SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Revoltas da primeira
república
História
Prof° Vitor
Revoltas da primeira república
• No Brasil, o período de 1889 a 1930 foi marcado por grandes
desigualdades sociais e por forte repressão governamental, o que
gerou uma série de revoltas e rebeliões populares.
• A desigualdade social, os aumentos nos impostos, as necessidades
não atendidas, o racismo, o medo, a insatisfação política e o
fanatismo religioso. Tudo isso foi raiz para revoltas na Primeira
República. Ao longo dos mais de quarenta anos dessa primeira fase,
aconteceram diferentes revoltas no campo, na cidade e até mesmo
no meio militar.
Revoltas urbanas
• Revolta da vacina
• Revolta da chibata
• Revolta dos 18 do forte de
Copabana
• Greves operárias
Revoltas rurais
• Canudos
• Contestado
• Revolta de juazeiro
• Cangaço
Revolta da vacina
A Revolta da Vacina aconteceu entre 10 e 16 de novembro de 1904, na cidade
do Rio de Janeiro, à época, capital do Brasil. A Revolta da Vacina foi uma
revolta popular que aconteceu pela insatisfação da população por conta da
violência do processo de sanitarização da capital. Naquele momento, o Rio de
Janeiro passava por uma campanha de vacinação forçada da população contra
a varíola.
O contexto da Revolta da Vacina no Rio de Janeiro era conturbado e teve
como estopim a campanha de vacinação forçada. O Brasil, na época, era
governado por Rodrigues Alves, e a capital, por ordem presidencial, passava
por um processo de modernização e revitalização. Nesse processo, ordenou-
se, por exemplo, o alargamento de uma série de avenidas da cidade.
O processo de revitalização, por sua vez, acontecia às custas da desocupação
de milhares de pessoas do centro do Rio de Janeiro. As desocupações
aconteciam de maneira violenta e eram realizadas exatamente para dar lugar
às obras de modernização e revitalização. Junto disso foi realizada uma
campanha de erradicação de doenças que afetaram intensamente o país
naquele período, como a varíola e a febre amarela.
Revolta da vacina
A campanha de vacinação era liderada pelo sanitarista Oswaldo Cruz, e a
forma como ela foi conduzida aliada à falta de informação levaram a
população a rebelar-se. As vacinações compulsórias aconteciam de maneira
violenta, e, além disso, serviços, como matrícula em escolas, passaram a
exigir cartão de vacinação.
O temor da população à vacinação levou a uma grande revolta nas ruas do
Rio de Janeiro durante os dias citados. O resultado da revolta, além da
destruição material na capital, foi a morte de 30 pessoas e mais de uma
centena de feridos.
Revolta da chibata
A Revolta da Chibata aconteceu em 1910 e teve como estopim a
insatisfação dos marinheiros negros contra os castigos físicos a que
eram sujeitos na corporação. No começo do século XX, a Marinha
brasileira era uma instituição marcada pelo racismo, uma vez que os
cargos mais baixos da corporação eram ocupados por negros e
mestiços que eram punidos com chibatadas quando alguma regra era
violada.
Em 1910, os marinheiros já haviam manifestado sua insatisfação contra
as chibatadas quando alguém era punido. O estopim para a revolta dos
marinheiros aconteceu quando Marcelino Rodrigues Menezes foi
punido com 250 chibatadas sem ter direito a tratamento médico. Os
marinheiros, insatisfeitos com os castigos físicos, o racismo e a
desigualdade social, rebelaram-se.
Revolta da chibata
• Os marinheiros tomaram o controle de quatro embarcações da
Marinha exigindo o fim dos castigos físicos. O líder dos revoltosos era
João Cândido, conhecido também como Almirante Negro. Os
membros da revolta redigiram um manifesto ao presidente Hermes
da Fonseca e ameaçaram atacar o Rio de Janeiro caso não tivessem
suas reivindicações atendidas.
• A Revolta da Chibata foi duramente reprimida com milhares de
marinheiros sendo dispensados. Outros acabaram sendo presos,
torturados e enviados para a Ilha das Cobras, enquanto outros ainda
foram enviados para trabalhar em seringais na Amazônia. Muitos dos
que foram enviados para os seringais foram fuzilados no trajeto.
