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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - DCB 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E 
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE 
Atitudes e Conhecimento ecológico tradicional de pescadores 
especialistas em relação à conservação e a captura acidental de 
tartarugas marinhas (Testudines, Chelonidae) na região de Ilhéus, 
Sul da Bahia, Brasil. 
Heitor de Oliveira Braga 
Orientador: Alexandre Schiavetti 
Ilhéus- 2012
ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO : 
• Colaboração do Programa de Ecologia e Conservação da Biodiversidade 
da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) 
• Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de 
Santa Cruz 
• Autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Renováveis - IBAMA e do Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade 
• Esta dissertação será apresentada em um capítulo em formato de artigo 
que foi submetido à revista: Chelonian Conservation and Biology - CCB- 
1004.
Chelonian Conservation and Biology 
Chelonian Research Foundation 
Attitudes and traditional ecological knowledge of experts 
fishermen in relation to conservation and bycatch of sea 
turtles (Testudines, Chelonidae), Southern Bahia, Brazil. 
Heitor O. Braga1, Alexandre Sachiavetti1,2 
1,2 Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da 
Biodiversidade, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), 
45600-970 Ilhéus, BA, Brazil [heitorob@gmail.com]; 
2 Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, 
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), 45600-970 
Ilhéus, BA, Brazil. [aleschi@cnpq.br]
INTRODUÇÃO 
 7 espécies de tartarugas marinhas no mundo (Dermochelyidae e Cheloniidae) 
• Grau de ameaça de extinção segundo a 
União Internacional para a Conservação 
da Natureza 1 
• Criticamente ameaçada (CR): tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e a 
tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) 
• Em perigo (EN): a tartaruga-verde (Chelonia mydas) e a tartaruga cabeçuda 
(Caretta caretta) 
• Vulnerável (VU): tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) 
1 (IUCN, 2012)
INTRODUÇÃO 
 Risco de extinção das cincos espécies de tartarugas 
marinhas pertencentes a fauna marinha brasileira 2 
• Criticamente ameaçada (CR): tartaruga de 
couro e tartaruga de pente 
• Em perigo (EM): tartaruga cabeçuda e 
tartaruga oliva 
• Vulnerável (VU): tartaruga-verde 
- redução da população desses nos últimos anos na 
costa litorânea do Brasil 
2 Almeida et al. 2011a; Almeida et al. 2011b; Castilhos et. al. 2011; Marcovaldi et al. 2011; Santos 
et al. 2011)
INTRODUÇÃO 
 Principais causas da diminuição da população de tartarugas3 : 
• trânsito de veículos nas praias 
• contaminação por patógenos 
• coleta de ovos e fêmeas 
• encalhes 
• colisões com embarcações e dragagem de portos 
• poluição (plástico, petróleo) 
• mudanças globais 
• captura acidental pela pesca 
3 National Research Council, 1990; Marcovaldi e Thome 1999; Bugoni et al. 2001; Shanker e 
Pilcher 2003; Kotas et al. 2004; Tisdel e Wilson 2005; Mast et al. 2005; Tamar 2012)
INTRODUÇÃO 
 Interação com a pesca4: grande fator de mortalidade de tartarugas 
marinhas 
 Maior probabilidade de acometer e gerar alguns transtornos leves, 
lesões e até o óbito de tartarugas marinhas5: 
REDE DE ARRASTO REDE DE LAGOSTA 
4 Spotila et al. 2000; Domingo et al. 2006; Casale et al. 2004; Carranza et al. 2006. 
5 Gallo et al. 2006; Marcovaldi et al. 2009; Wallace et al. 2011; Moore et al. 2010.
INTRODUÇÃO 
 Brasil: equipamentos artesanais são os mais usados na costa6 
 Estudos escassos: pesca artesanal e a interação entre recursos 
naturais e comunidades pesqueiras tradicionais7 
 Lacuna importante diz respeito às informações8 
 Averiguar: atitudes de membros de comunidades tradicionais 
referentes à conservação de um determinado recurso9 : 
6 MPA 2012; 7 Souto 2008; 8 Bertozzi e Zerbini 2002; 9 Alexander 2000. 
CAPTURA 
ACIDENTAL 
Importante para a preservação do ecossistema
INTRODUÇÃO 
 Investigar: saberes tradicionais, estratégias e as próprias atitudes 
Etnoecologia 
• Buscar valorizar esse mundo de 
diversas maneiras com 
participação integral dos atores locais 
dessas comunidades tradicionais10 
• Ferramenta para 
auxiliar o manejo 
apropriado de recursos 
naturais10 
• Contribui para o conhecimento 
da biologia de diversos organismos 
e suas interações com o meio11 
• Proporcionar dados importantes 
para decisões de formuladores de 
política e pesquisadores 12 
10 Toledo 1992; Nazarea 1999; Toledo e Barrera-Bassols 2010; 11 Begossi et al. 2002; 12 Stave et 
al. 2007, Brook 2007, Brook e McLachlan 2008.
INTRODUÇÃO 
 Estudos etnocológicos de comunidade tradicionais: 
Avalia rapidamente: 
• Perda dessa biodiversidade 
• Importância da conservação das tartarugas marinhas 
• Envolvimento sustentável para as presentes e futuras gerações 
 Incorporada frente às mudanças ambientais e sociais;
JUSTIFICATIVA 
 Escassez de estudos acerca das tartarugas marinhas na região 
Estudo etnoecológico representa: 
• Um primeiro passo para a incorporação de políticas de gestão dos 
recursos naturais 
• Possibilitar definir estratégias de conservação juntamente com a 
comunidade envolvida
OBJETIVO GERAL 
 Identificar e avaliar o conhecimento ecológico e as 
possíveis atitudes tomadas pelos pescadores em relação 
à conservação e a captura acidental de tartarugas 
marinhas na região de Ilhéus, Sul da Bahia, Brasil.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
 Verificar se existe relação entre o conhecimento ecológico dos pescadores e 
atitudes de conservação sobre as tartarugas marinhas 
 Caso exista, determinar a relação entre conhecimentos/atitudes e algumas 
variáveis sócio-demográficas (idade, tempo de associado a colônia de 
pescadores, número de filhos e grau de escolaridade) 
 Verificar e justificar a presença de tabus alimentares, crenças ou usos 
medicinais das espécies de tartarugas existentes na região e suas implicações 
na conservação 
 Calcular a captura por unidade de esforço (CPUE), média e área de pesca 
para rede de arrasto e linha para a frota pesqueira das colônias de pescadores 
de Ilhéus quando possível.
