SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
E
m 1798, na Bahia, surgiu outro movi
mento de contestação à dominação co
lonial.AConjuração Baiana ou Revolta
dosAlfaiates, despontou na época dos “temíveis acon-
tecimentos franceses” que incendiavam o continente
europeu. Realmente, em dez anos os franceses abala-
ram o mundo com a Queda da Bastilha, a Declaração
dos Direitos do Homem e a execução do monarca Luís
XVI. Desde então a Revolução Francesa se tornou
símbolo de contestação para os revolucionários do
mundo inteiro. Seu exemplo, encorajava as colônias
incitando-as a romper os laços de dominação do Pacto
Colonial.
No que se refere ao Brasil, desabrochou a
insurreição baiana em meio a uma série de problemas
locais. Desde o século XVIII, Salvador tinha perdido o
status de sede da colônia, apesar de continuar sendo a
segunda cidade mais populosa do império português
com seus 60 mil habitantes.Apoiada na lavoura da cana-
de-açúcar, a elite local comemorava a alta do preço do
açúcar que novamente levantava os engenhos. Para-
doxalmente, a partir daí os problemas se tornaram mais
acentuados porque a ampliação da lavoura açucareira
praticamente eliminou as áreas de plantio de culturas
de subsistência. Salvador já era por natureza uma cida-
de de muitos contrastes e de miséria acentuada. Na épo-
ca em que se relatam os fatos, o problema aumentou
como se evidencia nos saques a pontos de
abastecimento.
A carne, em especial, era a mercado-
ria de maior valor chegando a custar 600
réis a arroba, que era um preço exorbitante
na época. “Nenhuma autoridade merecia
respeito, tanto que no sábado de aleluia
de 1797 um grupo de populares arreba-
tou um carregamento de carne destinado
ao general-comandante e dividiu a mer-
cadoria com as negras que vendiam
quitutes nas ruas”.1
Acamada mais humil-
de – maioria da população – formava a le-
gião de miseráveis e escravos, vivendo em
péssimas condições.
No começo do século, a população
pobre e marginalizada, já havia se expres-
sado em motins reprimidos com violência
pelas tropas metropolitanas, como foi o caso
da “Rebelião do Maneta”, em 1711.
“Animai-vos povo bahiense! Está por chegar o
tempo feliz de nossa liberdade.. O tempo que sere-
mos todos irmãos. O tempo que seremos todos iguais.”
Manifesto dos rebeldes 1798.
Pelo porto de
Salvador saíam
os produtos
coloniais para a
Europa e
chegavam os
escravos, as
manufaturas do
Reino e os
artigos de luxo.
InconfidênciaBaiana
Durante vários dias os centros de abastecimen-
to de Salvador foram invadidos pela população famin-
ta. Ao mesmo tempo, parte da tropa se rebelava nos
quartéis em protesto aos miseráveis soldos. Com um
ambiente tão propício, as “perigosas idéias francesas “
fomentaram o combustível ideoló-
gico para .os rebeldes, que aos
poucos preparavam a explosão da
insurreição. As autoridades portu-
guesas estavam de certa forma
atentas ao clima de sedição, fican-
do de olho em tudo que pudesse
lembrar a França revolucionária.
Prova disso, foi a vinda do gover-
nador D. Fernando José, que
desembarcou em Salvador com
ordens de agir com rigor, punindo
supostos insubordinados.
“Denúncias partidas da
própria Bahia indicavam ao
governo de Lisboa que, a provín-
cia estava sendo envolvida por
uma inquietante ação visando “a
destruição dos laços de solidariedade com o Reino e
a adoção dos abomináveis princípios franceses”. A
julgar por aquelas versões, a situação era de tal ordem
que se chegasse a Salvador uma tropa francesa a Sal-
vador não encontraria resistência na guarnição e aos
conquistadores se uniriam as pessoas de posição so-
cial”. 1
Nessa Bahia potencialmente rebelde, propaga-
ram-se as idéias iluministas, entre a parcela mais
esclarecida da população. Em 1796 chegou em Salva-
dor um navio espanhol, trazendo a bordo o comandan-
te francês René Larcher. Antes de chegar na Bahia, o
