SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
DENTÍSTICA II 
CLAREAMENTO DENTAL 
o É o tratamento por meio do qual procura-se clarear dentes com alteração de cor, através da utilização de agentes clareadores oxidantes, deixando-os mais claros. 
o Técnica que visa clareamento dos dentes através de reações químicas ou mecânicas. 
o Etiologia das alterações cromáticas – Tipos de manchas: 
Fatores extrínsecos: Manchas extrínsecas (Mais fáceis) 
Fatores intrínsecos: Manchas intrínsecas (Mais difíceis) 
o Manchas extrínsecas: 
Pigmentos que aderem à superfície dental ou à película adquirida (Chá, café, fumo, bactérias cromogênicas, etc) 
Depósito ou elaboração de substâncias através de defeitos no esmalte ou dentina, quando exposta. 
Fatores causadores: 
 Acúmulo de placa e tártaro 
 Cárie, manchamento na interface dente/restauração 
 Bebidas e alimentos corantes 
 Cigarro 
 Bactérias cromógenas 
Respondem bem a profilaxia com jato abrasivo ou ultra-som. 
o Manchas intrínsecas: 
Quando o pigmento se localiza no íntimo da estrutura dental 
Tipo: 
 Congênita: A alteração ocorre no momento da formação do dente. 
 Dentinogênese imperfeita: É uma alteração de desenvolvimento na estrutura de esmalte e dentina. 
 Amelogênese imperfeita: É uma alteração de desenvolvimento na estrutura de esmalte e dentina. Os dentes com alteração estrutural e mostram-se opalescentes com uma tonalidade que pode variar do cinza, marrom ou amarelo-marrom; Tratamento: Restaurador. 
 Hipoplasia do esmalte: É uma redução na espessura ou quantidade de esmalte formado; Tratamento: Microabrasão + restauração; Acomete terço médio. 
 Fluorose: A alta concentração de flúor causa alteração metabólica nos ameloblastos, que resulta em uma matriz defeituosa e em calcificação inadequada; Tratamento: Clareamento dental (Leve) 
Microabrasão (Moderada) 
Restaurador (Severa) 
 Hepatite neonatal 
 Doenças sistêmicas 
 Tetraciclina ou derivados: Quelação do cálcio pela tetraciclina, que se incorpora ao hidroxiapatita;
DENTÍSTICA II 
CLAREAMENTO DENTAL 
 Adquirida: 
 Icterícia grave 
 Eritroblastose fetal 
 Tetraciclinas: Moléculas do antibiótico são incorporadas na dentina durante a calcificação do dente. Ocorre entre o 2º trimestre de gravidez até os 8 anos de idade; Tratamento: 
 Traumatismos: Eritrócitos que penetram nos túbulos dentinários sofrem hemólise, liberando hemoglobina que degradam-se em ferro que combina-se com sulfereto de hidrogênio, formando a coloração escura. Tratamento: Clareamento dental. 
 Impregnações metálicas 
 Tratamento endodôntico incorreto: Restos necróticos deixados na câmara pulpar e excessos de cimentos obturadores podem levar ao escurecimento dental. Tratamento: Clareamento dental. 
 Envelhecimento dental 
o Quais os agentes clareadores? 
Icterícia 
Hipoplasia 
Fluorose 
Eritoblastose 
Envelhecimento dental 
Tetraciclina tipo 1 e 2 
Traumatismo 
o Indicações: 
Dentes que apresentem coloração amarelada ou escurecida 
Dentes com manchamentos superficiais (Manchas extrínsecas) 
Dentes que apresentam manchamentos por tetraciclina grau I e II 
Alterações cromáticas relacionadas ao envelhecimento dentário, traumatismo dental ou necrose pulpar 
Dentes com alteração intrínseca da cor, provocada por sarampo, febre reumática, porfiria congênita, eritroblastose fetal e escarlatina. 
o Classificação: 