MATERIAIS E MÉTODOS 
 Área de estudo: 
- Macro-região de Ilhéus-BA
MATERIAIS E MÉTODOS 
 Área de estudo 
• Colônia de Pescadores: 
- Z-19 : 3000 (700 membros em atividade) 
- Z-34 : 3500 (3000 membros em atividade) Inclui municípios vizinhos
MATERIAIS E MÉTODOS 
 Coleta de dados: 
• Primeira etapa: pré-teste do roteiro da entrevista durante o período 
de Julho de 2009, realizado na região de Itacaré-BA - (10 entrevistas). 
• Segunda etapa: roteiro de entrevista semi-estruturada13 com os 
pescadores de Ilhéus-BA, Julho 2010 à Setembro 2011 
- Amostragem: Estratificada adaptativa 
- Seleção dos pescadores especialistas: 
1. Estabeler contato com os pescadores 
2. Formação da “rede de indicações” 
3. Entrevistas 
13 Viertler 2002
MATERIAIS E MÉTODOS 
- Rede de indicações14: 
14 Alarcon 2006
MATERIAIS E MÉTODOS 
 Coleta de dados: 
• Roteiro de entrevistas: 
I. Perfil do entrevistado 
II. Estrutura e equipamento de trabalho 
III. Conhecimento ecológico tradicional sobre tartarugas marinhas 
IV. Teste projetivo15 
V. Conhecimento sobre a captura acidental de tartarugas marinhas 
VI. Atitudes da comunidade pesqueira em relação à conservação 
VII. Crenças e Tabus 
15 Costa-Neto et al. 2009
MATERIAIS E MÉTODOS 
 Embarques: 
• Maio à Agosto (2011): Macro-região de Ilhéus 
• Pescadores treinados - (Projeto TAMAR/ICMBio) 
• Informações coletadas através dos “fishing books”: 
- Localização da pesca 
- Distância da costa 
- Tempo de uso da arte de pesca no mar 
- Dados biológicos e morfométricos quando possível (CCC 
E LCC)
ANÁLISE DE DADOS 
 Entrevistas: 
• Abordagem individual e emicista: sujeitos da pesquisa16 
• Tabus: categorias propostas por Colding e Folke17 
• Artes de pesca: Organização das Nações Unidas para Alimentação e 
Agricultura (FAO) 
• Modelo de união das diversas competências individuais: todas 
informações consideradas18 
16 Posey 1986; 17 Colding e Folke 2010; 18 Hays 1976 e Marques 1991
ANÁLISE DE DADOS 
 Entrevistas: 
• Escala de likert (3 pontos): 
- Conhecimento 
- Atitudes 
Respostas corretas: 1 
Respostas parcialmente corretas: 0.5 
Respostas erradas: 0 
Atitudes positivas: 1 
Atitudes moderadas: 0.5 
Atitudes negativas: 0 
 Indicadores: (Conhecimento/Atitudes)19 
• Soma dos escores de cada sujeito / maior pontuação possível 
 Alfa de Cronbach: (Confiabilidade dos indicadores) 20 
• Mensura a consistência interna de uma escala 
19 Ditt 2002; Nazario e Bitencourt 2003; 20 Pereira 1999; Oviedo e Campo-Arias 2005
ANÁLISE DE DADOS 
 Valores do indicadores: 3 classes 
CLASSES ATITUDES CONHECIMENTO 
I (0-0,33) Negativas Baixo 
II (0,34-0,66) Moderadas Médio 
III (0,67-1) Positivas Alto 
 Análises de correlação : 
• Indicadores de conhecimento e atitude 
• Investigou a relação entre variáveis do perfil do respondente (tempo 
associado com a colônia de pesca, idade e número de filhos) e os 
conhecimentos e atitudes
ANÁLISE DE DADOS 
• Relação entre os indicadores e o nível educacional: 
- A= Analfabeto; B= Ensino Fud. 1 (1 - 5 anos); C= Ensino Fun. 2 (6 - 
9 anos) e D= Ensino médio ou superior 
 Kruskal-Wallis: teste não-paramétrico, análises de correlação e 
coeficiente de alfa de Cronbach: versão 2.12.1 
 Alfa de Cronbach : ltm para R 21 
 Contrução do boxplot: (Palaeontological Statistics) 
21 Rizopoulos 2006
ANÁLISE DE DADOS 
 Operação de pesca: 
• Cálculo da Captura por unidade de esforço: 
- (rede/linha) 
- CPUE = (N / t) 
N = número de indivíduos capturados. 
t = tempo de exposição da arte de pesca em (h). 
- Calculados separadamente para cada uma das espécies de tartarugas 
marinhas para permitir comparações quantitativas entre espécies. 
• Dados geográficos dos locais de pesca, as áreas de nidificação e da 
localização da área de estudo: Software 9.2
RESULTADOS 
 Rede de indicação: 
• 60 pescadores 
- Z-19: 34 pesc. (21 especialistas) 
- Z-34: 26 pesc. (13 especialistas) 
- 30 entrevistados especialistas 
• 4 pesc. recusaram participar do trabalho 
 Estrutura e equipamento de trabalho: 
• Barcos: fibra e madeira; pequenos; (4-6 m larg; 7-14 m comp) 
• Média de pescadores por barco: 4 
• 66% usam barcos de outros 
• Arte de pesca mais usada: linha e redes 
• Tempo em alto mar: (rede de arrasto= 10-20 dias; linha = 7-8 dias)
RESULTADOS 
 Perfil dos entrevistados:
RESULTADOS 
(TEK) 
 Conhecimento ecólogico sobre tartarugas marinhas 
• Indicador (TEK): 0.26 -0.77 - Média: 0.43 
• Classes: 27%Alto; 63% Médio; 10% Alto 
• Alfa de Combrach: 0.7 
• Indicador de conhecimento: Sem associação com idade dos 
pescador, (r = 0.10, p = 0.62), número de filhos do pescador (r = 
0.08, p = 0.66) e tempo de associação com a colônia (r = -0.05, p = 
0.80).
