3. Por que Deus
criou o homem?
Para a glória de Deus.
Jo 17.5, 24; Is 43.7;
Ef 1.11-12; 1Co 10.31
Qual o
propósito da
existência
humana?
Cumprir com o objetivo
de nossa criação.
Jo 10.10; Sl 16.11; Rm 5.2-3; Fp 4.4;
1Ts 5.16-18; Tg 1.2; 1Pe 1.6, 8
Perguntas Normativas
4. O que significa
ser a imagem e
semelhança de
Deus?
Significa que o homem tem
traços do criador e o
representa. Gn 1.26
O que ocorreu
na queda do
homem?
Vários elementos de sua
semelhança com Deus se
perderam. Ec 7.29
Perguntas Normativas
5. Qual o plano de
Deus para nós, em
Cristo?
Nossa gradual recuperação da
semelhança com Deus.
Cl 3.10; 2Co 3.18; Rm 8.29
Quando isso se
dará
completamente?
Na volta de nosso Senhor,
Jesus Cristo.
1Co 15.49; Cl 1.15; Rm 8.29; 1Jo 3.2
Perguntas Normativas
6. ORIGEM DA ALMA
Quando estudamos antropologia, uma das grandes
questões desta disciplina é tentar responder uma
pergunta muito complicada a saber:
“De onde veio a alma deste indivíduo?”.
Tentar responder essa pergunta não é uma atitude
recente.
Cristãos antes de nós já o tentaram fazer, mas todos de
maneira insuficiente.
Assim, é importante reconhecer as diversas opiniões sobre
o assunto, vejamos três das várias perspectivas existentes:
7. VEJAMOS AS TRÊS PRINCIPAIS PERSPECTIVAS
SOBRE A ORIGEM DA ALMA:
ORIGEMDAALMA PREEXISTENCIA
CRIACIONISMO
TRADUCIONISMO
8. ORIGEM DA ALMA
PREEXISTENCIA
Para os defensores da preexistencia, as almas dos homens já
existiam em um estado anterior, e qualquer deficiência moral
que demonstrasse neste estado, teria grande implicação na
vida material desta alma (espiritismo, panteísmo).
Vários representantes da filosofia grega adotaram esse ponto
de vista, como Platão e Filo.
Segundo Platão a Alma possui informações e conhecimentos não
derivados dos sentidos.
Filo, pretendia compreender a prisão de sua vida, o corpo.
Esses pensamentos acabaram por influenciar Orígenes, que tentou
explicar a disparidade de condições em que os homens entram no
mundo.
9. ORIGEM DA ALMA
Alguns ícones teológicos desse pensamento são: Orígenes,
Scotus Erígena e Júlio Muller.
Orígenes Scotus Erígena
10. ORIGEM DA ALMA
PREEXISTENCIA: Algumas objeções
Em primeiro lugar essa corrente ideológica é vazia de bases
bíblicas e filosóficas (Berkhof);
Esse pensamento tem origem na visão dualista entre matéria e
espírito, ensinado pela filosofia pagã; (Berkhof)
Se a alma é preexistente, e apenas um ato consciente de
autodeterminação poderia explicar as deficiências morais do
homem, como não temos a menor lembrança desse estágio?
(Strong)
Se a alma é preexistente, mas não é consciente de sua existência
nem pessoal para tomar decisões, ela deixa de explicar as
deficiências morais do homem; (Strong)
11. ORIGEM DA ALMA
CONCLUIMOS ASSIM SOBRE A PREEXISTENCIA:
A existência anterior não tem qualquer
fundamento escriturístico;
E esta teoria é conflitante com a perspectiva
bíblica sobre punição eterna;
12. ORIGEM DA ALMA
CRIACIONISMO:
A teoria criacionista afirma que Deus cria
diariamente almas para acoplar em corpos
que estão sendo gerados.
A tentativa desta teoria é responder a
pergunta em pauta de uma perspectiva
filosófica, mas com fundamentação bíblica.
13. ORIGEM DA ALMA
CRIACIONISMO:
Alguns teólogos que defendem tal posição são:
Berkhof, Hodge, Jerônimo e Pelágio.
Os dois últimos são símbolos de uma geração
antiga de pensadores cristãos, que influenciados
pelos pensamentos de Aristóteles;
Chegaram a conclusão que Deus criou
Imediatamente a alma de cada ser humano e a
uniu a um corpo, na concepção, no nascimento, ou
em algum momento entre esses dois eventos.
