1. XII CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA
PROMOÇÃO: SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOÉTICA
VI CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA CLINICA
PROMOÇÃO: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Modalidade do Trabalho: Painel
Área Temática:Bioética, Meio Ambiente e Sustentabilidade
ANÁLISE DOS PARQUES URBANOS SOB A PERSPECTIVA DA
BIOÉTICA E DA SAÚDE GLOBAL
Marta Luciane Fischer / Professora PPGB –
PUCPR
Natalia Aline Soares Artigas / PPGB – PUCPR
Valquiria Renk / Professora PPGB – PUCPR
Ana Maria Moser / Psicologia – PUCPR
Resumo
Introdução: A Bioética Ambiental promove um diálogo com a Saúde ao interceder na resolução de
impactos advindos do desenvolvimento tecnológico e potenciais impactos na saúde global. Nos
ambientes urbanos as áreas verdes provêm benefícios biopsicossociais ao possibilitar o contato com o
ambiente natural, contudo, áreas inseridas em ambientes estigmatizados podem gerar vulnerabilidades,
cuja revitalização deve levar em consideração características de seus usuários e os usos do espaço1.
Objetivo: caracterizar os usuários e usos do Passeio Público de Curitiba. Métodos: A pesquisa foi
realizada por meio de pesquisa quantitativa por questionário on line, entrevistas presenciais e
acompanhamento das condutas dos visitantes. Resultados: A análise da percepção sobre o Passeio
Público foi relativa a 294 respondentes analisada a partir de 17 assertivas com desfechos vinculados a
atitude diante da natureza e identificação de percepções do ambiente adaptadas das escalas propostas
por Guillén (1991) e Sauvé (1996), estas deveriam receber pontuações de 1 a 9 de acordo com a
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aderência as mesmas. Obtiveram-se 28,2% de jovens, 25,5% de adultos e 12% de idosos, sendo as
mais predominantes relativas à atitude Realista e Emotiva. Deste modo, observou-se o Passeio Público
atrelado a referenciais lúdicos e emocionais, contudo a inserção em uma área central e decadente
conduz a estigmatização do ambiente como um local perigoso e mal frequentado, levando a
substituição do espaço para lazer em parques mais modernos e populares. Logo se faz necessário
direcionar pesquisas e intervenções em áreas como a Bioética Ambiental, que visa a comunicação de
interesses distintos com fim na promoção do bem-estar da população, para que assim, a valoração dos
elementos naturais seja combinada com ações conservacionistas2. Contudo, o Passeio Público continua
sendo frequentado principalmente por grupos familiares com crianças que usufruem a presença de
animais em exposição para interação, cuja satisfação imediata, impede de perceber as questões éticas
envolvidas no cativeiro e nas condições de bem-estar desses animais3. Verificou-se que a retirada
desses animais com o intuito de mitigar o seu sofrimento pode impactar na descaracterização histórica,
cultural e social do parque. Conclusão: a relevância na qualidade de vida da população que está
relacionada à esses espaços públicos verdes, identificando a importância do ambiente para o cidadão
contrapondo com as vulnerabilidades sociais e dos animais que conclamam pela intervenção da
Bioética Ambiental como ferramenta de intermediação do diálogo com vistas a subsidiar o
estabelecimento de uma solução consensual pela equalização dos valores e justa para todos.
Palavras-chave: Bioética. Ética Animal. Saúde Global. Parques urbanos.
O projeto detém aprovação do CEP/PUCPR sob o nº 852.493/2014.
Referências
1. RODRIGUES, A. B.. Turismo e desenvolvimento local. São Paulo: Hucitec, 1997.
2. FISCHER, M. L.; PAROLIN, L. C.; VIEIRA, T. B.; GARBADO, F. R. A.. Bioética ambiental e educação ambiental:
levantando a reflexão a partir da percepção.Revista Brasileira de Educação Ambiental, vol 12 (1), p. 58-84, 2017.
3. SMITH, L.; BROAD, S.; WEILER, B.. A closer examination of the impact of zoo visits on visitor behavior. Journal of
Sustainable Tourist, vol 16 (5), p. 544-562. 2008.
