1) A lei de 1996 tornou a música uma disciplina obrigatória na educação básica brasileira.
2) Os PCNs trouxeram um novo enfoque interdisciplinar para a arte e música, enfatizando a cultura local.
3) Uma lei de 2008 reforçou a obrigatoriedade do ensino de música, mas nem sempre há professores especializados.
1. Com o advento da Lei 9394/96 surgiu a atividade musical nas escolas
como componente curricular. O artigo 26 da referida lei diz que “O ensino da
arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da
educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” .
Sabemos que a área de Arte refere-se as linguagens artísticas como: Arte visual,
Música, Teatro e Dança.
Também se destaca a importância da publicação pelo MEC dos PCNs
que apresenta a Arte como área do conhecimento, como todas ás áreas do
currículo escolar. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte têm como
objetivo levar as artes visuais, a dança, a música e o teatro para serem
aprendidos na escola, desmistificando o entendimento anterior de que essas
práticas eram atividades importantes apenas para recreação, criação ou treino
de habilidades motoras.
Termos e expressões trazidos pelo PCNs trouxeram um novo enfoque
para a disciplina de Arte e na área de música, por exemplo, o termo
“interdisciplinaridade” tem um uso e um enfoque muito grande. Não se pode
pensar em arte, sem pensar em história, em etnias, em localização geográfica,
em cultura local, em costumes, enfim eles trazem a necessidade de que
adotemos uma postura e uma atitude assumida para com os diferentes.
Em agosto de 2008, foi aprovada a Lei nº 11.769 que altera a Lei de
Diretrizes e Bases nº 9.394/96, dispondo sobre a obrigatoriedade do ensino da
música na Educação Básica. Com a aprovação da referida lei, foi aberto
discussões e o debates sobre o ensino da música.
Consideramos uma grande vitória a aprovação dessa Lei, pois o Ensino
da Música traz muitos benefícios no decorrer da aprendizagem.
Portanto, embora exista uma lei que garante o ensino dos conteúdos
musicais na escola, ela não exige que ele seja ministrado por um professor
especialista. Essa é a realidade do ensino público atual, podemos assim
considerar que o ensino Musical na escola pública não é uma prioridade para a
Educação no Brasil. Sendo assim nós professores de Arte temos que aprender
sobre a importância da música na vida dos alunos e como trabalhar música em
sala de aula, uma vez que nós que teremos que ministrar esses conteúdos.
2. É muito importante ter em mente, como a musicalização pode contribuir
na aprendizagem ao analisar a função da música na educação, bem como as
contribuições da vivência musical às crianças auxiliam no desenvolvimento
cognitivo/lingüístico, psicomotor e socioafetivo . O estudo das metodologias dos
educadores Musicais como Carl Orff,Edgar Willems, Dalcroze e François
Delalande.
A musicalização é um recurso didático pedagógico de ensino
aprendizagem da criança de forma lúdica, que contribui no conhecimento e na
formação de um cidadão mais sensível, crítico e reflexivo. Ela torna o meu aluno
perceptível ao mundo sonoro, que segundo os educadores acima deve ser
trabalhado junto com a coordenação motora, lateralidade, lógica, estética e
criatividade.A música na escola não tem como objetivo a formação de artistas e
sim a formação integral do cidadão.
Segundo Edgar Willems toda criança deve ser preparada auditivamente,
contrariando a afirmação de que música é apenas para alunos talentosos, sendo
a escuta a base para musicalidade.
Vale ressaltar que o ensino musical também exige preparação e
planejamento, levando a uma preocupação constante em estabelecer a
linguagem musical de forma correta, agradável e adequada às crianças. Vale
ainda comentar a importância de que o professor de Arte também aprenda
música para ensiná-la.
Apresentar aos alunos diferentes ritmos musicais, diferentes formas de
cantar, ouvir e ser criativo no “levar” a música para a sala de aula. O meu aluno
precisa ser ampliado culturalmente.