14. ORIGEM DA ALMA
CRIACIONISMO:
Hodge e Berkhof tem pensamento semelhante ao
demonstrado anteriormente.
Sobre isso Berkhof afirma que
“cada alma individualmente deve ser considerada
como uma imediata criação de Deus, devendo
sua origem a um ato criador direto, cuja ocasião não
se pode determinar com precisão”.
15. ORIGEM DA ALMA
CRIACIONISMO - Argumentos a favor:
Na criação é demonstrada que existe diferença entre
a origem do corpo e da alma. No decorrer das
evidências bíblicas é possível notar que sempre existe
algum tipo de separação entre esses dois aspectos
(Z.21.1; Is.42.5, Nm.16.22; Hb.12.9);
Este pensamento esmera-se em manter una a alma,
visto que é indivisível;
No tocante a Jesus Cristo, como homem completo, o
pensamento responde de melhor maneira o fato de
que Cristo não participou do pecado;
16. ORIGEM DA ALMA
CRIACIONISMO - Objeções à teoria:
Se Deus é o responsável pela criação das almas,
e estas tem tendências depravadas, faz
com que Deus seja diretamente autor do mal
moral;
Se as almas são criadas absolutamente puras,
Deus é culpado indiretamente pela criação
do mal moral, pois permite que uma alma pura
venha a se perverter em um corpo depravado
que, com obviedade, a corromperia;
17. ORIGEM DA ALMA
CRIACIONISMO - Objeções à teoria:
Se o pai natural é apenas responsável pelo corpo, os
animais tem maior dignidade que os homens, pois
reproduzem segundo sua própria imagem;
A atividade criadora de Deus parece ter sido
interrompida após a criação do homem, completo com
alma.
A criação de Eva é bem demonstrada pelo escritor
bíblico. Nesta criação não se fala nada sobre a origem
da alma da Eva;
18. ORIGEM DA ALMA
TRADUCIONISMO:
A palavra traducionismo significa “transportar ou
transferir”, logo esta teoria afirma que:
“a raça humana foi criada imediatamente em Adão e, com
relação tanto ao corpo como à alma, propagou-se a partir dele
por geração natural, e todas as almas desde Adão são apenas
mediatamente criadas por Deus, o sustentador das leis de
propagação que foram originariamente estabelecidas por ele”.
(STRONG)
Ou seja, a alma tem origem a partir do momento da
concepção, em um processo natural, e são transmitidas de
pais para filhos.
19. ORIGEM DA ALMA
TRADUCIONISMO:
Alguns dos representantes dessa corrente são:
Tertuliano, Rufino, Apolinário, Gregório de Nissa, Lutero,
H.B. Smith, Augustus Hopkins e Charles Ryrie.
CharlesRyrie
20. ORIGEM DA ALMA
TRADUCIONISMO - Argumentos a favor:
Está em harmonia com o relato da criação, pois Deus soprou
uma única vez o fôlego da vida no homem, e deixou que ele
se reproduzisse (Gn.1.28, 2.7); a criação da alma de Eva
estava incluída na de Adão (Gn.2.23; cf. 1Co.11.8);
A bíblia afirma que os descendentes foram formados da carne
de seus pais (Gn.46.26; Hb.7.9, 10; cf. Jo.3.6, 1.13; Rm.1.3;
At.17.26)
Explica de maneira mais satisfatória a transmissão da
depravação moral e espiritual, que é assunto da alma, e não
do corpo;
21. ORIGEM DA ALMA
TRADUCIONISMO - Objeções à teoria:
Se Deus só age mediadamente em relação a sua obra criativa,
após a criação, que será, então a regenereação?
“A teoria leva a dificuldades insuperáveis a cristologia. Se em Adão a
natureza pecou globalmente, e esse pecado foi, portanto, o verdadeiro
pecado de cada parte dessa natureza, não se pode fugir a conclusão
de que a natureza humana de Cristo também foi pecadora e
culpada, porque teria pecado de fato em Adão” (Berkhof).
22. ORIGEM DA ALMA
CONCLUSÃO:
Como foi demonstrado, dentre as variantes consideráveis como
resposta à questão que reporta-se à origem da alma;
Apenas uma é completamente descartável, a preexistência,
visto ser repleta de falácias filosóficas e raízes lançadas em
um panteísmo oriental, que em formas modernas atinge o
espiritismo.
