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Eurípedes, viveu aproximadamente entre 480 e 406 a.C. 
Nasceu em Salamina e morreu em Pela, na Macedônia. 
Venceu quatro vezes o Festival de Teatro Ateniene; e, das 
dezessete tragédias euridipianas que chegaram até nós, 
doze são nomes femininos e treze tem como protagonista 
uma mulher.
“Se Ésquilo concebeu seu teatro como a representação profundamente 
religiosa de um evento lendário, e Sófocles fez de seu drama o 
desenvolvimento normal de uma vontade e de um caráter em uma situação 
determinada. Eurípedes há de conceber a tragédia como uma ‘práxis’ do 
homem, operando por isso mesmo, uma profunda dicotomia entre o mundo 
dos deuses e o mundo dos homens. É que, para o poeta de Medéia, o ‘kósmos’ 
trágico não é mais o mito, mas o coração humano, ao qual o grande poeta 
desceu como se fora um mergulhador e de lá arrancou sua tragédia.” 
(BRANDÃO,Junito de Souza. Teatro Grego -tragédia e comédia.pg 57)
“Coagido a produzir um gênero com maioridade literária definida, já elevado à perfeição por 
Ésquilo e Sófocles, com uma estrutura inflexível, temas de inspiração gastos, por um lado, mas 
obrigatórios por outro (o mito), o gosto do público já formado, moldes enfim que não podia como 
pensador acertar, nem tampouco como poeta romper, o autor de Hécuba tomou uma posição de 
rebeldia contra as tradições teatrais, não só quanto às fontes e critérios de inspiração, mas também 
no tocante a estrutura da tragédia. Arrancando de suas personagens a majestade teatral de outrora, 
o trágico inovador procurou substituí-la pelos rugidos das paixões e arrebatamentos afetivos, em 
cuja descrição é mestre consumado. Fazendo a tragédia descer do Olimpo para as ruas de Atenas, 
Eurípedes secularizou-a, fundindo assim a linguagem da Ágora com a do Pireu. Se é verdade que em 
Ésquilo as personagens existem em função da fábula e em Sófocles a fábula existe em função das 
personagens, em Eurípedes, personagens e Fábula são elaboradas em função do ‘pathos’. Em outros 
termos, a paixão amorosa tão ausente em Ésquilo e Sófocles, há de ser a mola mestra do drama 
euridipiano.”(BRANDÃO,Junito de Souza. Teatro Grego -tragédia e comédia.pg 
59)
* Dessacralização do mito 
* Diminuição da importância do coro 
* Baseado na razão (sofista), a ‘terrível Moira em 
Eurípedes foi substituída pelo poder do acaso, que será o 
deus do século IV a.C.’’
Aristóteles afirma na Poética que Sófocles 
dizia que pintava os homens como deveriam 
ser e que Eurípedes os pintava como eram.
- Gênero Dramático : Tragédia 
Época da ação : Idade heróica da Grécia 
Local: Tróia 
Primeira representação: 415 a.C.
- Unidade de ação dramática: Divisão das mulheres de 
Tróia, tornadas cativas pelos Gregos. 
- Unidade de tempo dramático: Após a Queda de Tróia, 
vencida pelos Gregos 
- Unidade de lugar dramático: Tendas, fora das muralhas 
de Tróia.
O acampamento dos gregos diante de Tróia. 
Ao longe a cidade, de onde se eleva a fumaça 
de incêndios; no fundo da cena algumas 
tendas onde estão confinadas as cativas 
troianas.
Personagens: 
* Poseidon, deus do mar 
* Atena, deusa também conhecida como Palas 
* Hécuba, viúva de Príamo, rei de Tróia 
* Coro, composto de virgens troianas (primeiro semicoro) 
e de viúvas de guerreiros troianos (segundo semicoro) 
* Taltíbio, arauto dos gregos
* Cassandra, filha de Hécuba e de Príamo, profetisa e 
sacerdotisa de Apolo 
* Andrômaca, viúva de Heitor, o maior dos guerreiros 
troianos, nora de Hécuba e mãe de Astiânax 
* Menelau, irmão de Agamemnom, o comandante dos 
gregos em Tróia 
* Helena, mulher de Menelau 
* Astiânax, filho de Heitor e Andrômaca, ainda criança
Os gregos são também chamados de argivos e helenos. 
A Grécia também é mencionada como Hélade. 