Quanto à condição do dente: 
 Vital 
 Não vital 
Quanto à técnica: 
 Clareamento vital caseiro: Moldeira + Bancada (Over-the-counter) 
 Clareamento vital em consultório 
 Associação caseiro/consultório 
 Clareamento não vital (Mediato e imediato) 
Grau I - Clareamento 
Grau II – Clareamento ou restaurador 
Grau III - Restaurador 
Pré-eruptiva 
Pós-eruptiva
DENTÍSTICA II 
CLAREAMENTO DENTAL 
o Agentes clareadores: 
Peróxido de carbamida: Concentrações de 10 a 22% para técnica caseira em dentes vitais e, 35 a 37% para clareamento em consultório (Vitais). 
Peróxido de hidrogênio: Concentrações de 1,5 a 7,5% para técnica caseira em dentes vitais e, 35 a 37% para consultório em dentes vitais e não-vitais. 
Perborato de sódio: Apresentado na forma de pó e usado em associação com água ou peróxido de hidrogênio em clareamento de dentes não-vitais. 
o Mecanismo de ação dos agentes clareadores de dentes polpados: 
O dente escurecido possui cadeias moleculares longas e complexas na sua estrutura o que provoca maior absorção de luz. 
Os clareadores são agentes oxidantes de baixo peso molecular com a capacidade de desnaturar proteínas, convertendo os materiais orgânicos em dióxido de carbono e água, removendo ou quebrando os pigmentos em moléculas menores. 
Peróxido de carbamida 10% 
Amônia + CO2: 
 Eleva o pH até 9 
 Bacteriostático 
 Inibe fermentação de carboidratos 
 Inibe formação do ácido láctico 
 Dá estabilidade ao peróxido de H+ 
Peróxido de hidrogênio = Agente oxidante (H202) 
Catalisador = Calor = Deslocamento da reação para a direita 
Pigmentos escuros = Macromoléculas de peso; Insaturadas 
Pigmentos claros = Moléculas saturadas 
Função do Carbopol: 
 Espessar o material 
 Aumentar a estabilidade do produto 
 Prolongar a liberação do oxigênio 
o CLAREAMENTO VITAL CASEIRO: 
Moldeira transparente com gel em casa 
Perborato de carbamida (10 a 22%) ou Perborato de hidrogênio (1,5 a 7,5%) 
Vantagens: 
 Simples 
 Pouco tempo 
 Barato 
Limitações: 
 Depende da colaboração do paciente 
Peróxido de hidrogênio 
Uréia 
H2O Oxigênio Nascente 
CO2 Amônia 
Eleva o pH da placa dental 
Agente ativo
DENTÍSTICA II 
CLAREAMENTO DENTAL 
 2 a 3 semanas o tratamento 
 Gera hipersensibilidade 
 Parar por 2 a 3 dias 
 Diminuir quantidade por dente 
 Usar agentes dessensibilizantes com flúor 
 Gestantes 
 Lactantes 
Protocolo: 
 Seleção do caso 
 Registro da cor 
 Moldagem 
 Confecção da moldeira 
 Instruções de uso 
 Consultas de controle 
Instrução de uso: 
 Regime de uso 
 Quantidade de gel 
 Higiene oral adequada 
 Ingestão de alimentos 
 Sensibilidade 
 Recomendações por escrito 
Controle: 
 Peróxido de Hidrogênio – 1,5 a 7,5%: 30min a 1h por 15 dias 
 Peróxido de Carbamida – 10%: 2 a 8h por 15 dias 
 Peróxido de Carbamida – 16%: 2 a 4h por 15 dias 
 Peróxido de Carbamida – 22%: 1h por 15 dias 
o CLAREAMENTO VITAL NO CONSULTÓRIO: 
Controle: 
 Peróxido de Carbamida – 35 a 37% 
 Peróxido de Hidrogênio – 35 a 37% 
Vantagens: 
 Facilmente encontrados 
 Não depende do paciente 
 Maior controle dos locais de aplicação 
Limitações: 
 Hipersensibilidade 
 Precisa de mais tempo 
 Restauração extensa 
 Manchas escuras 
Técnica: 
 Seleção do caso 
 Registro da cor 
 Isolamento e proteção 
 Aplicação do produto – Ativação
DENTÍSTICA II 
CLAREAMENTO DENTAL 
 Consultas de reaplicações 
Cuidados na técnica