4. GUILLÉN, D. M. G. Ecología y bioética. In: Ética y ecología. Madrid: Universidad Pontificia Comillas, 1991.
5. SAUVÉ, L. Environmental education and sustainable development: a further appraisal. In Canadian Journal
of Environmental Education, v. 1, n. 1, p. 7- 34, 1996.
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BIOÉTICA AMBIENTAL: EXPOSIÇÃO DE ANIMAIS EM PARQUES
URBANOS E OUTRAS FORMAS DE INTERAÇÃO
Robiran José dos Santos Junior1;
Natalia Aline Soares Artigas2;
Marta Luciane Fischer 3
1. Licenciado em Ciências Biológicas, Mestrandodo
Programade Pós Graduação em Bioética PUC PR,
Secretaria de Estado da Educação do Estado do
Paraná, profrobiran@gmail.com
2. Licenciada em Ciências Biológicas, Pós-graduada
em Educação Ambiental Barãode Mauá, Mestranda
do Programa de Pós Graduação emBioéticaPUC
PR, nati_taia21@hotmail.com
3. Doutoradoem Zoologia; PontifíciaUniversidade
Católica do Paraná; marta.fischer@pucpr.br
Introdução: O sucesso dos zoológicos se deu pela curiosidade humana, isso fez com que muitas
cidades o tornassem ponto de atração turística. Porém a exposição de animais se tornou um problema
ético, demandando intervenções bioéticas através da promoção do diálogo na busca por soluções1.
Contudo, a presença do verde e a consequente melhora do microclima propicia uma sensação de
tranquilidade e conforto aos visitantes garantindo a satisfação na recorrência a esses ambientes como
áreas de lazer2. O Passeio Público foi o primeiro parque-zoológico urbano de Curitiba-PR, fazendo
parte do seu contexto histórico. Atualmente abriga espécies de animais exóticos e nativos, no entanto,
a deterioração do local e os maus frequentadores têm levado os visitantes o substituírem por parques
mais modernos. Objetivo: Caracterizar a interação dos usuários do Passeio Público com relação aos
animais. Métodos: Realizou-se uma pesquisa quantitativa por acompanhamento das condutas e
comentários dos visitantes diante dos recintos dos animais. Resultados: Registraram-se 995
comentários de 2281 visitantes, sendo 68% adultos, 25% crianças e 6% idosos. O lazer e o zoológico
foram os principais motivos de visitação, indicando que a população o valoriza pela localização,
animais, gama de atividades oferecidas e contato com a natureza. Discussão: A mera retirada dos
animais sem a busca por alternativas aparenta não ser uma solução viável, uma vez que pode impactar
na identidade e representações sociais do espaço público. Para a Biofilia3, vivenciar experiências com
a natureza, por menores que sejam, interagindo diretamente com animais e plantas, seria capaz de
proporcionar estímulos necessários para desencadear empatia com outras formas de vida, além de bem-
estar biopsicossocial. No entanto, o sofrimento causado aos animais na privação de sua liberdade4,
apenas para saciar as necessidades de entretenimento, é incoerente e imoral. Com o advento das
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tecnologias, novas alternativas poderiam substituir essas experiências emocionais, tais como projeções
holográficas, realidade virtual, modelos animatrônicos, exibição de documentários e filmes 3D/4D,
proporcionando divertimento, recreação e entretenimento ambiental nesses espaços de lazer e turismo5.
Considerações Finais: Apesar da aparente promoção da biofilia em parques-zoológicos como o do
Passeio Público, a vulnerabilidade dos animais é inegável, diante do estresse do confinamento e o
comprometimento da sua qualidade de vida, dessensibilizando a criança para o bem-estar-animal. O
desenvolvimento e o uso das tecnologias pode se apresentar como uma solução futura para essa
demanda. Contudo, deve-se intensificar os diálogos Bioéticos de modo a encontrar uma intervenção
que contemple as necessidades humanas sem desconsiderar o bem-estar-animal.
Palavras-chave: Bioética. Zoológicos. Bem-estar-animal. Alternativas.
