2. CONCEITOS
SAÚDE
• Conceito popular: é a ausência de doença.
• OMS: é o estado de completo bem-estar físico, mental e
social e não apenas a ausência de doença.
• Ponto de vista ecológico: é a perfeita e contínua
adaptação de um organismo a seu ambiente.
EPIDEMIOLOGIA 2
3. CONCEITOS
• Medicina Preventiva: é a área da Medicina que engloba
as atividades de prevenção de ocorrência de doenças e
promoção da saúde atuando no indivíduo ou na família.
• Medicina Veterinária Preventiva: é a área da Medicina
Veterinária que engloba as atividades de prevenção da
ocorrência de doenças e promoção da saúde do
indivíduo ou do rebanho.
EPIDEMIOLOGIA 3
4. CONCEITOS
• Saúde Pública: ciência que visa promover, proteger e
recuperar a saúde humana por meio de medidas de alcance
coletivo.
• Saúde Animal: ciência que visa promover, proteger e
recuperar a saúde do animal por meio de medidas de
alcance coletivo.
• Saúde Pública Veterinária: é a aplicação dos recursos da
Medicina Veterinária na promoção da saúde humana.
EPIDEMIOLOGIA 4
5. O que é EPIDEMIOLOGIA?
Formação etimológica
Do grego:
EPI = sobre
DEMOS = população
LOGUS = estudo
“Estudo do que ocorre sobre a população.”
“Estudo das epidemias”
EPIDEMIOLOGIA 5
7. EPIDEMIOLOGIA
Definição:
Epizootiologia é um termo correspondente a
Epidemiologia, aplicado ao estudo das doenças em
populações animais, mas o termo Epidemiologia também é
aceito para essa finalidade.
7
Surtos de doença em populações humanas são
chamadas “epidemias” e, em animais,
epizootias.
Do grego zoo = animal
Há pouca necessidade de usar o termo “Epizootiologia” (Martin et al.,
1987).
8. Outros conceitos importantes:
Endemia
Se traduz pelo aparecimento de menor número de
casos ao longo do tempo.
EPIDEMIOLOGIA 8
Exemplo: A leptospirose em uma determinada
região. Essa endemia pode persistir ao longo do
tempo, com surtos sazonais ou casos esporádicos,
dependendo das condições ambientais e do manejo
dos animais.
9. Outros conceitos importantes:
EPIDEMIOLOGIA 9
Surto
Aumento repentino do número de casos de uma
doença em uma região específica.
Exemplo: Surto de influenza equina em um haras.
10. Outros conceitos importantes:
EPIDEMIOLOGIA 10
Epidemia
Caracteriza-se pela incidência, em curto período de
tempo, de grande número de casos de uma doença.
Exemplo: COVID-19 em Wuhan, China.
11. Outros conceitos importantes:
EPIDEMIOLOGIA 11
Pandemia
É uma epidemia de grandes proporções, que se
espalha a vários países e a mais de um continente.
Exemplo: COVID-19 no mundo.
12. Princípios básicos da
Epidemiologia
• Os agravos à saúde não ocorrem por acaso em uma
população;
• A distribuição desigual dos agravos à saúde é produto da ação
de fatores que se distribuem desigualmente na população;
• O conhecimento dos fatores determinantes das doenças
permite a aplicação de medidas preventivas com o propósito
de resolver o problema.
(Pereira, 1995)
12
EPIDEMIOLOGIA
13. Princípios básicos da
Epidemiologia
O princípio mais importante da Epidemiologia moderna é que
nenhuma enfermidade possui uma causa única.
A Epidemiologia baseia-se em:
• 1) reconhecimento da multiplicidade de fatores na etiologia das
enfermidades;
• 2) identificação desses fatores e estimativa de seus valores
relativos.
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EPIDEMIOLOGIA
14. Princípios básicos da
Epidemiologia
Segundo Martin et al. (1987), o trabalho epidemiológico é baseado em
quatro princípios fundamentais sobre saúde e doença:
1) A ocorrência da doença está associada ao ambiente
- Comparações entre um ambiente onde a doença ocorre e não ocorre.