Os troianos são também chamados de frígios. 
Tróia também é chamada de Ílion; sua cidadela chamava 
Pérgamo. 
Frígia era a região em que ficava Tróia.
O deus Poseidon e a deusa Atena explicam que 
estão abandonando Tróia com relutância e 
combinam um plano de vingança contra os 
gregos por seus atos de impiedade; Poseidon, 
deus do mar, destruirá a frota grega em seu 
retorno à pátria.
Após a queda de Troia, as mulheres são escravizadas e aguardam o 
embarque para os novos lares. Taltíbio, o arauto, anuncia que Polixena, filha 
de Hécuba, será sacrificada, e que seu neto Astiánax será morto; 
posteriormente, seu corpo é entregue a Hécuba. Helena, entre as cativas, 
tenta se reconciliar com Menelau enquanto espera o embarque
Herói trágico (Herói coletivo) : Os gregos 
Vítima coletiva: Os troianos
Conflito subjetivo - a despedida da sua terra, 
estratégia de reviver Tróia por Astiânax e seus 
descendentes
Filha de Hécuba, Cassandra, será concubina de 
Agamêmnom, Políxena, outra filha de Hécuba 
é dada em sacrífico para Aquiles. Andrômaca, 
esposa de Heitor e nora de Hécuba será de 
Neptólemo (filho de Aquiles) e Hécuba será 
escrava de Odisseu.
Athena é deusa da sabedoria, 
da guerra justa, deusa da 
justiça. 
... estimulou os gregos contra os troianos misturando-se ao exército 
e proferindo gritos de guerra. Teve uma atuação indireta na captura do Paládio 
pelos gregos, que assegurou a queda de Troia, pois uma profecia dizia que 
enquanto o Paládio permanecesse em posse dos troianos a cidade seria inexpugnável.
Poseidon, deus do mar, 
Filho dos titãs Chronos e 
Réia, irmão de Zeus. 
Na história da Guerra De Tróia, Poseidon e Apolo 
ajudaram o rei na construção dos muros daquela cidade e a eles 
foi prometida uma recompensa, porém foram enganados, 
pois o rei não os recompensou. Foi então que Poseidon muito enfurecido 
se vingou de Tróia e enviou um monstro do mar que saqueou 
toda a terra de Tróia e durante a guerra ele ajudou os gregos.
ATENA - Quando partirem suas naus daqui de Tróia 
levando-os de retorno ao lar, conforme esperam. 
Zeus as fustigará com chuvas em torrentes 
e tempestades escurecerão os céus; 
meu pai nos cederá o fogo de seus raios 
para com eles açoitarmos os soldados 
e incendiarmos suas naus; faze tu mesmo 
vagas enormes estrondarem sobre a rota 
amontoado em turbilhões no Egeu as ondas 
e enchendo de cadáveres o mar sulcado 
de Eubéia para que os gregos enfim aprendam 
a respeitar os meus altares no futuro 
e a venerar outros deuses como é justo.
POSEIDON - Assim será. Não há sequer necessidade 
de longas falas para obter esses serviços. 
Agitarei as águas abismais do Egeu; 
o litoral micônio e os recifes délios 
de Ciros e de Lemos, mesmo o promontório 
de Cafareu receberão os corpos mortos 
das numerosas vítimas de nossa ira. 
(...) 
O homem que destrói cidades é demente 
como o profanador de templos e de túmulos, 
asilos sacrossantos dos parentes mortos, 
Quem age dessa forma cedo há de perder-se.
Unidade 1 - Hécuba - lamentações - coro - entrada do arauto Taltíbio 
Cassandra deverá ser a concubina de Agamêmnon, a quem coube como presa de guerra. Políxena, outra 
filha de Hécuba, o arauto fala enigmaticamente de sua morte próxima, Andrômaca, viúva de Heitor (o 
maior dos heróis troianos filho de Hécuba e Príamo), coube na partilha a Neoptólemo (filho de Aquiles, 
o principal herói grego na guerra em que perdeu a vida), e a própria Hécuba será escrava de Odisseu, 
mais detestado por ela que todos os outros gregos; 
Unidade 2 - Cassandra em delírio num imaginário hino nupcial em sua própria honra,e profetiza 
desgraças a Agamênmon; 
Unidade 3 - Andrômaca e o pequeno Astiânax. filho dela e de Heitor, aparecem num carro conduzido 
por soldados gregos; Hécuba fica sabendo da morte de Políxena, imolada sobre o túmulo de Aquiles. 