RESULTADOS 
(TEK) 
• Área de nidificação: 
- 100%: Desovam em praias desertas 
- 38%: Ocorrem no Verão 
- Foram citadas 20 áreas de nidificação 
(Barra Grande até Una) 
- Olivença e Ponta do Ramo (mais 
citadas)
RESULTADOS 
(TEK) 
• Teste projetivo: 
- 45%: Idenficaram corretamente as espécies 
- E. imbricata; 24%, C. mydas; 10%, D. coriacea; 13% (Apenas 1 da classe 
de baixo conhecimento) e o restante: C. caretta (Todos da classe médio e 
alto) 
- L. olivacea e N. Depressus: Não foram identificadas pelos pescadores; 
- Características usadas para identificação: casco, cor , patas e tamanho 
- D. coriacea: Registrada por um pescador na Ilha de Comandatuba com 
descrição detalhada do animal
RESULTADOS 
(TEK) 
• Nomes populares citados: 
- C. mydas: verde, suranha e aruanã 
- E. imbricata: pente e malhada 
- C. caretta: comum e amarela 
- D. coriacea : jamanta, preta, couro e pele 
• Predadores de tartarugas: aves (albatroz e urubu) e peixes (dourado, 
garoupa e cação) 
• Hábitats preferenciais: pedras, arrecifes, praias, águas profundas e 
rasas 
• Dieta: crustáceos, camarão, marisco e limo de pedra (resíduos) 
• Tempo de mergulho: 53% apontaram intervalo correto
RESULTADOS 
 Conhecimento sobre captura acidental 
• Apena 1 entrevistado nunca capturou tartarugas marinhas acidentalmente 
• Última captura: 
- 66%: linha de pesca; 44%: Outras artes 
- 94%: vivas - estado normal, sem lesão aparente 
- Peso médio: Média: 31 kg 
- Profundidade : Média: 36 m 
- Ilhéus, Olivença e Acuípe: Regiões com maior captura – mar afora 
• Segundo especialistas: 
• redes (lagosta, n = 27; rede de arrasto de camarão, n = 2): Maior probabilidade 
de ser capturada 
• Raramente capturados por linhas (fundo,submersos ou metade da água, n = 1) 
ou de linha de fundo (n = 1).
RESULTADOS 
 Atitudes em relação à conservação 
• Indicador: 0.35 -1 - Média: 0.69 
• Classes de atitudes: 59% positivas; 41% Moderadas 
• Alfa de Combrach : 0.43 
• Indicador de atitude: Sem associação com idade dos pescador, (r = - 
0.28, p-value = 0.15), número de filhos do pescador (r = -0.04, p = 
0.83) e tempo de associação com a colônia (r = -0.18, p = 0.35)
RESULTADOS 
• 90% do entrevistados: Importante conservar as tartarugas e o ambiente onde 
elas vivem 
• 97%: Tartarugas não prejudica a pesca - (47% explica tal fato) 
• 1 entrevistado: Não aprova a proibição da captura 
• 73%: Já consumiram ovos no passado 
• Caso hipotético : Encontro com uma tartaruga durante pesca: 
- 3 entrev.: Consumiriam a carne ou usariam a tartaruga para fazer produtos 
artesanais 
• Como evitar a captura ? 
- 27% não sabem 
- Evitar o uso de redes (lagosta e camarão)
RESULTADOS 
 Conhecimento ecológico local X Atitudes em relação à conservação 
• Atitudes inversamente relacionadas com o conhecimento 
• Relação negativa e siginificante (r = -0.38, p = 0.04) 
Figura Relação entre o TEK e atitudes em relação à conservação de tartarugas (p = 0.04)
RESULTADOS 
 Relação entre o nível educacional e os outros dois indicadores 
• Nível educacional e Conhecimento (H = 1.27 p = 1.74) Sem correlação 
• Nível educacional e Atitudes (H = 8.33; p = 0.04) - Tende > NE > AP 
Figura. Relação entre o nível educacional e o nível de atitudes em relação à conservação (A = Analfabeto, B = Ensino 
Fundamental 1, C = Ensino Fundamental 2 e D = Ensino médio ou superior)
RESULTADOS 
 Operações de pesca 
• Esforço amostral: 
- 28 dias (411.75 h) – rede / 100.33 h – linha 
• Captura acidental: 
- L. olivacea - CCC: 77cm LCC: 70 cm 
• CPUE para L. olivacea: 
- Rede: 2x10-3 Ind/h 
- 1 ano: 13.07 – Para uma embarcação de esforço de Ilhéus (Especialista) 
- Macro-região (950 embarcações) – 70% das embarcações da Bahia: 
* Rede: 2.28 ind/h 
* 1 ano: 48.51 ind
RESULTADOS 
- A rede: 11.057,35 km2 
- A linha: 21.243,98 km2 
- A sobreposição: 11.057,35 km2 
Figura. Mapa de área de pesca para linha e rede, Bahia, Brasil 
Fishing books:
RESULTADOS 
 Tabus alimentares e Crenças 
• 48%: tabus - Tartarugas marinhas 
- carne forte, animal de couro e capacidade de causar doenças quando ingeridos 
- “Remoso ou carregado” 
• 21%: Indicações terapêuticas 
- Óleo da banha: reumatismo, fadiga, dores musculares/costa, bronquite e asma. 
• Tabus específicos 
- Pós-operatórios (ambos sexos); gravidez, doenças crônicas : Não pode consumir 
- 4 ind: Não consome tartarugas com alguma característica externa diferente 
- Presença de verrugas, proteberâncias e medusas na face
RESULTADOS 
 Tabus alimentares e Crenças 
• Tabus de história de vida 
- 45%: Consomem tartarugas apenas adultas/ idosas 
- Filhotes (Não) 
• Tabus de hábitat 
- 24%: Evitam locais com [ ] de indíviduos 
- Pé de Serra, Abrolhos, Pedra do Espigão e Pedra de Ilhéus. 
