Este documento discute as relações entre jovens e escola no Brasil. Resume as seguintes ideias principais:
1) Existe tensão na relação entre jovens e escola, refletindo mudanças sociais que afetam os processos de socialização.
2) Os jovens experienciam a escola de forma diferente dependendo de fatores como classe social e gênero.
3) A escola enfrenta desafios para acompanhar as mudanças na juventude e superar desigualdades sociais.
2. É professor adjunto da Faculdade de
Educação da Universidade Federal de
Minas Gerais e coordenador do
Observatório da Juventude nessa
mesma faculdade.
Licenciou-se em Sociologia na
Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo e o seu
douramento no Instituto de Ciências
Sociais da Universidade de Lisboa.
É investigador na área da Sociologia,
com ênfase nos temas da juventude,
cultura e educação.
3. A educação da juventude e a relação com a escola, tem sido
alvo de imensos debates;
Existe uma culpabilização mutua entre escola e jovens acerca
das responsabilidades que ambos têm e que por vezes não
cumprem;
Isto leva ao que parece ser uma crise da Escola na
relação que existe entre a Juventude e os Professores.
4. Será que as tensões e os desafios existentes na relação atual da
juventude com a escola são reflexos das profundas mudanças que
estão a ocorrer na sociedade ocidental ?
E que isso afeta diretamente as
instituições e os processos de
socialização das novas gerações,
interferindo na produção social dos
indivíduos nos seus tempos e espaços ?
5. Este estudo foi realizado no Brasil em 2007 . Remete para jovens
brasileiros que frequentavam na sua maioria escolas públicas e que
por vezes passam por dificuldades relacionadas com a pobreza;
A maioria dos investigados viviam em periferias dos grandes
centros urbanos em que a desigualdade social era/é uma
constante;
Contudo com uma sociedade globalizada muitos dos desafios
vivenciados por estes jovens são ultrapassados contrariando assim
as barreiras das condições sociais em que nasceram;
6. Condição juvenil remete
para o modo como uma
sociedade constitui e
atribui significado a esse
momento do ciclo da vida,
no contexto geracional
mas também a situação
em relação às diferenças
sociais – classe, género,
etnia etc..
E neste estudo foi notória a existência de uma nova condição juvenil no
Brasil o jovem que chega à escola, na sua diversidade e que apresenta
práticas sociais bastante diferentes das gerações anteriores.
7. -No Brasil é natural O mundo do trabalho
os jovens arranjarem aparece associado a
desde cedo experimentação da
trabalhos mesmo condição juvenil
que precários para
garantir a sua
sobrevivência
E isso não significa o Mesmo considerando
abandono escolar a diversidade
mas influencia o existente de situações
percurso na escola e posturas dos jovens
pois o gerir das duas face à relação com o
coisas por vezes é trabalho.
complicado.
8. - A música, dança e o visual entre outras formas de expressão, têm sido
os mediadores que articulam jovens que se juntam para trocar ideias,
dançar entre outras formas de lazer…
- O mundo da cultura aparece como um espaço privilegiado de
práticas, representações, símbolos e rituais, no qual os jovens procuram
marcar uma identidade juvenil
Para os jovens mais carenciados o grupo cultural é um dos poucos
espaços de construção de uma autoestima.
9. •Expressa uma dinâmica de relações com os diferentes graus de
importância que definem aqueles que são os nossos melhores amigos e
aqueles mais distantes que são por exemplo : os colegas de escola ou
trabalho.
• Ocorre tanto no quotidiano nas escolas e trabalho como nos tempos livres
e de lazer. Conviver é socializar.
A sociabilidade está associada a tentativa de
estabelecer uma identidade, e nesta dimensão
por vezes ocorrem conflitos e violência que
costumam ocorrer em torno e a partir dos
grupos de amigos.
10. As diferentes dimensões da
condição juvenil são influenciadas
pelo espaço onde são construídas.
Os jovens tendem a transformar os
espaços físicos em espaços sociais,
isto, porque lhes atribuem
significados que os tornam
pessoais.