1. FISCHER, M. L.; PROHNII, S. S.; ARTIGAS, N. A. S.; SILVERIO, R. A.. Os zoológicos sob
a perspectiva da bioética ambiental: uma análise a partir do estudo de caso dos felídeos
cativos. Revista Iberoamericana de Bioética, vol 4, p. 1-17, 2017.
2. FERREIRA, A. D Efeitos positivos gerados pelos parques urbanos: o caso do Passeio
Público da cidade do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado Pós-graduação em Ciência
ambiental – PGCA da Universidade Federal. Fluminense), 2005.
3. WILSON, E. O. (1984). Biophilia. Cambridge: Harvard University Press.
4. SOUZA, R. S. de; ALBUQUERQUE, L.. Sobre o olhar antropocêntrico: o ser humano e o
jardim zoológico. Revista Internacional Interdisciplinar. Florianópolis, vol 12 (1), jan-jun, p.
117-129, 2015.
5. STAUDT, V. F.; CUNHA, A. M.. Parques temáticos como espaços de lazer e turismo: o
caso do Alpen Park em Canela-RS. Revista Científica Digital – jornalismo, publicidade e
turismo, vol 17 (1), p. 111-131, 2016.
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Modalidade do Trabalho: Painel
Área Temática:Bioética, Meio Ambiente e Sustentabilidade
BIOÉTICA AMBIENTAL: FORNECENDO BASES PARA O
DESENVOLVIMENTODAMORALIDADE AMBIENTAL EM UM PROJETO
PEDAGÓGICO NA ESCOLA
Robiran José dos Santos Junior1;
Marta Luciane Fischer 2;
1. Licenciado em Ciências Biológicas,
Mestrando do Programa de Pós Graduação em
Bioética PUC PR, Secretaria de Estado da
Educação do Estado do Paraná,
profrobiran@gmail.com
2. Doutorado em Zoologia; Pontifícia
Universidade Católica do Paraná;
marta.fischer@pucpr.br
Introdução: O desenvolvimento da Moralidade é uma das peças-chave na interação do homem com
a natureza1. Para o psicólogo Lawrence Kohlberg2, o desenvolvimento moral de um indivíduo ocorre
em estágios, diretamente condicionados ao amadurecimento de estruturas psicossociais. Objetivo:
Analisar um projeto pedagógico, segundo a perspectiva da teoria de desenvolvimento moral de
Kohlberg, implementado em uma escola pública, com estudantes do ensino fundamental, denominado
“Projeto Ambiental Formiguinha”. Metodologia: A partir do relato do docente foi realizada uma
reflexão crítica tendo como linha de desenvolvimento a teoria de Kohlberg. Resultados: O projeto
objetivou o desenvolvimento de valores éticos e morais relacionados à natureza e a vida. Em reuniões
quinzenais com duração de duas horas, realizadas com 28 alunos na idade entre 10 e 12 anos, a
Educação Ambiental foi desenvolvida priorizando fundamentalmente a interação com a natureza e
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com os colegas em atividades como cultivo de plantas, reutilização de materiais e o consumo
consciente da água e eletricidade. Oportunizou-se o contato com problemas ambientais concretos e as
pessoas inseridas nessas problemáticas, como visitas a centros de triagem de lixo, a fim de propiciar
ferramentas necessárias para identificação dos agentes, pacientes morais e a detecção de
vulnerabilidades. Após o período de um ano o projeto forneceu subsídios para que os estudantes
tivessem um desenvolvimento moral ambiental compatível com a sua maturidade cognitiva,
considerando que são crianças de menos de 12 anos e que, todavia, estão no nível 1, intermediado por
referenciais externos na determinação do certo ou errado, ou seja, punição, castigo ou aceitação social3.