Hécuba pede a Andrômaca para que ela seja agradável ao seu novo Senhor, na pretensão de que 
Astiânax, quando adulto revivesse a antiga grandeza de Tróia;
Unidade 4 - Entrada do arauto grego Taltíbio com a mensagem terrível, decidido pelos gregos e o 
Conselho de Odisseu, que Astiânax fosse lançado do alto das muralhas ao chão, pois se 
permanecesse vivo seria uma ameaça para a Grécia. 
Unidade 5 - Aparece Menelau, satisfeito com a oportunidade de castigar Helena, sua mulher infiel, 
causadora da guerra que findava entre os gregos e os troianos; 
Unidade 6 - Taltíbio, o arauto grego, retorna com o corpo de Astiânax. 
Unidade 7 - Incêndio final de Tróia pelos gregos, após uma tentativa frustrada de Hécuba de lançar-se 
às chamas. As cativas, com Hécuba a frente, dirigem-se a última Nau grega ainda em Tróia, que 
as levará à Grécia para a escravidão.
Unidade 1 
HÉCUBA -(Poseidon afasta-se. Hécuba começa a mover-se lentamente e tenta levantar-se) 
Ah! Naus de proas lépidas que os remos 
fizera ir até a sacra Ílion 
cortando o mar purpúreo, procedentes 
de vários pontos da distante Hélade! 
De certo foi ao som das flautas lúgubres 
e trompas estridentes que, lançando 
ao mar as longas cordas que o Egito 
aos nautas ensinou a bem trançar, 
firmastes - ai de mim! - vossas amarras 
no ancoradouro plácido de Tróia.
Vieste procurar a esposa pérfida 
de Menelau, opróbrio de Castor 
e mácula do Eurotas, assassina 
de Príamo, pai de cinquenta filhos, 
e para mim - infortunada Hécuba - 
causa de minha ruína e de meus males! 
Ah! Infeliz de mim! A que cheguei aqui? À tenda de Agamêmnon! 
Como cativa levam-me de casa, 
decrépita, os cabelos aparados 
- sinal de luto -, o rosto macerado… 
(...) 
Tróia está envolta em chamas.
Unidade 2 
CASSANDRA - Coroa minha fronte vencedora, mãe, 
e regozija-te com minhas núpcias régias. 
Conduz-me ao esposo meu e se pareço 
medrosa ou relutante, usa a força e leva-me. 
Se Apolo é deus e tem poderes, Agamêmnom, 
o rei, terá em mim esposa mais funesta 
que Helena; fa-lo-ei morrer e arruinarei 
a sua casa e raça como ele a minha, 
vingando assim meu pai e meus irmão finados. 
(...) 
Desejo apenas convencer-te, minha mãe, 
de que os troianos são mais felizes que os gregos.
Embora esteja possuída por um deus, 
para provar-te vou sair de meu delírio. 
Por causa de uma só mulher, de um só amor, 
só por Helena, quantos gregos pereceram! 
The Courtship of Paris and Helen (detail), 
by Jacques-Louis David (1748-1825)
Unidade 3 e 4 
HÉCUBA PARA ANDRÔMACA - 
Coragem, minha cara nora! Deixa Heitor 
ao seu destino; não te salvarão as lágrimas. 
Reverencia teu novo senhor e mostra-lhe 
o privilégio que é para qualquer homem 
a convivência com mulher tão bem-dotada. 
Assim alegrarás todos os teus amigos 
e prestarás a Tróia um serviço imenso 
cuidando de criar o filho de meu filho 
para que um dia -ah! se os deuses me escutassem!- 
filhos nascidos dele reconstruam Ílion 
e façam renascer maior a nossa terra!
Andrômaca dirigindo-ae ao Taltíbio e aos soldados que o acompanham 
ANDRÔMACA - Pois seja assim! Arrebatai-me esta criança, 
levai-a já de mim, lançai-a das alturas 
se voz apraz! Fartai-vos desta carne tenra! 
Os deuses decretaram nossa perdiç~]ao 
e não posso impedir a morte de meu filho! 
Levai-me a algum lugar recôndito; levai 
meu desgraçado corpo à nau de meu senhor! 
