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OS CONFLITOS URBANOS
 NA REPÚBLICA VELHA
A REVOLTA DA VACINA
• A situação do Rio de Janeiro, no início do
  século XX, era precária; as ruas eram estreitas
  e sujas, o saneamento precário e havia várias
  doenças, que viravam epidemias: febre
  amarela, peste bubônica varíola e
  tuberculose.
• Os navios estrangeiros faziam questão de anunciar
  que não parariam no porto carioca e os imigrantes
  recém-chegados da Europa morriam de doenças
  infecciosas.
• Ao assumir a presidência da República, Francisco de
  Paula Rodrigues Alves instituiu como meta
  governamental o saneamento e reurbanização da
  capital da República.
• Para assumir a frente das reformas nomeou
  Francisco Pereira Passos para o governo
  municipal. Este por sua vez chamou os
  engenheiros Francisco Bicalho para a reforma
  do porto e Paulo de Frontin para as reformas
  no Centro.
• Rodrigues Alves nomeou ainda o médico
  Oswaldo Cruz para o saneamento.
• O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas
  mudanças, com a derrubada de casarões e
  cortiços e a expulsão de seus moradores.
Cortiço no centro do Rio:
• A população apelidou o movimento de o
  “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de
  largas e modernas avenidas com prédios de
  cinco ou seis andares.
• Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de
  saneamento de Oswaldo Cruz.
• Para combater a peste, ele criou brigadas
  sanitárias que cruzavam a cidade espalhando
  raticidas, mandando remover o lixo e
  comprando ratos. Em seguida o alvo foram os
  mosquitos transmissores da febre amarela.
• Com a aprovação da Lei da Vacina obrigatória
  em 31 de outubro de 1904, as brigadas
  sanitárias, ou mata-mosquitos, começaram
  então a entrar nas casas e vacinar as pessoas à
  força; e as pessoas não tinham sido
  informadas de como seria a vacinação e por
  isso, não entendiam porque estavam sendo
  vacinados à força e nem confiavam que a
  vacina iria funcionar.
• Finalmente, restava o combate à varíola. E foi
  criada a lei de vacinação obrigatória.
• A população, humilhada pelo poder público
  autoritário e violento, não acreditava na
  eficácia da vacina. Os pais de família
  rejeitavam a exposição das partes do corpo a
  agentes sanitários do governo.
• A vacinação obrigatória foi a “ gota d’água”
  para que o povo, já profundamente
  insatisfeito com o “bota-abaixo” e com a
  miséria em que viviam, a falta de empregos,
  etc, se revoltasse.
• Então, uma boa parte da população reagiu
  contra a lei por achar que era uma violação ao
  direito individual, chegando-se mesmo a
  afirmar que seria um desrespeito submeter
  mulheres à inoculação, porque imaginavam
  que ela era feita nas partes “íntimas” do
  corpo.
• A raiva da população contra Oswaldo Cruz e o governo
  acabou provocando uma revolta popular que explodiu na
  forma de passeatas e comícios em praças e ruas do Rio de
  Janeiro, e na medida em que essas manifestações foram se
  agravando, os mais exaltados inicialmente passaram a atirar
  pedras nos funcionários da Saúde Pública que executavam a
  tarefa e nos policiais que lhes davam proteção, mas logo em
  seguida começaram a tombar e incendiar os bondes e
  carroças que encontravam pela frente, terminando por
  saquear as lojas instaladas ao longo do caminho que
  percorriam.
• Os políticos e militares da oposição tentaram
  valer-se da revolta popular contra a vacina
  para derrubar Rodrigues Alves da presidência
  da República, e para tanto criaram em 5 de
  novembro a Liga Contra a Vacina Obrigatória.
• Dias depois, em 10 de novembro, foram
  iniciados os confrontos entre populares e
  forças policiais; no dia 14, os cadetes da
  Escola Militar da Praia Vermelha rebelaram-se
  contra o governo, que respondeu ordenando
  o bombardeio dos morros do bairro da Saúde,
  reduto da insurreição.
• Em 16 de novembro, Rodrigues Alves revogou a Lei
  da Vacina Obrigatória, e no dia seguinte, com o
  apoio do Exército e da Marinha, a polícia ocupou o
  bairro da Saúde, acabando com a revolta. O saldo
  negativo da revolta foi de 23 mortos e 67 feridos,
  tendo sido presas 945 pessoas, das quais quase a
  metade acabou sendo deportada para o Acre.
