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CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS E A
    ORALIDADE NO 8º ANO DA
      EDUCAÇÃO BÁSICA:
 UMA ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO
    DE LÍNGUA PORTUGUESA



                 Acadêmica: Luna Karoline Sousa Rocha
 Orientadora: Profª. Drª. Bárbara Olímpia Ramos de Melo
INTRODUÇÃO
   Trabalho situado no campo da Linguística Aplicada ao Ensino de
    Língua Portuguesa.

   A prioridade era o ensino da escrita
   Reconhecimento da importância da oralidade
   O apoio oferecido pelos livros didáticos

   Justificativa:

   Livro didático: recurso mais utilizado na prática docente
   O trabalho adequado com os gêneros orais
   Tornar os alunos capazes de reconhecer a importância da oralidade,
    identificar suas características e adequar a linguagem à situação
    comunicativa
OBJETIVOS
   Geral:

          Analisar o modo como os livros didáticos de Língua Portuguesa
           do 8º ano da Educação Básica têm abordado o ensino da
           modalidade oral de uso da linguagem.

   Específicos:

   Identificar os gêneros orais encontrados nos livros didáticos do 8º ano
    da EJA e do Ensino Regular.
   Apresentar de que forma as atividades propostas pelos LDs visam
    desenvolver a oralidade.
   Analisar se as atividades propostas estão de acordo com o que
    recomendam a Proposta Curricular da EJA, os PCNs e o Guia PNLD.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
    ALGUMAS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM
         Após um breve percurso histórico sobre a linguagem, destacaram-se
     três concepções na visão de Travaglia (2003):

1)   Linguagem como expressão do pensamento: “língua ideal”
2)   Linguagem como instrumento de comunicação: língua vista como
     “código”
3)   Linguagem como interação

    Para Bakthin (1992, p. 113): “a situação social mais imediata e o meio
     social mais amplo determinam completamente e, por assim dizer, a partir
     do seu próprio interior, a estrutura da enunciação.” .

    Concepções sobre as relações entre a oralidade e a
     escrita
        A supremacia da escrita em relação à oralidade já não é mais a
         mesma.
    Na escola, o trabalho com a oralidade, apesar de demonstrar
     tímidos avanços, ainda apresenta alguns problemas: Antunes
     (2003).
      Perspectivas que diferenciam a oralidade e a escrita, segundo
     Marcuschi (2003):
1)   Dicotômica
2)   Culturalista
3)   Variacionista
4)   Sociointeracionista.
    Condições de produção da fala e da escrita: Fávero (2003).
    A fala tem de ser vista integradamente com a escrita: Marcuschi
     (2003)

    O ensino da oralidade
    Não se considera como papel da escola “ensinar a falar”.
    Marcuschi (1997, p. 41) afirmou que “trata-se de identificar a
     imensa riqueza e variedades de uso da língua.”.
    Equivocada visão da fala, conforme Antunes (2003).
    Para Marcuschi (1997), a variação é um dos aspectos importantes
     no estudo da fala.
   O papel dos gêneros textuais na visão de Jauss apud Schneuwly
    (2004) e em Bakhtin (1992).
   Ramos (1997): consciência sobre o grau de formalidade e
    informalidade da oralidade.
   Preti (1999): o ensino da “norma culta” na oralidade.
   Propostas de Antunes (2003), de Ramos (1997) e Fávero (2003)
    para o trabalho com a oralidade.

   Recomendações da Proposta Curricular da EJA
   Criada pelo MEC para orientar a elaboração dos programas da EJA,
    assim como os livros didáticos utilizados e a formação dos
    educadores.
   “O ambiente escolar deve propiciar situações comunicativas que
    possibilitem aos educandos a ampliação dos seus recursos
    linguísticos.” (MASSAGÃO, 2001, p. 51).
   Os conteúdos selecionados devem promover atividades
    relacionadas com o uso e reflexão da linguagem.
   “Ensinar língua oral [...] Significa desenvolver o domínio dos
    gêneros que apoiam a aprendizagem da Língua Portuguesa e das
    outras áreas”. (BRASIL, 2002, p. 37)
   Recomendações dos PCNs

   Não se trata de “corrigir” a fala do aluno, mas de considerá-la no
    contexto concreto de uso.
   Planejamento de atividades de escuta e produção de textos orais no
    eixo do uso e a prática de análise linguística no eixo da reflexão.
   PCNs: a escola deve priorizar o ensino de gêneros orais públicos
    (BRASIL, 2001).