comandante tinha sido encarregado de extinguir a es-
cravidão em colônias francesas nasAntilhas. Com medo
da influência revolucionária do comandante, o gover-
nador D. Fernando designou o tenente Hermógenes de
Aguiar, para acompanhar e vigiar o comandante fran-
cês enquanto estivesse em Salvador.
Com essa atitude o governador
entregou “as galinhas à raposa” pois
o tenente Hermógenes encantado
com as idéias do comandante fran-
cês, colocou-o em contato com
outros militares, espalhando o
vírus das idéias francesas.
Com o retorno de Larcher, os rebeldes trataram
deorganizaromovimento,ampliando-ocomonãohavia
acontecido em Minas Gerais. Na articulação do movi-
mento teve peso decisivo a sociedade maçônica
Cavalheiros da Luz – local de reunião de importantes
figuras da elite baiana, a exemplo do padre Francisco
Gomes, o professor Muniz Barreto, Cipriano Barata e
outros. Sob influencia das idéias liberais os rebeldes
se encorajaram a subverter a situação colonial do Brasil.
A diferença em relação à Conjuração Mineira, é que
dessa vez, o movimento se ampliou com a inclusão da
população mais humilde, expressa na participação dos
alfaiates João de Deus e Manuel Faustino, soldados
como Lucas Dantas e Luís Gonzaga, além de
Hermógenes que havia sido o ponto de partida dessa
história.
O projeto político da Inconfidência Baiana foi
incomparavelmente mais ousado e radical, que o ideário
político dos rebeldes das Minas Gerais. Lutavam pela
proclamação da República e o fim da escravidão, além
de liberdade religiosa e liberdade de comercio. O motim
estava previsto para acontecer em agosto de 1798,
porém ao mesmo tempo em que os rebeldes se
articulavam, o governador era informado do que esta-
va acontecendo. Na verdade, isso aconteceria, mais
cedo ou mais tarde, pois havia dezenas de envolvidos
o que propiciava o vazamento das informações.
Além disso, em agosto de 1798, surgiram vári-
os cartazes na cidade anunciando a iminente revolta.
Confiando na força do movimento os rebeldes perde-
ram a cautela se expondo à vigilância do governador.
Peneirando as informações, D. Fernando chegou a Luís
Gonzaga que era um dos principais líderes. Após a
prisão de Gonzaga, os outros rebeldes resolveram an-
tecipar o inicio da rebelião, antes que ocorressem no-
vas prisões. Sabendo de todos os passos dos rebel-
des, ficou fácil para D. Fernando desarmar a insurrei-
ção. Depois de um mal-sucedido agrupamento dos in-
surgentes no Dique do Tororó, o governo foi efetuan-
do as prisões até desarticular completamente o movi-
mento.
Desde a mudança
da capital para o
Rio de Janeiro,
Salvador não
conheceu
nenhum tipo de
progresso.
No final do século
XVIII Salvador era
uma cidade
pobre, onde os
negros sem
trabalho na
lavoura vendiam
alimentos no
meio da rua.
InconfidênciaBaiana
O quilo da carne
passou a custar
uma fortuna, e a
fome provocou a
primeira tentativa
de revolução
social
É necessário notar que, em um primeiro
momento, o movimento se afigurava
semelhante ao estilo das manifestações
revolucionárias de alguns pontos das Antilhas e
da América Central, nos quais a elite branca
buscou apoio entre escravos e elementos das
raças submetidas, para seus projetos de
libertação diante da metrópole poderosa.
Entretanto, a difusão
de idéias libertárias e
igualitárias, no caso
baiano, não poderia
deixar de despertar
as contradições da
sociedade
escravocrata: o
projeto igualitário,
benéfico aos
escravos e mulatos,
não aos senhores,
faria com que o
núcleo inicial dos
"Cavalheiros da Luz"
fosse ultrapassado,
em matéria de articulações revolucionárias,
pelos humildes da capitania. As camadas
inferiores radicalizaram logo suas posições e
assumiram o comando efetivo do movimento:
mesmo Cipriano Barata, que até 1839 seria um
dos mais notáveis revolucionários democratas
que a história brasileira conheceu, seria em
1789 superado pelos acontecimentos: defensor