• Derrotados os militares e contida a insurreição
  popular, Rodrigues Alves retomou o controle
  da cidade e a vacinação foi reiniciada. Em
  pouco tempo a varíola desapareceria do Rio
  de Janeiro.
A REVOLTA DA CHIBATA
• A Revolta da Chibata foi um importante movimento
  social ocorrido, no início do século XX, na cidade do
  Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de
  1910.
• Neste período, os marinheiros brasileiros eram
  punidos com castigos físicos. As faltas graves eram
  punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta
  situação gerou uma intensa revolta entre os
  marinheiros.
• A revolta começou quando o marinheiro
  Marcelino Rodrigues foi castigado com 250
  chibatadas, por ter ferido um colega da
  Marinha, dentro do encouraçado Minas
  Gerais. O navio de guerra estava indo para o
  Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na
  presença dos outros marinheiros, causou a
  revolta.
• O motim se agravou e os revoltosos chegaram
  a matar o comandante do navio e mais três
  oficiais. Já na Baia da Guanabara, os
  revoltosos conseguiram o apoio dos
  marinheiros do encouraçado São Paulo. O
  clima ficou tenso e perigoso.
• O líder da revolta, João Cândido Felisberto
  (conhecido como o Almirante Negro), escreveu a
  carta reivindicando o fim dos castigos físicos,
  melhorias na alimentação e anistia para todos que
  participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas
  as reivindicações, os revoltosos ameaçavam
  bombardear a cidade do Rio de Janeiro.
• Diante da grave situação, o presidente
  Hermes da Fonseca resolveu aceitar as
  exigências dos revoltosos. Porém, após os
  marinheiros terem entregues as armas e
  embarcações, o presidente solicitou a
  expulsão de alguns revoltosos da Marinha.
• A insatisfação retornou e, no começo de
  dezembro, os marinheiros fizeram outra
  revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda
  revolta foi fortemente reprimida pelo
  governo, sendo que vários marinheiros foram
  presos em celas subterrâneas da Fortaleza da
  Ilha das Cobras.
• Neste local, onde as condições de vida eram
  desumanas, alguns prisioneiros faleceram.
  Outros revoltosos presos foram enviados para
  a Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos
  forçados na produção de borracha.
• O líder da revolta João Cândido foi expulso da
  Marinha e internado como louco no Hospital
  de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido
  das acusações junto com outros marinheiros
  que participaram da revolta.
• Podemos considerar a Revolta da Chibata
  como mais uma manifestação de insatisfação
  ocorrida no início da República. Embora
  pretendessem implantar um sistema político-
  econômico moderno no país, os republicanos
  trataram os problemas sociais como “casos de
  polícia”.
O TENENTISMO
• O tenentismo foi um movimento social de
  caráter político-militar que ocorreu no Brasil
  nas décadas de 1920 e 1930, período
  conhecido como República das Oligarquias.
  Contou, principalmente, com a participação
  de jovens tenentes do exército.
• Este movimento contestava a ação política e
  social dos governos representantes das
  oligarquias cafeeiras. Embora tivessem uma
  posição conservadora e autoritária, os
  tenentes defendiam reformas políticas e
  sociais. Queriam a moralidade política no país
  e combatiam a corrupção.
• O movimento tenentista defendia as seguintes
  mudanças:
  - Fim do voto de cabresto (sistema de votação
  baseado em violência e fraudes que só beneficiava
  os coronéis);
  - Reforma no sistema educacional público do país;
  - Mudança no sistema de voto aberto para voto
  secreto;
• Além disso, eram favoráveis à liberdade dos
  meios de comunicação, exigiam que o poder
  Executivo tivesse suas atribuições restringidas,
  maior autonomia às autoridades judiciais e a
  moralização dos representantes que
  compunham as cadeiras do Poder Legislativo.
• As primeiras manifestações militares que
  ganharam corpo durante a República
  Oligárquica aconteceram nas eleições de
  1922. Aproveitando a briga entre algumas
  oligarquias estaduais, os tenentes apoiaram a
  candidatura de Nilo Peçanha em oposição ao
  mineiro Arthur Bernardes, politicamente
  comprometido com os grandes cafeicultores .