   A escolha do livro didático segundo o PNLD

   Guia PNLD-EJA 2011: o livro didático deve ser considerado um
    recurso a mais que pode ser utilizado em momentos específicos e
    para fins determinados.
   PNLD-2011: o livro didático deve apresentar atividades tanto de uso
    da oralidade quanto de reflexões sobre suas particularidades.
METODOLOGIA
   Contextualização da pesquisa:
   Pesquisa bibliográfica de caráter descritivo e analítico.
   Descrição das fontes:
   Educação de Jovens e Adultos (Coleção Tempo de Aprender).
   Para Viver Juntos: português, 8º ano: ensino fundamental.
   Projeto Radix: português, 8º ano.
   Corpus:
   Gêneros orais no LD1: canção, teatro,causo, cordel e seminário.
   Gêneros orais no LD2: texto dramáticos, causos, cantigas, anedotas
    e seminário.
   Gêneros orais no LD3: discussão, entrevista, roda de histórias,
    exposição oral, comentário, debate e reconto.
   Organização dos dados:
   Recomendação do Manual do Professor de cada LD, disposição dos
    gêneros orais encontrados, descrição e análise das atividades.
ANÁLISE DAS ATIVIDADES PROPOSTAS PELOS LDs
    DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 8º ANO DA EJA E DO
      ENSINO FUNDAMENTRAL VOLTADAS PARA O
        ENSINO-APRENDIZAGEM DA ORALIDADE
    LD1: Educação de Jovens e Adultos (Coleção Tempo de
     Aprender)
    Em uma das atividades propostas pelo LD1, o autor trabalhou o
     ensino-aprendizagem da variação linguística contemplando o
     cuidado com a oralidade, e apresentou a canção abaixo como
     texto-base:
Na seção Um Olhar Para a Língua, a atividade que o autor propôs
procurou relacionar os usos da oralidade com os usos da escrita .
Observe.




    Pôde-se perceber:
     A influência da fala na escrita;
     Marcuschi (1997, p. 41): “noções como ‘norma’, ‘padrão’, ‘dialeto’,
 ‘variante’, ‘sotaque, ‘registro’, ‘estilo’, ‘gíria’ podem tornar-se centrais no
 ensino de língua e ajudar a formar a consciência de que a língua não é
 homogênea nem monolítica”.
 LD3: Projeto Radix: português, 8º ano
 O gênero em questão foi o reconto. O autor apresentou um episódio
    de Dom Quixote chamado “A incrível batalha contra os moinhos de
    vento”, pediu que os alunos lessem e fizessem o reconto do mesmo
    deixando a escolha da linguagem por conta deles próprios. O trecho
    abaixo evidenciou o tratamento dado à oralidade durante a atividade:

•     Faça suspense para manter a atenção de seu público. Crie pausas, cuide do
     ritmo, da narração dos fatos para dar a impressão da maneira como eles
     aconteceram, de modo mais rápido ou mais lento.
•      Dê especial atenção ao tom de voz, que pode se elevar ou abaixar
     dependendo da situação. (TERRA, 2009, p. 188).


    Atividade de escuta e produção de texto oral:
1)   Identificar as marcas da oralidade.
2)   Antunes (2003): implicações pedagógicas.
Após, o autor sugeriu que os alunos discutissem os aspectos
relacionados com a narração oral de histórias. Com esse intuito,
propôs algumas questões norteadoras:

  •Que  diferenças você percebe entre a narração escrita e oral?
  •Que recursos cada modalidade utiliza para valorizar os fatos narrados?
  •A linguagem de uma e de outra diferem muito? (TERRA, 2009, p. 118).



