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A
MÚSICA,
O ALUNO
E A SALA
DE AULA
HISTÓRIA
DA MÚSICA
NAS
ESCOLAS
BRASILEIRA
S
— O ensino de música nas escolas brasileiras
iniciou-se no século 19. A aprendizagem era
baseada nos elementos técnico-musicais e realizada,
por exemplo, por meio do solfejo.
No fim da década de 1930, no entanto, Antônio Sá
Pereira e Liddy Chiaffarelli Mignone buscaram
inovações. Sá Pereira defendia a aprendizagem pela
própria experiência com a música; Chiaffarelli
propunha jogos musicais e corporais e o uso de
instrumentos de percussão.
Naquela época, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) ganhava destaque.
Em 1927, três anos depois de conviver com o meio artístico parisiense,
ele voltou ao país e apresentou, em São Paulo, um plano de educação
musical. Em 1931, o maestro organizou uma concentração orfeônica
chamada Exortação Cívica, com 12 mil vozes. Após dois anos,
assumiu a direção da Superintendência de Educação Musical e
Artística, quando a maioria de suas composições se voltou para a
educação musical. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas tornou
obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o curso de pedagogia
de música e canto.
Em 1960, projeto de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro para a
Universidade de Brasília (UnB) deu novo impulso ao ensino da
música, com a valorização da experimentação. A ideia aera
preservar “a inocência criativa das crianças.” Duas décadas
depois, a criação da Associação Brasileira de Educação
Musical e da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-
Graduação em Artes Cênicas (Abrace) contribuiu para a
formação de professores no ensino das linguagens artísticas em
várias universidades. No ensino de música, a experiência direta
e a criação são enfatizadas no processo pedagógico.
Na década de 1990, o ensino de artes passou a contemplar
as diferenças de raça, etnia, religião, classe social, gênero,
opções sexuais e o olhar mais sistemático sobre outras
culturas.
O ensino passou a ter valores estéticos mais democráticos.
Atualmente, a aprendizagem musical deve fazer sentido
para o aluno. O ensino deve se dar a partir do contexto
musical e da região na qual a escola está situada, não a
partir de estruturas isoladas. Assim, busca-se compreender
o motivo da criação e do consumo das diferentes expressões
musicais
 Escolas públicas e privadas de todo
o Brasil têm até 18/82011 para
incluir o ensino de Música em sua
grade curricular.
lei nº 11.769
 No entanto, a determinação, prevista em lei, deve
encontrar dificuldades para ser cumprida dentro
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 A música passará a ser conteúdo obrigatório e a
integrar o ensino de arte. É o que estabelece a Lei
n° 11.769, que acrescentou artigo à Lei de
Diretrizes e Bases da Educação e foi sancionada
em agosto de 2008.
 A resolução ainda deve ser discutida pelo
Conselho Nacional de Educação (CNE), que vai
emitir um parecer com diretrizes gerais para a
implantação da norma
Ensino de Música será obrigatório
Todas as escolas públicas e particulares do Brasil terão de acrescentar, no prazo de
três anos, mais uma disciplina na grade curricular obrigatória. A Lei nº 11.769,
publicada no Diário Oficial da União no dia 19, altera a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) — nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 — e torna obrigatório o ensino
de música no ensino fundamental e médio. A música é conteúdo optativo na rede de
ensino, a cargo do planejamento pedagógico das secretarias estaduais e municipais de
educação.
No ensino geral de artes, a escola pode oferecer artes visuais, música, teatro e dança.
Com a alteração da LDB, a música passa a ser o único conteúdo obrigatório, mas não
exclusivo. Ou seja, o planejamento pedagógico deve contemplar as demais áreas
artísticas. Até 2011, uma nova política definirá em quais séries da educação básica
a música será incluída e em que frequência.
“A lei não torna obrigatório o ensino em todos os anos, e é isso que será
articulado com os sistemas de ensino estaduais e municipais”, O ideal é
articular a música com as outras dimensões da formação artística e estética.” -
Helena de Freitas, coordenadora-geral de Programas de Apoio à Formação e
Capacitação Docente de Educação Básica no Ministério da Educação.