• Durante essas eleições a tensão entre os
  militares e o governo aumentou quando
  diversas críticas contras os militares,
  falsamente atribuídas a Arthur Bernardes,
  foram veiculadas nos jornais da época.
• Com a vitória eleitoral das oligarquias, a
  primeira manifestação tenentista veio à tona
  com uma série de levantes militares que
  ficaram marcados pelo episódio dos “18 do
  Forte de Copacabana”, ocorrido no Rio de
  Janeiro, em julho de 1922.
• Nos dois anos seguintes, duas novas revoltas
  militares, uma no Rio Grande do Sul (1923) e
  outra em São Paulo (1924), mostrou que a
  presença dos tenentistas no cenário político
  se reafirmava.
• Em 1925, com a união da Coluna Paulista (uma guerra de
  movimento que, segundo alguns historiadores, pode ser
  considerada uma guerra de guerrilha) e da Coluna
  Riograndense originou-se a Coluna Miguel Costa - Luís Carlos
  Prestes.
• Durante três anos, os tenentes percorreram a pé e a cavalo
  cerca de 25.000 km. O número de integrantes da coluna
  variou em função das regiões por onde passou, da adesão da
  população oprimida pelas oligarquias e da repressão contra
  eles empreendida pelo governo e pelos coronéis.
• Apesar de todas as dificuldades que impossibilitaram
  que Prestes e seus comandados atingissem seu
  objetivo: tirar o presidente Artur Bernardes do
  governo; a Coluna Prestes marcou época pelo seu
  aguerrido combate em busca de reformas políticas e
  sociais e, principalmente, por nunca ter sido
  derrotada.
• Em 1927, a invencível Coluna dissolveu-se na
  Bolívia. Incapazes de assumir o governo, os
  homens de Prestes receberam do
  comandante, eternizado pelo apelido de
  Cavaleiro da Esperança, a autorização para
  tomarem seu próprio destino.
• Alguns ficaram na Bolívia, outros
  clandestinamente no Brasil onde foram presas
  fáceis da repressão governamental, mas
  alguns dos que voltaram se engajaram anos
  depois na Revolução de 1930.
A Semana de Arte Moderna de 1922:
• A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro
  Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como
  objetivo mostrar as novas tendências
  artísticas que já vigoravam na Europa. Esta
  nova forma de expressão não foi
  compreendida pela elite paulista, que era
  influenciada pelas formas estéticas européias
  mais conservadoras. O idealizador deste
  evento artístico e cultural foi o pintor Di
  Cavalcanti.
• No Brasil, o descontentamento com o estilo
  anterior foi bem mais explorado no campo da
  literatura, com maior ênfase na poesia. Entre
  os escritores modernistas destacam-se:
  Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e
  Manuel Bandeira.
• Na pintura, destacou-se Anita Malfatti, que
  realizou a primeira exposição modernista
  brasileira em 1917. Suas obras, influenciadas
  pelo cubismo, pelo expressionismo e
  futurismo, escandalizaram a sociedade da
  época.
• Monteiro Lobato não poupou críticas à
  pintora, contudo, este episódio serviu como
  incentivo para a realização da Semana de Arte
  Moderna.
• A Semana, na verdade, foi a explosão de
  idéias inovadoras que aboliam por completo a
  perfeição estética tão apreciada no século XIX.
  Os artistas brasileiros buscavam uma
  identidade própria e a liberdade de expressão;
  com este propósito, experimentavam
  diferentes caminhos sem definir nenhum
  padrão.
• Isto culminou com a incompreensão e com a
  completa insatisfação de todos que foram
  assistir a este novo movimento. Logo na
  abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu
  poema Os sapos, foi desaprovado pela platéia
  através de muitas vaias e gritos.
• Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a
  Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua
  real importância ao inserir suas idéias ao
  longo do tempo.
• O movimento modernista continuou a
  expandir-se por divulgações através da
  Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e
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Os conflitos urbanos na rep. velha

  • 1. OS CONFLITOS URBANOS NA REPÚBLICA VELHA
  • 2. A REVOLTA DA VACINA • A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária; as ruas eram estreitas e sujas, o saneamento precário e havia várias doenças, que viravam epidemias: febre amarela, peste bubônica varíola e tuberculose.