   Para avaliar a atividade, o autor pediu que os alunos
estabelecessem as diferenças entre as duas modalidades, todavia
enfatizou que não se tratava de fazer julgamento sobre quem é
“melhor” ou “pior”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
   As atividades propostas pelos três LDs analisados encontraram-se
    apresentadas de forma organizada e trataram das relações entre a oralidade
    e a escrita sempre as considerando como contínuas, e não evidenciando suas
    diferenças.
   Os livros também discutiram sobre a adequação da linguagem (nível de
    formalidade e informalidade) às situações sugeridas por cada atividade, em
    particular.
   As atividades de escuta dos textos orais estiveram sempre voltadas para a
    identificação das marcas da oralidade como as pausas, entonação, ritmo, e
    para o respeito à fala do seu interlocutor.
   A variedade de gêneros orais encontrada nos livros didáticos analisados, já
    mostra que há um reconhecimento da importância de serem objeto de ensino
    de LP, porém ainda são poucos se comparados com os gêneros escritos.
   Houve falhas no tocante à seleção e a abordagem pedagógica dos gêneros
    voltados ao domínio da fala pública, já que na maioria das vezes seus
    aspectos composicionais não foram bem explicitados.
   As lacunas deixadas pelos LDs podem ser preenchidas pelo professor criando
    alternativas que desenvolvam melhor as atividades da oralidade na sua
    prática pedagógica.
REFERÊNCIAS
   ALKMIM, Tânia Maria. Sociolinguística. In. MUSSALIM, Fernanda e
    BENTES, Anna Christina (orgs). Introdução à Linguística: domínios e
    fronteiras. São Paulo, Cortez, 2001.
   ANTUNES, Maria Irandé. Aula de Português: encontro e interação.
    São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
   BAKHTIN, Michail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins
    Fontes, 1992.
   BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral. 4. ed.
    Campinas: Editora Pontes, 1995. v.1.
   BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
    curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.
    144p.
   ______. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do
    ensino fundamental: língua portuguesa. 2. ed. Brasília: MEC/SEF, 2001.
    106p.
   ______. Ministério da Educação. Proposta curricular para a educação
    de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª
    série: introdução. Brasília: MEC/SEF, 2002, v. 2. 256p.
   ______. Guia de livros didáticos: PNLD 2011: EJA. Brasília:
    MEC/SECAD, 2010a. 293p.
   ______. Guia de livros didáticos: PNLD 2011: Língua Portuguesa.
    Brasília: MEC/SEF, 2010b. 152p.
   CARDOSO, Sílvia Helena Barbi. Discurso e ensino. Belo Horizonte:
    Autêntica, 1999.
   FÁVERO, Leonor Lopes; ANDRADE, Maria Lúcia da Cunha V. de
    Oliveira; AQUINO, Zilda Gaspar Oliveira de. Oralidade e escrita:
    perspectiva para o ensino de língua materna. 4. ed. São Paulo: Cortez,
    2003.
   MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do
    trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica,
    projetos e relatórios, publicações e trabalhos científicos. 6. ed. rev.
    ampl. São Paulo: Atlas, 2001.
   MARCUSCHI, Luiz Antônio. Concepções de língua falada nos
    manuais de português de 1º e 2º graus: uma visão crítica. In:
    Trabalhos de linguística aplicada. Campinas, SP (30): 39-79, Jul/Dez,
    1997.
   ______. Oralidade e ensino de língua: uma questão pouco “falada”.
    In: Dionisio, Ângela Paiva & Bezerra, Maria Auxiliadora (orgs.). O
    livro didático de Português: múltiplos olhares. Rio de Janeiro:
    Lucerna, 2002, p. 21-34.
   ______. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6. ed.
    São Paulo: Cortez, 2003.
   MAROTE, Gláucia; TEODORO, João. Didática da língua
    portuguesa. 11. ed. 3. reimp. São Paulo: Ática, 2002.
   MASSAGÃO, Vera Maria (coord.). Proposta curricular para
    educação de jovens e adultos – 1º segmento. São Paulo: Ação
    Educativa, Brasília, MEC, 2001. 239p.
   ORLANDI, Eni Pulcinelli. O que é linguística. 1. ed. 13. reimpr. São
    Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção Primeiros Passos).
   PENTEADO, Ana Elisa de Arruda. [et al.]. Para viver juntos:
    português, 8º ano: ensino fundamental. 1. ed. rev. São Paulo: Edições
    SM, 2009.
   PRETI, Dino (org.). Estudos de língua falada: variações e
    confrontos. 2. ed. São Paulo: Humanitas Publicações, 1999.
   RAMOS, Jânia. O espaço da oralidade na sala de aula. São Paulo:
    Martins Fontes, 1997.
   ROJO, Roxane (org.). A prática de linguagem em sala de aula:
    praticando os PCN´s. São Paulo: EDUC; Campinas, SP: Mercado de
    Letras, 2000. (Coleção As Faces da Linguística Aplicada).
   ______; BATISTA, Antônio Augusto Gomes. (Orgs.). Livro didático de
    língua portuguesa, letramento e cultura escrita. Campinas: Mercado de
    Letras, 2003.
   SCHNEUWLY, Bernard. Palavra e ficcionalização: um caminho para o
    ensino da linguagem oral. In: Rojo, Roxane (Trad. e Org.). Gêneros orais e
    escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 139-147.
    (Coleção As Faces da Linguística Aplicada).
   SILVA, Cícero de Oliveira; SILVA, Elizabeth G. de Oliveira; MARCHETTI,
    Greta Nascimento. EJA 8º ano. 2. ed. São Paulo: IBEP, 2009. v.3.
    (Coleção Tempo de Aprender).
   TERRA, Ernani; CAVALLETE, Floriana Toscano. Projeto Radix:
    português, 8º ano. São Paulo: Scipione, 2009. (Coleção Projeto Radix).
   TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o
    ensino de gramática no 1º e 2º graus. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
   VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção
    oral e escrita. 11. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
OBRIGADA!