É para belas bordas que navegarei 
após haver perdido assim meu filho amado!
Unidade 5 
Menelau falando para Hécuba sobre sua decisão quanto ao castigo de Helena, sua esposa infiel 
MENELAU - Se quem amamos nos amou com força igual. 
Mas tudo se fará segundo teus desejos: 
não subirá Helena agora à minha nau. 
É bom o teu conselho. Em Argos esta infame 
terá a morte merecida e seu castigo 
levará as mulheres a ter mais recato, 
por mais difícil que lhe seja. Seu suplício 
inspirará maior decência às desbriadas 
e sensatez até às mais despusdoradas.
Unidade 6 
Hécuba segurando o corpo de Astiânax 
HÉCUBA - Em tua vida breve não tiveste tempo, 
minha criança, de vencer teus companheiros 
nas provas hípicas ou no manejo do arco; 
pois a mãe de teu pai depõe sobre um cadáver 
os galardões que um dia tu conquistarias 
se Helena detestada não houvesse antes 
roubado a tua vida e destruído tudo!...
Unidade 7 
Hécuba e as outras mulheres troianas embarcando na última nau que vai em direção à Grécia 
HÉCUBA - Ah! Infeliz de mim! Agora vejo o cúmulo 
de minha desventura; deixo à minha pátria, 
minha cidade toda está envolta em chamas! 
Coragem, pobre velha! Num esforço extremo dize o adeus final à tua terra infausta. 
Ah! Tróia, que sobressaías orgulhosa 
entre as cidades habitadas pelos bárbaros! 
Perdes num átimo teu nome gloriosoo. 
Destroem-te com fogo e levam-me cativa! 
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Membros meus muito frágeis! Levai-me, 
conduzi-me na marcha forçada. 
Comecemos a triste jornada 
até nosso cruel cativeiro! 
CORO 
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PIGNARRE, Robert. História do Teatro. 3 Ed. actualizada. Coleção Saber. Publicações em Europa-América 
BRANDÃO, Junito de Souza. Teatro Grego: Tragédia e Comédia. 4 Ed. Vozes Petrópolis, RJ.
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As Troianas - Eurípedes

  • 1.
  • 2.
  • 3. Eurípedes, viveu aproximadamente entre 480 e 406 a.C. Nasceu em Salamina e morreu em Pela, na Macedônia. Venceu quatro vezes o Festival de Teatro Ateniene; e, das dezessete tragédias euridipianas que chegaram até nós, doze são nomes femininos e treze tem como protagonista uma mulher.
  • 4. “Se Ésquilo concebeu seu teatro como a representação profundamente religiosa de um evento lendário, e Sófocles fez de seu drama o desenvolvimento normal de uma vontade e de um caráter em uma situação determinada. Eurípedes há de conceber a tragédia como uma ‘práxis’ do homem, operando por isso mesmo, uma profunda dicotomia entre o mundo dos deuses e o mundo dos homens. É que, para o poeta de Medéia, o ‘kósmos’ trágico não é mais o mito, mas o coração humano, ao qual o grande poeta desceu como se fora um mergulhador e de lá arrancou sua tragédia.” (BRANDÃO,Junito de Souza. Teatro Grego -tragédia e comédia.pg 57)
  • 5. “Coagido a produzir um gênero com maioridade literária definida, já elevado à perfeição por Ésquilo e Sófocles, com uma estrutura inflexível, temas de inspiração gastos, por um lado, mas obrigatórios por outro (o mito), o gosto do público já formado, moldes enfim que não podia como pensador acertar, nem tampouco como poeta romper, o autor de Hécuba tomou uma posição de rebeldia contra as tradições teatrais, não só quanto às fontes e critérios de inspiração, mas também no tocante a estrutura da tragédia. Arrancando de suas personagens a majestade teatral de outrora, o trágico inovador procurou substituí-la pelos rugidos das paixões e arrebatamentos afetivos, em cuja descrição é mestre consumado. Fazendo a tragédia descer do Olimpo para as ruas de Atenas, Eurípedes secularizou-a, fundindo assim a linguagem da Ágora com a do Pireu. Se é verdade que em Ésquilo as personagens existem em função da fábula e em Sófocles a fábula existe em função das personagens, em Eurípedes, personagens e Fábula são elaboradas em função do ‘pathos’. Em outros termos, a paixão amorosa tão ausente em Ésquilo e Sófocles, há de ser a mola mestra do drama euridipiano.”(BRANDÃO,Junito de Souza. Teatro Grego -tragédia e comédia.pg 59)
  • 6. * Dessacralização do mito * Diminuição da importância do coro * Baseado na razão (sofista), a ‘terrível Moira em Eurípedes foi substituída pelo poder do acaso, que será o deus do século IV a.C.’’