Entretanto, o traducionismo e o criacionismo tem formas mais
aceitáveis, embora sejam contraditórias entre si.
23. ORIGEM DA ALMA
CONCLUSÃO:
É notório que não existe respaldo bíblico suficiente e definitivo
em favor nem de uma nem de outra teoria, e que logicamente
ambas podem ser sustentados com louvor, o correto é apelar
para uma tentativa de cautela no estudo destes fatos.
Charles Swindoll, em seu livro “O mistério da vontade de
Deus” afirma que “o problema dos jovens teólogos é que eles
querem desvendar o inescrutável”.
Uma vez que não temos tamanha clareza a partir dos relatos
bíblicos, não devemos buscar sabedoria além do que por Deus
foi dado a conhecer em sua revelação.
24. UNIDADE DA HUMANIDADE
A unidade de natureza do ser humano (homem e mulher)é
claramente reconhecida e ensinada a partir do livro do
Gênesis:
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as
aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo
o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua
imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Gênesis 1:26,27
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da
minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem
foi tomada. Gênesis 2:23
25. UNIDADE DA HUMANIDADE
Também no NT encontramos passagem que afirmam esta
perspectiva:
Deus... “de um só sangue fez toda a geração dos homens,
para habitar sobre toda a face da terra, determinando os
tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação”;
Atos 17.26
Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e
pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos
os homens por isso que todos pecaram.
Romanos 5:12
26. UNIDADE DA HUMANIDADE
A unidade da espécie humana é um fato de importância
capital, sobretudo em religião.
Deus criou o homem com propósitos eternos,
diferentemente dos animais e das plantas.
Somos uma grande família, e esta não pode subsistir se
não estiver em uma unidade em sua origem.
Contudo as provas da unidade da espécie humana não
são encontradas somente na Bíblia e sim também em
outros fatos.
27. UNIDADE DA HUMANIDADE
Vejamos alguns fatos:
A natureza moral e religiosa de todas as variedades da raça
humana são especificamente idênticas.
É fato admitido universalmente pelos naturalistas que a união
entre os animais de espécies diferentes nem sempre é fértil, e
que o produto de semelhante união, raríssimas vezes, talvez
nunca, pode-se propagar
Entre os homens , porém, por maior que seja a diferença nas
variedades, isto nada influi no numero de seus filhos, e estes,
por sua vez podem propagar-se indefinidamente.
Assim a bíblia e a ciência harmonizam-se na explicação da
origem da raça humana a partir de um só indivíduo.
28. OS RELATOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
A. O RELATO JAVISTA: Gn 2, 4b – 25
• Não contém, propriamente falando, um relato da criação do mundo,
senão do homem.
• O interesse do Javista não está focado na origem do mundo, mas
principalmente sobre a origem do mal.
Como explicar a existência do mal em uma realidade procedente e
dependente de uma Deus bom?
• No texto, tal e como tem chegado até nós, confluem relatos que
preexistiram separadamente na tradição oral de Israel.
Poema Babilónico
Enuma Elis Epopeia de Gilgamés
29. OS RELATOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
Podemos agora analisar seus momentos mais importantes:
• vv. 4b – 6: Aqui revela-se a questão da criação do mundo sem deter-se nela. A
consideração do mundo está orientada do modo antropocêntrico:
“Não havia homem que cultivasse o solo” (v. 5)
• v. 7: Confirma-se o caráter unitário da compreensão hebraica do ser humano. O
que Deus “forma” do pó não é o corpo, mas “o homem”. O que Deus sopra não é a
alma e sim a respiração (vocábulo sinônimo de nefesh). O resultado desta
operação em dois momentos é o “ser vivente”.
• vv. 8 – 17: O v. 15 (“Iahweh Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden
para o cultivar e o guardar”) retoma a sequencia da narração do v. 7.
Ao conceito helenista de jardim paradisíaco como lugar de ócio contemplativo
sucede o de um “paraíso” que o é enquanto espaço de laboriosidade humana.
A perícope do paraíso se desenvolve com a estipulação de outro mandato, que
toma a forma de proibição (vv. 16 – 17): o homem pode usufruir de todas as
árvores do jardim, exceto uma.