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CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS E A ORALIDADE NO 8º ANO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA

  • 1. CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS E A ORALIDADE NO 8º ANO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA Acadêmica: Luna Karoline Sousa Rocha Orientadora: Profª. Drª. Bárbara Olímpia Ramos de Melo
  • 2. INTRODUÇÃO  Trabalho situado no campo da Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa.  A prioridade era o ensino da escrita  Reconhecimento da importância da oralidade  O apoio oferecido pelos livros didáticos  Justificativa:  Livro didático: recurso mais utilizado na prática docente  O trabalho adequado com os gêneros orais  Tornar os alunos capazes de reconhecer a importância da oralidade, identificar suas características e adequar a linguagem à situação comunicativa
  • 3. OBJETIVOS  Geral:  Analisar o modo como os livros didáticos de Língua Portuguesa do 8º ano da Educação Básica têm abordado o ensino da modalidade oral de uso da linguagem.  Específicos:  Identificar os gêneros orais encontrados nos livros didáticos do 8º ano da EJA e do Ensino Regular.  Apresentar de que forma as atividades propostas pelos LDs visam desenvolver a oralidade.  Analisar se as atividades propostas estão de acordo com o que recomendam a Proposta Curricular da EJA, os PCNs e o Guia PNLD.
  • 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  ALGUMAS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM Após um breve percurso histórico sobre a linguagem, destacaram-se três concepções na visão de Travaglia (2003): 1) Linguagem como expressão do pensamento: “língua ideal” 2) Linguagem como instrumento de comunicação: língua vista como “código” 3) Linguagem como interação  Para Bakthin (1992, p. 113): “a situação social mais imediata e o meio social mais amplo determinam completamente e, por assim dizer, a partir do seu próprio interior, a estrutura da enunciação.” .  Concepções sobre as relações entre a oralidade e a escrita  A supremacia da escrita em relação à oralidade já não é mais a mesma.
  • 5. Na escola, o trabalho com a oralidade, apesar de demonstrar tímidos avanços, ainda apresenta alguns problemas: Antunes (2003).  Perspectivas que diferenciam a oralidade e a escrita, segundo Marcuschi (2003): 1) Dicotômica 2) Culturalista 3) Variacionista 4) Sociointeracionista.  Condições de produção da fala e da escrita: Fávero (2003).  A fala tem de ser vista integradamente com a escrita: Marcuschi (2003)  O ensino da oralidade  Não se considera como papel da escola “ensinar a falar”.  Marcuschi (1997, p. 41) afirmou que “trata-se de identificar a imensa riqueza e variedades de uso da língua.”.  Equivocada visão da fala, conforme Antunes (2003).  Para Marcuschi (1997), a variação é um dos aspectos importantes no estudo da fala.
  • 6. O papel dos gêneros textuais na visão de Jauss apud Schneuwly (2004) e em Bakhtin (1992).  Ramos (1997): consciência sobre o grau de formalidade e informalidade da oralidade.  Preti (1999): o ensino da “norma culta” na oralidade.  Propostas de Antunes (2003), de Ramos (1997) e Fávero (2003) para o trabalho com a oralidade.  Recomendações da Proposta Curricular da EJA  Criada pelo MEC para orientar a elaboração dos programas da EJA, assim como os livros didáticos utilizados e a formação dos educadores.  “O ambiente escolar deve propiciar situações comunicativas que possibilitem aos educandos a ampliação dos seus recursos linguísticos.” (MASSAGÃO, 2001, p. 51).  Os conteúdos selecionados devem promover atividades relacionadas com o uso e reflexão da linguagem.  “Ensinar língua oral [...] Significa desenvolver o domínio dos gêneros que apoiam a aprendizagem da Língua Portuguesa e das outras áreas”. (BRASIL, 2002, p. 37)