2) Registro da ocorrência dos eventos naturais
- Eventos naturais, tais como nascimento, morte, doença, etc. devem ser
registrados;
- Se uma doença é mais comum em um sexo, idade, local, etc., deve haver razões,
as quais devem ser exploradas para obter a prevenção da doença.
14
EPIDEMIOLOGIA
15. Princípios básicos da
Epidemiologia
Segundo Martin et al. (1987), o trabalho epidemiológico é baseado em
quatro princípios fundamentais sobre saúde e doença:
3) Utilização de experimentos da natureza, sempre que possível
- A observação de condições ≠ pode explicar a ocorrência de uma enfermidade.
4) Realização de experimentos controlados, sempre que possível
- Esses experimentos devem ser realizados nas espécies de interesse e no
ambiente natural.
15
EPIDEMIOLOGIA
16. Objetivos da Epidemiologia
A epidemiologia visa cinco objetivos primordiais:
1) determinação da origem da doença de causa conhecida;
- Por que ocorreu a enfermidade?
- Por que aumentou o número de casos?
2) investigação e controle de doença de causa desconhecida ou
pouco compreendida;
- A causa do carcinoma do olho em bovinos da raça Hereford é
desconhecida.
(TOMA et al., 2004; THRUSFIELD, 2004).
16
EPIDEMIOLOGIA
17. Objetivos da Epidemiologia
3) aquisição de informações da ecologia e da história natural da
doença;
- É o estudo da enfermidade dentro do ambiente em que vivem o agente e o
hospedeiro.
4) planejamento e monitoramento de programa de controle da doença;
- Para o estabelecimento de programas de controle ou erradicação, deve-se
conhecer a ocorrência da enfermidade, os fatores associados com essa
ocorrência, os recursos necessários para controlar a doença e os custos e
benefícios envolvidos.
- As técnicas epidemiológicas empregadas incluem coleta rotineira de dados sobre a
doença na população.
(TOMA et al., 2004; THRUSFIELD, 2004).
17
EPIDEMIOLOGIA
18. Objetivos da Epidemiologia
5) avaliação econômica dos efeitos da doença e dos custos
benefícios das campanhas alternativas de controle.
- Apesar de ser econômico diminuir a ↑ ocorrência de uma doença em um
rebanho, às vezes é antieconômico reduzir ainda mais o nível de uma
doença que já tem baixo nível de ocorrência.
(TOMA et al., 2004; THRUSFIELD, 2004).
18
EPIDEMIOLOGIA
19. Metodologia Epidemiológica
Diante de um problema sanitário, pode-se lançar mão de três
diferentes métodos de estudo:
• Método clínico: consiste na observação das características clínicas
por meio das quais a doença se manifesta.
• Método laboratorial: é usado após o método clínico, empregando
testes de laboratório, reprodução experimental da doença, etc.
• Método epidemiológico: consiste na procura de características
peculiares ao grupo de doentes e que sirvam para identificar as
condições que propiciam a ocorrência da enfermidade.
19
EPIDEMIOLOGIA
20. A investigação epidemiológica pode ser, basicamente, de três
tipos:
• Epidemiologia descritiva;
• Epidemiologia analítica;
• Epidemiologia experimental.
• Thrusfield menciona ainda a existência da Epidemiologia
teórica.
20
21. Investigação Epidemiológica
1) Epidemiologia descritiva:
• Ocupa-se de observar a distribuição e a progressão da enfermidade na
população.
• Por meio da observação, procura-se obter toda a sorte de informações
relacionadas com a natureza e a magnitude do problema, procurando
caracterizar todas as variáveis que concorram para sua ocorrência, como, por
exemplo, extensão, espécies envolvidas, sexo, idade, estado físico, condições
ambientais, etc.
• Os estudos descritivos informam sobre a frequência e a distribuição de um
evento. Têm o objetivo de descrever os dados colhidos na população.
21
EPIDEMIOLOGIA
22. Investigação Epidemiológica
2) Epidemiologia analítica:
• Consiste na análise das observações feitas anteriormente.