18 do forte de Copacabana
Em 5 de julho de 1922, na capital do país, Rio de Janeiro, ocorreu a Revolta
dos 18 do Forte de Copacabana, também conhecida como Revolta dos
dezoito do Forte. Foi a primeira ação do movimento tenentista contra a
República Velha. A Revolta tinha por finalidade derrubar o governo vigente e
demonstrar insatisfação com a maneira que ocorreu a eleição para
presidente.
Durante o processo eleitoral no ano de 1921 para presidência da República,
o jornal Correio da Manhã publicou cartas ofensivas com a autoria do
candidato Artur Bernardes, de Minas Gerais, ao ex-presidente Marechal
Hermes da Fonseca. Bernardes negou a autoria, mas os militares
principalmente do Clube Militar onde o Marechal Hermes da Fonseca era
presidente ficaram descontentes com a publicação.
Greves operárias
• As principais greves operárias ocorridas no Brasil durante a Primeira
República tiveram como motivos a luta pelo aumento salarial,
melhores condições de trabalho, melhores condições de vida
(alimentação, moradia), por uma legislação previdenciária, direitos
trabalhistas e sindicais.
• Grande parte das indústrias se concentrava na capital federal, a cidade
do Rio de Janeiro, mas, a partir da década de 1920, a cidade de São Paulo
assumiu o posto de maior detentora de indústrias no Brasil.
Em meados de 1910, a maior parcela da população brasileira vivia no
campo – os trabalhadores urbanos eram uma minoria em relação à
população brasileira. O operariado brasileiro era formado
principalmente por imigrantes estrangeiros (italianos, portugueses) e por
uma parcela pobre da sociedade brasileira.
Greves operárias
• Na Europa, na década de 1910, fervilhavam manifestações socialistas,
comunistas e anarquistas, pois o operariado europeu reivindicava
seus direitos perante a sociedade e os empregadores. Tanto que no
ano de 1917 aconteceu a Revolução Socialista na Rússia. Devemos
compreender a formação da classe operária brasileira dentro desse
contexto histórico.
• Com a vinda de milhares de imigrantes europeus para o Brasil,
vieram, juntamente com eles, as teorias sociais que fervilhavam entre
a sociedade europeia. Essas teorias foram fundamentais para os
operários brasileiros iniciarem uma efetiva consciência de classe e,
consequentemente, uma conscientização política.
REVOLTAS RURAIS
Guerra de canudos
• A Guerra de Canudos aconteceu no sertão da Bahia entre 1896 e
1897 e colocou o Exército brasileiro contra os habitantes de um
arraial chamado Belo Monte. O arraial era liderado por Antônio
Conselheiro, um beato (líder religioso local) que se instalou na região
em 1893, após participar de protestos contra o aumento de impostos
que tinha acontecido desde a Proclamação da República.
• O arraial, que ficou conhecido como Belo Monte, ficava às margens
do rio Vaza-Barris e já era habitado. Com a chegada de Antônio
Conselheiro, o local cresceu e chegou a possuir cerca de 24 mil
habitantes.|1| Belo Monte transformou-se em um centro que trazia
novas perspectivas de vida a uma população de ex-escravos carente e
que não tinha acesso à terra.
Guerra de canudos
A atuação de Antônio Conselheiro como líder religioso também foi
extremamente importante e responsável por atrair milhares de pessoas à
procura do beato, e isso fez de Canudos um centro de romaria. Canudos não
era um arraial com estilo de vida igualitário, mas, nas palavras das
historiadoras Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, tratava-se “de uma
experiência social e política distinta daquela do governo central
republicano”.
A liderança religiosa de Antônio Conselheiro apresentava-se como um risco
à Igreja, devido a sua grande popularidade e à experiência social e política
com traços de igualitarismo. Ambos aspectos representavam uma ameaçava
às elites econômicas locais, que se baseavam no latifúndio e no domínio dos
coronéis. Sendo assim, Canudos era um risco para as elites da Primeira
República e, por isso, na ótica dessas elites, precisava ser eliminada.
Guerra do contestado

