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Maria Alberta Menéres
Maria Alberta Menéres
Natural de Vila Nova de Gaia, onde nasceu a 25/8/1930, Maria
Alberta Rovisco Garcia Menéres licenciou-se em Ciências
Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa. Poetisa,
escritora e professora, foi ainda funcionária da RTP. Estreou-se na
poesia com o livro Intervalo, publicado em 1952. Colaborou em várias
publicações de que salientamos: «Jornal do Fundão», «Diário de
Notícias», «Cadernos do Meio-Dia», «Távola Redonda».
Maria AIberta Menéres é uma das mais destacadas figuras da
literatura infantil portuguesa, à qual tem dedicado muito do
seu saber e talento.
A sua obra é vasta neste domínio e atravessada
por histórias originais, recolha tradicional,
versão de obras clássicas, teatro infantil e poesia
para crianças.
“E Ulisses, existiu? E Homero,
existiu?
E o Sol, existe? E a Lua,
existe?
Quem foi Homero?
Homero foi o primeiro grande poeta grego cuja obra chegou
até nós. Viveu no séc. VIII a.C, período coincidente com
o ressurgimento da escrita na Grécia. Consagrou o género
épico com as obras Ilíada e Odisséia.
Quem foi Ulisses?
Odisseu (na Grécia) ou Ulisses (em Roma) é um
personagem da Ilíada e da Odisseia de Homero.
É a personagem principal dessa última obra. Ulisses é
uma figura à parte em Troía. É um dos mais ardilosos guerreiros de toda a
epopéia grega em Troía, e mesmo depois dela, quando do seu longo retorno ao
seu reino, Itaca, uma das numerosas ilhas gregas.
Herói grego, Ulisses era Rei de Ítaca e filho de Laerte. A princípio, cortejou
Helena, mas, em vista do grande número de pretendentes, acabou por auxiliar
Tíndaro, pai adoptivo de Helena, na escolha do pretendente. Essa escolha recaiu
sobre Menelau, tendo o itacense então casado com Penélope. Daí a amizade
existente entre Menelau, seu irmão Agamemnon e Ulisses.
Da união com Penélope nasceu Telêmaco, seu
querido filho, do qual teve de se apartar muito
cedo para lutar
ao lado de outros gregos em Tróia. Foi um dos
elementos mais atuantes no cerco de Tróia, no
qual se destacou principalmente por sua
prudência e astúcia.
Durante a citada guerra, muitas batalhas os gregos venceram a conselho
de Ulisses, sendo este mesmo um grande guerreiro, apesar de sua baixa
estatura (algumas lendas diziam mesmo que era anão). Tentou em vão
convencer Aquiles a cessar sua ira contra Agamemnon, sem obter
sucesso.
Um de seus mais famosos ardis foi ajudar na construção de um cavalo de
madeira, que permitiu a entrada dos exércitos gregos na
cidade.
A presença dos deuses na obra é constante. Uma parte dos deuses está do
lado dos troianos, outra parte está do lado dos gregos (aqueus)
Apolo, Afrodite, Ares….do lado dos Troianos.
Atena , Hera e Zeus do lado dos gregos
Os Gregos eram politeístas, isto é, adoravam vários deuses, acreditando que
esses deuses tinham forma humana, embora fossem mais belos e poderosos
que os homens, imortais e possuidores de poderes mágicos.
Os deuses gregos revelavam também qualidades e defeitos semelhantes aos
dos seres humanos: apaixonavam-se, sofriam, conheciam aventuras e
desventuras e os Gregos falavam deles como se fossem pessoas: contavam a
história da sua vida, as suas lutas, sentimentos...
Ao conjunto das histórias maravilhosas da vida dos deuses e heróis gregos
chama-se mitologia.
Mitologia grega
Para os Gregos, os deuses eram descendentes da terra - Gaia - e do céu -
Urano - e tinham grandes semelhanças com os homens. Pensavam que
eram governados por um rei, Zeus, senhor do universo, dos trovões e da
chuva. Vivia no Monte Olimpo com a sua mulher, a deusa Hera, protectora
do casamento, e com os filhos: Ares, deus da guerra, Hermes, deus dos
comerciantes e dos ladrões, Afrodite, nascida da espuma do mar, deusa do
amor, Atena (também chamada Minerva), deusa da inteligência e da razão,
feia mas sábia, imaginada como uma guerreira, porque também
representava a arte da guerra e a vitória.