• 4 ind: Tartaruga de pente (óculos, pentes e outros fins artesanais) 
- Não usam a tartaruga para fins comerciais 
- Quando ocorre a captura, consomem a carne em alto mar ou levam para casa 
• 52%: Carne parecida com a carne de frango (paladar)
DISCUSSÃO 
 Conhecimento ecólogico sobre tartarugas marinhas 
• Valores de alfa de Cronbach's acima de 0,6 são considerados satisfatórios em 
pesquisas de opinião (Gabriel e Tritapepe 2008) 
• Esperava um conhec. mais aprofundado: 
- Contato casual - linha de fundo: considerada uma arte de pesca com menos 
probabilidade de capturar o animal quando comparado com outros artefatos 
(Tamar 2012) 
- Esforço direcionado a pesca de vermelhos (Caló et al. 2009) 
- Evitam pescar em áreas com Maior prob. de captura - (Marcovaldi et al. 2002) 
interação pesca-animal podem gerar prejuízos a pesca alvo 
- (Coelho 2009) relatou a presença de 4 ssp. na região – área de possíveis 
desovas segundo especialistas
DISCUSSÃO 
• Maior reconhecimento da tartaruga de pente: espécie ter registros de 
nidificação no litoral sul da Bahia (Marcovaldi e Marcovaldi 1999) 
• Poucos estudos que se diz a respeito a registros de tartaruga de couro no 
estado da Bahia - alguns pescadores souberam identificar a espécie, mesmo 
atuando somente no sul da Bahia durante toda vida profissional 
• Huntington (2000) em seus estudos enfatiza a importância da incorporação 
desse tipo de conhecimento ecológico tradicional em projetos de pesquisa e 
estratégias de gestão integrando, analisando e incorporando esses novos 
conhecimentos. 
• Arte de pesca: O impacto da rede de lagosta no estado da Bahia já tinha sido 
observado (Marcovaldi et al. 2006).
DISCUSSÃO 
 Embarques : 
• Registro de apenas um indivíduo capturado: justificado pelo fato da região ter 
menos registros de desova quando comparada a outras regiões (norte da Bahia 
e o litoral do Espírito do Santo) 
• Estimativa da CPUE demonstra que a rede de arrasto: prejudicial e 
desfavorável a população de tartarugas no Estado da Bahia. 
• A rede de arrasto / rede de lagosta: identificadas como umas das principais 
ameaças (Shanker and Pitcher, 2003; Casale et al. 2004; Wallace et al. 2011).
DISCUSSÃO 
 Atitudes em relação à conservação 
• Valores acima de 0.40 já foram considerados satisfatórios para alguns estudos 
(Drews 2002; Ditt 2002) 
• Atitudes positivas: predominante 
- Comunidades costeiras com área nidificação no Sri Lanka (Rajakaruna et al. 2009) 
- Influência das atitudes para conservação em comunidade tradicionais e algumas 
variáveis demográficas foram quase inexistentes (Hill 1998, Allendorf et al. 2006) 
- Boer e Baquete (1998) : Não encontraram relação entre atitudes e n de filhos do 
entrevistado (Reserva de Elefantes em Moçambique) 
- A idade dos entrevistados não influenciou no grau de atitude em duas áreas de 
proteção no Nepal (Baral e Heinen, 2007)
DISCUSSÃO 
• Atitudes mais desfavoráveis a conservação das tartarugas marinhas: 
- mostrou relação com pescadores que conhecem mais o seu comportamento, 
habitat e distinguem melhor suas características. 
• Bright e Tarrant (2002) relataram que o conhecimento nem sempre influência a 
direção das atitudes de um indivíduo . 
• O nível de escolaridade mostrou ter relação com as atitudes dos pescadores - 
Fiallo e Jacobson (1995) : mesma tendência 
• Sah and Heinen (2001): Atitudes em relação à conservação de um recurso são 
influenciadas pelo nível educacional 
• Alguns pescadores com baixa escolaridade: tiveram atitudes positivas em relação 
à conservação das tartarugas marinhas - O temor das punições e multas 
concedidas àqueles que infringem a legislação ambiental (Ditt 2002) pode ajudar 
explicar tal fato.
DISCUSSÃO 
• As atitudes desses pescadores podem estar sendo influenciada por algum tipo 
crença local. 
• Bright e Barro (2000): crenças podem influenciar mais as atitudes de um indivíduo 
em relação aos recursos naturais do que simplesmente seu conhecimento 
 Tabus alimentares e Crenças 
• Presença de tabus alimentares: pode ser considerada um dos motivos do 
baixo consumo de tartarugas marinhas 
• Essas regras sociais não escritas podem ser uma forma de conservar um 
recurso (Reichel-Dolmatoff 1976; Begossi et al. 2002) 
• Porém nota-se uma diminuição de práticas tradicionais no decorrer do tempo - 
o que pode ocasionar um maior impacto em algumas populações de animais 
(Pinto et al. 2006)
DISCUSSÃO 
• Tabus segmentares: 
- Similares aos registrados nos estudos na Mata Atlântica e na Amazônia (Begossi 
1992, Begossi e Braga 1992, Pezutti et al. 2010, Hanazaki e Begossi 2006). 
• Tabu exógeno: 
- Identificado no estudo, em que as leis são impostas à população levando a 
quebra da interação homem animais (Costa-Neto 2000): pode em alguns casos 
auxiliar na conservação do recurso 
• Na Bahia, as tartarugas são reconhecidas por serem altamente utilizadas na 
zooterapia e medicina alternativa (Costa-Neto e Marques 2000) 
• Uso da gordura: utilizada para o tratamento de asma, bronquite e reumatismo 
assim como em outras comunidades tradicionais (Alinõ et al. 1990, Begossi 1992, 
Seixas e Begossi 2001, Begossi et al. 2006) 
• No litoral norte da Bahia esse recurso somente é utilizado quando ocorre captura 
acidental (Costa-Neto 2000) assim como no litoral de Ilhéus no sul da Bahia.