  • 3. • Os navios estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém-chegados da Europa morriam de doenças infecciosas. • Ao assumir a presidência da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta governamental o saneamento e reurbanização da capital da República.
  • 4.
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  • 6. • Para assumir a frente das reformas nomeou Francisco Pereira Passos para o governo municipal. Este por sua vez chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no Centro.
  • 7. • Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento. • O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e a expulsão de seus moradores.
  • 9.
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  • 11.
  • 12. • A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares. • Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz.
  • 13.
  • 14. • Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela.
  • 15.
  • 16. • Com a aprovação da Lei da Vacina obrigatória em 31 de outubro de 1904, as brigadas sanitárias, ou mata-mosquitos, começaram então a entrar nas casas e vacinar as pessoas à força; e as pessoas não tinham sido informadas de como seria a vacinação e por isso, não entendiam porque estavam sendo vacinados à força e nem confiavam que a vacina iria funcionar.
  • 17. • Finalmente, restava o combate à varíola. E foi criada a lei de vacinação obrigatória. • A população, humilhada pelo poder público autoritário e violento, não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo.
  • 18.
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  • 20. • A vacinação obrigatória foi a “ gota d’água” para que o povo, já profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” e com a miséria em que viviam, a falta de empregos, etc, se revoltasse.
  • 21. • Então, uma boa parte da população reagiu contra a lei por achar que era uma violação ao direito individual, chegando-se mesmo a afirmar que seria um desrespeito submeter mulheres à inoculação, porque imaginavam que ela era feita nas partes “íntimas” do corpo.
  • 22.
  • 23. • A raiva da população contra Oswaldo Cruz e o governo acabou provocando uma revolta popular que explodiu na forma de passeatas e comícios em praças e ruas do Rio de Janeiro, e na medida em que essas manifestações foram se agravando, os mais exaltados inicialmente passaram a atirar pedras nos funcionários da Saúde Pública que executavam a tarefa e nos policiais que lhes davam proteção, mas logo em seguida começaram a tombar e incendiar os bondes e carroças que encontravam pela frente, terminando por saquear as lojas instaladas ao longo do caminho que percorriam.
  • 24.
  • 25. • Os políticos e militares da oposição tentaram valer-se da revolta popular contra a vacina para derrubar Rodrigues Alves da presidência da República, e para tanto criaram em 5 de novembro a Liga Contra a Vacina Obrigatória.
  • 26. • Dias depois, em 10 de novembro, foram iniciados os confrontos entre populares e forças policiais; no dia 14, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha rebelaram-se contra o governo, que respondeu ordenando o bombardeio dos morros do bairro da Saúde, reduto da insurreição.
  • 27. • Em 16 de novembro, Rodrigues Alves revogou a Lei da Vacina Obrigatória, e no dia seguinte, com o apoio do Exército e da Marinha, a polícia ocupou o bairro da Saúde, acabando com a revolta. O saldo negativo da revolta foi de 23 mortos e 67 feridos, tendo sido presas 945 pessoas, das quais quase a metade acabou sendo deportada para o Acre.
  • 28.
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  • 30. • Derrotados os militares e contida a insurreição popular, Rodrigues Alves retomou o controle da cidade e a vacinação foi reiniciada. Em pouco tempo a varíola desapareceria do Rio de Janeiro.
  • 31.
  • 32. A REVOLTA DA CHIBATA • A Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de 1910. • Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros.
  • 33.
  • 34. • A revolta começou quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, causou a revolta.
  • 35. • O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado São Paulo. O clima ficou tenso e perigoso.
  • 36.
  • 37. • O líder da revolta, João Cândido Felisberto (conhecido como o Almirante Negro), escreveu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro.
  • 38.
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  • 40. • Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar as exigências dos revoltosos. Porém, após os marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos da Marinha.
  • 41. • A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza da Ilha das Cobras.
  • 42. • Neste local, onde as condições de vida eram desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos presos foram enviados para a Amazônia, onde deveriam prestar trabalhos forçados na produção de borracha.
  • 43. • O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.
  • 44. • Podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um sistema político- econômico moderno no país, os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”.
  • 45.
  • 46. O TENENTISMO • O tenentismo foi um movimento social de caráter político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das Oligarquias. Contou, principalmente, com a participação de jovens tenentes do exército.