Irmãos de Zeus, mas que não viviam no Monte Olimpo, eram Poseidon, deus
do mar, e Hades, senhor dos Infernos, mundo subterrâneo, reino dos
mortos. Outros deuses importantes eram Dionísio, deus do vinho e da
embriaguês, Hestia, deusa do lar e Hefestos, filho de Hera, deus do fogo e
dos metais.
Para os Gregos, cada deus tinha um determinado domínio de acção. Aos
deuses mais importantes eram construídos grandes templos e grandes
santuários em sua honra, tendo chegado aos dias de hoje vestígios de
muitos deles.
Acreditava-se na altura que os deuses seriam bondosos e compreensivos
para com os humanos se estes lhes oferecessem as suas colheitas,
sacrifícios de animais ou dádivas em ouro e prata. Para além disso,
faziam-se também em sua honra festas, jogos e festivais, que se
realizavam anualmente ou de quatro em quatro anos.
A maioria dos Gregos não acreditava na existência de uma vida para
além da morte e, portanto, achava mais importante pedir aos deuses
protecção na vida terrena.
No entanto, acreditavam que a almas dos mortos passavam a vaguear
como sombras num mundo subterrâneo, escuro, o reino de Hades ou
dos Infernos, sem esperança de se poderem libertar.
A vida no Olimpo era muito agradável, os deuses passavam a maior
parte do tempo em banquetes e a ouvir música tocada por Apolo na
sua lira e cantada pelas musas. No entanto, muitas vezes, os deuses
ausentavam-se do Olimpo para descer à Terra, onde ajudavam os
heróis mortais a saírem vitoriosos das suas aventuras.
O Monte Olimpo é o ponto mais alto de toda a Grécia com uma
altitude de 2 917 m.
Na antiga Grécia foi considerado a casa dos deuses importantes.
Segundo reza a história a entrada para o Olimpo fazia-se através de
um portão feito de nuvens, isto talvez se possa atribuir ao facto de o
cume da montanha, devido à sua altitude, estar sempre coberto de
Gregos Romanos Deuses - simbologia
Zeus Júpiter Pai dos deuses, filho de Cronos e de Reia. A esposa de Zeus foi sua irmã Hera. Era
representado como homem forte e barbado, de aspecto majestoso, com um raio na mão
sobre uma águia.
Afrodite Vénus Filha de Zeus e Dione. É a deusa do amor e da beleza. Hefesto recebeu-a como esposa, mas
esta, incapaz de lhe ser fiel, procurou o amor de Ares, de quem teve Eros. Amou também
Hermes, Dioniso, Anquises (de quem teve Eneias) e Adónis. Símbolos: a pomba, a romã, o
cisne e a murta.
Ares Marte Deus da guerra, presente em todos os combates. Era representado como um guerreiro
completamente armado, acompanhado por um galo. Fiel apaixonado de Vénus.
Apolo Febo Deus das Artes. O deus mais venerado depois de Zeus. Identifica-se com o Sol - daí ser
chamado também Febo (brilhante) - e o ciclo das estações do ano.
Instrumento- lira. Deus da profecia, da medicina e da arte do arco-e-flecha
(mitologia greco-romana posterior: deus do Sol)
Artemis Diana Filha de Zeus e de Leto, irmã de Apolo. Deusa da caça e da castidade, é representada num
coche, tirada por corças, armada de arco e aljava com setas e uma meia-lua sobre a cabeça.
Atena Minerva Deusa da Sabedoria e da guerra justa, possuía uma disposição pacífica, representando a
preponderância da razão e do espírito sobre o impulso irracional. Deusa protectora de
Atenas e outras cidades da Ática. Acredita-se que ela era originalmente a deusa-serpente
de Creta. Imagem guerreira, com capacete, lança, escudo e couraça.