A vivência dos problemas e a oportunidade de se deparar com argumentos mais amadurecidos são os
principais promotores do desenvolvimento e mudança de nível. Biaggio4 aplicando intervenções
ecológicas em adolescentes não obteve os resultados esperados, concluindo que a motivação seria um
fator imprescindível, interpretou a adolescência como um período conturbado por uma série de
modificações corporais, emocionais e interpessoais, que podem dificultar o pensar sobre assuntos
abstratos. Considerações finais: A formação da conduta ambiental poderia ser traduzida em ações
ambientais voluntárias, compreendendo o bem-estar de todos os seres vivos em detrimento de
considerar apenas as necessidades humanas5. Portanto, na relação pessoa-ambiente, observa-se que o
respeito, o amor e o cuidado com a natureza estariam embasados no desenvolvimento de valores morais
ambientais, que perpassam não só a maturidade cognitiva, mas também a socialização interespecífica,
como uma forma de estimulação ecológica, capazes de gerar um cidadão ambientalmente autônomo e
protagonista.
Palavras-chave: Bioética. Moralidade. Educação. Ambiente.
1. KAHN JR, P.H. Developmental psychology and the biophilia hypothesis: Children's
affiliation with nature. Developmental Review, 17(1), 1-61, 1997.
2. KOHLBERG, L. Psicologia del Desarrollo Moral. Bilbao: Desclée. 1992.
3. FISCHER, M.L.; MOSER, A.M.; FURLAN, A.L.D. Bioética e Educação: a Utilização do
Nivelamento Moral como Balizador para Construção de um Agente Moral Consciente,
Autônomo e Reflexivo. In RENK, V.E. Bioética e Educação: Múltiplos Olhares Curitiba:
Prisma, 2016c. p. 33-67.
4. BIAGGIO, A.M.B.; VARGAS, G.A.O.; MONTEIRO, J.K.; SOUZA, L.K.; TESCHE, S.L.
Promoção de atitudes ambientais favoráveis através de debates de dilemas ecológicos.
Estudos de Psicologia, Campinas, v. 4, n. 2, p. 221-238. 1999.
5. RAYMUNDO, L.S. Valores Morais Ambientais: a Construção do Sujeito Ecológico. Tese
(Doutorado em Psicologia) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal
de Santa Catarina, Florianópolis. 2015.
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O PAPEL DA BIOÉTICA NAS CEUAS: PREVENÇÃO DE
CONFLITOS
JANKOSKI, Lilian Quintana1;
FISCHER, Marta Luciane2
Mestrando do Programa de Pós-Graduação
em Bioética, PUCPR, Curitiba, Paraná,
lilian.quintana@grupomarista.org.br
Pós-Doutorado em Ecologia Química,
Doutora em Zoologia, PUCPR, Curitiba,
Paraná, marta.fischer@pucpr.br
Introdução: A relação homem e animal, seja ela para diversão, força de trabalho, fonte de alimento
ou o seu uso em pesquisas resulta em muitos casos em estresse e sofrimento para o animal3. Visando
proteção desses animais foi instituído a obrigatoriedade nas instituições de pesquisas a composição de
uma Comissão de Ética no Uso de Animais2. As primeiras CEUAS foram instituídas nos EUA, com a
demanda de mediar conflitos entre pesquisadores, sociedade e animais. No Brasil, embora as CEUAs
tenham começado espontaneamente a surgirem na década de 1990 balizadas pelos princípios bioéticos
tornaram-se obrigatórias em 2008 normatizadas pela Lei 11.7641. Objetivo: Avaliar a existência os
conflitos nas CEUAs decorrentes da sobreposição da Lei à Bioética e refletir como mitigar esses
conflitos. Métodos: Os dados quantitativos foram obtidos por meio de um questionário online
respondido por membros e coordenadores de CEUAs. Resultados: Foram analisadas 114
participações, respondidas por membros e ex-membros (64%), administrativo da CEUA (11,4%) e
coordenadores e ex-coordenadores (22,6%), sendo 11,7% atuantes no comitê antes da implementação
da lei e 84,2% após. A maioria dos respondentes (51,3%) afirmou não existir conflitos dentro de suas
CEUAs, sendo os mesmos identificados por 11% do administrativo, 26% dos coordenadores e 63%
dos membros. Os conflitos apontados pelos respondentes foram: conflito de interesse (89,1%), pressão
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para aprovar projetos de superiores e colegas (44,5%), a falta de infraestrutura e ao a ausência de apoio
da instituição (22,7%) e aprovação de projetos sem mérito cientifico (7,3%). Para os respondentes,
74,3% acredita a Lei melhorou a atuação da CEUA, 6,4% acredita que a Lei atrapalhou o
funcionamento da CEUA e 2,8% apesar de acreditarem que a Lei é benéfica para CEUA, muitos pontos
todavia devem ser melhorados. Considerações Finais: Os dados atestaram que existem nas CEUAs
diversos conflitos e desafios com grande importância de encontrar soluções e esclarecer a origem
desses conflitos e através da Bioética que promove um diálogo buscar um consenso na mitigação desses
problemas urgentes. Além dos conflitos citados acima, outros conflitos têm a necessidade do olhar da
Bioética, como por exemplo a aplicação do princípio dos 3rs. A Bioética torna-se importante ao
estabelecer os princípios da responsabilidade e ao enaltecer a importância das CEUAs na geração de
informações e acompanhamento do cumprimento das condições estabelecidas.