  • 7. Recomendações dos PCNs  Não se trata de “corrigir” a fala do aluno, mas de considerá-la no contexto concreto de uso.  Planejamento de atividades de escuta e produção de textos orais no eixo do uso e a prática de análise linguística no eixo da reflexão.  PCNs: a escola deve priorizar o ensino de gêneros orais públicos (BRASIL, 2001).  A escolha do livro didático segundo o PNLD  Guia PNLD-EJA 2011: o livro didático deve ser considerado um recurso a mais que pode ser utilizado em momentos específicos e para fins determinados.  PNLD-2011: o livro didático deve apresentar atividades tanto de uso da oralidade quanto de reflexões sobre suas particularidades.
  • 8. METODOLOGIA  Contextualização da pesquisa:  Pesquisa bibliográfica de caráter descritivo e analítico.  Descrição das fontes:  Educação de Jovens e Adultos (Coleção Tempo de Aprender).  Para Viver Juntos: português, 8º ano: ensino fundamental.  Projeto Radix: português, 8º ano.  Corpus:  Gêneros orais no LD1: canção, teatro,causo, cordel e seminário.  Gêneros orais no LD2: texto dramáticos, causos, cantigas, anedotas e seminário.  Gêneros orais no LD3: discussão, entrevista, roda de histórias, exposição oral, comentário, debate e reconto.  Organização dos dados:  Recomendação do Manual do Professor de cada LD, disposição dos gêneros orais encontrados, descrição e análise das atividades.
  • 9. ANÁLISE DAS ATIVIDADES PROPOSTAS PELOS LDs DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 8º ANO DA EJA E DO ENSINO FUNDAMENTRAL VOLTADAS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DA ORALIDADE  LD1: Educação de Jovens e Adultos (Coleção Tempo de Aprender)  Em uma das atividades propostas pelo LD1, o autor trabalhou o ensino-aprendizagem da variação linguística contemplando o cuidado com a oralidade, e apresentou a canção abaixo como texto-base:
  • 10. Na seção Um Olhar Para a Língua, a atividade que o autor propôs procurou relacionar os usos da oralidade com os usos da escrita . Observe. Pôde-se perceber:  A influência da fala na escrita;  Marcuschi (1997, p. 41): “noções como ‘norma’, ‘padrão’, ‘dialeto’, ‘variante’, ‘sotaque, ‘registro’, ‘estilo’, ‘gíria’ podem tornar-se centrais no ensino de língua e ajudar a formar a consciência de que a língua não é homogênea nem monolítica”.
  • 11.  LD3: Projeto Radix: português, 8º ano  O gênero em questão foi o reconto. O autor apresentou um episódio de Dom Quixote chamado “A incrível batalha contra os moinhos de vento”, pediu que os alunos lessem e fizessem o reconto do mesmo deixando a escolha da linguagem por conta deles próprios. O trecho abaixo evidenciou o tratamento dado à oralidade durante a atividade: • Faça suspense para manter a atenção de seu público. Crie pausas, cuide do ritmo, da narração dos fatos para dar a impressão da maneira como eles aconteceram, de modo mais rápido ou mais lento. • Dê especial atenção ao tom de voz, que pode se elevar ou abaixar dependendo da situação. (TERRA, 2009, p. 188).  Atividade de escuta e produção de texto oral: 1) Identificar as marcas da oralidade. 2) Antunes (2003): implicações pedagógicas.
  • 12. Após, o autor sugeriu que os alunos discutissem os aspectos relacionados com a narração oral de histórias. Com esse intuito, propôs algumas questões norteadoras: •Que diferenças você percebe entre a narração escrita e oral? •Que recursos cada modalidade utiliza para valorizar os fatos narrados? •A linguagem de uma e de outra diferem muito? (TERRA, 2009, p. 118). Para avaliar a atividade, o autor pediu que os alunos estabelecessem as diferenças entre as duas modalidades, todavia enfatizou que não se tratava de fazer julgamento sobre quem é “melhor” ou “pior”.
  • 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS  As atividades propostas pelos três LDs analisados encontraram-se apresentadas de forma organizada e trataram das relações entre a oralidade e a escrita sempre as considerando como contínuas, e não evidenciando suas diferenças.  Os livros também discutiram sobre a adequação da linguagem (nível de formalidade e informalidade) às situações sugeridas por cada atividade, em particular.  As atividades de escuta dos textos orais estiveram sempre voltadas para a identificação das marcas da oralidade como as pausas, entonação, ritmo, e para o respeito à fala do seu interlocutor.  A variedade de gêneros orais encontrada nos livros didáticos analisados, já mostra que há um reconhecimento da importância de serem objeto de ensino de LP, porém ainda são poucos se comparados com os gêneros escritos.  Houve falhas no tocante à seleção e a abordagem pedagógica dos gêneros voltados ao domínio da fala pública, já que na maioria das vezes seus aspectos composicionais não foram bem explicitados.  As lacunas deixadas pelos LDs podem ser preenchidas pelo professor criando alternativas que desenvolvam melhor as atividades da oralidade na sua prática pedagógica.