Eolo … Deus dos ventos
Poseídon Neptuno Deus dos mares, era filho de Cronos, deus do tempo, e Réia, deusa da fertilidade e irmão de
Zeus e Hades . É representado como um homem forte, de barbas brancas, com um tridente
na mão e acompanhado de golfinhos e outros animais marinhos.
Hefestos Vulcano Deus do fogo. Patrono dos ferreiros e dos artesãos em geral, é responsável, segundo a lenda,
pela difusão da arte de usar o fogo e da metalurgia. Era geralmente representado como um
homem de meia-idade, barbado, vestido com uma túnica sem mangas e com um gorro sobre
o cabelo desgrenhado.
ATENA
Artemis Apolo
cronos Eolo
Zeus Hades
Hermes
Afrodite Eros Ares
Minerva
Prometeu
Vulcano
Vénus
Poseidon
Grandes aventuras esperam
Ulisses...

Vamos descobrir …
A história de Ulisses, rei de Ítaca, desenvolve-
se nos seguintes espaços:
Ulisses vivia numa ilha grega que se chamava Ítaca, com a sua mulher Penélope
e o seu filho Telémaco. Era um rei diferente, que gostava de caçar e conversar
com o seu povo. De espírito irrequieto e aventureiro, quando estava em casa
só pensava em ir ao encontro de aventuras, do desconhecido pois o que o
entusiasmava era o mar... só o mar... o mar... Só o mar
Quando o príncipe Páris raptou a bela rainha Helena de Tróia, Ulisses não quis ir
para a guerra e fingiu estar louco para não ir. Mas....lá foi com os seus
guerreiros, pensando alegremente que iam ter uma vitória fácil e, em
breve, regressariam ao reino.
Em Ítaca
O cerco e ataque a Tróia
O cerco e a guerra de Tróia duraram 10 anos....
Dez anos sem os Gregos verem a Pátria, a família... já ninguém
sabia suportar a saudade, o esforço de manter um cerco
durante tanto tempo. Aquilo não podia continuar assim!
Ulisses teve a ideia de construir um enorme cavalo de pau, assente
num estrado com rodas para se poder deslocar. Dentro da
barriga do cavalo esconderam-se alguns homens. O cavalo foi
deixado, como oferta, às portas da cidade de Tróia. Os outros
Gregos fingiram que se retiravam.
Passados 4 dias, os Troianos convenceram-se que os Gregos
tinham mesmo partido. Abriram, devagarinho, as portas da
cidade e levaram para o meio da praça o cavalo, começando a
festejar a vitória.
Durante a madrugada, quando os Troianos estavam a descansar,
os Gregos saíram de dentro do cavalo, abriram as portas da
cidade aos companheiros e destruíram, completamente, Tróia.
Início da viagem de regresso
que vai durar outros 10 anos
Cheios de saudades os Gregos meteram-
se nos barcos e dirigiram-se para as
suas terras. (Ulisses) reuniu-se com
quarenta valentes marinheiros e lá
foram num belo navio em direção a
Ítaca...Agora em pleno mar, Ulisses só
pensa em regressar à pátria...Os deuses,
furiosos, intervieram sob a forma de
uma estranha corrente submarina que
os ia levando para onde eles não
queriam ir.
A corrente não abrandava
nunca. Aumentava....aumentava....au
mentava
Na terra dos Ciclopes
Começaram a avistar terra: era uma ilha onde o navio
calmamente aportou.
Mas havia entre eles um que era mais forte do que todos
...mais cruel do que todos... mais bravo do que todos e que
era o
terror de todos.
Chamava-se Polifemo e tinha um mau génio horrível,
zangava-se por tudo e por nada e depois dava murros para
a
esquerda murros para
a direita..."
Depois de frustrarem as intenções que Polifemo tinha de
comer os homens, conseguiram fugir da gruta, agarrados
às barrigas das ovelhas, depois de terem cegado o gigante.
Ilha de Éolia
A viagem de Ulisses continuou e aportaram na ilha da Eólia.
Foram bem recebidos e o rei ofereceu-lhes um saco feito de
pele de boi onde tinha metido todos os ventos do mundo à
exceção de Zéfiro, a brisa suave. Mas avisou-o do grande
perigo que seria se alguém abrisse o saco pois os ventos
soltar-se-iam....