da persistência da ação propagandística, para
dar mais força ao movimento futuro, ele era
desfavorável ao seu desencadeamento
imediato.
Cavalheiros e MulatosCavalheiros e MulatosCavalheiros e MulatosCavalheiros e MulatosCavalheiros e Mulatos
Como a maior
cidade da
América
portuguesa,
mesmo após
1799 Salvador
continuaria
sendo palco de
importantes
acontecimentos.
“As penalidades sobre os conjurados, a re-
pressão sobre os mulatos, essas
deveriam ser implacáveis, para cum-
prir as exigências de Lisboa. D. Maria
1, em cartas, exigia que todos os im-
plicados, mesmo aqueles que não par-
ticipassem diretamente da conjura,
mas tivessem ciência dela e não a de-
latassem fossem punidos. A coroa che-
gava a instruir os tribunais da Bahia
para que, no caso dos condenados que recebessem
pena de degredo, eles não fossem mandados para
colônias portuguesas na África, e sim para territóri-
os fora da jurisdição lusa, para que “o veneno dos
seus falsos princípios não possa jamais contaminar
aqueles dos seus vassalos”. A violência da repressão
estava na razão direta do caráter popular do movi-
mento.
No cumprimento de uma política social cada
vez mais repressiva, a coroa ordenou o pagamento
de prêmios e a concessão de privilégios e cargos a
quaisquer denunciantes de crimes de “lesa-
majestade”: os delatores da contestação política
foram agraciados com pensões, como José Joaquim
Santana, que havia entregado João de Deus e os
principais implicados. A pratica estimulou as
denúncias: ao iniciar-se o século XIX, avolumavam-
se sobre as mesas dos governadores e secretários de
governo as cartas dos ambiciosos, denunciando tudo
e todos em busca de alguns tostões e um emprego na
milícia. Mas a Conjuração Baiana foi algo
mais que um sintoma da desagregação do
colonialismo, que tentava manter-se através
da repressão: ela evidencia uma outra faceta
do processo de independência, que se mani-
festaria em ocasiões como 2 de julho baiano
(já em 1823): o radicalismo democrático,
igualitário e popular, que o caráter posteri-
or do processo de independência conseguiu
a custo esconder. “ 2
1 In. Brasil 500 Anos. 1784 – 1815.
Editora Abril. Pág 280.
2 In. Maranhão, Ricardo, Luís Ronacari e ou-
tros.BrasilHistória.TextoeConsulta.DigitalMultimídia.
InconfidênciaBaiana
Por isso mesmo, a liderança escapou-lhe
das mãos, passando para a de mulatos ligados
às profissões urbanas, artífices (principalmente
alfaiates) e soldados. O radicalismo das raças
dominadas, inquieto e impaciente para se libertar
do jugo secular do colonialismo, não interessava
aos senhores brancos, que se retraíram. Cipriano
Barata continuou no movimento, pois em toda a
sua vida, por coerência revolucionária, se
diferenciaria do restante da elite branca, que
temia o povo e a liberdade plena. Mesmo assim,
seu papel nos últimos momentos da conjuração
baiana foi pequeno em comparação com o dos
mulatos. É importante notar, porém, que tal
diferenciação de classe no seio do movimento,
se inevitável a longo prazo, foi facilitada e
apressada pelo próprio clima de
descontentamento e agitação
social vigente na Bahia em fins
do século XVlll. As "idéias
francesas" apenas vieram
permitir a expressão de uma
revolta latente e surda,
curtida nos porões e
senzalas, que em vários
momentos explodia em
manifestações caóticas. Era
a própria estrutura da
sociedade colonial que
estava em jogo, para os
doninados pelo jugo branco.
(In. Ricardo Maranhão e
outros. Brasil História - Texto e
Consulta. Volume 2)
No dia 10 de agosto de
1792 o povo francês invadiu as
Tulheries e massacrou a Guar-
da Real, Na Bahia em 1799, as
idéias revolucionárias alcança-
ram homens do povo que ansi-
avam por igualdade.
Cipriano Barata
negou seu
envolvimento na
conspiração, foi
absolvido mas
continuou como
agitador político até
as primeiras
décadas do século
XIX.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)Nefer19
 
