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Ambiente biológico e a saúde
1. Ambiente Biológico e a
Saúde
Módulo III.II – Medicina Preventiva
201372014
Ciclo Básico do Mestrado Integrado em
Medicina
Docente: Dr. Maurício Melim
Alunas: Ana Filipa Silva, Ana Francisca
Correia, Ana Margarida Fernandes (Grupo B)
2. Saúde
A saúde pode ser definida como um estado de bem-estar que
reflecte o equilíbrio dinâmico entre o homem e o ambiente, entre
as suas potencialidades e características (factores endógenos) e o
que o rodeia (factores exógenos).
3. Factores Determinantes do Estado
de Saúde
Factores biológicos (do indivíduo)
Factores do ambiente biológico
Factores do ambiente físico
Factores do ambiente social
Estilos de vida
Sistema dos cuidados de saúde
Interacção/equilíbrio Conceito de Saúde
4. Ambiente Biológico
Podemos definir ambiente biológico como o somatório
dos seres vivos (animais e vegetais) que nos rodeiam.
Podem ser agentes microbiológicos (de doença), que se
encontram em reservatórios, que se deslocam e fixam
nos hospedeiros e que usam vectores para se
movimentarem entre meios diferentes.
Podem ser factores protectores da saúde (como as
bactérias do intestino).
5. Como é que o ambiente biológico
influencia a saúde?
Através de vários mecanismos de interacção:
Nutrição
Imunidade
Traumatismo
Infecção/Intoxicação
6. Cadeia Epidemiológica
Uma cadeia epidemiológica é uma sucessão de eventos que
culmina com a infecção no organismo.
Agente
Reservatório *
Modo de
transmissão **
*Solo, água, ser vivo.
**Por vector, por ingestão (água, alimentos), contacto directo com produtos
biológicos, inalação (gotículas/ar), contacto com o solo.
Hospedeiro/Infecção
Período de
Incubação
Doença
11. Gripe
Agente: Vírus Influenza (A,B,C,D e E)
Reservatórios: disseminados na natureza
Hospedeiros: aves e mamíferos
Modo de transmissão: por via aérea/por inalação
Infecção: no tracto respiratório
13. História Natural da Doença
Período de Incubação
Assintomático
(2 dias)
Sintomático (3 dias com
febre e 7 dias com os
restantes sintomas)
Patologia contagiosa durante 9 dias!
14. Tratamento
TRATAMENTO
- administração de
antiviral, nas primeiras
48 horas;
- tratamento das
complicações
EVITAR SUSCEPTÍVEIS
- Quimioprofilaxia (de
longa duração, após a
exposição)
- Vacinação
EVITAR QUE 1 DOENTE PASSE A
DOENÇA A SUSCEPTÍVEIS
MEDIDAS DE SAÚDE PUBLICA
• Isolamento
• Etiqueta respiratória
• EPI (Equipamento de Protecção
Individual)
RESERVATÓRIO HOSPEDEIRO/DOENTE
16. Vigilância Epidemiológica
Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a deteção
ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controlo de doenças.
MÉDICOS SENTINELA (rede de médicos de Medicina Geral e Familiar cuja
atividade profissional se desenvolve em Centros de Saúde do Serviço Nacional
de Saúde e que, voluntariamente, notificam casos ou episódios de doença e de
outras situações relacionadas com a saúde das pessoas inscritas nas respetivas
listas de utentes)
VIGILÂNCIA LABORATORIAL
VIGILÂNCIA DA MORTALIDADE
17. EPIDEMIA
√ Doença que, numa localidade ou
região, ataca simultaneamente muitas
pessoas.
PANDEMIA
√ Novo vírus em circulação no Homem,
com enorme disseminação geográfica;
√ Critérios estipulados pela OMS:
* aparecimento de uma nova
doença na população;
* infecção de humanos, causando
uma doença séria;
* disseminação fácil e sustentável
entre humanos.
20. Gripe Aviária
EPIZOOTIA (GRIPE DE TRANSMISSÃO ZOONÓTICA)
Doença que ataca simultaneamente vários animais duma mesma região,
propagando-se rapidamente;
É uma doença que, em certos casos esporádicos ultrapassa a barreira entre
as espécies, sendo transmitido entre as aves domésticas (baixa
patogenicidade nas aves silvestres e alta nas domésticas), e os humanos, que
se pode tornar uma ameaça de pandemia.
21. Gripe A – Vírus H1N1
Origem do Vírus
• Reassortment do vírus H1N1 (2009)
22. Pandemia – Gripe A
4 de Abril, Vera Cruz – Primeiros
casos de doença não confirmada
15 a 17 de Abril – Surtos
pneumónicos graves no México
21 de Abril, Califórnia – 2 casos da
nova estirpe do H1N1 confirmados
27 de Abril – Fase 4
29 de Abril – Fase 5
11 de Junho – Fase 6
Pandemia
23. Pandemia – Gripe A
Cronologia da doença
Disseminação da actividade gripal
na Europa, semana 47/2009
24. - Fase de Contenção
- Fase de Transição
- Fase de Mitigação
Actividade Gripal em Portugal:
27. Doenças Transmissíveis
Raiva
Agente: Rhabdovírus do género
Lyssavirus.
Hospedeiros: cão (principal
hospedeiro urbano); morcego(
principal hospedeiro aéreo)
Modo de transmissão: contacto com a
saliva de um animal doente.
28. Promoção de Saúde e Prevenção da Doença
A promoção da saúde passa por 2 tipos de protecção:
Protecção Não Específica:
Promover o Desenvolvimento Sociocultural.
Melhorar condições higienosanitarias
Melhorar qualidade da água
Controlo dos vectores de transmissão
Protecçao Especifica:
Soros
Vacinação
29. Conclusão
O ambiente biológico é um dos mais importantes determinantes da
saúde, enquanto factor de risco, mas também protector, sendo o
objectivo de Medicina Preventiva controlar os agentes que
constituem uma ameaça para a saúde, com medidas protectoras e
cuidados.
Em termos de história natural da doença, a Gripe, após a instalação no hospedeiro, apresenta um período de incubação assintomática durante 2 dias, passando a revelar sintomas após esse período, manifestando-se febre durante 3 dias e os restantes sintomas num período de 7 dias. Portanto, esta patologia é contagiosa durante 9 dias. Daí que o tratamento médico incida não só sobre a cura da doença, como também sobre o bloqueio da transmissão. Este tratamento consiste na administração de antiviral, nas primeiras 48 horas, o que diminui a transmissibilidade, complementado com o tratamento das complicações. Existem outras formas para evitar a transmissão da doença a indivíduos susceptíveis, através de medidas de Saúde Pública (isolamento, etiqueta respiratória) e de tratamentos com o intuito da diminuição da carga viral, e para evitar a manifestação da doença em indivíduos susceptíveis, através de quimiprofilaxia (de longa duração, após a exposição) e de medidas de saúde pública (como a vacinação).
Ora, a gripe sazonal todos anos provoca uma epidemia (durante o Inverno), sendo os vírus mais comuns no homem são o A (H3N2), o A (H1N1) e o B – a forma mais prevalente nas últimas duas décadas tem sido o A (H3N2).