Os marinheiros, curiosos por saber o que o saco continha,
abriram-no às escondidas de Ulisses.
os ventos...revolveram os mares agitaram as
nuvens revolveram os mares agitaram as
nuvens espalharam a chuva acenderam a terrível
tempestade e Ulisses acordou no meio da maior confusão
de que jamais houve memória!
Ilha de Circe
Cansado e desiludido, Ulisses chegou a uma
nova ilha. Estranhou não ver os seus
marinheiros mas encontrou Euríloco: soube
então que naquela ilha vivia uma
lindíssima feiticeira, Circe, que ao dar de
beber aos homens um licor, os
transformava em animais e os marinheiros
eram agora...porcos!
A deusa Minerva deu-lhe a erva da vida que
o livraria da má sorte. Depois de muito
tempo e do arrependimento de Circe
seguiu os seus conselhos: dirigir-se à ilha
dos Infernos e falar com Tirésias, o profeta
que lhe daria novas da sua família. Falou-
lhe também do perigo de ouvir os cânticos
das sereias....
E lá foram eles,
"entre onda e onda, em azul e verde, de
contente coração".
No Reino dos Infernos
Nesta ilha apenas havia desolação e as sombras, as
almas vagueando...
Cérbero, o cão de três cabeças, o cão que dorme com
os olhos abertos, guarda a gruta. Ulisses apenas
comunica com as sombras a quem oferecer carne de
uma ovelha negra que Circe lhe dera.
E vê a mãe que ele ainda imaginava viva e lhe fala
dos perigos que ameaçam a sua família e do
estratagema que Penélope arranjara para adiar os
seus pretendentes: de noite desmancha a teia que
tece durante o dia.
E vê Tirésias que lhe confirma a confusão que reina em
Ítaca.
E vê Tântalo, um homem que fora cruel em vida e que
agora cumpre o seu castigo: metido numa lagoa, quando
vai beber a água escoa-se; quando tenta apanhar os frutos
ao seu alcance eles escapam-se-lhe
E vê Sísifo, que fora um rei desumano e cujo castigo era
empurrar um rochedo que rolava constantemente.
Incapaz de suportar tanta desolação, Ulisses e os
marinheiros afastaram-se daquele lugar.
Mar das Sereias
Aproximando-se do mar das Sereias os marinheiros
quiseram colocar cera nos seus ouvidos mas Ulisses,
teimoso, não o permitiu e insistiu em ser amarrado a um
mastro.
"Quero ouvir o canto das sereias. Dizem que elas encantam
os marinheiros com a sua bela voz e eu quero sentir esse
encantamento."
E o cântico chorava suavíssimo, violentíssimo,
vindo de dentro das ondas, de dentro das
cores, de dentro
do vento. E Ulisses sofria pavorosamente
E os marinheiros continuavam a remar,
a remar, a remar, a remar, a remar, a remar, a
remar, a remar, a remar, a remar...
No final Ulisses parecia um velho, cheio de
sangue e suor.
E continuam e passam junto de dois enormes
rochedos um era como enorme boca
e outro como tremenda mão
e houve um naufrágio e ficou só, único
sobrevivente do último naufrágio.
Na terra dos Feácios
Desmaia e perde a memória quando
alcança as praias de uma nova ilha.
É recebido por Nausica, a filha do rei
Alcino e da rainha Arete. Está na
Córcira, a terra dos Feácios. depois de
contar a sua história parte para Ìtaca.
E dorme. E dorme.
Regresso a casa
Os marinheiros depositam-no adormecido numa praia e
partem. Quando acorda, entristecido por se encontrar de
novo sozinho, vê Minerva que lhe diz estar na sua terra.
Transforma-o num "mendigo roto, velho e triste em quem
ninguém reconheceria o valente, belo e manhoso Ulisses".
Na casa de Eumeu encontra Telémaco e revela-lhe quem
é. Estabelecem um plano.