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Instrumentação de canais com protaper manual
Instrumentação de canais com protaper manualInstrumentação de canais com protaper manual
Instrumentação de canais com protaper manual
Ines Jacyntho Inojosa
 
Aula tme preparo mecânico do canal blog
Aula tme   preparo mecânico do canal blogAula tme   preparo mecânico do canal blog
Aula tme preparo mecânico do canal blog
Charles Pereira
 
Tratamento de lesoes Cervicais não Cariosas
Tratamento de lesoes Cervicais não CariosasTratamento de lesoes Cervicais não Cariosas
Tratamento de lesoes Cervicais não Cariosas
Nadia Morais Tonussi
 
Materiais dentários em odontopediatria
Materiais dentários em odontopediatriaMateriais dentários em odontopediatria
Materiais dentários em odontopediatria
Flavio Salomao-Miranda
 
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringelProteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Camilla Bringel
 
Dentição decídua
Dentição decídua Dentição decídua
Dentição decídua
Mara Farias
 

Mais procurados (20)

Instrumentação de canais com protaper manual
Instrumentação de canais com protaper manualInstrumentação de canais com protaper manual
Instrumentação de canais com protaper manual
 
Casos clínicos de endodontia (Sandrine Barros Vieira) :Disciplina de Endodo...
Casos clínicos de endodontia  (Sandrine Barros Vieira) :Disciplina de  Endodo...Casos clínicos de endodontia  (Sandrine Barros Vieira) :Disciplina de  Endodo...
Casos clínicos de endodontia (Sandrine Barros Vieira) :Disciplina de Endodo...
 
doença periodontal
doença periodontaldoença periodontal
doença periodontal
 
Aula tme preparo mecânico do canal blog
Aula tme   preparo mecânico do canal blogAula tme   preparo mecânico do canal blog
Aula tme preparo mecânico do canal blog
 
Restaurações em Amálgama
Restaurações em AmálgamaRestaurações em Amálgama
Restaurações em Amálgama
 
Exodontia simples
Exodontia simplesExodontia simples
Exodontia simples
 
Tratamento das Urgências Endodônticas
Tratamento das Urgências Endodônticas  Tratamento das Urgências Endodônticas
Tratamento das Urgências Endodônticas
 
Tratamento de lesoes Cervicais não Cariosas
Tratamento de lesoes Cervicais não CariosasTratamento de lesoes Cervicais não Cariosas
Tratamento de lesoes Cervicais não Cariosas
 
Adesivos dentinários e Restaurações Anteriores em Resinas Compostas
Adesivos dentinários e Restaurações Anteriores em Resinas CompostasAdesivos dentinários e Restaurações Anteriores em Resinas Compostas
Adesivos dentinários e Restaurações Anteriores em Resinas Compostas
 
Materiais dentários em odontopediatria
Materiais dentários em odontopediatriaMateriais dentários em odontopediatria
Materiais dentários em odontopediatria
 
Urgências endodônticas
Urgências endodônticasUrgências endodônticas
Urgências endodônticas
 
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringelProteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
Proteção complexo dentino pulpar- camilla bringel
 
Dentição decídua
Dentição decídua Dentição decídua
Dentição decídua
 
Obturacão de canais
Obturacão de canaisObturacão de canais
Obturacão de canais
 
APOSTILA DE ENDODONTIA II
APOSTILA DE ENDODONTIA IIAPOSTILA DE ENDODONTIA II
APOSTILA DE ENDODONTIA II
 
Revisão em técnicas restauradoras e adesividade 2012 1
Revisão em técnicas restauradoras e adesividade 2012 1Revisão em técnicas restauradoras e adesividade 2012 1
Revisão em técnicas restauradoras e adesividade 2012 1
 
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
 
Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...
Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...
Resumo de Endodontia - Medicação Intracanal - Hidróxido de Cálcio, Otosporin,...
 
Resina composta
Resina compostaResina composta
Resina composta
 
Acometimentos Pulpares - Diferenças Entre Pulpite Aguda e Crônica - Arriba De...
Acometimentos Pulpares - Diferenças Entre Pulpite Aguda e Crônica - Arriba De...Acometimentos Pulpares - Diferenças Entre Pulpite Aguda e Crônica - Arriba De...
Acometimentos Pulpares - Diferenças Entre Pulpite Aguda e Crônica - Arriba De...
 