O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos
cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, os alunos
aprendam cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e
folclóricos para, assim, conhecer a diversidade cultural do Brasil.
Respostas selecionadas:
Clélia Brandão Alvarenga Craveiro, presidente da Câmara de Educação Básica do
CNE (Conselho Nacional de Educação).
Sonia Regina Albano de Lima, diretora regional da Associação Brasileira de Ensino
Musical, (ABEM) e diretora dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu em
Música e Educação Musical da FMCG (Faculdade de Música Carlos Gomes).
Lisiane Bassi Coordenadora Musical
O ENSINO DA MÚSICA NAS ESCOLAS PÚBICAS
A PARTIR DA NOVA LEI
A exigência surgiu com a lei nº 11.769/2008, que determina que a música deverá
ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica e pela.....
“O objetivo não é formar músicos, mas desenvolver a criatividade, a
sensibilidade e a integração dos alunos”, diz Clélia Craveiro, presidente da Câmara
de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação).
A música não será necessariamente uma disciplina exclusiva. Ela integrará o
Ensino de Arte: “Antigamente, Música era uma disciplina. Hoje não. Ela é apenas
uma das linguagens da disciplina chamada Artes, que pode englobar ainda Artes
Plásticas e Cênicas.
Devemos formar uma equipe multidisciplinar e, nela, teremos um professor de
Música e cada escola terá autonomia para decidir como incluir esse conteúdo de
acordo com seu projeto político-pedagógico”.
1. Todas as séries da Educação Básica terão aulas de Música?
A lei diz que o Ensino de Música será obrigatório na Educação Básica (que
engloba Educação Infantil e o Ensino Fundamental), mas não
especifica se todas as séries terão a Música incluída em sua grade
curricular. “Isso será definido com os sistemas de ensino estaduais e
municipais, assim como a quantidade de aulas por semana”, diz Clélia
Craveiro
2. Quais os objetivos do Ensino de Música?
“A música contribui para a formação integral do indivíduo,
reverencia os valores culturais, difunde o senso estético, promove
a sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria
e cooperação, e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha
com a sincronia de movimentos”.
O trabalho com música desenvolve as habilidades físico-
cinestésica, espacial, lógico-matemática, verbal e musical. “Ao
entrar em contato com a música, zonas importantes do corpo
físico e psíquico são acionadas – os sentidos, as emoções e a
própria mente. Por meio da música, a criança expressa emoções
que não consegue expressar com palavras”, completa
Sonia Regina Albano de Lima, diretora regional da Associação Brasileira de Ensino Musical, (ABEM) e diretora
dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu em Música e Educação Musical da FMCG (Faculdade de
Música Carlos Gomes).
4. Quem ministrará as aulas de Música?
Segundo Clélia Craveiro, do Conselho Nacional de Educação, as aulas serão
ministradas por professores especialistas em Música, ou seja, que tenham
licenciatura. A formação em Música é defendida por profissionais da área, que
a julgam imprescindível.
“O professor de sala pode e deve usar a música em suas aulas, mas não
tem condição de dar aula de Música”, diz.
3. O que será ensinado às crianças?
Se o Ensino de Música não será como antigamente, quando se aprendia as notas
musicais e canto orfeônico, o que as crianças irão aprender nas aulas?
O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos cívicos
nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos,
ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para, assim,
conhecer a diversidade cultural do Brasil.
Segundo Clélia Craveiro, a lei não especifica conteúdos, portanto as escolas terão
autonomia para decidir o que será trabalhado. “É muito complicado impor um
conteúdo programático obrigatório para as aulas de Música, quando a LDB (Lei de
Diretrizes e Bases) nº 9294/96 privilegia a flexibilidade do ensino”,
o mais importante seria trabalhar a coordenação motora, o senso rítmico e
melódico, o pulso interno, a voz, o movimento corporal, a percepção, a notação
musical sob bases sensibilizadoras, além de um repertório que atinja os universos
erudito, folclórico e popular.
5. Como as escolas devem se preparar?
O PRAZO ALTERADO de agosto de 2011 para a escola se adaptar à nova lei,
ou seja, incluir o ensino de Música em sua grade curricular, comprar materiais
(instrumentos musicais, CDs etc.) e verificar se possuem professores capazes
de ministrar as aulas de Música, pois nem todos possuem docentes de todas as
áreas. Se não tiverem, deverão contratá-los.
