O documento discute as divisões regionais do Brasil ao longo do tempo, começando com a fragmentação econômica no início do século XX e as primeiras divisões oficiais de 1941 e 1945, que consideravam principalmente aspectos naturais. A divisão de 1969 levou mais em conta fatores socioeconômicos e ainda é a oficial atualmente, com exceção da inclusão do Tocantins na Região Norte. Uma proposta alternativa de 1967 dividiu o Brasil em três grandes regiões geoeconômicas.
2. Regionalização
É a divisão de um espaço ou território em
unidades de áreas que apresentam
características que a individualizam.
A regionalização pode ser estabelecida
segundo diferentes critérios (físicos e naturais,
socioeconômicos) e tendo em vista diferentes
objetivos, como políticos, econômicos,
administrativos.
3. O surgimento das divisões regionais oficiais no Brasil
está vinculado à centralização do poder político na
esfera federal e a política de industrialização e de
integração econômica e territorial implantada na
década de 1930 pelo governo de Getúlio Vargas.
No início do século XX, a economia brasileira era
constituída por várias economias regionais pouco
ligadas entre si e estruturadas na exportação de
produtos primários.
Regionalização
4. A fragmentação econômica regional configurava o que
se convencionou chamar de arquipélago econômico.
O Nordeste açucareiro, o Sudeste cafeeiro e a
Amazônia extrativista (borracha) eram as principais
“ilhas” formadoras do arquipélago econômico.
Outra característica da economia de arquipélago era a
forte concentração de poderes pelas oligarquias
estaduais e regionais, como a oligarquia cafeeira.
Regionalização
5. Divisões regionais
de 1941 e 1945
Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil
possuía sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental,
Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional,
Leste Meridional e Sul. Na porção norte do
Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual
Estado de Roraima; no norte do Pará foi criado o
Estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção
a noroeste (batizado como território de Guaporé) e
outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). No
Sul, Paraná e Santa Catariana foram cortados a
oeste e o território de Iguaçu foi criado.
6. Foi feita com base no conceito de região natural,
levando em conta sobretudo a uniformidade dos
elementos da natureza. As unidades regionais foram
identificadas por meio do "estudo das influências
recíprocas entre diferentes fatores naturais,
principalmente clima, vegetação e relevo". Mas essa
proposta logo foi substituída, pois não encaixava
todos os Estados inteiros nas grandes regiões,
mesmo aqueles que apresentavam paisagens
naturais muito distintas dentro de suas fronteiras.
Divisões regionais
de 1941 e 1945
7. Divisão Regional de 1969
Em 1969, quando os novos conhecimentos
adquiridos sobre o território brasileiro e as
transformações nele ocorridas em razão do
desenvolvimento industrial e urbano
obrigaram o IBGE a estabelecer uma nova
divisão regional. Dessa vez, o conceito base
era o das regiões homogêneas, definidas
pela combinação de aspectos naturais,
sociais e econômicos.
8. A Região Leste desapareceu, com a Bahia e o
Sergipe migrando para a Região Nordeste. A
Região Sul passou a existir sem a presença
de São Paulo que, juntamente com Minas
Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo,
passou a constituir a nova Região Sudeste.
Entretanto, percebemos que as linhas
divisórias das regiões continuam coincidindo
com os limites estaduais.
Divisão Regional de 1969
9. A divisão regional de 1969 ainda é a oficial,
com apenas uma modificação: o Estado de
Tocantins, criado em 1988 e desmembrado
do Estado de Goiás (Região Centro-Oeste),
foi incluído na Região Norte. A justificativa
para tanto foi o fato de esse Estado ter
maior articulação econômica com o Estado
do Pará e com o sul do Maranhão.
Divisão Regional de 1969
11. Regiões
Geoeconômicas
Em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas
Geiger propôs a divisão regional do
Brasil em três regiões
geoeconômicas ou complexos
regionais. Essa divisão tem por base
as características histórico-
econômicas do Brasil, ou seja, os
aspectos da economia e da
formação histórica e regional.
1: Região geoeconômica Amazônia
2: Região geoeconômica Centro-Sul,
3: Região geoeconômica Nordeste.
12. Regiões
Geoeconômicas
Nesta divisão, ao contrário do que ocorre com
a do IBGE, os limites das regiões não
coincidem com os dos estados.
Significa que um estado pode ter parte do seu
território em uma região e parte em outra.