O processo de Abertura Política
O processo de Abertura PolíticaO processo de Abertura Política
O processo de Abertura PolíticaEdenilson Morais
 
A revolta pernambucana de 1817
A revolta pernambucana de 1817A revolta pernambucana de 1817
A revolta pernambucana de 1817Fabiana Tonsis
 
Chegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasilChegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasilGeová da Silva
 
Independência da América Espanhola
Independência da América EspanholaIndependência da América Espanhola
Independência da América EspanholaEdenilson Morais
 
Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)Edenilson Morais
 
Inconfidência Mineira
Inconfidência MineiraInconfidência Mineira
Inconfidência MineiraMarina Wekid
 
Independência dos eua (1776)
Independência dos eua (1776)Independência dos eua (1776)
Independência dos eua (1776)Janayna Lira
 
Conjuração Baiana - Definição
Conjuração Baiana - DefiniçãoConjuração Baiana - Definição
Conjuração Baiana - DefiniçãoSaulo Alves
 
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASILEMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASILIsabel Aguiar
 
Inconfidência mineira
Inconfidência mineiraInconfidência mineira
Inconfidência mineiraPitágoras
 
Revolução Inglesa
Revolução Inglesa Revolução Inglesa
Revolução Inglesa Hugo Araujo
 
Brasil conjuracao baiana
Brasil conjuracao baianaBrasil conjuracao baiana
Brasil conjuracao baianaCarlos Zaranza
 
Revoluções Liberais na Europa no Século XIX
Revoluções Liberais na Europa no Século XIXRevoluções Liberais na Europa no Século XIX
Revoluções Liberais na Europa no Século XIXMarcos Mamute
 
O Governo Sarney (1885 1990)
O Governo Sarney (1885 1990)O Governo Sarney (1885 1990)
O Governo Sarney (1885 1990)kinhalukas
 

Mais procurados (20)

As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)
 
O processo de Abertura Política
O processo de Abertura PolíticaO processo de Abertura Política
O processo de Abertura Política
 
A revolta pernambucana de 1817
A revolta pernambucana de 1817A revolta pernambucana de 1817
A revolta pernambucana de 1817
 
Chegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasilChegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasil
 
Independência da América Espanhola
Independência da América EspanholaIndependência da América Espanhola
Independência da América Espanhola
 
Conjuração Baiana
Conjuração BaianaConjuração Baiana
Conjuração Baiana
 
Independência do Brasil
Independência do BrasilIndependência do Brasil
Independência do Brasil
 
Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)
 
8 2º reinado
8  2º reinado8  2º reinado
8 2º reinado
 
Inconfidência Mineira
Inconfidência MineiraInconfidência Mineira
Inconfidência Mineira
 
2 governo geral
2 governo geral2 governo geral
2 governo geral
 
Independência dos eua (1776)
Independência dos eua (1776)Independência dos eua (1776)
Independência dos eua (1776)
 
Conjuração Baiana - Definição
Conjuração Baiana - DefiniçãoConjuração Baiana - Definição
Conjuração Baiana - Definição
 
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASILEMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
 
Inconfidência mineira
Inconfidência mineiraInconfidência mineira
Inconfidência mineira
 
ESCRAVIDÃO
ESCRAVIDÃOESCRAVIDÃO
ESCRAVIDÃO
 
Revolução Inglesa
Revolução Inglesa Revolução Inglesa
Revolução Inglesa
 
Brasil conjuracao baiana
Brasil conjuracao baianaBrasil conjuracao baiana
Brasil conjuracao baiana
 
Revoluções Liberais na Europa no Século XIX
Revoluções Liberais na Europa no Século XIXRevoluções Liberais na Europa no Século XIX
Revoluções Liberais na Europa no Século XIX
 
O Governo Sarney (1885 1990)
O Governo Sarney (1885 1990)O Governo Sarney (1885 1990)
O Governo Sarney (1885 1990)
 

Destaque

Incofidencia mineira e baiana
Incofidencia mineira e baianaIncofidencia mineira e baiana
Incofidencia mineira e baianaFatima Freitas
 
Conjuração baiana
Conjuração baianaConjuração baiana
Conjuração baianaJainny F.
 