• Com base nas informações recolhidas no estudo descritivo, procura-se
formular e investigar hipóteses, com a finalidade de explicar o fenômeno, bem
como os fatores que contribuem para sua causa.
• O estudo analítico pode ser retrospectivo, quando se refere a situações
passadas, ou prospectivo, quando se realiza o acompanhamento da
população durante a ocorrência da doença.
22
EPIDEMIOLOGIA
23. Investigação Epidemiológica
3) Epidemiologia experimental:
• Nesse tipo de estudo, também chamado estudo de intervenção, são
realizados experimentos controlados.
4) Epidemiologia teórica:
• De acordo com Thrusfield, seria a representação da doença usando
modelos matemáticos que tentam simular padrões naturais de ocorrência
da doença.
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EPIDEMIOLOGIA
24. Relação entre a Epidemiologia e outras
áreas do conhecimento
O desenvolvimento da Epidemiologia fez que a disciplina se expandisse para outras áreas.
24
Epidemiologi
a
Ciências Biológicas
Ciências Sociais
Estatística
26. 26
EPIDEMIOLOGIA
Exercício. O mapa mostra a área de ocorrência da
malária no mundo. Considerando-se sua distribuição
na América do Sul, a malária pode ser classificada
como:
A) Endemia, pois se concentra em uma área
geográfica restrita desse continente.
B) Peste, já que ocorre nas regiões mais quentes do
continente.
C) Epidemia, já que ocorre na maior parte do continente.
D) Surto, pois apresenta ocorrência em áreas pequenas.
E) Pandemia, pois ocorre em todo o continente.
27. Exercício. Ocorrência epidêmica em que todos os casos
estão relacionados entre si, atingindo geralmente uma
área pequena e delimitada.
A) Pandemia
B) Epidemiologia
C) Endemia
D) Epidemia
E) Surto
27
EPIDEMIOLOGIA
28. Exercício. Aumento repentino e significativo do número
de casos de uma doença em uma região específica
durante um período de tempo limitado?
A) Pandemia
B) Epidemiologia
C) Endemia
D) Epidemia
E) Surto
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EPIDEMIOLOGIA
30. 30
EPIDEMIOLOGIA
Exercício. O mapa mostra a área de ocorrência da
malária no mundo. Considerando-se sua distribuição
na América do Sul, a malária pode ser classificada
como:
A) Endemia, pois se concentra em uma área
geográfica restrita desse continente.
B) Peste, já que ocorre nas regiões mais quentes do
continente.
C) Epidemia, já que ocorre na maior parte do continente.
D) Surto, pois apresenta ocorrência em áreas pequenas.
E) Pandemia, pois ocorre em todo o continente.
31. Exercício. Ocorrência epidêmica em que todos os casos
estão relacionados entre si, atingindo geralmente uma
área pequena e delimitada.
A) Pandemia
B) Epidemiologia
C) Endemia
D) Epidemia
E) Surto
31
EPIDEMIOLOGIA
32. Exercício. Aumento repentino e significativo do número
de casos de uma doença em uma região específica
durante um período de tempo limitado?
A) Pandemia
B) Epidemiologia
C) Endemia
D) Epidemia
E) Surto
32
EPIDEMIOLOGIA
3) John Snow sobre a cólera, conseguiu demonstrar que a cólera era transmitida por água contaminada com esgotos.
4) Snow interrompeu o fornecimento de água contaminada de determinado bairro, fornecendo água limpa, o que acarretou diminuição na incidência, enquanto em outras áreas a incidência da enfermidade continuava a mesma.
Estudos epidemiológicos demonstraram que os animais com a pálpebra despigmentada são muito mais susceptíveis ao desenvolvimento dessa condição do que os animais com pálpebra pigmentada. Essa informação pode ser usada na seleção de animais menos susceptíveis.
Por exemplo, se 15% das vacas em um rebanho estão afetadas por mastite, a produtividade será severamente afetada e um programa de controle deve ser estabelecido para reduzir o prejuízo econômico. Por outro lado, se menos de 1% do rebanho estiver afetado, o custo de uma redução para níveis menores poderá não representar um suficiente aumento na produtividade que justifique e pague o gasto pelo programa de controle.