“Pode-se dizer que a condição juvenil, além de ser socialmente
construída, tem também uma configuração espacial. “(Pais, 1993)
No tempo presente é possível perceber formas diferentes de o viver, de acordo
com o espaço:
Instituições (escola, trabalho, família), assumem uma natureza institucional ,
marcada pelos horários e a pontualidade;
Espaços de natureza social, predominam os sentimentos e a experimentação.
11. Para estes grupos existe uma ampliação
do domínio do espaço urbano para além
do bairro, sendo comum para estes a
realização de festas e eventos no centro
da cidade.
Pode-se dizer que estes jovens produzem
territorialidades transitórias, afirmando o
seu lugar numa cidade que os exclui.
Portanto são nestes tempos e espaços
que eles criam o quotidiano, dando
festas e convivendo.
12. Constante Vaivém
Mudam de turma, de amigos, de estilo musical;
Aderem a grupos culturais hoje, e amanhã mudam-se para
outro sem haver ressentimentos;
No amor, existe a ideia de “ficar”, tendem a não criar
compromissos;
Por fim, no trabalho, observa-se uma constante mudança de
empregos que neste caso é reforçada pela própria precariedade
do mercado de trabalho que pouco oferece para além de
trabalhos temporários.
13. As trajetórias tendem
a ser individualizadas;
A incerteza domina o
quotidiano dos jovens;
As transições são
confusas e sem rumo fixo;
No caso dos jovens
pobres…
Existe uma realidade
bastante complicada
pois têm menos
recursos e menos
margem de escolha.
14. A escola tem-se tornado mais acessível ao cotexto social e ás suas
influências:
-Devido à maior difusão de informação pelas tecnologias;
-Devido à convivência crescente com situações de violência na
escola;
-E até mesmo, com a polémica da participação dos pais na
avaliação dos professores e da escola.
15. Existe uma representação
negativa e preconceituosa Por outro lado, a “lógica”
em relação aos jovens. Estes escolar invade cada vez
tendem a ser vistos como mais a sociedade. Atingindo
irresponsáveis, o que torna principalmente crianças e
mais difícil para a escola, jovens, reforçando a sua
perceber o que é o jovem, o identidade como “alunos”.
que realmente ele pensa e o Isto reflete-se no facto de
que é capaz de fazer. hoje em dia as crianças
terem o tempo regulado e
estruturado com atividades
que de certa forma têm a
ver com a escola e cuja
finalidade é formá-los.
16. Os jovens criam momentos próprios de socialização baseados: nas
relações de amizade, nas instituições e até na escola, onde trocam
informações e produzem aprendizagens.
Ao mesmo tempo, a escola não consegue acompanhar o
desenvolvimento dos jovens, tendo o poder limitado na superação das
desigualdades sociais e nos processos da libertação social.
Neste caso a instituição escolar é vista como parte dos problemas que
ela se propôs a resolver. Ou seja, tanto professores como alunos se
perguntam pelo papel da escola e pela sua função.
Fica então a questão:
“Será que a escola “faz” a juventude?”
18. Os jovens ao serem tratados da mesma maneira são tratados
de maneiras diferentes;
Pretendia-se uma maior união entre os jovens.
“Os jovens pobres estão,
cada vez mais, transpondo
os seus muros, trazendo as
suas experiencias e novos
desafios”
19. O aluno tem responsabilidades diferentes do jovem
“Tornar-se aluno” aproxima-se cada vez mais da condição “ser
jovem”
20. A instituição escolar tem
vindo a sofrer grandes
alterações
Importância dos grupos
“A escola passa a ser um espaço também para os amores, as amizades,
gostos e distinções de todos os tipos”
21. Estudo feito no Brasil;
O percurso escolar influência a vida futura de cada
jovem;
Abandono escolar.
22. Unidade Curricular: Sociologia da Educação II
Docente: Natália Alves
Discentes: Ana Rita Oom
Diana Rodrigues
Inês Videira