A Inconfidência Baiana
A Inconfidência BaianaA Inconfidência Baiana
A Inconfidência BaianaSylvio Bazote
 
Brasil colonial conjuração baiana
Brasil colonial  conjuração baianaBrasil colonial  conjuração baiana
Brasil colonial conjuração baianaandrecarlosocosta
 
Revisao bahiana med_geografia
Revisao bahiana med_geografiaRevisao bahiana med_geografia
Revisao bahiana med_geografiaAdemir Aquino
 
Avaliação 82
Avaliação 82Avaliação 82
Avaliação 82viagem1
 
Diferenças entre a inconfidência mineira e a conjuração baiana
Diferenças entre a inconfidência mineira e a conjuração baianaDiferenças entre a inconfidência mineira e a conjuração baiana
Diferenças entre a inconfidência mineira e a conjuração baianaJuliana Fernanda
 
Conjurações coloniais
Conjurações coloniaisConjurações coloniais
Conjurações coloniaisVitor Ferreira
 
HISTÓRIA: Inconfidência Mineira
HISTÓRIA: Inconfidência MineiraHISTÓRIA: Inconfidência Mineira
HISTÓRIA: Inconfidência MineiraBlogSJuniinho
 
A emancipação política do Brasil
A emancipação política do BrasilA emancipação política do Brasil
A emancipação política do BrasilCarlos Zaranza
 
Introdução a química orgânica
Introdução a química orgânicaIntrodução a química orgânica
Introdução a química orgânicaAndré Garrido
 
Química orgânica 3º ano COMPLETO
Química orgânica 3º ano   COMPLETOQuímica orgânica 3º ano   COMPLETO
Química orgânica 3º ano COMPLETOEliando Oliveira
 

Destaque (15)

Incofidencia mineira e baiana
Incofidencia mineira e baianaIncofidencia mineira e baiana
Incofidencia mineira e baiana
 
Conjuração Mineira
Conjuração MineiraConjuração Mineira
Conjuração Mineira
 
Conjuração baiana
Conjuração baianaConjuração baiana
Conjuração baiana
 
A Inconfidência Baiana
A Inconfidência BaianaA Inconfidência Baiana
A Inconfidência Baiana
 
Brasil colonial conjuração baiana
Brasil colonial  conjuração baianaBrasil colonial  conjuração baiana
Brasil colonial conjuração baiana
 
Revisao bahiana med_geografia
Revisao bahiana med_geografiaRevisao bahiana med_geografia
Revisao bahiana med_geografia
 
Avaliação 82
Avaliação 82Avaliação 82
Avaliação 82
 
Diferenças entre a inconfidência mineira e a conjuração baiana
Diferenças entre a inconfidência mineira e a conjuração baianaDiferenças entre a inconfidência mineira e a conjuração baiana
Diferenças entre a inconfidência mineira e a conjuração baiana
 
Conjurações coloniais
Conjurações coloniaisConjurações coloniais
Conjurações coloniais
 
Mineira e baiana
Mineira e baianaMineira e baiana
Mineira e baiana
 
HISTÓRIA: Inconfidência Mineira
HISTÓRIA: Inconfidência MineiraHISTÓRIA: Inconfidência Mineira
HISTÓRIA: Inconfidência Mineira
 
A emancipação política do Brasil
A emancipação política do BrasilA emancipação política do Brasil
A emancipação política do Brasil
 
Introdução a química orgânica
Introdução a química orgânicaIntrodução a química orgânica
Introdução a química orgânica
 
Química orgânica 3º ano COMPLETO
Química orgânica 3º ano   COMPLETOQuímica orgânica 3º ano   COMPLETO
Química orgânica 3º ano COMPLETO
 
Capacidades FíSicas
Capacidades FíSicasCapacidades FíSicas
Capacidades FíSicas
 

Semelhante a Conjuração baiana

As conjurações do final do século xviii
As conjurações do final do século xviiiAs conjurações do final do século xviii
As conjurações do final do século xviiiColegioBotuquara
 
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. limaA independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. limaSaulo Barreto
 
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)
História 2013   3º e 4º bim (4º ano)História 2013   3º e 4º bim (4º ano)
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)smece4e5
 
Revisão 8º ano - Família Real até Independência
Revisão 8º ano - Família Real até Independência Revisão 8º ano - Família Real até Independência
Revisão 8º ano - Família Real até Independência Janaína Bindá
 