Quanto aos materiais, a coordenadora musical Lisiane Bassi acredita ser
possível realizar Educação Musical sem grandes investimentos podemos
começas com instrumentos feitos pelos próprios alunos com sucata. Podemos
fazer música com um lápis e uma borracha e até com o corpo. A musicalidade
está dentro da pessoa”, ela diz.
6. Contratar profissionais capacitados ou capacitar?
Para encarar uma sala de aula e ministrar um Ensino Musical de
qualidade não basta ser músico, é preciso ter didática, e para isso
servem os cursos de capacitação. “Há muitos profissionais formados
em Música, mas que não têm didática. E, geralmente, eles saem da
faculdade com formação específica em apenas um instrumento e
com o objetivo de serem professores particulares de música, ou
seja, terem apenas um aluno por vez”,
Lisiane Bassi
7. Como formar o profissional de pedagogia para o ensino de música?
Apesar de o Ensino Musical exigir um professor especialista (técnico ou licenciado em
Música), Sonia Albano e Lisiane Bassi acreditam que seria de grande valia que as
faculdades de Pedagogia contemplassem a disciplina Música, ensinando, por exemplo,
como usar a música em sala de aula, além de explicar o que é a Educação Musical e
como ela pode ser parceira no ensino-aprendizagem, pois segundo Lisiane “há falta de
conhecimento de alguns professores, que acham que aula de Música é só cantar, é
brincadeira”.
A IMPORTÂNCIA DA
MÚSICA e a
8. Como estabelecer o tipo de formação musical que será oferecida aos
alunos?
Segundo Clélia Craveiro, do CNE, as instituições de ensino possuem
autonomia para definir o tipo de Educação Musical que irão implantar,
assim como seu conteúdo, de acordo com seu projeto político-pedagógico.
Para Sonia Albano, a modalidade de Ensino Musical que será adotada será o
grande desafio que as escolas irão enfrentar. Será realizado um ensino
musical tecnicista ou sensibilizador? Vai se priorizar a voz, a formação
instrumental ou a formação estético-musical dos alunos? Segundo Sonia,
estas são decisões fundamentais e que devem ser o ponto de partida para
que a lei nº 11.769 seja cumprida
9- Como a Música pode ser introduzida no dia-a-dia escolar?
Há várias formas de se trabalhar a Música na escola, por exemplo, de
forma lúdica e coletiva, utilizando jogos, brincadeiras de roda e
confecção de instrumentos. “Dessa forma, a música é capaz de
combater a agressividade infantil e os problemas de rejeição”, justifica
ela.
Nas escolas as crianças não só devem ouvir música, como a produzir,
fazendo pequenos arranjos e tocando instrumentos como a flauta doce
e alguns de percussão. Elas também devem vivenciar a música, por
meio de trabalhos corporais que desenvolvem a atenção e a
coordenação motora.
9- Como a Música pode ser introduzida no dia-a-dia escolar?
“Nossa preocupação com relação ao aluno, não deve estar voltada
para “formar músicos”, mas desenvolver sua criticidade para não
aceitar tudo o que a mídia impõe, conhecer as raízes da música
brasileira, despertar o gosto pela música, preservar nosso patrimônio
musical e aumentar o repertório musical nacional e internacional”.
.
10. O que pode ser feito para que a lei seja
cumprida e o Ensino Musical tenha qualidade?
É preciso que profissionais de música, trabalhem
para instituir gradualmente um Ensino Musical de
qualidade, com metas pedagógicas precisas e
contínuas. “Trabalho sério, equipe preocupada em
estudar e antenada no que acontece no mundo,
além do incentivo da prefeitura que investe no
projeto”.