Destaque

Destaque (20)

Trauma dental
Trauma dentalTrauma dental
Trauma dental
 
ODONTOPEDIATRIA - QUESTÕES PERIO (Gaba não oficial)
ODONTOPEDIATRIA - QUESTÕES PERIO (Gaba não oficial)ODONTOPEDIATRIA - QUESTÕES PERIO (Gaba não oficial)
ODONTOPEDIATRIA - QUESTÕES PERIO (Gaba não oficial)
 
Tratamento endodôntico em dentes molares
Tratamento endodôntico em dentes molaresTratamento endodôntico em dentes molares
Tratamento endodôntico em dentes molares
 
Retratamento endodôntico
Retratamento endodônticoRetratamento endodôntico
Retratamento endodôntico
 
Interrelação dentística-periodontia-oclusão
Interrelação dentística-periodontia-oclusãoInterrelação dentística-periodontia-oclusão
Interrelação dentística-periodontia-oclusão
 
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIARESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
RESUMÃO DE CIRURGIA NA ODONTOLOGIA
 
APOSTILA DE PRÓTESE FIXA
APOSTILA DE PRÓTESE FIXAAPOSTILA DE PRÓTESE FIXA
APOSTILA DE PRÓTESE FIXA
 
Clareamento Interno em Dentes Desvitalizados
Clareamento Interno em Dentes DesvitalizadosClareamento Interno em Dentes Desvitalizados
Clareamento Interno em Dentes Desvitalizados
 
Apostila de estágio vi
Apostila de estágio vi Apostila de estágio vi
Apostila de estágio vi
 
Capítulo 4 - Tratamento das Desordens Temporomandibulares e Oclusão
Capítulo 4 - Tratamento das Desordens Temporomandibulares e OclusãoCapítulo 4 - Tratamento das Desordens Temporomandibulares e Oclusão
Capítulo 4 - Tratamento das Desordens Temporomandibulares e Oclusão
 
APOSTILA DE ODONTOLOGIA LEGAL
APOSTILA DE ODONTOLOGIA LEGALAPOSTILA DE ODONTOLOGIA LEGAL
APOSTILA DE ODONTOLOGIA LEGAL
 
ESQUEMA PADRÃO MEDICAMENTOSO
ESQUEMA PADRÃO MEDICAMENTOSOESQUEMA PADRÃO MEDICAMENTOSO
ESQUEMA PADRÃO MEDICAMENTOSO
 
AV1 - APOSTILA DE ODONTOINFANTIL II
AV1 - APOSTILA DE ODONTOINFANTIL IIAV1 - APOSTILA DE ODONTOINFANTIL II
AV1 - APOSTILA DE ODONTOINFANTIL II
 
Capítulo 5 - Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusao
Capítulo 5 - Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusaoCapítulo 5 - Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusao
Capítulo 5 - Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusao
 
AV1 - APOSTILA DE TRAUMATISMO DOS DENTES DECÍDUOS
AV1 - APOSTILA DE TRAUMATISMO DOS DENTES DECÍDUOSAV1 - APOSTILA DE TRAUMATISMO DOS DENTES DECÍDUOS
AV1 - APOSTILA DE TRAUMATISMO DOS DENTES DECÍDUOS
 
AV2 - Tratamento medicamentoso em odontopediatria
AV2 - Tratamento medicamentoso em odontopediatriaAV2 - Tratamento medicamentoso em odontopediatria
AV2 - Tratamento medicamentoso em odontopediatria
 
Capitulo 6 - Determinantes da morfologia oclusal
Capitulo 6 - Determinantes da morfologia oclusalCapitulo 6 - Determinantes da morfologia oclusal
Capitulo 6 - Determinantes da morfologia oclusal
 
Apostila de farmacologia 1
Apostila de farmacologia 1Apostila de farmacologia 1
Apostila de farmacologia 1
 