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011GabrielaMansur
 
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011GabrielaMansur
 
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando NiedersbergWladimir Crippa
 
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando NiedersbergWladimir Crippa
 
Gabarito- Ciências Humanas e da Natureza 3ª Simulado ENEM P6M 2012
Gabarito- Ciências Humanas e da Natureza 3ª Simulado ENEM P6M 2012  Gabarito- Ciências Humanas e da Natureza 3ª Simulado ENEM P6M 2012
Gabarito- Ciências Humanas e da Natureza 3ª Simulado ENEM P6M 2012 Wendel Vasconcelos
 
A revolta dos búzios ou revolta dos alfaiates ou conjuração baiana de 1798
A revolta dos búzios ou revolta dos alfaiates ou conjuração baiana de 1798A revolta dos búzios ou revolta dos alfaiates ou conjuração baiana de 1798
A revolta dos búzios ou revolta dos alfaiates ou conjuração baiana de 1798Claudia Martins
 
LINEBAUGH, P; REDIKER, M - A hidra (Cap 7 - Independência dos EUA).PDF
LINEBAUGH, P; REDIKER, M - A hidra (Cap 7 - Independência dos EUA).PDFLINEBAUGH, P; REDIKER, M - A hidra (Cap 7 - Independência dos EUA).PDF
LINEBAUGH, P; REDIKER, M - A hidra (Cap 7 - Independência dos EUA).PDFLUCIELMALOBATOSILVA
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)profesfrancleite
 
O processo de independência da américa portuguesa
O processo de independência da américa portuguesaO processo de independência da américa portuguesa
O processo de independência da américa portuguesaHugo Figueira
 
Revoluções Francesa, Inglesa e Industrial
Revoluções Francesa, Inglesa e IndustrialRevoluções Francesa, Inglesa e Industrial
Revoluções Francesa, Inglesa e IndustrialRivea Leal
 
Capítulo 8-Independência do Brasil.ppt
Capítulo 8-Independência do Brasil.pptCapítulo 8-Independência do Brasil.ppt
Capítulo 8-Independência do Brasil.pptBetoFonseca8
 

Semelhante a Conjuração baiana (20)

As conjurações do final do século xviii
As conjurações do final do século xviiiAs conjurações do final do século xviii
As conjurações do final do século xviii
 
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. limaA independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
 
aula ppv - 14-05.pptx
aula ppv - 14-05.pptxaula ppv - 14-05.pptx
aula ppv - 14-05.pptx
 
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)
História 2013   3º e 4º bim (4º ano)História 2013   3º e 4º bim (4º ano)
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)
 
A inconfidência mineira
A inconfidência mineiraA inconfidência mineira
A inconfidência mineira
 
Revoltas Emancipacionistas
Revoltas EmancipacionistasRevoltas Emancipacionistas
Revoltas Emancipacionistas
 
Revisão 8º ano - Família Real até Independência
Revisão 8º ano - Família Real até Independência Revisão 8º ano - Família Real até Independência
Revisão 8º ano - Família Real até Independência
 
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
 
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
 
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
 
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
 
Gabarito- Ciências Humanas e da Natureza 3ª Simulado ENEM P6M 2012
Gabarito- Ciências Humanas e da Natureza 3ª Simulado ENEM P6M 2012  Gabarito- Ciências Humanas e da Natureza 3ª Simulado ENEM P6M 2012
Gabarito- Ciências Humanas e da Natureza 3ª Simulado ENEM P6M 2012
 
A revolta dos búzios ou revolta dos alfaiates ou conjuração baiana de 1798
A revolta dos búzios ou revolta dos alfaiates ou conjuração baiana de 1798A revolta dos búzios ou revolta dos alfaiates ou conjuração baiana de 1798
A revolta dos búzios ou revolta dos alfaiates ou conjuração baiana de 1798
 
LINEBAUGH, P; REDIKER, M - A hidra (Cap 7 - Independência dos EUA).PDF
LINEBAUGH, P; REDIKER, M - A hidra (Cap 7 - Independência dos EUA).PDFLINEBAUGH, P; REDIKER, M - A hidra (Cap 7 - Independência dos EUA).PDF
LINEBAUGH, P; REDIKER, M - A hidra (Cap 7 - Independência dos EUA).PDF
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
 