Palavra-Chave: Ética Animal. Bioética.CEUA. Principio dos 3R’s. Proteção Animal
Aprovação no CEP-PUCPR no. 1.800.651
Referências
1. Brasil. Lei 11794 de 08 de outubro de 2008. Procedimentos para uso cientifico dos animais.
2. Fischer M.L., Prado, A.M.R; Oliveira, G.M.D.; Tolazzi, A.L., PASSERINO, A.S.M., Zotz, R., Quintana, L.G.
2014. Concepção, implementação e consolidação do Comitê de Ética no uso de Animais da PUCPR.
3. Rowan, A.N. & Andrutiks, K. A, 1990. Alternatives: A Socio-political Commentary from the USA.
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Tipo de apresentação: Pôster
BIOÉTICA E MÉTODOS ALTERNATIVOS AO USO DE ANIMAIS: NOVAS
PERSPECTIVAS AO ENSINO DE ZOOLOGIA
Ana Laura Diniz Furlan- PPGB
PUC.PR
Marta Luciane Fischer- PPGB
PUC.PR
Introdução: O uso de animais em atividades acadêmicas tem embasamento na crença de
que animais não são senscientes (FEIJÓ et al., 2010). O avanço científico, e a mudança de
paradigmas com a reflexão da bioética na sociedade resultou em crime causar sofrimento
ou dor em animais em situações para as quais existem alternativas (FISCHER et al., 2012).
Paulatinamente demanda-se a substituição de animais em atividades acadêmicas por
manequins, modelos e softwares, partindo do pressuposto que não incorra em prejuízo para
o aprendizado, contribuindo para a formação de profissionais e cidadãos com condutas
éticas (DINIZ, 2006). Uma das funções da CEUA é se precaver da existência de métodos
alternativos ao uso de animais. As aulas de zoologia com uso de animais vivos ou
preservados em álcool é uma prática tradicional e considerada inviável de ser substituída.
Logo, objetivou-se avaliar a adesão dos estudantes do primeiro período de biologia e uma
Universidade privada quanto ao uso de diferentes recursos didáticos. Métodos: Durante o
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primeiro semestre de 2017 foram elaboradas 16 práticas utilizando-se como recurso didático
Imagens digitais, animais vivos, conservados em álcool, glicerina e resina, contou com a
participação de 31 alunos. No final do semestre foi solicitado a pontuação dos métodos
estudados de acordo com maiores possibilidades de aprendizado. Como instrumento
avaliador foi utilizado a argumentação do estudante diante de uma situação-problema em
que um estudante entrou com pedido judicial recusando assistir aulas práticas que usava
animais alegando objeção de consciência e a Universidade negou pois alegava ser
necessário para formação. Resultados: As pontuações médias atribuídas ao aprendizado
foram similares, sendo chave digital=7,5±2,3 com prevalência de Cnidaria (33%), animal
vivo=7,9±2, com prevalência de Anneilda (52%), animal conservado no álcool=8,5±1,7 e
mais citação de Cnidaria (53%), glicerina=7,8±2,7 e com 44%
Platyhelminthes; resina=7,4±2,3 e com 26% de Annelida e Cnidaria; modelo =7,5±1,9 e
prevalência de Mollusca (%2%). Ressalva-se que não foi utilizado Platyhelmintes na
glicerina e Cnidaria na resina. No pré-teste 55% e 50% no pós-teste concordou com
posicionamento da instituição, sendo que apenas 35% dos estudantes mudaram de opinião
após cursar a disciplina. Conclusão: Apesar dos métodos alternativos promoverem
aprendizado eficiente e serem aprovadas pelos estudantes, eles ainda valorizam o uso do
animal. Esses resultados são importantes subsídios para intervenções de educação que
podem e devem ser promovidas pelas CEUAS, com o auxílio da Bioética estimulando o
diálogo e a quebra de paradigmas.