  • 7. Aristóteles afirma na Poética que Sófocles dizia que pintava os homens como deveriam ser e que Eurípedes os pintava como eram.
  • 8.
  • 9. - Gênero Dramático : Tragédia Época da ação : Idade heróica da Grécia Local: Tróia Primeira representação: 415 a.C.
  • 10. - Unidade de ação dramática: Divisão das mulheres de Tróia, tornadas cativas pelos Gregos. - Unidade de tempo dramático: Após a Queda de Tróia, vencida pelos Gregos - Unidade de lugar dramático: Tendas, fora das muralhas de Tróia.
  • 11. O acampamento dos gregos diante de Tróia. Ao longe a cidade, de onde se eleva a fumaça de incêndios; no fundo da cena algumas tendas onde estão confinadas as cativas troianas.
  • 12. Personagens: * Poseidon, deus do mar * Atena, deusa também conhecida como Palas * Hécuba, viúva de Príamo, rei de Tróia * Coro, composto de virgens troianas (primeiro semicoro) e de viúvas de guerreiros troianos (segundo semicoro) * Taltíbio, arauto dos gregos
  • 13. * Cassandra, filha de Hécuba e de Príamo, profetisa e sacerdotisa de Apolo * Andrômaca, viúva de Heitor, o maior dos guerreiros troianos, nora de Hécuba e mãe de Astiânax * Menelau, irmão de Agamemnom, o comandante dos gregos em Tróia * Helena, mulher de Menelau * Astiânax, filho de Heitor e Andrômaca, ainda criança
  • 14. Os gregos são também chamados de argivos e helenos. A Grécia também é mencionada como Hélade. Os troianos são também chamados de frígios. Tróia também é chamada de Ílion; sua cidadela chamava Pérgamo. Frígia era a região em que ficava Tróia.
  • 15. O deus Poseidon e a deusa Atena explicam que estão abandonando Tróia com relutância e combinam um plano de vingança contra os gregos por seus atos de impiedade; Poseidon, deus do mar, destruirá a frota grega em seu retorno à pátria.
  • 16. Após a queda de Troia, as mulheres são escravizadas e aguardam o embarque para os novos lares. Taltíbio, o arauto, anuncia que Polixena, filha de Hécuba, será sacrificada, e que seu neto Astiánax será morto; posteriormente, seu corpo é entregue a Hécuba. Helena, entre as cativas, tenta se reconciliar com Menelau enquanto espera o embarque
  • 17. Herói trágico (Herói coletivo) : Os gregos Vítima coletiva: Os troianos
  • 18. Conflito subjetivo - a despedida da sua terra, estratégia de reviver Tróia por Astiânax e seus descendentes
  • 19. Filha de Hécuba, Cassandra, será concubina de Agamêmnom, Políxena, outra filha de Hécuba é dada em sacrífico para Aquiles. Andrômaca, esposa de Heitor e nora de Hécuba será de Neptólemo (filho de Aquiles) e Hécuba será escrava de Odisseu.
  • 20.
  • 21. Athena é deusa da sabedoria, da guerra justa, deusa da justiça. ... estimulou os gregos contra os troianos misturando-se ao exército e proferindo gritos de guerra. Teve uma atuação indireta na captura do Paládio pelos gregos, que assegurou a queda de Troia, pois uma profecia dizia que enquanto o Paládio permanecesse em posse dos troianos a cidade seria inexpugnável.
  • 22. Poseidon, deus do mar, Filho dos titãs Chronos e Réia, irmão de Zeus. Na história da Guerra De Tróia, Poseidon e Apolo ajudaram o rei na construção dos muros daquela cidade e a eles foi prometida uma recompensa, porém foram enganados, pois o rei não os recompensou. Foi então que Poseidon muito enfurecido se vingou de Tróia e enviou um monstro do mar que saqueou toda a terra de Tróia e durante a guerra ele ajudou os gregos.