Conclusões 
. 
 Conhecimento ecológico local moderado e Atitudes positivas e 
moderadas 
 Atitude correlacionada com nível educacional e conhecimento local dos 
pescadores 
 Verificou-se a presença de tabus alimentares e crenças tradicionais 
 Alguns comportamentos e dados ecológicos do quelônio em estudo 
foram corroborados com a literatura científica 
 Captura acidental existente na área de estudo (rede de camarão e lagosta)
. Agradecimentos 
Ao CNPq, à UESC 
Ao orientador 
Ao PPGECB e professores 
À Banca 
Ao ICMBio, Projeto Tamar 
Aos pescadores artesanais de Ilhéus 
Aos colegas, amigos e família 
Contato: heitorob@gmail.com

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Attitudes and local ecological knowledge of experts fishermen in relation to conservation and bycatch of sea turtles (reptilia: testudines), Southern Bahia, Brazil

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - DCB PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE Atitudes e Conhecimento ecológico tradicional de pescadores especialistas em relação à conservação e a captura acidental de tartarugas marinhas (Testudines, Chelonidae) na região de Ilhéus, Sul da Bahia, Brasil. Heitor de Oliveira Braga Orientador: Alexandre Schiavetti Ilhéus- 2012
  • 2. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO : • Colaboração do Programa de Ecologia e Conservação da Biodiversidade da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) • Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Santa Cruz • Autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis - IBAMA e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade • Esta dissertação será apresentada em um capítulo em formato de artigo que foi submetido à revista: Chelonian Conservation and Biology - CCB- 1004.
  • 3. Chelonian Conservation and Biology Chelonian Research Foundation Attitudes and traditional ecological knowledge of experts fishermen in relation to conservation and bycatch of sea turtles (Testudines, Chelonidae), Southern Bahia, Brazil. Heitor O. Braga1, Alexandre Sachiavetti1,2 1,2 Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), 45600-970 Ilhéus, BA, Brazil [heitorob@gmail.com]; 2 Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), 45600-970 Ilhéus, BA, Brazil. [aleschi@cnpq.br]
  • 4. INTRODUÇÃO  7 espécies de tartarugas marinhas no mundo (Dermochelyidae e Cheloniidae) • Grau de ameaça de extinção segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza 1 • Criticamente ameaçada (CR): tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) • Em perigo (EN): a tartaruga-verde (Chelonia mydas) e a tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) • Vulnerável (VU): tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) 1 (IUCN, 2012)
  • 5. INTRODUÇÃO  Risco de extinção das cincos espécies de tartarugas marinhas pertencentes a fauna marinha brasileira 2 • Criticamente ameaçada (CR): tartaruga de couro e tartaruga de pente • Em perigo (EM): tartaruga cabeçuda e tartaruga oliva • Vulnerável (VU): tartaruga-verde - redução da população desses nos últimos anos na costa litorânea do Brasil 2 Almeida et al. 2011a; Almeida et al. 2011b; Castilhos et. al. 2011; Marcovaldi et al. 2011; Santos et al. 2011)
  • 6. INTRODUÇÃO  Principais causas da diminuição da população de tartarugas3 : • trânsito de veículos nas praias • contaminação por patógenos • coleta de ovos e fêmeas • encalhes • colisões com embarcações e dragagem de portos • poluição (plástico, petróleo) • mudanças globais • captura acidental pela pesca 3 National Research Council, 1990; Marcovaldi e Thome 1999; Bugoni et al. 2001; Shanker e Pilcher 2003; Kotas et al. 2004; Tisdel e Wilson 2005; Mast et al. 2005; Tamar 2012)
  • 7. INTRODUÇÃO  Interação com a pesca4: grande fator de mortalidade de tartarugas marinhas  Maior probabilidade de acometer e gerar alguns transtornos leves, lesões e até o óbito de tartarugas marinhas5: REDE DE ARRASTO REDE DE LAGOSTA 4 Spotila et al. 2000; Domingo et al. 2006; Casale et al. 2004; Carranza et al. 2006. 5 Gallo et al. 2006; Marcovaldi et al. 2009; Wallace et al. 2011; Moore et al. 2010.
  • 8. INTRODUÇÃO  Brasil: equipamentos artesanais são os mais usados na costa6  Estudos escassos: pesca artesanal e a interação entre recursos naturais e comunidades pesqueiras tradicionais7  Lacuna importante diz respeito às informações8  Averiguar: atitudes de membros de comunidades tradicionais referentes à conservação de um determinado recurso9 : 6 MPA 2012; 7 Souto 2008; 8 Bertozzi e Zerbini 2002; 9 Alexander 2000. CAPTURA ACIDENTAL Importante para a preservação do ecossistema
  • 9. INTRODUÇÃO  Investigar: saberes tradicionais, estratégias e as próprias atitudes Etnoecologia • Buscar valorizar esse mundo de diversas maneiras com participação integral dos atores locais dessas comunidades tradicionais10 • Ferramenta para auxiliar o manejo apropriado de recursos naturais10 • Contribui para o conhecimento da biologia de diversos organismos e suas interações com o meio11 • Proporcionar dados importantes para decisões de formuladores de política e pesquisadores 12 10 Toledo 1992; Nazarea 1999; Toledo e Barrera-Bassols 2010; 11 Begossi et al. 2002; 12 Stave et al. 2007, Brook 2007, Brook e McLachlan 2008.
  • 10. INTRODUÇÃO  Estudos etnocológicos de comunidade tradicionais: Avalia rapidamente: • Perda dessa biodiversidade • Importância da conservação das tartarugas marinhas • Envolvimento sustentável para as presentes e futuras gerações  Incorporada frente às mudanças ambientais e sociais;
  • 11. JUSTIFICATIVA  Escassez de estudos acerca das tartarugas marinhas na região Estudo etnoecológico representa: • Um primeiro passo para a incorporação de políticas de gestão dos recursos naturais • Possibilitar definir estratégias de conservação juntamente com a comunidade envolvida
  • 12. OBJETIVO GERAL  Identificar e avaliar o conhecimento ecológico e as possíveis atitudes tomadas pelos pescadores em relação à conservação e a captura acidental de tartarugas marinhas na região de Ilhéus, Sul da Bahia, Brasil.
