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Clemente
de
Alexandria
Ciência e Religião

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A propedêutica dos parvos
As sete disciplinas encíclicas

A filosofia
A fé
A gnose
(ALEXANDRIA, C. in Exortação aos Gregos – Apresentação – S. Silveira)
Instituições,

(CESARÉIA, Eusébio de, in História Eclesiástica)
“Para Clemente, o Logos eterno foi
iluminando pouco a pouco os homens:
primeiramente os judeus, pelos
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dos filósofos; e, por fim, os cristãos,
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(ALEXANDRIA, C. apud Codá, R. in Exortação aos Gregos – Apresentação)
“Ao assumir a tarefa de
expandir o Cristianismo, de
ser o pedagogo do seu povo,
ele se mantém nessa vertente
e explora o pendor filosófico
do homem (intelectual) grego.
(SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
“Ele se apresenta perante esses seus
conterrâneos como o porta voz do
logos cristão, e estava convencido
que os helenos reconheceriam, após
exame atento desse logos, que a
doutrina que ele expressa era
estimável
e
merecia
ser
cuidadosamente acolhida.”
(SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
“Servindo-se da linguagem deles, e sobretudo do
que eles estavam habitualmente a ouvir,
Clemente acreditava que os helenos acabariam
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(animada do espírito religioso) para o
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(dotado
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capacidade
filosófica).”
(ALEXANDRIA, C. apud SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
“ é necessário manifestar a fé não
como inativa e solitária, mas
acompanhada de pesquisa; eis o
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o pensamento de excluir toda a
investigação.”
(ALEXANDRIA, C. apud SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
“Ao invés da Filosofia, Clemente diz que
compete a fé a tarefa de reintegrar todas
as verdades parciais num conjunto
verdadeiramente sistemático (o da
verdadeira Filosofia). Isso caberia a fé que
ele a tem como ‘critério de Ciência’.”
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“(...) uma vez que procura justificar a racionalidade
da Ciência grega no confronto com a “ciência” do
Cristianismo, e com uma razão muito simples (mesmo
que pouco convincente): a divindade da razão
humana. Sua reflexão, todavia, tem como objetivo
apropriar-se da ‘Filosofia’ (do seu conhecimento
racional, a fim de ‘elevar os elementos verdadeiros
desta racionalidade’ ao nível das verdades do
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“Em verdade, o prelúdio do combate já é o
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dos mistérios são os mistérios; e a nossa obra não
hesitará em
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“O que descaracterizou a Filosofia
foram os objetivos essencialmente
religiosos que a ela se impôs. No caso
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grega, colocada a serviço da agora
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(SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Clemente_de_Alexandria)
“...convém reportarmo-nos ao Magistério da
Igreja, particularmente ao Papa Bento XIV, que,
em 1748, por intermédio da bula Postquam
intelleximus, retirou Clemente do Cânon. Desde
então, o Alexandrino passou a não mais ser
considerado santo – (...) frisava por outro lado
ser patente o fato de haver graves dificuldades
em sua obra (...), razão pela qual pairava sobre
ela uma suspeita de heterodoxia.”
(ALEXANDRIA, C. in “Exortação aos Gregos” – Apresentação – S. Silveira)
“Cremos que o fato de São Clemente de
Alexandria ter sido um dos grandes vultos
reencarnacionistas da Igreja primitiva – fato
este que passou a destacar-se muito, justamente
na época do pontificado de Benedito XIV –
tenha influenciado o papa a promover sua
retirada dos altares da Igreja.”
(CHAVES, José R., in “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”)
“Fujamos dessas ondas, elas expelem fogo; há
uma ilha maligna, com ossos amontoados e
cadáveres, aí canta uma bela cortesã; é a
volúpia se divertindo com a música vulgar (...)
Navega para além desse recanto, artesão da
morte; basta que tu queiras e terás vencido a
perdição (...) Preso ao madeiro, tu te livrarás
da corrupção. O Logos de Deus será o teu
piloto, e o Espírito Santo te fará ancorar em
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CLEMENTE DE ALEXANDRIA - "Ciência e Religião"