O processo de independência da américa portuguesa
O processo de independência da américa portuguesaO processo de independência da américa portuguesa
O processo de independência da américa portuguesa
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
Revoluções Francesa, Inglesa e Industrial
Revoluções Francesa, Inglesa e IndustrialRevoluções Francesa, Inglesa e Industrial
Revoluções Francesa, Inglesa e Industrial
 
Capítulo 8-Independência do Brasil.ppt
Capítulo 8-Independência do Brasil.pptCapítulo 8-Independência do Brasil.ppt
Capítulo 8-Independência do Brasil.ppt
 
Independência das americas
Independência das americasIndependência das americas
Independência das americas
 

Mais de Aulas de História (20)

Brasil Regência
Brasil RegênciaBrasil Regência
Brasil Regência
 
Primeiro Reinado e Regência
Primeiro Reinado e RegênciaPrimeiro Reinado e Regência
Primeiro Reinado e Regência
 
A Era do Imperialismo
A Era do ImperialismoA Era do Imperialismo
A Era do Imperialismo
 
Europa Napoleônica
Europa NapoleônicaEuropa Napoleônica
Europa Napoleônica
 
Independência do Brasil
Independência do BrasilIndependência do Brasil
Independência do Brasil
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Independência dos Estados Unidos
Independência dos Estados UnidosIndependência dos Estados Unidos
Independência dos Estados Unidos
 
Conjuração mineira
Conjuração mineiraConjuração mineira
Conjuração mineira
 
Mineração
MineraçãoMineração
Mineração
 
República Velha
República VelhaRepública Velha
República Velha
 
Reforma Protestante
Reforma ProtestanteReforma Protestante
Reforma Protestante
 
O Estado Moderno
O Estado ModernoO Estado Moderno
O Estado Moderno
 
Monarquias Nacionais
Monarquias NacionaisMonarquias Nacionais
Monarquias Nacionais
 
Renascimento Comercial
Renascimento ComercialRenascimento Comercial
Renascimento Comercial
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
Segundo Reinado
Segundo ReinadoSegundo Reinado
Segundo Reinado
 
Regência
RegênciaRegência
Regência
 
Primeiro Reinado
Primeiro ReinadoPrimeiro Reinado
Primeiro Reinado
 
Revolução Cubana
Revolução CubanaRevolução Cubana
Revolução Cubana
 

Último

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfKarinaSouzaCorreiaAl
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...azulassessoria9
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...marcelafinkler
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptNathaliaFreitas32
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedJaquelineBertagliaCe
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxLuciana Luciana
 
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPoesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPabloGabrielKdabra
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docPauloHenriqueGarciaM
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 

Último (20)

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
 
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPoesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 