  • 13. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:  Verificar se existe relação entre o conhecimento ecológico dos pescadores e atitudes de conservação sobre as tartarugas marinhas  Caso exista, determinar a relação entre conhecimentos/atitudes e algumas variáveis sócio-demográficas (idade, tempo de associado a colônia de pescadores, número de filhos e grau de escolaridade)  Verificar e justificar a presença de tabus alimentares, crenças ou usos medicinais das espécies de tartarugas existentes na região e suas implicações na conservação  Calcular a captura por unidade de esforço (CPUE), média e área de pesca para rede de arrasto e linha para a frota pesqueira das colônias de pescadores de Ilhéus quando possível.
  • 14. MATERIAIS E MÉTODOS  Área de estudo: - Macro-região de Ilhéus-BA
  • 15. MATERIAIS E MÉTODOS  Área de estudo • Colônia de Pescadores: - Z-19 : 3000 (700 membros em atividade) - Z-34 : 3500 (3000 membros em atividade) Inclui municípios vizinhos
  • 16. MATERIAIS E MÉTODOS  Coleta de dados: • Primeira etapa: pré-teste do roteiro da entrevista durante o período de Julho de 2009, realizado na região de Itacaré-BA - (10 entrevistas). • Segunda etapa: roteiro de entrevista semi-estruturada13 com os pescadores de Ilhéus-BA, Julho 2010 à Setembro 2011 - Amostragem: Estratificada adaptativa - Seleção dos pescadores especialistas: 1. Estabeler contato com os pescadores 2. Formação da “rede de indicações” 3. Entrevistas 13 Viertler 2002
  • 17. MATERIAIS E MÉTODOS - Rede de indicações14: 14 Alarcon 2006
  • 18. MATERIAIS E MÉTODOS  Coleta de dados: • Roteiro de entrevistas: I. Perfil do entrevistado II. Estrutura e equipamento de trabalho III. Conhecimento ecológico tradicional sobre tartarugas marinhas IV. Teste projetivo15 V. Conhecimento sobre a captura acidental de tartarugas marinhas VI. Atitudes da comunidade pesqueira em relação à conservação VII. Crenças e Tabus 15 Costa-Neto et al. 2009
  • 19. MATERIAIS E MÉTODOS  Embarques: • Maio à Agosto (2011): Macro-região de Ilhéus • Pescadores treinados - (Projeto TAMAR/ICMBio) • Informações coletadas através dos “fishing books”: - Localização da pesca - Distância da costa - Tempo de uso da arte de pesca no mar - Dados biológicos e morfométricos quando possível (CCC E LCC)
  • 20. ANÁLISE DE DADOS  Entrevistas: • Abordagem individual e emicista: sujeitos da pesquisa16 • Tabus: categorias propostas por Colding e Folke17 • Artes de pesca: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) • Modelo de união das diversas competências individuais: todas informações consideradas18 16 Posey 1986; 17 Colding e Folke 2010; 18 Hays 1976 e Marques 1991
  • 21. ANÁLISE DE DADOS  Entrevistas: • Escala de likert (3 pontos): - Conhecimento - Atitudes Respostas corretas: 1 Respostas parcialmente corretas: 0.5 Respostas erradas: 0 Atitudes positivas: 1 Atitudes moderadas: 0.5 Atitudes negativas: 0  Indicadores: (Conhecimento/Atitudes)19 • Soma dos escores de cada sujeito / maior pontuação possível  Alfa de Cronbach: (Confiabilidade dos indicadores) 20 • Mensura a consistência interna de uma escala 19 Ditt 2002; Nazario e Bitencourt 2003; 20 Pereira 1999; Oviedo e Campo-Arias 2005
  • 22. ANÁLISE DE DADOS  Valores do indicadores: 3 classes CLASSES ATITUDES CONHECIMENTO I (0-0,33) Negativas Baixo II (0,34-0,66) Moderadas Médio III (0,67-1) Positivas Alto  Análises de correlação : • Indicadores de conhecimento e atitude • Investigou a relação entre variáveis do perfil do respondente (tempo associado com a colônia de pesca, idade e número de filhos) e os conhecimentos e atitudes
  • 23. ANÁLISE DE DADOS • Relação entre os indicadores e o nível educacional: - A= Analfabeto; B= Ensino Fud. 1 (1 - 5 anos); C= Ensino Fun. 2 (6 - 9 anos) e D= Ensino médio ou superior  Kruskal-Wallis: teste não-paramétrico, análises de correlação e coeficiente de alfa de Cronbach: versão 2.12.1  Alfa de Cronbach : ltm para R 21  Contrução do boxplot: (Palaeontological Statistics) 21 Rizopoulos 2006
  • 24. ANÁLISE DE DADOS  Operação de pesca: • Cálculo da Captura por unidade de esforço: - (rede/linha) - CPUE = (N / t) N = número de indivíduos capturados. t = tempo de exposição da arte de pesca em (h). - Calculados separadamente para cada uma das espécies de tartarugas marinhas para permitir comparações quantitativas entre espécies. • Dados geográficos dos locais de pesca, as áreas de nidificação e da localização da área de estudo: Software 9.2
  • 25. RESULTADOS  Rede de indicação: • 60 pescadores - Z-19: 34 pesc. (21 especialistas) - Z-34: 26 pesc. (13 especialistas) - 30 entrevistados especialistas • 4 pesc. recusaram participar do trabalho  Estrutura e equipamento de trabalho: • Barcos: fibra e madeira; pequenos; (4-6 m larg; 7-14 m comp) • Média de pescadores por barco: 4 • 66% usam barcos de outros • Arte de pesca mais usada: linha e redes • Tempo em alto mar: (rede de arrasto= 10-20 dias; linha = 7-8 dias)
  • 26. RESULTADOS  Perfil dos entrevistados:
  • 27. RESULTADOS (TEK)  Conhecimento ecólogico sobre tartarugas marinhas • Indicador (TEK): 0.26 -0.77 - Média: 0.43 • Classes: 27%Alto; 63% Médio; 10% Alto • Alfa de Combrach: 0.7 • Indicador de conhecimento: Sem associação com idade dos pescador, (r = 0.10, p = 0.62), número de filhos do pescador (r = 0.08, p = 0.66) e tempo de associação com a colônia (r = -0.05, p = 0.80).