30. OS RELATOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
Com a imposição deste preceito, Deus concede ao homem
seu caráter de ser livre, ratificando sua índole pessoal e
responsável.
vv. 18 – 20: “Não é bom que o homem…”
Para ser efetivamente o tú de Deus, Adão necessita de um tú
humano, um ser que lhe seja semelhante e diferente.
Deus criou os animais, e os conduziu ao homem, contudo este
não pode encontrar nele uma companheira.
31. OS RELATOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
• v. 21: Deus infunde no homem “um sono profundo”, porque o homem
não pode participar ativamente na criação da mulher.
Iahweh extrai uma costela do homem, porém antes de fechar esse lado aberto, “o
preenche com carne” porque a ação divina não deixa ferida.
vv. 22 - 23: Deus leva a mulher diante do homem, e este não pode
encontrar-se casualmente com ela, pois deveria descobri-la, reconhece-la
e aceita-la livremente..
v. 24: Adão e Eva são na verdade “uma só carne”, comunhão de ser em
duas personalidades distintas.
v. 25: Prepara o desencadeamento do drama. “Estavam nus sem
envergonhar-se”, homem e mulher estavam frente a frente mostrando-se
tais como são.
32. OS RELATOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
B. O homem no relato Sacerdotal: Gn 1. 26 – 2, 4ª
• v. 26: Duas coisas nos surpreende no texto, referido ao termo
“façamos”:
Em primeiro lugar enquanto no resto do relato, ao “disse Deus”
sucede uma ordem (“Haja”, “Faça-se”) e a constatação de seu
cumprimento (“assim foi”), agora formula-se o anuncio de um
propósito.
O segundo elemento surpresa é constituído no plural.
O ponto culminante do texto é alcançado com o verso “a nossa
imagem, segundo a nossa semelhança”.
33. OS RELATOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
B. O homem no relato Sacerdotal: Gn 1. 26 – 2, 4ª
O que significa isso?
“Imagem” denota uma representação visual.
“Semelhança” designa uma imagem abstrata, algo similar –
preciso.
Enquanto imagem, o homem ostenta uma função representativa (o
senhorio humano sobre a criação inclui o governo dos dominados).
A categoria da imagem de Deus inclui uma relação reciproca: não
é somente o homem que com a queda se refere a Deus, é o próprio
Deus que se auto remete homem.
34. OS RELATOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
B. O homem no relato Sacerdotal: Gn 1. 26 – 2, 4ª
• v. 27: A tripla repetição do verbo barah (crear) deixa
evidente que o homem também é uma criatura.
O verso 27b recolhe a terceira relação constitutiva do ser
humano: a relação ao tú.
O homem se realiza como tal na bipolaridade sexual de
homem e mulher, que o autor, onde o autor ordena a
procriação.
35. OS RELATOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
B. O homem no relato Sacerdotal: Gn 1. 26 – 2, 4ª
• v. 28: A benção divina é a condição de possibilidade de
fecundidade.
• vv. 29 – 30: O regime vegetariano que instaura para todos
os viventes é símbolo da paz universal.
• A vida não precisa da morte para se sustentar, o regime carnívoro
somente entrará na criação não por uma ordem divina, mas por
meio da mão da humanidade pecadora.
36. OS RELATOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
Síntese dos dois relatos
a) O homem é criatura de Deus.
b) Adão é a coroa da obra criativa de Deus.
c) O homem além de seu relacionamento com Deus e com o mundo; também se
relaciona com o tú.
d) O homem aparece como uma realidade unitária.
e) Nenhum dos dois relatos da criação pretende informar sobre os aspectos científicos
da origem do homem.
Afinal de Contas Gênesis é uma Historia ou um mito?
O Gênesis não é um mito, mesmo quando ele tenha elementos míticos, contudo
ele é uma narrativa histórica.
37. O ESTADO ORIGINAL DO HOMEM
O HOMEM COMO A IMAGEM DE DEUS
Tanto a Bíblia como a ciência concordam em fazer
do homem a obra máxima da criação material de
Deus;
Não nos devemos esquecer de que, enquanto o
homem, por um lado de sua natureza, está ligado à
criação animal é, contudo, sobrenatural — um ser
de natureza mais alta e mais esplêndida; ele foi
criado à imagem e semelhança de Deus.