De manhã é reconhecido pelo seu velho cão, Argus que
morre de emoção e por Euricleia que, ao lavar os pés
daquele mendigo reconheceu uma estranha e profunda
cicatriz que só Ulisses tinha...
Com a ajuda de Telémaco derrota os pretendentes de
Penélope... perante um povo entusiasmado, um
Telémaco orgulhoso e Penélope que o abraçava para
nunca mais deixar...
FIM

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  • 2. Maria Alberta Menéres Natural de Vila Nova de Gaia, onde nasceu a 25/8/1930, Maria Alberta Rovisco Garcia Menéres licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa. Poetisa, escritora e professora, foi ainda funcionária da RTP. Estreou-se na poesia com o livro Intervalo, publicado em 1952. Colaborou em várias publicações de que salientamos: «Jornal do Fundão», «Diário de Notícias», «Cadernos do Meio-Dia», «Távola Redonda». Maria AIberta Menéres é uma das mais destacadas figuras da literatura infantil portuguesa, à qual tem dedicado muito do seu saber e talento. A sua obra é vasta neste domínio e atravessada por histórias originais, recolha tradicional, versão de obras clássicas, teatro infantil e poesia para crianças.
  • 3. “E Ulisses, existiu? E Homero, existiu? E o Sol, existe? E a Lua, existe?
  • 4. Quem foi Homero? Homero foi o primeiro grande poeta grego cuja obra chegou até nós. Viveu no séc. VIII a.C, período coincidente com o ressurgimento da escrita na Grécia. Consagrou o género épico com as obras Ilíada e Odisséia.
  • 5. Quem foi Ulisses? Odisseu (na Grécia) ou Ulisses (em Roma) é um personagem da Ilíada e da Odisseia de Homero. É a personagem principal dessa última obra. Ulisses é uma figura à parte em Troía. É um dos mais ardilosos guerreiros de toda a epopéia grega em Troía, e mesmo depois dela, quando do seu longo retorno ao seu reino, Itaca, uma das numerosas ilhas gregas. Herói grego, Ulisses era Rei de Ítaca e filho de Laerte. A princípio, cortejou Helena, mas, em vista do grande número de pretendentes, acabou por auxiliar Tíndaro, pai adoptivo de Helena, na escolha do pretendente. Essa escolha recaiu sobre Menelau, tendo o itacense então casado com Penélope. Daí a amizade existente entre Menelau, seu irmão Agamemnon e Ulisses.
  • 6. Da união com Penélope nasceu Telêmaco, seu querido filho, do qual teve de se apartar muito cedo para lutar ao lado de outros gregos em Tróia. Foi um dos elementos mais atuantes no cerco de Tróia, no qual se destacou principalmente por sua prudência e astúcia. Durante a citada guerra, muitas batalhas os gregos venceram a conselho de Ulisses, sendo este mesmo um grande guerreiro, apesar de sua baixa estatura (algumas lendas diziam mesmo que era anão). Tentou em vão convencer Aquiles a cessar sua ira contra Agamemnon, sem obter sucesso. Um de seus mais famosos ardis foi ajudar na construção de um cavalo de madeira, que permitiu a entrada dos exércitos gregos na cidade.
  • 7. A presença dos deuses na obra é constante. Uma parte dos deuses está do lado dos troianos, outra parte está do lado dos gregos (aqueus) Apolo, Afrodite, Ares….do lado dos Troianos. Atena , Hera e Zeus do lado dos gregos Os Gregos eram politeístas, isto é, adoravam vários deuses, acreditando que esses deuses tinham forma humana, embora fossem mais belos e poderosos que os homens, imortais e possuidores de poderes mágicos. Os deuses gregos revelavam também qualidades e defeitos semelhantes aos dos seres humanos: apaixonavam-se, sofriam, conheciam aventuras e desventuras e os Gregos falavam deles como se fossem pessoas: contavam a história da sua vida, as suas lutas, sentimentos... Ao conjunto das histórias maravilhosas da vida dos deuses e heróis gregos chama-se mitologia. Mitologia grega
  • 8. Para os Gregos, os deuses eram descendentes da terra - Gaia - e do céu - Urano - e tinham grandes semelhanças com os homens. Pensavam que eram governados por um rei, Zeus, senhor do universo, dos trovões e da chuva. Vivia no Monte Olimpo com a sua mulher, a deusa Hera, protectora do casamento, e com os filhos: Ares, deus da guerra, Hermes, deus dos comerciantes e dos ladrões, Afrodite, nascida da espuma do mar, deusa do amor, Atena (também chamada Minerva), deusa da inteligência e da razão, feia mas sábia, imaginada como uma guerreira, porque também representava a arte da guerra e a vitória. Irmãos de Zeus, mas que não viviam no Monte Olimpo, eram Poseidon, deus do mar, e Hades, senhor dos Infernos, mundo subterrâneo, reino dos mortos. Outros deuses importantes eram Dionísio, deus do vinho e da embriaguês, Hestia, deusa do lar e Hefestos, filho de Hera, deus do fogo e dos metais.