AV1 - APOSTILA DE FOTOGRAFIA NA ODONTOLOGIA
AV1 - APOSTILA DE FOTOGRAFIA NA ODONTOLOGIAAV1 - APOSTILA DE FOTOGRAFIA NA ODONTOLOGIA
AV1 - APOSTILA DE FOTOGRAFIA NA ODONTOLOGIA
 
AV2 Resumo de implantodontia (Autoria João Ricardo)
AV2 Resumo de implantodontia (Autoria João Ricardo)AV2 Resumo de implantodontia (Autoria João Ricardo)
AV2 Resumo de implantodontia (Autoria João Ricardo)
 

Semelhante a Clareamento dental

Formulações utilizadadas em clareamento dental
Formulações utilizadadas em clareamento dentalFormulações utilizadadas em clareamento dental
Formulações utilizadadas em clareamento dental
henriquetabosa
 
Trabalho citologia gengivite e periodontite
Trabalho citologia gengivite e periodontiteTrabalho citologia gengivite e periodontite
Trabalho citologia gengivite e periodontite
Michely Santos
 
Clareamento interno uma alternativa para discromia de
Clareamento interno uma alternativa para discromia deClareamento interno uma alternativa para discromia de
Clareamento interno uma alternativa para discromia de
Joyce Fagundes
 

Semelhante a Clareamento dental (20)

Formulações utilizadadas em clareamento dental
Formulações utilizadadas em clareamento dentalFormulações utilizadadas em clareamento dental
Formulações utilizadadas em clareamento dental
 
Saúde bucal
Saúde bucalSaúde bucal
Saúde bucal
 
Clareamento dental e efeito na dentina
Clareamento dental e efeito na dentinaClareamento dental e efeito na dentina
Clareamento dental e efeito na dentina
 
Trabalho e pesquisa sobre Pasta de Dentes e Enxaguante Bucal
Trabalho e pesquisa sobre Pasta de Dentes e Enxaguante BucalTrabalho e pesquisa sobre Pasta de Dentes e Enxaguante Bucal
Trabalho e pesquisa sobre Pasta de Dentes e Enxaguante Bucal
 
Clareamento dental
Clareamento dentalClareamento dental
Clareamento dental
 
Projeto de pesquisa clareamento | Clareamento em Fortaleza |
Projeto de pesquisa clareamento | Clareamento em Fortaleza |Projeto de pesquisa clareamento | Clareamento em Fortaleza |
Projeto de pesquisa clareamento | Clareamento em Fortaleza |
 
Materiais de Prevenção e Agentes Clareadores na Odontologia
Materiais de Prevenção e Agentes Clareadores na OdontologiaMateriais de Prevenção e Agentes Clareadores na Odontologia
Materiais de Prevenção e Agentes Clareadores na Odontologia
 
Trabalho citologia gengivite e periodontite
Trabalho citologia gengivite e periodontiteTrabalho citologia gengivite e periodontite
Trabalho citologia gengivite e periodontite
 
Projeto sheila klara loureiro soares
Projeto  sheila klara loureiro soaresProjeto  sheila klara loureiro soares
Projeto sheila klara loureiro soares
 
Clareamento dentário.pptx
Clareamento dentário.pptxClareamento dentário.pptx
Clareamento dentário.pptx
 
Patogênese da Cárie
Patogênese da CáriePatogênese da Cárie
Patogênese da Cárie
 
busquedas avanzadas de internet de Dheraima Santarelli
busquedas avanzadas de internet de Dheraima Santarellibusquedas avanzadas de internet de Dheraima Santarelli
busquedas avanzadas de internet de Dheraima Santarelli
 
Palestra Higiene Oral
Palestra Higiene Oral Palestra Higiene Oral
Palestra Higiene Oral
 
Jetpik - Completo Tratamento
Jetpik - Completo Tratamento Jetpik - Completo Tratamento
Jetpik - Completo Tratamento
 
Clareamento interno uma alternativa para discromia de
Clareamento interno uma alternativa para discromia deClareamento interno uma alternativa para discromia de
Clareamento interno uma alternativa para discromia de
 
Materiais dentarios completo para odonto
Materiais dentarios completo para odontoMateriais dentarios completo para odonto
Materiais dentarios completo para odonto
 
