3. Esmalte/Dentina
O conjunto esmalte/dentina é a estrutura responsável pela proteção biológica
da polpa.
Ao mesmo tempo estes tecidos se protegem mutuamente.
4. Esmalte/Dentina
O esmalte é um tecido duro (98% mineral), resistente ao desgaste,
impermeável e bom isolante térmico.
12% de água + comp orgânicos.
88 de hidroxidohapatita.
O esmalte protege a dentina que é permeável, pouco resistente ao desgaste
e boa condutora de eletricidade.
A dentina, graças à sua resiliência, protege o esmalte que pela sua dureza e
alto grau de mineralização, é extremamente friável.
7. Dentina Secundária
Formada após a erupção dos dentes;
Dentina secundária é a dentina depositada após concluída a formação da raiz
do dente, ou seja, a formação do forame apical além de continuar a ser
depositada durante toda vida do dente. É formada em volta da polpa (canal)
do dente.
Dentina sem alteração, sem estimulo EX: cárie.
8. Dentina Terciária
A dentina terciária é um tipo de dentina que é formada em resposta a
fatores externos.
Também é conhecida como dentina de natureza patológica, pois é formada a
partir de estímulos nocivos como traumas e ação de ácidos produzidos por
bactérias com a finalidade de proteção pulpar.
O tipo terciário pode ser subdivido em dentina reacional e dentina
reparadora.
9. Dentina Terciária/ Dentina reparadora
A dentina reparado é causada por agentes externos agudos e que causam
alterações muito intensas, como os traumas.
10. Dentina Terciária/ Dentina reacional
A reacional é causada por agentes externos crônicos e que não causam
alterações muito intensas, como a cárie.
11. Tecido Pulpar
A polpa dentária é um tecido conjuntivo altamente diferenciado, ricamente
inervado, vascularizado e, conseqüentemente, responsável pela vitalidade do
dente.
As características da polpa dentária são;
• Produzir e nutrir dentina;
• Alertar, por meio da dor, qualquer injúria ao elemento dentário.
Obs: Esmalte não se
produz!!
12. Tecido Pulpar
A polpa proporciona nutrição à dentina através dos prolongamentos
odontoblásticos.
Quando a polpa é sujeita a injuria ou irritações mecânicas, térmicas, químicas
ou bacterianas, desencadeia uma reação efetiva de defesa.
Essa reação defensiva é caracterizada pela formação de dentina reparadora
(injúria menor), ou por uma reação inflamatória (injúria maior).Dor
13. PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR
Sempre que um dente tenha necessidade de ser restaurado é necessário que a
vitalidade pulpar seja preservada por meio de adequada proteção e cuidados
relativos aos procedimentos clínicos.
As proteções do complexo dentino/pulpar consistem da aplicação de agentes
protetores.
14. PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR
ASPECTOS IMPORTANTES
• Idade do paciente;
• Condição pulpar;
• Volume da câmara pulpar;
• Profundidade da cavidade;
• Dentina secundária e esclerótica;
• Diâmetro dos túbulos;
• Características/ sintomatologia;
• Tipo de Injúria.
15. PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR
Existem duas técnicas distintas que podem ser utilizadas na proteção do
complexo dentino/pulpar: proteções indiretas e proteções diretas.
16. Proteção ou capeamento pulpar Indireto.
Proteção indireta:
Aplicação de agentes seladores, forradores e/ou bases protetoras nas paredes
cavitárias.
Manter a vitalidade pulpar;
Inibir o processo carioso;
Reduzir a microinfiltração;
Estimular a formação de dentina reparadora.
17. Proteção ou capeamento pulpar direta.
Proteção direta:
• Aplicação de um agente protetor diretamente sobre o tecido pulpar exposto.
• Manter a vitalidade pulpar;
• Promover o restabelecimento da polpa;
• Estimular a formação de dentina reparadora.
19. Agentes Protetores
Um material protetor será considerado ideal se tiver as seguintes
características:
• Ser um bom isolante térmico e elétrico;
• Ser bactericida e bacteriostático;
• Ter adesão à estrutura dentária;
• Estimular a formação de dentina reparadora;
• Produzir analgesia e ser biocompatível;
20. Agentes Protetores
Vernizes cavitários;
Hidróxido de cálcio;
Ionômero de vidro;
Óxido de zinco e Eugenol;
Fosfato de zinco.
21. Túbulos Dentinários
Os túbulos dentinários são canais microscópicos que irradiam por baixo da
superfície do esmalte até o interior do dente, chamado de polpa.
Esses pequenos canais ocos na dentina transmitem sensações do lado de fora
para o interior do dente. Esse processo é frequentemente responsável pela
sensibilidade que os pacientes sentem quando o esmalte está desgastado.