  • 3. A propedêutica dos parvos As sete disciplinas encíclicas A filosofia A fé A gnose (ALEXANDRIA, C. in Exortação aos Gregos – Apresentação – S. Silveira)
  • 4. Instituições, (CESARÉIA, Eusébio de, in História Eclesiástica)
  • 5. “Para Clemente, o Logos eterno foi iluminando pouco a pouco os homens: primeiramente os judeus, pelos profetas; depois os gregos, por meio dos filósofos; e, por fim, os cristãos, de forma plena, por meio do Evangelho.” (ALEXANDRIA, C. apud Codá, R. in Exortação aos Gregos – Apresentação)
  • 6. “Ao assumir a tarefa de expandir o Cristianismo, de ser o pedagogo do seu povo, ele se mantém nessa vertente e explora o pendor filosófico do homem (intelectual) grego. (SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
  • 7. “Ele se apresenta perante esses seus conterrâneos como o porta voz do logos cristão, e estava convencido que os helenos reconheceriam, após exame atento desse logos, que a doutrina que ele expressa era estimável e merecia ser cuidadosamente acolhida.” (SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
  • 8. “Servindo-se da linguagem deles, e sobretudo do que eles estavam habitualmente a ouvir, Clemente acreditava que os helenos acabariam por fazer o mesmo que ele: passar da Filosofia (animada do espírito religioso) para o Cristianismo (dotado de capacidade filosófica).” (ALEXANDRIA, C. apud SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
  • 9. “ é necessário manifestar a fé não como inativa e solitária, mas acompanhada de pesquisa; eis o que nós afirmamos. Longe de mim o pensamento de excluir toda a investigação.” (ALEXANDRIA, C. apud SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
  • 10. “Ao invés da Filosofia, Clemente diz que compete a fé a tarefa de reintegrar todas as verdades parciais num conjunto verdadeiramente sistemático (o da verdadeira Filosofia). Isso caberia a fé que ele a tem como ‘critério de Ciência’.” (SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
  • 11. “(...) uma vez que procura justificar a racionalidade da Ciência grega no confronto com a “ciência” do Cristianismo, e com uma razão muito simples (mesmo que pouco convincente): a divindade da razão humana. Sua reflexão, todavia, tem como objetivo apropriar-se da ‘Filosofia’ (do seu conhecimento racional, a fim de ‘elevar os elementos verdadeiros desta racionalidade’ ao nível das verdades do Cristianismo.” (SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
  • 12. “Em verdade, o prelúdio do combate já é o combate; os prelúdios dos mistérios são os mistérios; e a nossa obra não hesitará em utilizar os mais belos registros da filosofia e da cultura que nos conduzem à ciência.” (Clemente de Alexandria - Miscelânea, I 15,3)
  • 13. Exortação aos Gregos (Protreptikòs pròs Hellenas) Pedagogo (Paidagôgós) Miscelânia (Strômateîs)
  • 14. “O que descaracterizou a Filosofia foram os objetivos essencialmente religiosos que a ela se impôs. No caso de Clemente, o que ele chamava de ‘Filosofia’ nada mais era do que uma apropriação da ‘tradição racional’ grega, colocada a serviço da agora denominada de verdadeira Filosofia (a Teologia).” (SPINELLI, Miguel in “Helenização e Recriação de Sentidos”)
  • 16. “...convém reportarmo-nos ao Magistério da Igreja, particularmente ao Papa Bento XIV, que, em 1748, por intermédio da bula Postquam intelleximus, retirou Clemente do Cânon. Desde então, o Alexandrino passou a não mais ser considerado santo – (...) frisava por outro lado ser patente o fato de haver graves dificuldades em sua obra (...), razão pela qual pairava sobre ela uma suspeita de heterodoxia.” (ALEXANDRIA, C. in “Exortação aos Gregos” – Apresentação – S. Silveira)
  • 17. “Cremos que o fato de São Clemente de Alexandria ter sido um dos grandes vultos reencarnacionistas da Igreja primitiva – fato este que passou a destacar-se muito, justamente na época do pontificado de Benedito XIV – tenha influenciado o papa a promover sua retirada dos altares da Igreja.” (CHAVES, José R., in “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”)
  • 18. “Fujamos dessas ondas, elas expelem fogo; há uma ilha maligna, com ossos amontoados e cadáveres, aí canta uma bela cortesã; é a volúpia se divertindo com a música vulgar (...) Navega para além desse recanto, artesão da morte; basta que tu queiras e terás vencido a perdição (...) Preso ao madeiro, tu te livrarás da corrupção. O Logos de Deus será o teu piloto, e o Espírito Santo te fará ancorar em portos celestes.” (ALEXANDRIA, C. in Exortação aos Gregos – Apresentação – S. Silveira)