  • 23. ATENA - Quando partirem suas naus daqui de Tróia levando-os de retorno ao lar, conforme esperam. Zeus as fustigará com chuvas em torrentes e tempestades escurecerão os céus; meu pai nos cederá o fogo de seus raios para com eles açoitarmos os soldados e incendiarmos suas naus; faze tu mesmo vagas enormes estrondarem sobre a rota amontoado em turbilhões no Egeu as ondas e enchendo de cadáveres o mar sulcado de Eubéia para que os gregos enfim aprendam a respeitar os meus altares no futuro e a venerar outros deuses como é justo.
  • 24. POSEIDON - Assim será. Não há sequer necessidade de longas falas para obter esses serviços. Agitarei as águas abismais do Egeu; o litoral micônio e os recifes délios de Ciros e de Lemos, mesmo o promontório de Cafareu receberão os corpos mortos das numerosas vítimas de nossa ira. (...) O homem que destrói cidades é demente como o profanador de templos e de túmulos, asilos sacrossantos dos parentes mortos, Quem age dessa forma cedo há de perder-se.
  • 25. Unidade 1 - Hécuba - lamentações - coro - entrada do arauto Taltíbio Cassandra deverá ser a concubina de Agamêmnon, a quem coube como presa de guerra. Políxena, outra filha de Hécuba, o arauto fala enigmaticamente de sua morte próxima, Andrômaca, viúva de Heitor (o maior dos heróis troianos filho de Hécuba e Príamo), coube na partilha a Neoptólemo (filho de Aquiles, o principal herói grego na guerra em que perdeu a vida), e a própria Hécuba será escrava de Odisseu, mais detestado por ela que todos os outros gregos; Unidade 2 - Cassandra em delírio num imaginário hino nupcial em sua própria honra,e profetiza desgraças a Agamênmon; Unidade 3 - Andrômaca e o pequeno Astiânax. filho dela e de Heitor, aparecem num carro conduzido por soldados gregos; Hécuba fica sabendo da morte de Políxena, imolada sobre o túmulo de Aquiles. Hécuba pede a Andrômaca para que ela seja agradável ao seu novo Senhor, na pretensão de que Astiânax, quando adulto revivesse a antiga grandeza de Tróia;
  • 26. Unidade 4 - Entrada do arauto grego Taltíbio com a mensagem terrível, decidido pelos gregos e o Conselho de Odisseu, que Astiânax fosse lançado do alto das muralhas ao chão, pois se permanecesse vivo seria uma ameaça para a Grécia. Unidade 5 - Aparece Menelau, satisfeito com a oportunidade de castigar Helena, sua mulher infiel, causadora da guerra que findava entre os gregos e os troianos; Unidade 6 - Taltíbio, o arauto grego, retorna com o corpo de Astiânax. Unidade 7 - Incêndio final de Tróia pelos gregos, após uma tentativa frustrada de Hécuba de lançar-se às chamas. As cativas, com Hécuba a frente, dirigem-se a última Nau grega ainda em Tróia, que as levará à Grécia para a escravidão.
  • 27.
  • 28. Unidade 1 HÉCUBA -(Poseidon afasta-se. Hécuba começa a mover-se lentamente e tenta levantar-se) Ah! Naus de proas lépidas que os remos fizera ir até a sacra Ílion cortando o mar purpúreo, procedentes de vários pontos da distante Hélade! De certo foi ao som das flautas lúgubres e trompas estridentes que, lançando ao mar as longas cordas que o Egito aos nautas ensinou a bem trançar, firmastes - ai de mim! - vossas amarras no ancoradouro plácido de Tróia.
  • 29. Vieste procurar a esposa pérfida de Menelau, opróbrio de Castor e mácula do Eurotas, assassina de Príamo, pai de cinquenta filhos, e para mim - infortunada Hécuba - causa de minha ruína e de meus males! Ah! Infeliz de mim! A que cheguei aqui? À tenda de Agamêmnon! Como cativa levam-me de casa, decrépita, os cabelos aparados - sinal de luto -, o rosto macerado… (...) Tróia está envolta em chamas.
  • 30. Unidade 2 CASSANDRA - Coroa minha fronte vencedora, mãe, e regozija-te com minhas núpcias régias. Conduz-me ao esposo meu e se pareço medrosa ou relutante, usa a força e leva-me. Se Apolo é deus e tem poderes, Agamêmnom, o rei, terá em mim esposa mais funesta que Helena; fa-lo-ei morrer e arruinarei a sua casa e raça como ele a minha, vingando assim meu pai e meus irmão finados. (...) Desejo apenas convencer-te, minha mãe, de que os troianos são mais felizes que os gregos.