Os túbulos transmitem as sensações de calor e frio.
23. Vernizes cavitários
O verniz cavitário é um agente protetor usado no preparo cavitário para o
vedamento dos túbulos dentinários, normalmente utilizado quando o material
restaurador é a liga de amálgama.
24. Vernizes cavitários
Diminuir a infiltração marginal até que se forme uma camada de oxidação e
corrosão, evita a infiltração de saliva e detritos orgânicos, entre a restauração e
a cavidade preparada. (camada de oxidação e corrosão, quando se faz uma
restauração de amálgama)
Isolante elétrico - previne galvanismo advindos de restaurações metálicas;
(galvanismo: formação de correntes elétricas);
Verniz cavitário ou selante adesivo aplicado sobre a superfície externa de uma
restauração metálica, são úteis como auxiliares temporários, na eliminação da
sensibilidade pós operatória devido correntes galvânicas.
25. Vernizes cavitários
Desvantagens
Não são totalmente eficientes;
Não tem adesividade à estrutura dentinária;
Não possuem propriedades bacteriostáticas, o modificado tem apenas um
pouco, mas de forma geral não é tão eficiente
26. Vernizes cavitários
Contraindicações
Sob restauração de Resina Composta;
Sob CIV, seja ele restaurador ou de forramento;
Verniz imediatamente abaixo da resina composta, não indicado;
27. Verniz cavitário
Aplicação
Antes de usar, agitar o frasco, para homogeneizar os componentes;
Levar a cavidade com ajuda de pincel, bolinhas de algodão e pinça;
Aplica-se uma camada e um leve jato de ar com a seringa tríplice (cuidado
para não colocar água, porque se colocar, terá que secar e repetir o
procedimento). Esse jato de ar serve para acelerar a evaporação do solvente,
e deixar o produto se espalhar de forma mais uniforme, contínua;
Repetir esse processo de 2 a 3 vezes, fazendo intervalos para evaporar o
Solvente.
28.
29. Hidróxido de cálcio
O hidróxido de cálcio é o principal ingrediente de vários materiais para
forramento de cavidades profundas porque possui propriedades
antimicrobianas, pH alcalino (básico) e estimula a formação de dentina
secundária (reacional) sobre a polpa que sofreu injúria, para protegê-la a
longo prazo.
30. Hidróxido de cálcio
Pode ser utilizado nas seguintes formas de apresentação:
• Solução de Hidróxido de Cálcio;
• Hidróxido de cálcio pró-análise (P.A.);
• Cimentos de Hidróxido de Cálcio.
31. Solução de hidróxido de cálcio
Solução de hidróxido de cálcio P. A. em água destilada ou soro, numa
concentração de aproximadamente 0,2%.
Conhecido também como água de hidróxido de cálcio.
Atua como hemostático nos casos de exposição pulpar
Forma vendida no
mercado.
32. Hidróxido de cálcio pró-análise (P.A.)
Hidróxido de cálcio em pó.
Utilizado quando ocorre exposição pulpar acidental.
Hidróxido de cálcio na sua forma pura.
33. Cimentos de Hidróxido de Cálcio
Apresentam relativa dureza e resistência mecânica;
Comercializados em 2 formas de apresentação: pasta-pasta ou pasta única.
Usado muito próximo da polpa
Possibilita a formação de dentina reacional
34. Cimentos de Hidróxido de Cálcio.
Apresentação: pasta-pasta
Uma pasta-base e uma pasta-catalisadora.
Este cimento é quimicamente ativado, ou seja, sua presa acontece após uma
reação química a partir da mistura das duas pastas.
36. Cimentos de Hidróxido de Cálcio.
Apresentação: pasta única
Este cimento vem em uma seringa e são fotoativados, ou seja, dependem da
luz do fotopolimerizador para tomar presa.
Fácil aplicação.
37. Indicações
O hidróxido de cálcio P.A. e a pasta de hidróxido de cálcio são utilizados para
capeamento pulpar direto, ou seja, quando ocorre exposição da polpa ao
meio externo.
A solução de hidróxido de cálcio é indicada para limpeza de cavidades após a
remoção do tecido cariado.
Os cimentos de hidróxido de cálcio são indicados para forramento de
cavidades profundas.
Por exemplo dois dentes com restauração de amalgama superior e inferiorentram em contato e produzem correntes elétricas e a saliva pode ser um meio
condutor de eletricidade, enquanto a camada de verniz ou selante estiver
intacta ela irá funcionar efetivamente como isolante da restauração com a
saliva), (caso o paciente reclame de “um choquezinho” irá se aplicar uma
camada de verniz ou sistema adesivo e caso o paciente continue reclamando,
será necessário remover a restauração e refazer a proteção)