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Revoltas da Primeira República: revoltas urbanas e rurais

Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01wladimir1aguiar
 
Principais manifestações populares no Brasil - séc. XX
Principais manifestações populares no Brasil - séc. XXPrincipais manifestações populares no Brasil - séc. XX
Principais manifestações populares no Brasil - séc. XXElton Zanoni
 
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaTopico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaAtividades Diversas Cláudia
 
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaTopico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaAtividades Diversas Cláudia
 
Os conflitos urbanos na república velha
Os conflitos urbanos na república velhaOs conflitos urbanos na república velha
Os conflitos urbanos na república velhaCamila Prott
 
Os conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velhaOs conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velhaNelia Salles Nantes
 
Os conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velhaOs conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velhahistoriando
 
Os conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velhaOs conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velhahistoriando
 
Movimentos sociais na Republica Oligárquica
Movimentos sociais na Republica Oligárquica Movimentos sociais na Republica Oligárquica
Movimentos sociais na Republica Oligárquica alinesantana1422
 
Revoltas sociais no brasil república
Revoltas sociais no brasil repúblicaRevoltas sociais no brasil república
Revoltas sociais no brasil repúblicaAdriana Gomes Messias
 
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Jorge Marcos Oliveira
 
Os Movimentos Sociais no Brasil
Os Movimentos Sociais no BrasilOs Movimentos Sociais no Brasil
Os Movimentos Sociais no BrasilEstude Mais
 
Aula 05 formação da sociedade brasileira primeiros anos da república
Aula 05   formação da sociedade brasileira primeiros anos da repúblicaAula 05   formação da sociedade brasileira primeiros anos da república
Aula 05 formação da sociedade brasileira primeiros anos da repúblicaElizeu Nascimento Silva
 
Movimentos sociais no brasil colonia, imperio e republica
Movimentos sociais no brasil colonia, imperio e republicaMovimentos sociais no brasil colonia, imperio e republica
Movimentos sociais no brasil colonia, imperio e republicaAtividades Diversas Cláudia
 
A crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasilA crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasilAdriana Gomes Messias
 
A crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasilA crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasilAdriana Gomes Messias
 
A República Oligárquica
A República OligárquicaA República Oligárquica
A República OligárquicaAnncr Nncr
 

Semelhante a Revoltas da Primeira República: revoltas urbanas e rurais (20)

Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
Movimentossociaisnarepblicavelha1889 1930-130326111526-phpapp01
 
Principais manifestações populares no Brasil - séc. XX
Principais manifestações populares no Brasil - séc. XXPrincipais manifestações populares no Brasil - séc. XX
Principais manifestações populares no Brasil - séc. XX
 
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaTopico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
 
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplicaTopico resistencias e conflitos na primeira repuplica
Topico resistencias e conflitos na primeira repuplica
 
Os conflitos urbanos na república velha
Os conflitos urbanos na república velhaOs conflitos urbanos na república velha
Os conflitos urbanos na república velha
 
Os conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velhaOs conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velha
 
Os conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velhaOs conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velha
 
Os conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velhaOs conflitos urbanos na rep. velha
Os conflitos urbanos na rep. velha
 
Movimentos sociais na Republica Oligárquica
Movimentos sociais na Republica Oligárquica Movimentos sociais na Republica Oligárquica
Movimentos sociais na Republica Oligárquica
 
Revoltas sociais no brasil república
Revoltas sociais no brasil repúblicaRevoltas sociais no brasil república
Revoltas sociais no brasil república
 
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
 
Documento 1
Documento 1Documento 1
Documento 1
 
Os Movimentos Sociais no Brasil
Os Movimentos Sociais no BrasilOs Movimentos Sociais no Brasil
Os Movimentos Sociais no Brasil
 
Aula 05 formação da sociedade brasileira primeiros anos da república
Aula 05   formação da sociedade brasileira primeiros anos da repúblicaAula 05   formação da sociedade brasileira primeiros anos da república
Aula 05 formação da sociedade brasileira primeiros anos da república
 
Movimentos sociais no brasil colonia, imperio e republica
Movimentos sociais no brasil colonia, imperio e republicaMovimentos sociais no brasil colonia, imperio e republica
Movimentos sociais no brasil colonia, imperio e republica
 
A crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasilA crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasil
 
A crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasilA crise da república velha no brasil
A crise da república velha no brasil
 
A república velha 2017
A república velha   2017A república velha   2017
A república velha 2017
 
A revolta da vacina
A revolta da vacinaA revolta da vacina
A revolta da vacina
 
A República Oligárquica
A República OligárquicaA República Oligárquica
A República Oligárquica
 

Último

Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfJonathasAureliano1
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.pptErnandesLinhares1
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 

Último (20)

Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 

Revoltas da Primeira República: revoltas urbanas e rurais

  • 2. Revoltas da primeira república • No Brasil, o período de 1889 a 1930 foi marcado por grandes desigualdades sociais e por forte repressão governamental, o que gerou uma série de revoltas e rebeliões populares. • A desigualdade social, os aumentos nos impostos, as necessidades não atendidas, o racismo, o medo, a insatisfação política e o fanatismo religioso. Tudo isso foi raiz para revoltas na Primeira República. Ao longo dos mais de quarenta anos dessa primeira fase, aconteceram diferentes revoltas no campo, na cidade e até mesmo no meio militar.
  • 3. Revoltas urbanas • Revolta da vacina • Revolta da chibata • Revolta dos 18 do forte de Copabana • Greves operárias
  • 4. Revoltas rurais • Canudos • Contestado • Revolta de juazeiro • Cangaço
  • 5. Revolta da vacina A Revolta da Vacina aconteceu entre 10 e 16 de novembro de 1904, na cidade do Rio de Janeiro, à época, capital do Brasil. A Revolta da Vacina foi uma revolta popular que aconteceu pela insatisfação da população por conta da violência do processo de sanitarização da capital. Naquele momento, o Rio de Janeiro passava por uma campanha de vacinação forçada da população contra a varíola. O contexto da Revolta da Vacina no Rio de Janeiro era conturbado e teve como estopim a campanha de vacinação forçada. O Brasil, na época, era governado por Rodrigues Alves, e a capital, por ordem presidencial, passava por um processo de modernização e revitalização. Nesse processo, ordenou- se, por exemplo, o alargamento de uma série de avenidas da cidade. O processo de revitalização, por sua vez, acontecia às custas da desocupação de milhares de pessoas do centro do Rio de Janeiro. As desocupações aconteciam de maneira violenta e eram realizadas exatamente para dar lugar às obras de modernização e revitalização. Junto disso foi realizada uma campanha de erradicação de doenças que afetaram intensamente o país naquele período, como a varíola e a febre amarela.
  • 6. Revolta da vacina A campanha de vacinação era liderada pelo sanitarista Oswaldo Cruz, e a forma como ela foi conduzida aliada à falta de informação levaram a população a rebelar-se. As vacinações compulsórias aconteciam de maneira violenta, e, além disso, serviços, como matrícula em escolas, passaram a exigir cartão de vacinação. O temor da população à vacinação levou a uma grande revolta nas ruas do Rio de Janeiro durante os dias citados. O resultado da revolta, além da destruição material na capital, foi a morte de 30 pessoas e mais de uma centena de feridos.
  • 7. Revolta da chibata A Revolta da Chibata aconteceu em 1910 e teve como estopim a insatisfação dos marinheiros negros contra os castigos físicos a que eram sujeitos na corporação. No começo do século XX, a Marinha brasileira era uma instituição marcada pelo racismo, uma vez que os cargos mais baixos da corporação eram ocupados por negros e mestiços que eram punidos com chibatadas quando alguma regra era violada. Em 1910, os marinheiros já haviam manifestado sua insatisfação contra as chibatadas quando alguém era punido. O estopim para a revolta dos marinheiros aconteceu quando Marcelino Rodrigues Menezes foi punido com 250 chibatadas sem ter direito a tratamento médico. Os marinheiros, insatisfeitos com os castigos físicos, o racismo e a desigualdade social, rebelaram-se.