O projeto foi aprovado pela CEP-PUCPR no 1.682.944.
Palavras-chave: Métodos Alternativos; Zoologia; Sensciência.
Área temática: Bioética, Meio Ambiente e Sustentabilidade
FISCHER, M L.; OLIVEIRA, G. M. D. Ética no uso de animais: a experiência do comitê de
ética no uso de animais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Estudos de
Biologia, Ambiente Diversidade. Curitiba, v. 34, n. 83, p. 247-260, jul./dez. 2012.
DINIZ, R., DUARTE, A. L. D. A., OLIVEIRA, C. A. S. D., & ROMITI, M. Animais em aulas
práticas: podemos substituí-los com a mesma qualidade de ensino. Revista brasileira de
educação médica. Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 31-41, abr. 2006.
FEIJÓ, A. Utilização de animais na investigação e docência: uma reflexão ética
necessária. Porto Alegre: Edipucrs, 2005. 148 p.
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Tipo de apresentação: Apresentação oral
ZOOTERAPIA EM HOSPITAIS SOB A PERSPECTIVA DA BIOÉTICA
Amanda Amorim Zanatta /
PPGB- PUCPR
Marta Luciane Fischer /
PPGB – PUCPR
Introdução: Especialistas têm considerado a importância da interação humanos/animais
não humanos, inclusive no ambiente hospitalar, considerando que o estímulo sensorial
desencadeado nos pacientes, auxiliam na recuperação de aspectos como a auto-estima e a
sensibilidade¹. Embora zooterapia tenham iniciado na década de 1960 trazendo elevadas
expectativas, existem algumas questões que devem ser refletidas, tais como: inconvenientes
relacionados à presença do animal e risco de quebra das regras de biossegurança dos
hospitais2. É com ênfase neste aspecto que a bioética tem como fundamento assegurar a
dignidade da vida humana e também a necessidade de reconhecimento do valorde outros
seres vivos. Por isso é importante compreender os argumentos das instituições, da
sociedade, dos pacientes e seus tutores, bem como avaliar as condições de BEA dos
animais.Objetivos: O presente estudo tem como finalidade identificar as vulnerabilidades
dos atores envolvidos com a prática de zooterapia em hospitais. Métodos:Os programas de
zooterapia em hospitais nível nacional e internacional estão sendo mapeados,categorizados
e sistematizados, em conteúdos divulgados na mídia digital3. Resultados: Foram
categorizados até o presente momento 46 programas (35%) nacionais e (65%)
internacionais de zooterapia em hospitais. Os dados preliminares, não têm atestado
aumento nos índices de infecção hospitalar e maiores problemas relacionados com a
presença dos animais, contudo, essa interação ainda é limitado no Brasil e carece que mais
estudos visando mitigar as vulnerabilidades tanto dos pacientes como dos animais. Desta
forma, evidencia-se paulatinamente a necessidade de regulamentação através de diretrizes
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e protocolos elaborados de acordo com a necessidade e realidade de cada instituição,
baseando-se na opinião dos profissionais de saúde envolvidos. Segundo Carvalho e
Parsons4, devem-se adotar atitudes baseadas no bom-senso e em algumas precauções,
visando elucidar os benefícios das atividades e terapias com animais de estimação,
manifestando resultados que geralmente superam os riscos. Considerações finais: Desta
forma, zooterapia em hospitais tem sido amplamente aplicada no exterior, e seus resultados
vêm melhorando processos de comunicação, saúde, interação social e auto-estima de
pacientes em todas as idades, caracterizando assim uma prática de humanização no
contexto hospitalar. Contudo, a mesma deve ser pautada pelos princípios éticos da
responsabilidade, do cuidado e da alteridade, com o intuito de promover experiências
positivas para todos os envolvidos com a prática5. Diante desta demanda pretende-se dar
continuidade a esse estudo e avaliar a percepção, argumentos dos agentes e pacientes
morais e identificar as possíveis vulnerabilidades.
