Este documento discute a geografia regional do Brasil de acordo com diferentes modelos de regionalização. Ele descreve os complexos regionais propostos por Pedro Geiger do IBGE, que levaram em conta fatores históricos, naturais e econômicos. Também discute os "Três Brasis" e "Quatro Brasis", modelos que classificam as regiões brasileiras de acordo com indicadores de desenvolvimento humano e graus de difusão tecnocientífica.
2. As Regiões Geoeconômicas ou
Complexos Regionais.
Melhor capacidade de captação da situação
social e econômica do país e de sua relação com
o espaço natural.
Não é uma divisão oficial e foi elaborada pelo
Geógrafo Pedro Geiger do IBGE.
Levou em conta o processo histórico de nossa
formação territorial, a industrialização e os
aspectos naturais.
4. Os complexos regionais: algumas
características
Não respeita os limites entre os estados.
- Norte de Minas Gerais ( Vale do rio
Jequetinhonha.
- Leste do Maranhão .
- Sul do Tocantins e do estado do Mato
Grosso.
As estatísticas oficiais sãos produzidas por
estados logo, essa forma de regionalismo
não é muito útil em certos aspectos.
Mas é adequada para compreender o processo
de formação do espaço brasileiro.
5. A Região Nordeste
Polo importante no período colonial
(exportações de açúcar, fumo, cacau etc)
Já no século XX tornou-se a região “problema”
com o problema do semi árido, os processos
migratórios, as questões fundiárias, as políticas
de planejamento.
Reflexo da situação de pobreza na região.
6. Região Centro Sul
Núcleo econômico do País.
- Economia moderna.
- Setores industrial e agrícola, modernos.
- Grande mercado de consumo.
- Difusor de Cultura.
- Enorme setor de serviços
- Centro político (Brasília)
- Centro financeiro.
7. Amazônia
Povoamento recente.
Aspectos como flora e clima dificultam a
ocupação.
Atrativo para fluxos migratórios das outras
regiões.
Ocupação desordenada, conflitos agrários,
indígenas, desmatamento, garimpagem, soja,
gado etc.
Desequilíbrio social econômico.
8. Os três Brasis
Baseado na informações do
PNUD, trabalha-se com o IDH
(Índice de Desenvolvimento Hu-
mano), para mensurar a evolução
econômica do País.
Após o fim da guerra fria, o
desenvolvimento não seria mais
sinônimo de expansão da base
produtiva.
O sentido do desenvolvimento
referencia-se na igualdade de
todos ao acesso a educação,
saúde, emprego, participação na
vida econômica, política etc.
Em 1996, criou-se outro modelo de
estruturação do espaço.
9. Os três Brasis
Criou-se a “nova regionalização”, que não usa
os critérios administrativos e econômicos.
Utiliza-se outras dimensões como: Educação,
expectativa de vida e a renda.
Favorece as iniciativas por parte do governo e
da sociedade civil, no aperfeiçoamento do de-
senvolvimento humano.
10. Os quatro Brasis
Criado pelo Geógrafo Milton
Santos, esta concepção tem como
critério, os diferentes graus de
difusão do Meio tecnocientífico e
Informacional, associado as
heranças do passado.
Para ele, cada região instala aquilo
que, a cada momento, vem
construir “rugosidades” diferentes.
Segundo Santos, haveria quatro
regiões: Norte, Nordeste, Centro-
Oeste e a Concentrada.
11. A região Concentrada
Abrange as regiões Sudeste e Sul devido a maior consolidação dos dados
da ciência, técnica e da informação.
O MTCI implanta-se em uma área bem infraestruturada (comércio,
consumo, urbanização etc).
Atividades globalizadas promovem novas formas de atividades como o
terciário superior, quaternário e quinquenário (finanças, assistência técnica
e política e a informação.
Criam-se novas especializações, novas ocupações que atendem as novas
classes médias.
O exemplo de São Paulo, ainda polo nacional ainda que com um cresci-
mento menor pois perde poder industrial mas ganha no setor financeiro
e de tomada de decisões. Poder de comando sempre renovado.
12. A região Concentrada
Estaleiro Mauá (RJ)
Porto de Paranaguá (PR) FIAT em Betim (MG)