A Importancia da
musicalização para
crianças e
adolescentes
“Casar música e educação dentro
de uma sala de aula, além de
gerar resultados animadores e
gratificantes, faz com a difícil
tarefa de ensinar seja muito mais
gostosa e divertida.”
 desenvolver a musicalidade nas crianças na faixa etária de 3 a 10 anos é
muito importante, não só para sensibilizá-las , a música serve para ativar
outras áreas do cérebro, ajudando crianças a estimular inúmeras atividades.
 a área cerebral responsável pela música está muito próxima da área de
raciocínio lógico-matemático (ou seja, as conexões nervosas acionadas ao se
executar uma obra clássica são muito próximas daquelas usadas ao se fazer
uma operação aritmética ou lógica, no córtex cerebral esquerdo).
 a música ajuda no raciocínio lógico-matemático, contribuindo para a
compreensão da linguagem e para o desenvolvimento da comunicação, para a
percepção de sons sutis e para o aprimoramento de outras habilidades.
Bem-estar - A música provoca uma sensação de enorme bem-estar para o bebê
ainda no útero materno.
Desenvolvimento do raciocínio - Cantigas de roda e as canções de ninar (que
faziam parte do universo das crianças no passado), eram importantes no
desenvolvimento de um raciocínio lógico.
Sensibilidade e percepção - A música é utilizada como instrumento pedagógico
em escolas, pois desenvolve a sensibilidade musical e amplia a percepção.
Crianças rebeldes - Com a música pode-se trabalhar alguns aspectos da
personalidade da criança, estimulando sua formação global. Uma criança muito
rebelde, por exemplo, descarrega toda sua energia manipulando um
instrumento.
Timidez – A timidez das crianças podem ser superadas em aulas de música, por
exemplo, em um coral, a criança passa a sentir sua própria voz e começa a se
soltar e a perceber a importância do trabalho em grupo.
Instrumentos musicais - Os instrumentos são muitos bons para desenvolver
a coordenação motora e a memória.
Efeito Mozart ou musica classica- Há alguns anos, os
cientistas debatem o chamado “Efeito Mozart”. Trata-se
de uma prova de que crianças ficam mais “espertas” para
cálculos depois de escutar a Sonata para Dois Pianos em
Ré Maior, do compositor austríaco.
•Melhoram as habilidades matemáticas das crianças;
•Melhor desempenho em sala de aula;
•Desenvolvimento do cérebro;
•Tocando um instrumento musical ajuda a tornar seu filho
mais inteligente;
•Atividades musicais desenvolve as habilidades
intelectuais vitais nas crianças;
•A música resulta em uma melhor concentração nas
atividades;
•Reduz o uso de drogas na adolescência;
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Alfabetização musical e paulo freire
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A musica o aluno e a sala de aula formação

  • 1. A MÚSICA, O ALUNO E A SALA DE AULA
  • 2.
  • 4. — O ensino de música nas escolas brasileiras iniciou-se no século 19. A aprendizagem era baseada nos elementos técnico-musicais e realizada, por exemplo, por meio do solfejo. No fim da década de 1930, no entanto, Antônio Sá Pereira e Liddy Chiaffarelli Mignone buscaram inovações. Sá Pereira defendia a aprendizagem pela própria experiência com a música; Chiaffarelli propunha jogos musicais e corporais e o uso de instrumentos de percussão.
  • 5. Naquela época, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) ganhava destaque. Em 1927, três anos depois de conviver com o meio artístico parisiense, ele voltou ao país e apresentou, em São Paulo, um plano de educação musical. Em 1931, o maestro organizou uma concentração orfeônica chamada Exortação Cívica, com 12 mil vozes. Após dois anos, assumiu a direção da Superintendência de Educação Musical e Artística, quando a maioria de suas composições se voltou para a educação musical. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas tornou obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o curso de pedagogia de música e canto.
  • 6. Em 1960, projeto de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro para a Universidade de Brasília (UnB) deu novo impulso ao ensino da música, com a valorização da experimentação. A ideia aera preservar “a inocência criativa das crianças.” Duas décadas depois, a criação da Associação Brasileira de Educação Musical e da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós- Graduação em Artes Cênicas (Abrace) contribuiu para a formação de professores no ensino das linguagens artísticas em várias universidades. No ensino de música, a experiência direta e a criação são enfatizadas no processo pedagógico.