Palavras-chave: Zooterapia; Hospitais; Humanização; Bioética.
1. San Joaquín, M. P. Z. (2002). Terapia assistida por animals de conpañia. Bienestar para el ser humano.
Temas de Hoy. 143-9.
2. Kruger, K. A.: Serpell, J. A. (2006). Animal-assisted interventions in mental health: Definitions and
theoretical foundations. Handbook on animal-assisted therapy. Theoretical Foundations and
Guidelines for Practice, 2, 21-38.
3. Bardin, L. (1994). Análise do conteúdo. Lisboa, 1(70), 1-225.
4. Carvalho, R. T., &Parsons, H. A. (2012). Manual de Cuidados Paliativos ANCP. 2a ed. Porto Alegre:
Sulina.
5. Fischer, M. L.; Amorim Zanatta, A.; Rezende Adami, E. (2016). Um olhar da bioética para a zooterapia.
Revista Latinoamericana de bioética. 16(1)- 174-197.
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Tipo de apresentação: Apresentação oral
ASSISTÊNCIA ANIMAL COMO PRÁTICA DOS CUIDADOS
PALIATIVOS: uma revisão integrativa no contexto brasileiro
Amanda Amorim Zanatta / PPGB-
PUCPR
Marta Luciane Fischer / PPGB –
PUCPR
Robiran José dos Santos Junior /
PPGB - PUCPR
Introdução: As interações humano/animal sob o caráter terapêutico tem resultado em
benefícios atestados para ambas partes, em decorrência da proximidade afetiva adquirida
durante o processo de co-evolução, embasados em uma teoria denominada biofilia¹.A
liberação de animais para visitação hospitalar, constitui uma medida de humanização que
potencialmente poderia ser oferecida para pacientes em cuidados paliativos, porém ainda
carece de regulamentação e reflexão das instituições de saúde sobre o assunto. Desta
forma, pretende-se caracterizar a visitação animal no contexto da humanização como
método de cuidado paliativo no Brasil. Objetivos: Examinar quais são as experiências da
interação com animais no contexto hospitalar no Brasil e realizar uma análise pela
perspectiva da bioética. Métodos: utilizou-se como método uma revisão integrativa²,
contendo como eixo norteador a análise das interações de pacientes em cuidados paliativos
com animais. Resultados: Até o presente momento foram analisados 26 textos científicos,
dos quais 35% continham relatos de interação com animais em cuidados paliativos nível
nacional.Observou-se que nocontexto hospitalar a interação com animais, principalmente de
companhia, tem desencadeado melhoras significativas no quadro físico e emocional dos
pacientes. Percebe-se que os animais possuem a capacidade de fazer o ser humano se
sentir amado, respeitado, seguro e digno de atenção³. Tem-se então a percepção de que a
presença de animais está estritamente vinculada com o processo de cuidar e representa
uma atitude não apenas complementar ao ambiente terapêutico, mais uma preocupação
com o outro4. Contudo, atualmente no Brasil a liberação de animais para a visitação no
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ambiente hospitalar ainda enfrenta grandes limitações, devido à falta de regulamentações,
protocolos e reflexões sobre o assunto. Torna-se necessária uma reflexão da zooterapia
ponderando custos, benefícios e alternativas5. Conclusão: Apesar de ser recente no país,
a utilização de animais como recurso terapêutico está em ascensão no Brasil, diariamente
notícias abordando está temática brotam em noticiários e na mídia digital. E este é o
momento propício para quebrar diversos paradigmas existentes em relação à interação com
animais e humanos, além de aperfeiçoar estes procedimentos, fazendo com que exista uma
justaposição entre a equipe profissional.O acolhimento familiar e os métodos de
comunicação terapêutica, como é o caso da zooterapia, com o intuito de suavizar e valorar
o final da vida daqueles que encontram-se sob os nossos cuidados.Diante desta demanda
pretende-se dar continuidade a esse estudo e avaliar a percepção, argumentos dos agentes
e pacientes morais e identificar as possíveis vulnerabilidades.