  • 14. REFERÊNCIAS  ALKMIM, Tânia Maria. Sociolinguística. In. MUSSALIM, Fernanda e BENTES, Anna Christina (orgs). Introdução à Linguística: domínios e fronteiras. São Paulo, Cortez, 2001.  ANTUNES, Maria Irandé. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.  BAKHTIN, Michail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.  BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral. 4. ed. Campinas: Editora Pontes, 1995. v.1.  BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997. 144p.  ______. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. 2. ed. Brasília: MEC/SEF, 2001. 106p.  ______. Ministério da Educação. Proposta curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª série: introdução. Brasília: MEC/SEF, 2002, v. 2. 256p.
  • 15. ______. Guia de livros didáticos: PNLD 2011: EJA. Brasília: MEC/SECAD, 2010a. 293p.  ______. Guia de livros didáticos: PNLD 2011: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 2010b. 152p.  CARDOSO, Sílvia Helena Barbi. Discurso e ensino. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.  FÁVERO, Leonor Lopes; ANDRADE, Maria Lúcia da Cunha V. de Oliveira; AQUINO, Zilda Gaspar Oliveira de. Oralidade e escrita: perspectiva para o ensino de língua materna. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.  MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projetos e relatórios, publicações e trabalhos científicos. 6. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2001.  MARCUSCHI, Luiz Antônio. Concepções de língua falada nos manuais de português de 1º e 2º graus: uma visão crítica. In: Trabalhos de linguística aplicada. Campinas, SP (30): 39-79, Jul/Dez, 1997.
  • 16. ______. Oralidade e ensino de língua: uma questão pouco “falada”. In: Dionisio, Ângela Paiva & Bezerra, Maria Auxiliadora (orgs.). O livro didático de Português: múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 21-34.  ______. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2003.  MAROTE, Gláucia; TEODORO, João. Didática da língua portuguesa. 11. ed. 3. reimp. São Paulo: Ática, 2002.  MASSAGÃO, Vera Maria (coord.). Proposta curricular para educação de jovens e adultos – 1º segmento. São Paulo: Ação Educativa, Brasília, MEC, 2001. 239p.  ORLANDI, Eni Pulcinelli. O que é linguística. 1. ed. 13. reimpr. São Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção Primeiros Passos).  PENTEADO, Ana Elisa de Arruda. [et al.]. Para viver juntos: português, 8º ano: ensino fundamental. 1. ed. rev. São Paulo: Edições SM, 2009.  PRETI, Dino (org.). Estudos de língua falada: variações e confrontos. 2. ed. São Paulo: Humanitas Publicações, 1999.
  • 17. RAMOS, Jânia. O espaço da oralidade na sala de aula. São Paulo: Martins Fontes, 1997.  ROJO, Roxane (org.). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCN´s. São Paulo: EDUC; Campinas, SP: Mercado de Letras, 2000. (Coleção As Faces da Linguística Aplicada).  ______; BATISTA, Antônio Augusto Gomes. (Orgs.). Livro didático de língua portuguesa, letramento e cultura escrita. Campinas: Mercado de Letras, 2003.  SCHNEUWLY, Bernard. Palavra e ficcionalização: um caminho para o ensino da linguagem oral. In: Rojo, Roxane (Trad. e Org.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p. 139-147. (Coleção As Faces da Linguística Aplicada).  SILVA, Cícero de Oliveira; SILVA, Elizabeth G. de Oliveira; MARCHETTI, Greta Nascimento. EJA 8º ano. 2. ed. São Paulo: IBEP, 2009. v.3. (Coleção Tempo de Aprender).  TERRA, Ernani; CAVALLETE, Floriana Toscano. Projeto Radix: português, 8º ano. São Paulo: Scipione, 2009. (Coleção Projeto Radix).  TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2003.  VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. 11. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.