  • 7. Na década de 1990, o ensino de artes passou a contemplar as diferenças de raça, etnia, religião, classe social, gênero, opções sexuais e o olhar mais sistemático sobre outras culturas. O ensino passou a ter valores estéticos mais democráticos. Atualmente, a aprendizagem musical deve fazer sentido para o aluno. O ensino deve se dar a partir do contexto musical e da região na qual a escola está situada, não a partir de estruturas isoladas. Assim, busca-se compreender o motivo da criação e do consumo das diferentes expressões musicais
  • 8.  Escolas públicas e privadas de todo o Brasil têm até 18/82011 para incluir o ensino de Música em sua grade curricular. lei nº 11.769  No entanto, a determinação, prevista em lei, deve encontrar dificuldades para ser cumprida dentro do prazo, avaliam gestores públicos e especialistas  A música passará a ser conteúdo obrigatório e a integrar o ensino de arte. É o que estabelece a Lei n° 11.769, que acrescentou artigo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação e foi sancionada em agosto de 2008.  A resolução ainda deve ser discutida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que vai emitir um parecer com diretrizes gerais para a implantação da norma
  • 9. Ensino de Música será obrigatório Todas as escolas públicas e particulares do Brasil terão de acrescentar, no prazo de três anos, mais uma disciplina na grade curricular obrigatória. A Lei nº 11.769, publicada no Diário Oficial da União no dia 19, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) — nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 — e torna obrigatório o ensino de música no ensino fundamental e médio. A música é conteúdo optativo na rede de ensino, a cargo do planejamento pedagógico das secretarias estaduais e municipais de educação. No ensino geral de artes, a escola pode oferecer artes visuais, música, teatro e dança. Com a alteração da LDB, a música passa a ser o único conteúdo obrigatório, mas não exclusivo. Ou seja, o planejamento pedagógico deve contemplar as demais áreas artísticas. Até 2011, uma nova política definirá em quais séries da educação básica a música será incluída e em que frequência.
  • 10. “A lei não torna obrigatório o ensino em todos os anos, e é isso que será articulado com os sistemas de ensino estaduais e municipais”, O ideal é articular a música com as outras dimensões da formação artística e estética.” - Helena de Freitas, coordenadora-geral de Programas de Apoio à Formação e Capacitação Docente de Educação Básica no Ministério da Educação. O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para, assim, conhecer a diversidade cultural do Brasil.
  • 11. Respostas selecionadas: Clélia Brandão Alvarenga Craveiro, presidente da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação). Sonia Regina Albano de Lima, diretora regional da Associação Brasileira de Ensino Musical, (ABEM) e diretora dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu em Música e Educação Musical da FMCG (Faculdade de Música Carlos Gomes). Lisiane Bassi Coordenadora Musical O ENSINO DA MÚSICA NAS ESCOLAS PÚBICAS A PARTIR DA NOVA LEI
  • 12. A exigência surgiu com a lei nº 11.769/2008, que determina que a música deverá ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica e pela..... “O objetivo não é formar músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos”, diz Clélia Craveiro, presidente da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação). A música não será necessariamente uma disciplina exclusiva. Ela integrará o Ensino de Arte: “Antigamente, Música era uma disciplina. Hoje não. Ela é apenas uma das linguagens da disciplina chamada Artes, que pode englobar ainda Artes Plásticas e Cênicas. Devemos formar uma equipe multidisciplinar e, nela, teremos um professor de Música e cada escola terá autonomia para decidir como incluir esse conteúdo de acordo com seu projeto político-pedagógico”.
  • 13. 1. Todas as séries da Educação Básica terão aulas de Música? A lei diz que o Ensino de Música será obrigatório na Educação Básica (que engloba Educação Infantil e o Ensino Fundamental), mas não especifica se todas as séries terão a Música incluída em sua grade curricular. “Isso será definido com os sistemas de ensino estaduais e municipais, assim como a quantidade de aulas por semana”, diz Clélia Craveiro
  • 14. 2. Quais os objetivos do Ensino de Música? “A música contribui para a formação integral do indivíduo, reverencia os valores culturais, difunde o senso estético, promove a sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria e cooperação, e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha com a sincronia de movimentos”. O trabalho com música desenvolve as habilidades físico- cinestésica, espacial, lógico-matemática, verbal e musical. “Ao entrar em contato com a música, zonas importantes do corpo físico e psíquico são acionadas – os sentidos, as emoções e a própria mente. Por meio da música, a criança expressa emoções que não consegue expressar com palavras”, completa Sonia Regina Albano de Lima, diretora regional da Associação Brasileira de Ensino Musical, (ABEM) e diretora dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu em Música e Educação Musical da FMCG (Faculdade de Música Carlos Gomes).