  • 28. RESULTADOS (TEK) • Área de nidificação: - 100%: Desovam em praias desertas - 38%: Ocorrem no Verão - Foram citadas 20 áreas de nidificação (Barra Grande até Una) - Olivença e Ponta do Ramo (mais citadas)
  • 29. RESULTADOS (TEK) • Teste projetivo: - 45%: Idenficaram corretamente as espécies - E. imbricata; 24%, C. mydas; 10%, D. coriacea; 13% (Apenas 1 da classe de baixo conhecimento) e o restante: C. caretta (Todos da classe médio e alto) - L. olivacea e N. Depressus: Não foram identificadas pelos pescadores; - Características usadas para identificação: casco, cor , patas e tamanho - D. coriacea: Registrada por um pescador na Ilha de Comandatuba com descrição detalhada do animal
  • 30. RESULTADOS (TEK) • Nomes populares citados: - C. mydas: verde, suranha e aruanã - E. imbricata: pente e malhada - C. caretta: comum e amarela - D. coriacea : jamanta, preta, couro e pele • Predadores de tartarugas: aves (albatroz e urubu) e peixes (dourado, garoupa e cação) • Hábitats preferenciais: pedras, arrecifes, praias, águas profundas e rasas • Dieta: crustáceos, camarão, marisco e limo de pedra (resíduos) • Tempo de mergulho: 53% apontaram intervalo correto
  • 31. RESULTADOS  Conhecimento sobre captura acidental • Apena 1 entrevistado nunca capturou tartarugas marinhas acidentalmente • Última captura: - 66%: linha de pesca; 44%: Outras artes - 94%: vivas - estado normal, sem lesão aparente - Peso médio: Média: 31 kg - Profundidade : Média: 36 m - Ilhéus, Olivença e Acuípe: Regiões com maior captura – mar afora • Segundo especialistas: • redes (lagosta, n = 27; rede de arrasto de camarão, n = 2): Maior probabilidade de ser capturada • Raramente capturados por linhas (fundo,submersos ou metade da água, n = 1) ou de linha de fundo (n = 1).
  • 32. RESULTADOS  Atitudes em relação à conservação • Indicador: 0.35 -1 - Média: 0.69 • Classes de atitudes: 59% positivas; 41% Moderadas • Alfa de Combrach : 0.43 • Indicador de atitude: Sem associação com idade dos pescador, (r = - 0.28, p-value = 0.15), número de filhos do pescador (r = -0.04, p = 0.83) e tempo de associação com a colônia (r = -0.18, p = 0.35)
  • 33. RESULTADOS • 90% do entrevistados: Importante conservar as tartarugas e o ambiente onde elas vivem • 97%: Tartarugas não prejudica a pesca - (47% explica tal fato) • 1 entrevistado: Não aprova a proibição da captura • 73%: Já consumiram ovos no passado • Caso hipotético : Encontro com uma tartaruga durante pesca: - 3 entrev.: Consumiriam a carne ou usariam a tartaruga para fazer produtos artesanais • Como evitar a captura ? - 27% não sabem - Evitar o uso de redes (lagosta e camarão)
  • 34. RESULTADOS  Conhecimento ecológico local X Atitudes em relação à conservação • Atitudes inversamente relacionadas com o conhecimento • Relação negativa e siginificante (r = -0.38, p = 0.04) Figura Relação entre o TEK e atitudes em relação à conservação de tartarugas (p = 0.04)
  • 35. RESULTADOS  Relação entre o nível educacional e os outros dois indicadores • Nível educacional e Conhecimento (H = 1.27 p = 1.74) Sem correlação • Nível educacional e Atitudes (H = 8.33; p = 0.04) - Tende > NE > AP Figura. Relação entre o nível educacional e o nível de atitudes em relação à conservação (A = Analfabeto, B = Ensino Fundamental 1, C = Ensino Fundamental 2 e D = Ensino médio ou superior)
  • 36. RESULTADOS  Operações de pesca • Esforço amostral: - 28 dias (411.75 h) – rede / 100.33 h – linha • Captura acidental: - L. olivacea - CCC: 77cm LCC: 70 cm • CPUE para L. olivacea: - Rede: 2x10-3 Ind/h - 1 ano: 13.07 – Para uma embarcação de esforço de Ilhéus (Especialista) - Macro-região (950 embarcações) – 70% das embarcações da Bahia: * Rede: 2.28 ind/h * 1 ano: 48.51 ind
  • 37. RESULTADOS - A rede: 11.057,35 km2 - A linha: 21.243,98 km2 - A sobreposição: 11.057,35 km2 Figura. Mapa de área de pesca para linha e rede, Bahia, Brasil Fishing books:
  • 38. RESULTADOS  Tabus alimentares e Crenças • 48%: tabus - Tartarugas marinhas - carne forte, animal de couro e capacidade de causar doenças quando ingeridos - “Remoso ou carregado” • 21%: Indicações terapêuticas - Óleo da banha: reumatismo, fadiga, dores musculares/costa, bronquite e asma. • Tabus específicos - Pós-operatórios (ambos sexos); gravidez, doenças crônicas : Não pode consumir - 4 ind: Não consome tartarugas com alguma característica externa diferente - Presença de verrugas, proteberâncias e medusas na face
  • 39. RESULTADOS  Tabus alimentares e Crenças • Tabus de história de vida - 45%: Consomem tartarugas apenas adultas/ idosas - Filhotes (Não) • Tabus de hábitat - 24%: Evitam locais com [ ] de indíviduos - Pé de Serra, Abrolhos, Pedra do Espigão e Pedra de Ilhéus. • 4 ind: Tartaruga de pente (óculos, pentes e outros fins artesanais) - Não usam a tartaruga para fins comerciais - Quando ocorre a captura, consomem a carne em alto mar ou levam para casa • 52%: Carne parecida com a carne de frango (paladar)
  • 40. DISCUSSÃO  Conhecimento ecólogico sobre tartarugas marinhas • Valores de alfa de Cronbach's acima de 0,6 são considerados satisfatórios em pesquisas de opinião (Gabriel e Tritapepe 2008) • Esperava um conhec. mais aprofundado: - Contato casual - linha de fundo: considerada uma arte de pesca com menos probabilidade de capturar o animal quando comparado com outros artefatos (Tamar 2012) - Esforço direcionado a pesca de vermelhos (Caló et al. 2009) - Evitam pescar em áreas com Maior prob. de captura - (Marcovaldi et al. 2002) interação pesca-animal podem gerar prejuízos a pesca alvo - (Coelho 2009) relatou a presença de 4 ssp. na região – área de possíveis desovas segundo especialistas
  • 41. DISCUSSÃO • Maior reconhecimento da tartaruga de pente: espécie ter registros de nidificação no litoral sul da Bahia (Marcovaldi e Marcovaldi 1999) • Poucos estudos que se diz a respeito a registros de tartaruga de couro no estado da Bahia - alguns pescadores souberam identificar a espécie, mesmo atuando somente no sul da Bahia durante toda vida profissional • Huntington (2000) em seus estudos enfatiza a importância da incorporação desse tipo de conhecimento ecológico tradicional em projetos de pesquisa e estratégias de gestão integrando, analisando e incorporando esses novos conhecimentos. • Arte de pesca: O impacto da rede de lagosta no estado da Bahia já tinha sido observado (Marcovaldi et al. 2006).