  • 9. Para os Gregos, cada deus tinha um determinado domínio de acção. Aos deuses mais importantes eram construídos grandes templos e grandes santuários em sua honra, tendo chegado aos dias de hoje vestígios de muitos deles. Acreditava-se na altura que os deuses seriam bondosos e compreensivos para com os humanos se estes lhes oferecessem as suas colheitas, sacrifícios de animais ou dádivas em ouro e prata. Para além disso, faziam-se também em sua honra festas, jogos e festivais, que se realizavam anualmente ou de quatro em quatro anos. A maioria dos Gregos não acreditava na existência de uma vida para além da morte e, portanto, achava mais importante pedir aos deuses protecção na vida terrena.
  • 10. No entanto, acreditavam que a almas dos mortos passavam a vaguear como sombras num mundo subterrâneo, escuro, o reino de Hades ou dos Infernos, sem esperança de se poderem libertar. A vida no Olimpo era muito agradável, os deuses passavam a maior parte do tempo em banquetes e a ouvir música tocada por Apolo na sua lira e cantada pelas musas. No entanto, muitas vezes, os deuses ausentavam-se do Olimpo para descer à Terra, onde ajudavam os heróis mortais a saírem vitoriosos das suas aventuras. O Monte Olimpo é o ponto mais alto de toda a Grécia com uma altitude de 2 917 m. Na antiga Grécia foi considerado a casa dos deuses importantes. Segundo reza a história a entrada para o Olimpo fazia-se através de um portão feito de nuvens, isto talvez se possa atribuir ao facto de o cume da montanha, devido à sua altitude, estar sempre coberto de
  • 11. Gregos Romanos Deuses - simbologia Zeus Júpiter Pai dos deuses, filho de Cronos e de Reia. A esposa de Zeus foi sua irmã Hera. Era representado como homem forte e barbado, de aspecto majestoso, com um raio na mão sobre uma águia. Afrodite Vénus Filha de Zeus e Dione. É a deusa do amor e da beleza. Hefesto recebeu-a como esposa, mas esta, incapaz de lhe ser fiel, procurou o amor de Ares, de quem teve Eros. Amou também Hermes, Dioniso, Anquises (de quem teve Eneias) e Adónis. Símbolos: a pomba, a romã, o cisne e a murta. Ares Marte Deus da guerra, presente em todos os combates. Era representado como um guerreiro completamente armado, acompanhado por um galo. Fiel apaixonado de Vénus. Apolo Febo Deus das Artes. O deus mais venerado depois de Zeus. Identifica-se com o Sol - daí ser chamado também Febo (brilhante) - e o ciclo das estações do ano. Instrumento- lira. Deus da profecia, da medicina e da arte do arco-e-flecha (mitologia greco-romana posterior: deus do Sol) Artemis Diana Filha de Zeus e de Leto, irmã de Apolo. Deusa da caça e da castidade, é representada num coche, tirada por corças, armada de arco e aljava com setas e uma meia-lua sobre a cabeça. Atena Minerva Deusa da Sabedoria e da guerra justa, possuía uma disposição pacífica, representando a preponderância da razão e do espírito sobre o impulso irracional. Deusa protectora de Atenas e outras cidades da Ática. Acredita-se que ela era originalmente a deusa-serpente de Creta. Imagem guerreira, com capacete, lança, escudo e couraça. Eolo … Deus dos ventos Poseídon Neptuno Deus dos mares, era filho de Cronos, deus do tempo, e Réia, deusa da fertilidade e irmão de Zeus e Hades . É representado como um homem forte, de barbas brancas, com um tridente na mão e acompanhado de golfinhos e outros animais marinhos. Hefestos Vulcano Deus do fogo. Patrono dos ferreiros e dos artesãos em geral, é responsável, segundo a lenda, pela difusão da arte de usar o fogo e da metalurgia. Era geralmente representado como um homem de meia-idade, barbado, vestido com uma túnica sem mangas e com um gorro sobre o cabelo desgrenhado.
