdominal.
  • 50.  Se conhece pouco sobre o metabolismo que causa a diarreia, mesmo porque os casos relacionados com Yersinia são mais raros;  A Y. enterocolítica possui um período de quatro a sete dias, surgem ulceração da mucosa do íleo terminal, lesões necróticas nas placas de Peyer e aumento dos nódulos linfáticos mesentéricos. Quando invade a circulação pode ocorrer lesões supurativas em vários órgão.   Diagnóstico: feito pela coprocultura das fezes em meios de MacConkey e SS, a 37ºC , com a posterior identificação bioquímica e sorológica da bactéria.  Tratamento: é feito com antibióticos, em geral a Y. enterocolítica é sensível a maioria dos antibióticos.
  • 52.  Salmonella typhi causa infecções sistêmicas e febre tifóide;  Salmonella typhimurium é um causadores das gastroenterites.  As infecções por Salmonella tem início na mucosa intestinal;  Fontes de infecção: solo contaminado, vegetação, água, carne, ovos e fezes de animais infectados; dos agentes
  • 53. Patogenia:  Gastroenterite: salmonelose mais frequente, a sua sintomatologia surge 6 a 48h após ingestão de alimentos ou água contaminados; os sintomas mais comuns são: diarreia não sanguinolenta, náuseas, dores abdominais tipo cólica e cefaleias. É autolimitada, durando de 2 dias até 1 semana;  Septicemia: Todas as espécies de Salmonella podem causar bacteriemia. Grupos de risco, encontram-se crianças, idosos, e indivíduos seropositivos;  Febre entérica, vulgarmente conhecida por febre tifóide, infecção sistémica febril caracterizada por febre gradual constante 10 a 14 dias após a infecção.
  • 54.  Diagnóstico: realizado identificação da bactéria; pelo isolamento  Tratamento: ciprofloxacina, mas para gestantes e crianças, é usada a ceftriaxona. e