  • 42. DISCUSSÃO  Embarques : • Registro de apenas um indivíduo capturado: justificado pelo fato da região ter menos registros de desova quando comparada a outras regiões (norte da Bahia e o litoral do Espírito do Santo) • Estimativa da CPUE demonstra que a rede de arrasto: prejudicial e desfavorável a população de tartarugas no Estado da Bahia. • A rede de arrasto / rede de lagosta: identificadas como umas das principais ameaças (Shanker and Pitcher, 2003; Casale et al. 2004; Wallace et al. 2011).
  • 43. DISCUSSÃO  Atitudes em relação à conservação • Valores acima de 0.40 já foram considerados satisfatórios para alguns estudos (Drews 2002; Ditt 2002) • Atitudes positivas: predominante - Comunidades costeiras com área nidificação no Sri Lanka (Rajakaruna et al. 2009) - Influência das atitudes para conservação em comunidade tradicionais e algumas variáveis demográficas foram quase inexistentes (Hill 1998, Allendorf et al. 2006) - Boer e Baquete (1998) : Não encontraram relação entre atitudes e n de filhos do entrevistado (Reserva de Elefantes em Moçambique) - A idade dos entrevistados não influenciou no grau de atitude em duas áreas de proteção no Nepal (Baral e Heinen, 2007)
  • 44. DISCUSSÃO • Atitudes mais desfavoráveis a conservação das tartarugas marinhas: - mostrou relação com pescadores que conhecem mais o seu comportamento, habitat e distinguem melhor suas características. • Bright e Tarrant (2002) relataram que o conhecimento nem sempre influência a direção das atitudes de um indivíduo . • O nível de escolaridade mostrou ter relação com as atitudes dos pescadores - Fiallo e Jacobson (1995) : mesma tendência • Sah and Heinen (2001): Atitudes em relação à conservação de um recurso são influenciadas pelo nível educacional • Alguns pescadores com baixa escolaridade: tiveram atitudes positivas em relação à conservação das tartarugas marinhas - O temor das punições e multas concedidas àqueles que infringem a legislação ambiental (Ditt 2002) pode ajudar explicar tal fato.
  • 45. DISCUSSÃO • As atitudes desses pescadores podem estar sendo influenciada por algum tipo crença local. • Bright e Barro (2000): crenças podem influenciar mais as atitudes de um indivíduo em relação aos recursos naturais do que simplesmente seu conhecimento  Tabus alimentares e Crenças • Presença de tabus alimentares: pode ser considerada um dos motivos do baixo consumo de tartarugas marinhas • Essas regras sociais não escritas podem ser uma forma de conservar um recurso (Reichel-Dolmatoff 1976; Begossi et al. 2002) • Porém nota-se uma diminuição de práticas tradicionais no decorrer do tempo - o que pode ocasionar um maior impacto em algumas populações de animais (Pinto et al. 2006)
  • 46. DISCUSSÃO • Tabus segmentares: - Similares aos registrados nos estudos na Mata Atlântica e na Amazônia (Begossi 1992, Begossi e Braga 1992, Pezutti et al. 2010, Hanazaki e Begossi 2006). • Tabu exógeno: - Identificado no estudo, em que as leis são impostas à população levando a quebra da interação homem animais (Costa-Neto 2000): pode em alguns casos auxiliar na conservação do recurso • Na Bahia, as tartarugas são reconhecidas por serem altamente utilizadas na zooterapia e medicina alternativa (Costa-Neto e Marques 2000) • Uso da gordura: utilizada para o tratamento de asma, bronquite e reumatismo assim como em outras comunidades tradicionais (Alinõ et al. 1990, Begossi 1992, Seixas e Begossi 2001, Begossi et al. 2006) • No litoral norte da Bahia esse recurso somente é utilizado quando ocorre captura acidental (Costa-Neto 2000) assim como no litoral de Ilhéus no sul da Bahia.
  • 47. Conclusões .  Conhecimento ecológico local moderado e Atitudes positivas e moderadas  Atitude correlacionada com nível educacional e conhecimento local dos pescadores  Verificou-se a presença de tabus alimentares e crenças tradicionais  Alguns comportamentos e dados ecológicos do quelônio em estudo foram corroborados com a literatura científica  Captura acidental existente na área de estudo (rede de camarão e lagosta)
  • 48. . Agradecimentos Ao CNPq, à UESC Ao orientador Ao PPGECB e professores À Banca Ao ICMBio, Projeto Tamar Aos pescadores artesanais de Ilhéus Aos colegas, amigos e família Contato: heitorob@gmail.com