38. O ESTADO ORIGINAL DO HOMEM
O HOMEM COMO A IMAGEM DE DEUS
1. Possuía a Imagem de Deus
2. Possuía Faculdades Intelectuais
3. Possuía uma Natureza Moral Santa
39. A IMAGEM DE DEUS
A Imagem de Deus não Denota Semelhança Física
(Cl 1.15 ; Jo 4.24; 1.18; Lc 24.39; 1 Sm 15.29;
De conformidade com os ensinamentos dessas
passagens, Deus não é homem;
Pelo contrário, é Espírito e, como tal, não possui
partes ou substância, mas é invisível;
Certamente Significa Semelhança Intelectual e
Moral (Cl 3.10; Ef 4.23,24).
40. FACULDADES INTELECTUAIS
Gn 1.28; Gn 2.19,20;
O homem se assemelha a Deus pelo fato de possuir
natureza racional;
A capacidade do homem, a esse respeito, é a origem
de todo o conhecimento científico;
Ele interpreta a significação da natureza e descobre
que traz os sinais da razão;
O homem compreende Deus por motivo dos sinais de
inteligência no mundo ao seu redor;
A razão no homem corresponde à razão em Deus.
41. NATUREZA MORAL SANTA
Ec 7.29; Gn 2.15-17; Rm 5.12,14;
Isso significa que o homem foi criado como um ser
santo, e esta foi a principal glória com que ele foi
coroado;
Foi uma grande glória ter sido feito semelhante a
Deus em Suas excelências intelectuais, mas a maior
glória do homem foi ter sido criado semelhante a Ele
em Suas perfeições morais.”
42. DIMENSÕES DA IMAGO DEI
A IMAGEM DE DEUS FOI DISTORCIDA, MAS NÃO
ELIMINADA.
Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o
seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem
conforme a sua imagem. Gênesis 9.6
O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a
imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do
homem. 1 Coríntios 11.7
Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela
amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
Tiago 3.9
43. As Semelhanças do Homem em Relação a Deus
Moralidade Espiritualidade
RacionalidadeSociabilidade
Capacidade de RelacionamentoCapacidade de Relacionamento
44. DIMENSÕES DA IMAGO DEI
Deus deu a Adão e Eva uma
ordem moral (Gn 2.17)
Adão e Eva possuíam um
sentido de retidão moral (Gn
2.25)
Adão e Eva reconheceram-se
culpados logo após a sua
transgressão (Gn 3. 7)
Isto parece indicar que a
imagem incluía a justiça original
(Gn 1.31; Ec 7.29)
Adão e Eva
[presumivelmente]
falavam um ao outro (Gn
2.18,23; 3.6-8; 4.1)
MORALIDADE SOCIABILIDADE
45. DIMENSÕES DA IMAGO DEI
O ser humano recebeu a
responsabilidade de exercer o
domínio sobre a terra (Gn
1.26-28; Sl 8. 4-9);
Adão foi instruído a cuidar do
jardim;
Adão deu nome aos animais
(Gn 2.19-20)
Adão reconheceu que a mulher
lhe era uma ajudadora idônea
(Gn 2.22-24; ver 2.20).
Adão tinha comunhão
com Deus (Gn 3.8)
Adão e Eva temeram a
Deus após seu pecado
(Gn 3.10)
RACIONALIDADE ESPIRITUALIDADE
46. CONCEPÇÕES SOBRE A
NATUREZA DA IMAGO DEI
Concepção Substantiva
Conceito
A imagem de Deus consiste em uma característica específica física, psicológica
e/ou espiritual existente na natureza humana.
Apoio a esta Concepção
Imagem (tselem) em Gn 1.26 pode ser traduzida por “estátua”; assim, a
passagem pode dizer: “Façam o homem parecido conosco”. Em Jo 1.14-18 (e
outros lugares) fica claro que Jesus era Deus e que ele tinha um corpo humano.
Problemas
Este conceito define Deus ao definir o ser humano. Deus é espírito (ver Jo 4
.24).
Em que sentido, então, o nosso corpo físico representa a Deus? Além disso, os
pássaros e outros animais têm corpos físicos mas não se diz que foram feitos à
imagem de Deus (ver G n 1.20-23).
47. CONCEPÇÕES SOBRE A
NATUREZA DA IMAGO DEI
Concepção Funcional
Conceito
A imagem de Deus consiste no que o ser humano faz.
Apoio a esta Concepção
Gênesis 1.26-28 diz claramente que o ser humano deve governar
ou ter domínio sobre o restante da criação. Deus claramente
governa.