Palavras-chave:Interação com animais; Cuidados Paliativos; Humanização; Bioética.
1. Ferreira, J. M. (2012). A cinoterapia na APAE/SG: um estudo orientado pela teoria bioecológica do
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4. Rocha, R. C. Visita de animal de estimação: proposta de atividade terapêutica assistida por animais a
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Revista Latinoamericana de bioética. 16(1)- 174-197.
20. XII CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA
PROMOÇÃO: SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOÉTICA
VI CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA CLINICA
PROMOÇÃO: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Tipo de apresentação: Apresentação oral
BIOÉTICA AMBIENTAL: Um olhar de cuidado dos cães
abandonados aos acumuladores de animais
Amanda Amorim Zanatta /
Aluna PPGB- PUCPR
Marta Luciane Fischer /
Professora PPGB – PUCPR
Ana Maria Moser / Professora
Psicologia PUCPR
Introdução:Animais abandonados em centros urbanos têm causado sérios problemas de
saúde pública ao longo da história, embora esse seja um conflitomundial foram poucas as
ações de sucesso¹. Cães errantes podem maximizaro comportamento patológico
denominado “acumulaçãode animais”, provavelmente relacionado com desordens
psicológicas como comportamentos obsessivos compulsivos e zoofilia, sendo considerado
um problema social importantee emergente². Objetivos: Categorizar notícias veiculadas
sobre a problemática envolvendo cães e avaliar a percepção de graduandos de biologia e
psicologia a respeito do bem-estar de animais errantes e mantidos por acumuladores de
animais. Métodos: Foram categorizadas notícias veiculadas no meio digital relacionadas
com os temas: acumuladores de animais, acidentes com animais e programas de controle e
encaminhamento de animais, cujas informações foram categorizadas. Para a avaliação da
percepção da população foi elaborado um instrumento aprovado veiculado pelo
appQualtrics. Resultados: A amostragem referente aos programas apresentou como
principal problema a existência de animais abandonados (28%) tendo como ação a posse
responsável e a conscientização (15%), cujos problemas estiveram atrelados em 58% aos
animais não causarem problemas, contudo dos respondentes 36% nunca ouviu falar em
acumuladores de animais, sendo que destes 31% acredita que são pessoas com transtornos
psicológicos. A problemática relacionada à presença de cães abandonados nos centros
urbanos deve contemplar programas de controle populacional,manejo e destino dos
mesmos, com o objetivo de diminuir a renovação da população, o controle do comércio
21. XII CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA
PROMOÇÃO: SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOÉTICA
VI CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA CLINICA
PROMOÇÃO: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
animal e o número de animais suscetíveis à zoonoses. O manejo de cães abandonados
exige estratégias fundamentadas na participação social, ações educativas e legislações
pertinentes baseadas no bem-estar, na saúde e na posse responsável, bem como um
sistema de identificação de tutores/animais3. Em relação ao acúmulo de animais torna-se
necessário o desenvolvimento de programas que visem conscientizar a população em
relação aos transtornos causados pela patologia, bem como desenvolver ações sociais
terapêuticas que garantam o bem-estar do acumulador e dos animais envolvidos4. Desta
forma, evidencia-se a necessidade de investir em métodos de educação, com o intuito de
aprimorar a propagação de informações e sensibilização da sociedade em situações que
envolvam conflito de interesses humano/animal5. Considerações finais: Considera-se
então a necessidade de novas políticas publicas e a intermediação da Bioética como
ferramenta de diálogo entre os atores a fim de mitigar as vulnerabilidades tanto dos animais
quanto dos acumuladores.
Palavras-chave:Cães abandonados; Acumuladores de animais; Bioética.
Aprovação CEP n°386.179.
Aprovação CEUA n°817 1°V.
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