  • 16. A história de Ulisses, rei de Ítaca, desenvolve- se nos seguintes espaços:
  • 17. Ulisses vivia numa ilha grega que se chamava Ítaca, com a sua mulher Penélope e o seu filho Telémaco. Era um rei diferente, que gostava de caçar e conversar com o seu povo. De espírito irrequieto e aventureiro, quando estava em casa só pensava em ir ao encontro de aventuras, do desconhecido pois o que o entusiasmava era o mar... só o mar... o mar... Só o mar Quando o príncipe Páris raptou a bela rainha Helena de Tróia, Ulisses não quis ir para a guerra e fingiu estar louco para não ir. Mas....lá foi com os seus guerreiros, pensando alegremente que iam ter uma vitória fácil e, em breve, regressariam ao reino. Em Ítaca
  • 18. O cerco e ataque a Tróia O cerco e a guerra de Tróia duraram 10 anos.... Dez anos sem os Gregos verem a Pátria, a família... já ninguém sabia suportar a saudade, o esforço de manter um cerco durante tanto tempo. Aquilo não podia continuar assim! Ulisses teve a ideia de construir um enorme cavalo de pau, assente num estrado com rodas para se poder deslocar. Dentro da barriga do cavalo esconderam-se alguns homens. O cavalo foi deixado, como oferta, às portas da cidade de Tróia. Os outros Gregos fingiram que se retiravam. Passados 4 dias, os Troianos convenceram-se que os Gregos tinham mesmo partido. Abriram, devagarinho, as portas da cidade e levaram para o meio da praça o cavalo, começando a festejar a vitória. Durante a madrugada, quando os Troianos estavam a descansar, os Gregos saíram de dentro do cavalo, abriram as portas da cidade aos companheiros e destruíram, completamente, Tróia.
  • 19. Início da viagem de regresso que vai durar outros 10 anos Cheios de saudades os Gregos meteram- se nos barcos e dirigiram-se para as suas terras. (Ulisses) reuniu-se com quarenta valentes marinheiros e lá foram num belo navio em direção a Ítaca...Agora em pleno mar, Ulisses só pensa em regressar à pátria...Os deuses, furiosos, intervieram sob a forma de uma estranha corrente submarina que os ia levando para onde eles não queriam ir. A corrente não abrandava nunca. Aumentava....aumentava....au mentava
  • 20. Na terra dos Ciclopes Começaram a avistar terra: era uma ilha onde o navio calmamente aportou. Mas havia entre eles um que era mais forte do que todos ...mais cruel do que todos... mais bravo do que todos e que era o terror de todos. Chamava-se Polifemo e tinha um mau génio horrível, zangava-se por tudo e por nada e depois dava murros para a esquerda murros para a direita..." Depois de frustrarem as intenções que Polifemo tinha de comer os homens, conseguiram fugir da gruta, agarrados às barrigas das ovelhas, depois de terem cegado o gigante.
  • 21.
  • 22. Ilha de Éolia A viagem de Ulisses continuou e aportaram na ilha da Eólia. Foram bem recebidos e o rei ofereceu-lhes um saco feito de pele de boi onde tinha metido todos os ventos do mundo à exceção de Zéfiro, a brisa suave. Mas avisou-o do grande perigo que seria se alguém abrisse o saco pois os ventos soltar-se-iam.... Os marinheiros, curiosos por saber o que o saco continha, abriram-no às escondidas de Ulisses. os ventos...revolveram os mares agitaram as nuvens revolveram os mares agitaram as nuvens espalharam a chuva acenderam a terrível tempestade e Ulisses acordou no meio da maior confusão de que jamais houve memória!