Problemas
Gênesis 1.27 indica que Deus criou o ser humano à sua imagem
antes de lhe dar o domínio.
Portanto, a Imago Dei pode ser algo diferente da capacidade de
dominar.
48. CONCEPÇÕES SOBRE A
NATUREZA DA IMAGO DEI
Concepção Relacional
Conceito
Somente quando tem os fé (isto é, “interagimos”) em Jesus Cristo
nós possuímos plenamente a imagem de Deus.
Apoio a esta Concepção
Deus criou o “ homem ” macho e fêmea (G n 1.26-27), indicando
o aspecto relacional de Deus na humanidade. Êx 20; Mc 12.28-
31 e Lc 10.26-27 também sugerem as dimensões relacionais de
Deus e da humanidade. Toda a Palavra de Deus registra a
natureza relacional de Deus.
Problemas
Gn 9.6 e Tg 3.9 tornam claro que o ser humano não regenerado
também foi criado à imagem de Deus.
49. CONCEPÇÕES SOBRE A
NATUREZA DA IMAGO DEI
Concepção Reformada
Conceito
A imagem de Deus no homem são as tendências
conscientes do ser humano e o conhecimento verdadeiro
do ser humano.
Parte da imagem de Deus no homem (isto é, a sua
“imagem natural”) foi obscurecida mas não destruída
pelo pecado, e parte da “imagem moral” de Deus foi
perdida pelo ser humano em consequência do pecado,
mas é restaurada por Cristo.
50. CONCEPÇÕES SOBRE A
NATUREZA DA IMAGO DEI
Concepção Reformada
Apoio a esta Concepção
Parte da imagem de Deus no ser hum ano está no ser
espiritual, moral e imortal do homem , que foi “mutilado
mas não apagado.” (Ver G n 8.15—9.7; SI 8.4-9; 1 Co
11.7; 15.49; Tiago 3.9; Hb 2.5-8).
O conhecimento da justiça e da santidade por parte do
ser humano foi perdido por causa do pecado e é
restaurado por Cristo. (Ver E f 4.22-25; C l 3.9-10).
Deus é consciente e possui verdadeiro conhecimento.
51. CONCEPÇÕES SOBRE A
NATUREZA DA IMAGO DEI
Concepção Reformada
Problemas
Gênesis 1.26-28 não se refere a divisões da imagem de Deus;
antes fala de uma única imagem de Deus.
52. CONCEPÇÕES SOBRE A
NATUREZA DA IMAGO DEI
Conclusões a respeito das concepções da natureza
da Imago Dei:
Vemos que cada concepção possui pontos de apoio e pontos
frágeis.
Contudo é necessário efetuar uma mescla de ideias para que
passamos abranger a totalidade do homem, conforme destaca
o teólogo Erickson:
“A imagem de Deus consiste nas aptidões da personalidade que nos
fazem capazes de interagir com as outras pessoas, de pensar e refletir,
de possuir livre-arbítrio”
53. A Natureza do Homem:
As Teorias Explicativas
Tricotomia
Concepção de que o homem é
constituído de três partes:
corpo, alma e espírito.
Dicotomia
A idéia de que o homem é composto de
duas partes corpo e alma/espírito.
Monismo
Concepção de que o homem é
composto de um único elemento, e de
que seu corpo é a própria pessoa.
54. TRICOTOMIA
O homem como Ser Tríplice
Gênesis 2.7 não declara de
maneira absoluta que Deus
fez um ser duplo. O texto
hebraico está no plural:
“Então, formou o Senhor
Deus ao homem do pó da
terra e lhe soprou nas
narinas o fôlego de vida
[vidas], e o homem passou
a ser alma vivente.” .
Não se diz que o homem
se tornou espírito e alma.
Além disso, “alma
vivente” é a mesma
expressão aplicada a
animais e traduzida como
“ser vivente” (Gn 1.21-
24).
Argumentos a Favor Argumentos Contra
55. TRICOTOMIA
O homem como Ser Tríplice
Paulo parece pensar em
corpo, alma e espírito como
três partes distintas da
natureza do ser humano (1
Ts 5.23). O mesmo parece
ser indicado em Hebreus
4.12, texto que diz que a
Palavra “penetra até ao
ponto de dividir alma e
espírito, juntas e medulas.”