  • 47. • Este movimento contestava a ação política e social dos governos representantes das oligarquias cafeeiras. Embora tivessem uma posição conservadora e autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e sociais. Queriam a moralidade política no país e combatiam a corrupção.
  • 48. • O movimento tenentista defendia as seguintes mudanças: - Fim do voto de cabresto (sistema de votação baseado em violência e fraudes que só beneficiava os coronéis); - Reforma no sistema educacional público do país; - Mudança no sistema de voto aberto para voto secreto;
  • 49. • Além disso, eram favoráveis à liberdade dos meios de comunicação, exigiam que o poder Executivo tivesse suas atribuições restringidas, maior autonomia às autoridades judiciais e a moralização dos representantes que compunham as cadeiras do Poder Legislativo.
  • 50. • As primeiras manifestações militares que ganharam corpo durante a República Oligárquica aconteceram nas eleições de 1922. Aproveitando a briga entre algumas oligarquias estaduais, os tenentes apoiaram a candidatura de Nilo Peçanha em oposição ao mineiro Arthur Bernardes, politicamente comprometido com os grandes cafeicultores .
  • 51. • Durante essas eleições a tensão entre os militares e o governo aumentou quando diversas críticas contras os militares, falsamente atribuídas a Arthur Bernardes, foram veiculadas nos jornais da época.
  • 52.
  • 53. • Com a vitória eleitoral das oligarquias, a primeira manifestação tenentista veio à tona com uma série de levantes militares que ficaram marcados pelo episódio dos “18 do Forte de Copacabana”, ocorrido no Rio de Janeiro, em julho de 1922.
  • 54.
  • 55. • Nos dois anos seguintes, duas novas revoltas militares, uma no Rio Grande do Sul (1923) e outra em São Paulo (1924), mostrou que a presença dos tenentistas no cenário político se reafirmava.
  • 56. • Em 1925, com a união da Coluna Paulista (uma guerra de movimento que, segundo alguns historiadores, pode ser considerada uma guerra de guerrilha) e da Coluna Riograndense originou-se a Coluna Miguel Costa - Luís Carlos Prestes. • Durante três anos, os tenentes percorreram a pé e a cavalo cerca de 25.000 km. O número de integrantes da coluna variou em função das regiões por onde passou, da adesão da população oprimida pelas oligarquias e da repressão contra eles empreendida pelo governo e pelos coronéis.
  • 57.
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  • 60. • Apesar de todas as dificuldades que impossibilitaram que Prestes e seus comandados atingissem seu objetivo: tirar o presidente Artur Bernardes do governo; a Coluna Prestes marcou época pelo seu aguerrido combate em busca de reformas políticas e sociais e, principalmente, por nunca ter sido derrotada.
  • 61.
  • 62.
  • 63. • Em 1927, a invencível Coluna dissolveu-se na Bolívia. Incapazes de assumir o governo, os homens de Prestes receberam do comandante, eternizado pelo apelido de Cavaleiro da Esperança, a autorização para tomarem seu próprio destino.
  • 64. • Alguns ficaram na Bolívia, outros clandestinamente no Brasil onde foram presas fáceis da repressão governamental, mas alguns dos que voltaram se engajaram anos depois na Revolução de 1930.
  • 65.
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  • 67.
  • 68. A Semana de Arte Moderna de 1922: • A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas européias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor Di Cavalcanti.
  • 69.
  • 70.
  • 71. • No Brasil, o descontentamento com o estilo anterior foi bem mais explorado no campo da literatura, com maior ênfase na poesia. Entre os escritores modernistas destacam-se: Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira.
  • 72.
  • 73. • Na pintura, destacou-se Anita Malfatti, que realizou a primeira exposição modernista brasileira em 1917. Suas obras, influenciadas pelo cubismo, pelo expressionismo e futurismo, escandalizaram a sociedade da época.
  • 74.
  • 75. • Monteiro Lobato não poupou críticas à pintora, contudo, este episódio serviu como incentivo para a realização da Semana de Arte Moderna.
  • 76.
  • 77. • A Semana, na verdade, foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão.
  • 78. • Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela platéia através de muitas vaias e gritos.
  • 79.
  • 80. • Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua real importância ao inserir suas idéias ao longo do tempo.
  • 81. • O movimento modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos: Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde- Amarelismo e pelo Movimento Antropofágico.