  • 15. 4. Quem ministrará as aulas de Música? Segundo Clélia Craveiro, do Conselho Nacional de Educação, as aulas serão ministradas por professores especialistas em Música, ou seja, que tenham licenciatura. A formação em Música é defendida por profissionais da área, que a julgam imprescindível. “O professor de sala pode e deve usar a música em suas aulas, mas não tem condição de dar aula de Música”, diz.
  • 16. 3. O que será ensinado às crianças? Se o Ensino de Música não será como antigamente, quando se aprendia as notas musicais e canto orfeônico, o que as crianças irão aprender nas aulas? O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para, assim, conhecer a diversidade cultural do Brasil. Segundo Clélia Craveiro, a lei não especifica conteúdos, portanto as escolas terão autonomia para decidir o que será trabalhado. “É muito complicado impor um conteúdo programático obrigatório para as aulas de Música, quando a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) nº 9294/96 privilegia a flexibilidade do ensino”, o mais importante seria trabalhar a coordenação motora, o senso rítmico e melódico, o pulso interno, a voz, o movimento corporal, a percepção, a notação musical sob bases sensibilizadoras, além de um repertório que atinja os universos erudito, folclórico e popular.
  • 17. 5. Como as escolas devem se preparar? O PRAZO ALTERADO de agosto de 2011 para a escola se adaptar à nova lei, ou seja, incluir o ensino de Música em sua grade curricular, comprar materiais (instrumentos musicais, CDs etc.) e verificar se possuem professores capazes de ministrar as aulas de Música, pois nem todos possuem docentes de todas as áreas. Se não tiverem, deverão contratá-los. Quanto aos materiais, a coordenadora musical Lisiane Bassi acredita ser possível realizar Educação Musical sem grandes investimentos podemos começas com instrumentos feitos pelos próprios alunos com sucata. Podemos fazer música com um lápis e uma borracha e até com o corpo. A musicalidade está dentro da pessoa”, ela diz.
  • 18. 6. Contratar profissionais capacitados ou capacitar? Para encarar uma sala de aula e ministrar um Ensino Musical de qualidade não basta ser músico, é preciso ter didática, e para isso servem os cursos de capacitação. “Há muitos profissionais formados em Música, mas que não têm didática. E, geralmente, eles saem da faculdade com formação específica em apenas um instrumento e com o objetivo de serem professores particulares de música, ou seja, terem apenas um aluno por vez”, Lisiane Bassi
  • 19. 7. Como formar o profissional de pedagogia para o ensino de música? Apesar de o Ensino Musical exigir um professor especialista (técnico ou licenciado em Música), Sonia Albano e Lisiane Bassi acreditam que seria de grande valia que as faculdades de Pedagogia contemplassem a disciplina Música, ensinando, por exemplo, como usar a música em sala de aula, além de explicar o que é a Educação Musical e como ela pode ser parceira no ensino-aprendizagem, pois segundo Lisiane “há falta de conhecimento de alguns professores, que acham que aula de Música é só cantar, é brincadeira”. A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA e a
  • 20. 8. Como estabelecer o tipo de formação musical que será oferecida aos alunos? Segundo Clélia Craveiro, do CNE, as instituições de ensino possuem autonomia para definir o tipo de Educação Musical que irão implantar, assim como seu conteúdo, de acordo com seu projeto político-pedagógico. Para Sonia Albano, a modalidade de Ensino Musical que será adotada será o grande desafio que as escolas irão enfrentar. Será realizado um ensino musical tecnicista ou sensibilizador? Vai se priorizar a voz, a formação instrumental ou a formação estético-musical dos alunos? Segundo Sonia, estas são decisões fundamentais e que devem ser o ponto de partida para que a lei nº 11.769 seja cumprida
  • 21. 9- Como a Música pode ser introduzida no dia-a-dia escolar? Há várias formas de se trabalhar a Música na escola, por exemplo, de forma lúdica e coletiva, utilizando jogos, brincadeiras de roda e confecção de instrumentos. “Dessa forma, a música é capaz de combater a agressividade infantil e os problemas de rejeição”, justifica ela. Nas escolas as crianças não só devem ouvir música, como a produzir, fazendo pequenos arranjos e tocando instrumentos como a flauta doce e alguns de percussão. Elas também devem vivenciar a música, por meio de trabalhos corporais que desenvolvem a atenção e a coordenação motora.