Paulo está dando ênfase a
toda a pessoa, e não tentando
distinguir as suas partes. Hb
4.12 não fala de separação
entre alma e espírito, mas da
própria separação que se
estende até aquele ponto. A
Palavra penetra até a divisão
da própria alma e do próprio
espírito. A alma e o espírito
são expostos.
Argumentos a Favor Argumentos Contra
56. TRICOTOMIA
O homem como Ser Tríplice
Uma tríplice organização
da natureza humana pode
estar implícita na
classificação do ser humano
como “natural”, “carnal” e
“espiritual” em 1 Coríntios
2.14; 3.1-4.
Indica-se que corpo e
alma constituem a pessoa
inteira (Mt 10.28; 1 Co
5.3; 3 Jo 2).
Argumentos a Favor Argumentos Contra
57. TRICOTOMIA
O homem como Ser Tríplice
Em Lucas 8.55, lemos a respeito
da menina que Jesus ressuscitou
que “voltou-lhe o espírito
[pneuma].” Quando Cristo
morreu, diz-se que ele “entregou
o espírito” (Mt 27.50). “O corpo
sem espírito é morto” (Tg 2.27).
Pneuma refere-se a um princípio
vital distinto da alma.
Pneuma (espírito) e psyche
(alma) são usados um pelo
outro em todo o Novo
Testamento.
Ambos representam um só
princípio vital.
Argumentos a Favor Argumentos Contra
58. DICOTOMÍA
O homem como Ser Duplo
Deus assoprou no
homem apenas um
princípio - uma alma
vivente (Gn 2.7).
O texto hebraico está no
plural: “Então formou o
Senhor Deus ao homem do
pó da terra, e lhe soprou
nas narinas o fôlego de
vida (vidas), e o homem
passou a ser alma
vivente.”
Argumentos a Favor Argumentos Contra
59. DICOTOMÍA
O homem como Ser Duplo
A parte imaterial do ser
humano (a alma) é vista
como uma vida
individual e consciente,
capaz de possuir e
animar um organismo
físico (corpo).
Paulo declara que o
homem tem tanto um
espírito como uma
alma, que estão
alojados em um corpo
físico (1 Ts 5.23).
Argumentos a Favor Argumentos Contra
60. DICOTOMÍA
O homem como Ser Duplo
Os termos “alma” e
“espírito” parecem ser
usados indiferentemente
em algumas passagens
(Gn 41.8 e SI 42.6; Mt
20.28 e 27.50; Jo
12.27 e 13.21; Hb
12.23 e Ap 6.9).
Hebreus 4.12 fala da
separação entre a
alma e o espírito. Se
eles fossem o mesmo,
não poderiam ser
divididos.
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61. DICOTOMÍA
O homem como Ser Duplo
“Espírito” (bem como
“alma”) é atribuído à
criação irracional (Ec
3.21; Ap 16.3).
O termo “espírito” ou “alma”
pode ser aplicado à “vida”
animal ou “animação,” mas
nunca no sentido especial em
que espírito ou alma humanos
são utilizados. Ao contrário dos
animais, os espíritos humanos
continuam além da existência
física e relacionam-se com o
espírito divino de Deus (Mt
17.3; At 7.59; G1 6.8; 1 Ts
5.23; Ap 16.3).
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62. DICOTOMÍA
O homem como Ser Duplo
Corpo e alma são
mencionados como se
constituíssem a pessoa
inteira (Mt 10.28;
1 Co 5.3; 3 Jo 2)
Espírito, alma e corpo
são. referidos como se
constituíssem a pessoa
integral (Mc 12.30; 1
Co 2.14; 3.4; 1 Ts
5.23).
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63. DICOTOMÍA
O homem como Ser Duplo
A consciência testifica que
existem dois elementos no
ser do homem. Nós
podemos distinguir uma
parte material e uma parte
imaterial, mas a consciência
de ninguém pode distinguir
entre alma e espírito
É o espírito do homem que se
relaciona com o reino espiritual. A
alma é a dimensão do homem que
se relaciona com o reino mental - o
intelecto, as sensibilidades e a
vontade do ser humano - a parte
que raciocina e pensa. O corpo é a
parte do ser humano que tem
contato ou relação com o reino
físico. Hb 4.12 fala literalmente da
separação entre alma e espírito (1
Ts 5.23; ver Jo 3.7; Rm 2.28-29; 1
Co 2.14; 14.14).
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