Materiais Odontológicos aula 03.09.pptx
Materiais Odontológicos aula 03.09.pptxMateriais Odontológicos aula 03.09.pptx
Materiais Odontológicos aula 03.09.pptx
 
SEMINARIO DENTISTICA.pptx
SEMINARIO DENTISTICA.pptxSEMINARIO DENTISTICA.pptx
SEMINARIO DENTISTICA.pptx
 
Endodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduo
Endodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduoEndodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduo
Endodontia em odontopediatria - tratamento pulpar dente decíduo
 
Cárie com interesse à Dentística
Cárie com interesse à DentísticaCárie com interesse à Dentística
Cárie com interesse à Dentística
 

Último (6)

Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
 

Clareamento dental

  • 1. DENTÍSTICA II CLAREAMENTO DENTAL o É o tratamento por meio do qual procura-se clarear dentes com alteração de cor, através da utilização de agentes clareadores oxidantes, deixando-os mais claros. o Técnica que visa clareamento dos dentes através de reações químicas ou mecânicas. o Etiologia das alterações cromáticas – Tipos de manchas: Fatores extrínsecos: Manchas extrínsecas (Mais fáceis) Fatores intrínsecos: Manchas intrínsecas (Mais difíceis) o Manchas extrínsecas: Pigmentos que aderem à superfície dental ou à película adquirida (Chá, café, fumo, bactérias cromogênicas, etc) Depósito ou elaboração de substâncias através de defeitos no esmalte ou dentina, quando exposta. Fatores causadores:  Acúmulo de placa e tártaro  Cárie, manchamento na interface dente/restauração  Bebidas e alimentos corantes  Cigarro  Bactérias cromógenas Respondem bem a profilaxia com jato abrasivo ou ultra-som. o Manchas intrínsecas: Quando o pigmento se localiza no íntimo da estrutura dental Tipo:  Congênita: A alteração ocorre no momento da formação do dente.  Dentinogênese imperfeita: É uma alteração de desenvolvimento na estrutura de esmalte e dentina.  Amelogênese imperfeita: É uma alteração de desenvolvimento na estrutura de esmalte e dentina. Os dentes com alteração estrutural e mostram-se opalescentes com uma tonalidade que pode variar do cinza, marrom ou amarelo-marrom; Tratamento: Restaurador.  Hipoplasia do esmalte: É uma redução na espessura ou quantidade de esmalte formado; Tratamento: Microabrasão + restauração; Acomete terço médio.  Fluorose: A alta concentração de flúor causa alteração metabólica nos ameloblastos, que resulta em uma matriz defeituosa e em calcificação inadequada; Tratamento: Clareamento dental (Leve) Microabrasão (Moderada) Restaurador (Severa)  Hepatite neonatal  Doenças sistêmicas  Tetraciclina ou derivados: Quelação do cálcio pela tetraciclina, que se incorpora ao hidroxiapatita;
  • 2. DENTÍSTICA II CLAREAMENTO DENTAL  Adquirida:  Icterícia grave  Eritroblastose fetal  Tetraciclinas: Moléculas do antibiótico são incorporadas na dentina durante a calcificação do dente. Ocorre entre o 2º trimestre de gravidez até os 8 anos de idade; Tratamento:  Traumatismos: Eritrócitos que penetram nos túbulos dentinários sofrem hemólise, liberando hemoglobina que degradam-se em ferro que combina-se com sulfereto de hidrogênio, formando a coloração escura. Tratamento: Clareamento dental.  Impregnações metálicas  Tratamento endodôntico incorreto: Restos necróticos deixados na câmara pulpar e excessos de cimentos obturadores podem levar ao escurecimento dental. Tratamento: Clareamento dental.  