  • 22. 9- Como a Música pode ser introduzida no dia-a-dia escolar? “Nossa preocupação com relação ao aluno, não deve estar voltada para “formar músicos”, mas desenvolver sua criticidade para não aceitar tudo o que a mídia impõe, conhecer as raízes da música brasileira, despertar o gosto pela música, preservar nosso patrimônio musical e aumentar o repertório musical nacional e internacional”.
  • 23. . 10. O que pode ser feito para que a lei seja cumprida e o Ensino Musical tenha qualidade? É preciso que profissionais de música, trabalhem para instituir gradualmente um Ensino Musical de qualidade, com metas pedagógicas precisas e contínuas. “Trabalho sério, equipe preocupada em estudar e antenada no que acontece no mundo, além do incentivo da prefeitura que investe no projeto”.
  • 24. A Importancia da musicalização para crianças e adolescentes
  • 25. “Casar música e educação dentro de uma sala de aula, além de gerar resultados animadores e gratificantes, faz com a difícil tarefa de ensinar seja muito mais gostosa e divertida.”
  • 26.  desenvolver a musicalidade nas crianças na faixa etária de 3 a 10 anos é muito importante, não só para sensibilizá-las , a música serve para ativar outras áreas do cérebro, ajudando crianças a estimular inúmeras atividades.  a área cerebral responsável pela música está muito próxima da área de raciocínio lógico-matemático (ou seja, as conexões nervosas acionadas ao se executar uma obra clássica são muito próximas daquelas usadas ao se fazer uma operação aritmética ou lógica, no córtex cerebral esquerdo).  a música ajuda no raciocínio lógico-matemático, contribuindo para a compreensão da linguagem e para o desenvolvimento da comunicação, para a percepção de sons sutis e para o aprimoramento de outras habilidades.
  • 27. Bem-estar - A música provoca uma sensação de enorme bem-estar para o bebê ainda no útero materno. Desenvolvimento do raciocínio - Cantigas de roda e as canções de ninar (que faziam parte do universo das crianças no passado), eram importantes no desenvolvimento de um raciocínio lógico. Sensibilidade e percepção - A música é utilizada como instrumento pedagógico em escolas, pois desenvolve a sensibilidade musical e amplia a percepção. Crianças rebeldes - Com a música pode-se trabalhar alguns aspectos da personalidade da criança, estimulando sua formação global. Uma criança muito rebelde, por exemplo, descarrega toda sua energia manipulando um instrumento. Timidez – A timidez das crianças podem ser superadas em aulas de música, por exemplo, em um coral, a criança passa a sentir sua própria voz e começa a se soltar e a perceber a importância do trabalho em grupo.
  • 28. Instrumentos musicais - Os instrumentos são muitos bons para desenvolver a coordenação motora e a memória.
  • 29. Efeito Mozart ou musica classica- Há alguns anos, os cientistas debatem o chamado “Efeito Mozart”. Trata-se de uma prova de que crianças ficam mais “espertas” para cálculos depois de escutar a Sonata para Dois Pianos em Ré Maior, do compositor austríaco. •Melhoram as habilidades matemáticas das crianças; •Melhor desempenho em sala de aula; •Desenvolvimento do cérebro; •Tocando um instrumento musical ajuda a tornar seu filho mais inteligente; •Atividades musicais desenvolve as habilidades intelectuais vitais nas crianças; •A música resulta em uma melhor concentração nas atividades; •Reduz o uso de drogas na adolescência; •Melhora a respiração; •Socialização