  • 8. Revolta da chibata • Os marinheiros tomaram o controle de quatro embarcações da Marinha exigindo o fim dos castigos físicos. O líder dos revoltosos era João Cândido, conhecido também como Almirante Negro. Os membros da revolta redigiram um manifesto ao presidente Hermes da Fonseca e ameaçaram atacar o Rio de Janeiro caso não tivessem suas reivindicações atendidas. • A Revolta da Chibata foi duramente reprimida com milhares de marinheiros sendo dispensados. Outros acabaram sendo presos, torturados e enviados para a Ilha das Cobras, enquanto outros ainda foram enviados para trabalhar em seringais na Amazônia. Muitos dos que foram enviados para os seringais foram fuzilados no trajeto.
  • 9. 18 do forte de Copacabana Em 5 de julho de 1922, na capital do país, Rio de Janeiro, ocorreu a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, também conhecida como Revolta dos dezoito do Forte. Foi a primeira ação do movimento tenentista contra a República Velha. A Revolta tinha por finalidade derrubar o governo vigente e demonstrar insatisfação com a maneira que ocorreu a eleição para presidente. Durante o processo eleitoral no ano de 1921 para presidência da República, o jornal Correio da Manhã publicou cartas ofensivas com a autoria do candidato Artur Bernardes, de Minas Gerais, ao ex-presidente Marechal Hermes da Fonseca. Bernardes negou a autoria, mas os militares principalmente do Clube Militar onde o Marechal Hermes da Fonseca era presidente ficaram descontentes com a publicação.
  • 10. Greves operárias • As principais greves operárias ocorridas no Brasil durante a Primeira República tiveram como motivos a luta pelo aumento salarial, melhores condições de trabalho, melhores condições de vida (alimentação, moradia), por uma legislação previdenciária, direitos trabalhistas e sindicais. • Grande parte das indústrias se concentrava na capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, mas, a partir da década de 1920, a cidade de São Paulo assumiu o posto de maior detentora de indústrias no Brasil. Em meados de 1910, a maior parcela da população brasileira vivia no campo – os trabalhadores urbanos eram uma minoria em relação à população brasileira. O operariado brasileiro era formado principalmente por imigrantes estrangeiros (italianos, portugueses) e por uma parcela pobre da sociedade brasileira.
  • 11. Greves operárias • Na Europa, na década de 1910, fervilhavam manifestações socialistas, comunistas e anarquistas, pois o operariado europeu reivindicava seus direitos perante a sociedade e os empregadores. Tanto que no ano de 1917 aconteceu a Revolução Socialista na Rússia. Devemos compreender a formação da classe operária brasileira dentro desse contexto histórico. • Com a vinda de milhares de imigrantes europeus para o Brasil, vieram, juntamente com eles, as teorias sociais que fervilhavam entre a sociedade europeia. Essas teorias foram fundamentais para os operários brasileiros iniciarem uma efetiva consciência de classe e, consequentemente, uma conscientização política.
  • 13. Guerra de canudos • A Guerra de Canudos aconteceu no sertão da Bahia entre 1896 e 1897 e colocou o Exército brasileiro contra os habitantes de um arraial chamado Belo Monte. O arraial era liderado por Antônio Conselheiro, um beato (líder religioso local) que se instalou na região em 1893, após participar de protestos contra o aumento de impostos que tinha acontecido desde a Proclamação da República. • O arraial, que ficou conhecido como Belo Monte, ficava às margens do rio Vaza-Barris e já era habitado. Com a chegada de Antônio Conselheiro, o local cresceu e chegou a possuir cerca de 24 mil habitantes.|1| Belo Monte transformou-se em um centro que trazia novas perspectivas de vida a uma população de ex-escravos carente e que não tinha acesso à terra.
  • 14. Guerra de canudos A atuação de Antônio Conselheiro como líder religioso também foi extremamente importante e responsável por atrair milhares de pessoas à procura do beato, e isso fez de Canudos um centro de romaria. Canudos não era um arraial com estilo de vida igualitário, mas, nas palavras das historiadoras Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, tratava-se “de uma experiência social e política distinta daquela do governo central republicano”. A liderança religiosa de Antônio Conselheiro apresentava-se como um risco à Igreja, devido a sua grande popularidade e à experiência social e política com traços de igualitarismo. Ambos aspectos representavam uma ameaçava às elites econômicas locais, que se baseavam no latifúndio e no domínio dos coronéis. Sendo assim, Canudos era um risco para as elites da Primeira República e, por isso, na ótica dessas elites, precisava ser eliminada.