  • 23. Ilha de Circe Cansado e desiludido, Ulisses chegou a uma nova ilha. Estranhou não ver os seus marinheiros mas encontrou Euríloco: soube então que naquela ilha vivia uma lindíssima feiticeira, Circe, que ao dar de beber aos homens um licor, os transformava em animais e os marinheiros eram agora...porcos! A deusa Minerva deu-lhe a erva da vida que o livraria da má sorte. Depois de muito tempo e do arrependimento de Circe seguiu os seus conselhos: dirigir-se à ilha dos Infernos e falar com Tirésias, o profeta que lhe daria novas da sua família. Falou- lhe também do perigo de ouvir os cânticos das sereias.... E lá foram eles, "entre onda e onda, em azul e verde, de contente coração".
  • 24. No Reino dos Infernos Nesta ilha apenas havia desolação e as sombras, as almas vagueando... Cérbero, o cão de três cabeças, o cão que dorme com os olhos abertos, guarda a gruta. Ulisses apenas comunica com as sombras a quem oferecer carne de uma ovelha negra que Circe lhe dera. E vê a mãe que ele ainda imaginava viva e lhe fala dos perigos que ameaçam a sua família e do estratagema que Penélope arranjara para adiar os seus pretendentes: de noite desmancha a teia que tece durante o dia.
  • 25. E vê Tirésias que lhe confirma a confusão que reina em Ítaca. E vê Tântalo, um homem que fora cruel em vida e que agora cumpre o seu castigo: metido numa lagoa, quando vai beber a água escoa-se; quando tenta apanhar os frutos ao seu alcance eles escapam-se-lhe
  • 26. E vê Sísifo, que fora um rei desumano e cujo castigo era empurrar um rochedo que rolava constantemente. Incapaz de suportar tanta desolação, Ulisses e os marinheiros afastaram-se daquele lugar.
  • 27. Mar das Sereias Aproximando-se do mar das Sereias os marinheiros quiseram colocar cera nos seus ouvidos mas Ulisses, teimoso, não o permitiu e insistiu em ser amarrado a um mastro. "Quero ouvir o canto das sereias. Dizem que elas encantam os marinheiros com a sua bela voz e eu quero sentir esse encantamento." E o cântico chorava suavíssimo, violentíssimo, vindo de dentro das ondas, de dentro das cores, de dentro do vento. E Ulisses sofria pavorosamente
  • 28. E os marinheiros continuavam a remar, a remar, a remar, a remar, a remar, a remar, a remar, a remar, a remar, a remar... No final Ulisses parecia um velho, cheio de sangue e suor. E continuam e passam junto de dois enormes rochedos um era como enorme boca e outro como tremenda mão e houve um naufrágio e ficou só, único sobrevivente do último naufrágio.
  • 29. Na terra dos Feácios Desmaia e perde a memória quando alcança as praias de uma nova ilha. É recebido por Nausica, a filha do rei Alcino e da rainha Arete. Está na Córcira, a terra dos Feácios. depois de contar a sua história parte para Ìtaca. E dorme. E dorme.
  • 30. Regresso a casa Os marinheiros depositam-no adormecido numa praia e partem. Quando acorda, entristecido por se encontrar de novo sozinho, vê Minerva que lhe diz estar na sua terra. Transforma-o num "mendigo roto, velho e triste em quem ninguém reconheceria o valente, belo e manhoso Ulisses".
  • 31. Na casa de Eumeu encontra Telémaco e revela-lhe quem é. Estabelecem um plano. De manhã é reconhecido pelo seu velho cão, Argus que morre de emoção e por Euricleia que, ao lavar os pés daquele mendigo reconheceu uma estranha e profunda cicatriz que só Ulisses tinha... Com a ajuda de Telémaco derrota os pretendentes de Penélope... perante um povo entusiasmado, um Telémaco orgulhoso e Penélope que o abraçava para nunca mais deixar...
  • 32. FIM