Envelhecimento dental o Quais os agentes clareadores? Icterícia Hipoplasia Fluorose Eritoblastose Envelhecimento dental Tetraciclina tipo 1 e 2 Traumatismo o Indicações: Dentes que apresentem coloração amarelada ou escurecida Dentes com manchamentos superficiais (Manchas extrínsecas) Dentes que apresentam manchamentos por tetraciclina grau I e II Alterações cromáticas relacionadas ao envelhecimento dentário, traumatismo dental ou necrose pulpar Dentes com alteração intrínseca da cor, provocada por sarampo, febre reumática, porfiria congênita, eritroblastose fetal e escarlatina. o Classificação: Quanto à condição do dente:  Vital  Não vital Quanto à técnica:  Clareamento vital caseiro: Moldeira + Bancada (Over-the-counter)  Clareamento vital em consultório  Associação caseiro/consultório  Clareamento não vital (Mediato e imediato) Grau I - Clareamento Grau II – Clareamento ou restaurador Grau III - Restaurador Pré-eruptiva Pós-eruptiva
  • 3. DENTÍSTICA II CLAREAMENTO DENTAL o Agentes clareadores: Peróxido de carbamida: Concentrações de 10 a 22% para técnica caseira em dentes vitais e, 35 a 37% para clareamento em consultório (Vitais). Peróxido de hidrogênio: Concentrações de 1,5 a 7,5% para técnica caseira em dentes vitais e, 35 a 37% para consultório em dentes vitais e não-vitais. Perborato de sódio: Apresentado na forma de pó e usado em associação com água ou peróxido de hidrogênio em clareamento de dentes não-vitais. o Mecanismo de ação dos agentes clareadores de dentes polpados: O dente escurecido possui cadeias moleculares longas e complexas na sua estrutura o que provoca maior absorção de luz. Os clareadores são agentes oxidantes de baixo peso molecular com a capacidade de desnaturar proteínas, convertendo os materiais orgânicos em dióxido de carbono e água, removendo ou quebrando os pigmentos em moléculas menores. Peróxido de carbamida 10% Amônia + CO2:  Eleva o pH até 9  Bacteriostático  Inibe fermentação de carboidratos  Inibe formação do ácido láctico  Dá estabilidade ao peróxido de H+ Peróxido de hidrogênio = Agente oxidante (H202) Catalisador = Calor = Deslocamento da reação para a direita Pigmentos escuros = Macromoléculas de peso; Insaturadas Pigmentos claros = Moléculas saturadas Função do Carbopol:  Espessar o material  Aumentar a estabilidade do produto  Prolongar a liberação do oxigênio o CLAREAMENTO VITAL CASEIRO: Moldeira transparente com gel em casa Perborato de carbamida (10 a 22%) ou Perborato de hidrogênio (1,5 a 7,5%) Vantagens:  Simples  Pouco tempo  Barato Limitações:  Depende da colaboração do paciente Peróxido de hidrogênio Uréia H2O Oxigênio Nascente CO2 Amônia Eleva o pH da placa dental Agente ativo
  • 4. DENTÍSTICA II CLAREAMENTO DENTAL  2 a 3 semanas o tratamento  Gera hipersensibilidade  Parar por 2 a 3 dias  Diminuir quantidade por dente  Usar agentes dessensibilizantes com flúor  Gestantes  Lactantes Protocolo:  Seleção do caso  Registro da cor  Moldagem  Confecção da moldeira  Instruções de uso  Consultas de controle Instrução de uso:  Regime de uso  Quantidade de gel  Higiene oral adequada  Ingestão de alimentos  Sensibilidade  Recomendações por escrito Controle:  Peróxido de Hidrogênio – 1,5 a 7,5%: 30min a 1h por 15 dias  Peróxido de Carbamida – 10%: 2 a 8h por 15 dias  Peróxido de Carbamida – 16%: 2 a 4h por 15 dias  Peróxido de Carbamida – 22%: 1h por 15 dias o CLAREAMENTO VITAL NO CONSULTÓRIO: Controle:  Peróxido de Carbamida – 35 a 37%  Peróxido de Hidrogênio – 35 a 37% Vantagens:  Facilmente encontrados  Não depende do paciente  Maior controle dos locais de aplicação Limitações:  Hipersensibilidade  Precisa de mais tempo  Restauração extensa  Manchas escuras Técnica:  Seleção do caso  Registro da cor  Isolamento e proteção  Aplicação do produto – Ativação
  • 5. DENTÍSTICA II CLAREAMENTO DENTAL  Consultas de reaplicações Cuidados na técnica