  • 31. Embora esteja possuída por um deus, para provar-te vou sair de meu delírio. Por causa de uma só mulher, de um só amor, só por Helena, quantos gregos pereceram! The Courtship of Paris and Helen (detail), by Jacques-Louis David (1748-1825)
  • 32. Unidade 3 e 4 HÉCUBA PARA ANDRÔMACA - Coragem, minha cara nora! Deixa Heitor ao seu destino; não te salvarão as lágrimas. Reverencia teu novo senhor e mostra-lhe o privilégio que é para qualquer homem a convivência com mulher tão bem-dotada. Assim alegrarás todos os teus amigos e prestarás a Tróia um serviço imenso cuidando de criar o filho de meu filho para que um dia -ah! se os deuses me escutassem!- filhos nascidos dele reconstruam Ílion e façam renascer maior a nossa terra!
  • 33. Andrômaca dirigindo-ae ao Taltíbio e aos soldados que o acompanham ANDRÔMACA - Pois seja assim! Arrebatai-me esta criança, levai-a já de mim, lançai-a das alturas se voz apraz! Fartai-vos desta carne tenra! Os deuses decretaram nossa perdiç~]ao e não posso impedir a morte de meu filho! Levai-me a algum lugar recôndito; levai meu desgraçado corpo à nau de meu senhor! É para belas bordas que navegarei após haver perdido assim meu filho amado!
  • 34. Unidade 5 Menelau falando para Hécuba sobre sua decisão quanto ao castigo de Helena, sua esposa infiel MENELAU - Se quem amamos nos amou com força igual. Mas tudo se fará segundo teus desejos: não subirá Helena agora à minha nau. É bom o teu conselho. Em Argos esta infame terá a morte merecida e seu castigo levará as mulheres a ter mais recato, por mais difícil que lhe seja. Seu suplício inspirará maior decência às desbriadas e sensatez até às mais despusdoradas.
  • 35. Unidade 6 Hécuba segurando o corpo de Astiânax HÉCUBA - Em tua vida breve não tiveste tempo, minha criança, de vencer teus companheiros nas provas hípicas ou no manejo do arco; pois a mãe de teu pai depõe sobre um cadáver os galardões que um dia tu conquistarias se Helena detestada não houvesse antes roubado a tua vida e destruído tudo!...
  • 36. Unidade 7 Hécuba e as outras mulheres troianas embarcando na última nau que vai em direção à Grécia HÉCUBA - Ah! Infeliz de mim! Agora vejo o cúmulo de minha desventura; deixo à minha pátria, minha cidade toda está envolta em chamas! Coragem, pobre velha! Num esforço extremo dize o adeus final à tua terra infausta. Ah! Tróia, que sobressaías orgulhosa entre as cidades habitadas pelos bárbaros! Perdes num átimo teu nome gloriosoo. Destroem-te com fogo e levam-me cativa! (...)
  • 37. Membros meus muito frágeis! Levai-me, conduzi-me na marcha forçada. Comecemos a triste jornada até nosso cruel cativeiro! CORO Ai! Adeus, minha triste cidade! Caminhemos, forcemos os pés a marchar para as naus dos aqueus!...
  • 38. Hecuba Blinding Polymestor by Giuseppe Maria Crespi
  • 39. Vanessa Redgrave in the title role in a scene from the Royal Shakespeare Company's production of "Hecuba," at the Brooklyn Academy of Music.
  • 40. Helen implores Menelaus, with Hecuba and others looking on (image in The Listener, 13 Jan. 1958, p. 134)
  • 43. http://screenplaystv.wordpress.com/2011/06/21/women-of-troy-bbc-1958/ http://graphics8.nytimes.com/images/2005/06/20/arts/20hecuXL.jpg http://sevilla.abc.es/cordoba/20140213/sevi-concha-velasco-trae-marzo-201402122121.html PIGNARRE, Robert. História do Teatro. 3 Ed. actualizada. Coleção Saber. Publicações em Europa-América BRANDÃO, Junito de Souza. Teatro Grego: Tragédia e Comédia. 4 Ed. Vozes Petrópolis, RJ.