Conjuração baiana

  • 1. E m 1798, na Bahia, surgiu outro movi mento de contestação à dominação co lonial.AConjuração Baiana ou Revolta dosAlfaiates, despontou na época dos “temíveis acon- tecimentos franceses” que incendiavam o continente europeu. Realmente, em dez anos os franceses abala- ram o mundo com a Queda da Bastilha, a Declaração dos Direitos do Homem e a execução do monarca Luís XVI. Desde então a Revolução Francesa se tornou símbolo de contestação para os revolucionários do mundo inteiro. Seu exemplo, encorajava as colônias incitando-as a romper os laços de dominação do Pacto Colonial. No que se refere ao Brasil, desabrochou a insurreição baiana em meio a uma série de problemas locais. Desde o século XVIII, Salvador tinha perdido o status de sede da colônia, apesar de continuar sendo a segunda cidade mais populosa do império português com seus 60 mil habitantes.Apoiada na lavoura da cana- de-açúcar, a elite local comemorava a alta do preço do açúcar que novamente levantava os engenhos. Para- doxalmente, a partir daí os problemas se tornaram mais acentuados porque a ampliação da lavoura açucareira praticamente eliminou as áreas de plantio de culturas de subsistência. Salvador já era por natureza uma cida- de de muitos contrastes e de miséria acentuada. Na épo- ca em que se relatam os fatos, o problema aumentou como se evidencia nos saques a pontos de abastecimento. A carne, em especial, era a mercado- ria de maior valor chegando a custar 600 réis a arroba, que era um preço exorbitante na época. “Nenhuma autoridade merecia respeito, tanto que no sábado de aleluia de 1797 um grupo de populares arreba- tou um carregamento de carne destinado ao general-comandante e dividiu a mer- cadoria com as negras que vendiam quitutes nas ruas”.1 Acamada mais humil- de – maioria da população – formava a le- gião de miseráveis e escravos, vivendo em péssimas condições. No começo do século, a população pobre e marginalizada, já havia se expres- sado em motins reprimidos com violência pelas tropas metropolitanas, como foi o caso da “Rebelião do Maneta”, em 1711. “Animai-vos povo bahiense! Está por chegar o tempo feliz de nossa liberdade.. O tempo que sere- mos todos irmãos. O tempo que seremos todos iguais.” Manifesto dos rebeldes 1798. Pelo porto de Salvador saíam os produtos coloniais para a Europa e chegavam os escravos, as manufaturas do Reino e os artigos de luxo.
  • 2. InconfidênciaBaiana Durante vários dias os centros de abastecimen- to de Salvador foram invadidos pela população famin- ta. Ao mesmo tempo, parte da tropa se rebelava nos quartéis em protesto aos miseráveis soldos. Com um ambiente tão propício, as “perigosas idéias francesas “ fomentaram o combustível ideoló- gico para .os rebeldes, que aos poucos preparavam a explosão da insurreição. As autoridades portu- guesas estavam de certa forma atentas ao clima de sedição, fican- do de olho em tudo que pudesse lembrar a França revolucionária. Prova disso, foi a vinda do gover- nador D. Fernando José, que desembarcou em Salvador com ordens de agir com rigor, punindo supostos insubordinados. “Denúncias partidas da própria Bahia indicavam ao governo de Lisboa que, a provín- cia estava sendo envolvida por uma inquietante ação visando “a destruição dos laços de solidariedade com o Reino e a adoção dos abomináveis princípios franceses”. A julgar por aquelas versões, a situação era de tal ordem que se chegasse a Salvador uma tropa francesa a Sal- vador não encontraria resistência na guarnição e aos conquistadores se uniriam as pessoas de posição so- cial”. 1 Nessa Bahia potencialmente rebelde, propaga- ram-se as idéias iluministas, entre a parcela mais esclarecida da população. Em 1796 chegou em Salva- dor um navio espanhol, trazendo a bordo o comandan- te francês René Larcher. Antes de chegar na Bahia, o comandante tinha sido encarregado de extinguir a es- cravidão em colônias francesas nasAntilhas. Com medo da influência revolucionária do comandante, o gover- nador D. Fernando designou o tenente Hermógenes de Aguiar, para acompanhar e vigiar o comandante fran- cês enquanto estivesse em Salvador. Com essa atitude o governador entregou “as galinhas à raposa” pois o tenente Hermógenes encantado com as idéias do comandante fran- cês, colocou-o em contato com outros militares, espalhando o vírus das idéias francesas. Com o retorno de Larcher, os rebeldes trataram deorganizaromovimento,ampliando-ocomonãohavia acontecido em Minas Gerais. Na articulação do movi- mento teve peso decisivo a sociedade maçônica Cavalheiros da Luz – local de reunião de importantes figuras da elite baiana, a exemplo do padre Francisco Gomes, o professor Muniz Barreto, Cipriano Barata e outros. Sob influencia das idéias liberais os rebeldes se encorajaram a subverter a situação colonial do Brasil. A diferença em relação à Conjuração Mineira, é que dessa vez, o movimento se ampliou com a inclusão da população mais humilde, expressa na participação dos alfaiates João de Deus e Manuel Faustino, soldados como Lucas Dantas e Luís Gonzaga, além de Hermógenes que havia sido o ponto de partida dessa história. O projeto político da Inconfidência Baiana foi incomparavelmente mais ousado e radical, que o ideário político dos rebeldes das Minas Gerais. Lutavam pela proclamação da República e o fim da escravidão, além de liberdade religiosa e liberdade de comercio. O motim estava previsto para acontecer em agosto de 1798, porém ao mesmo tempo em que os rebeldes se articulavam, o governador era informado do que esta- va acontecendo. Na verdade, isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde, pois havia dezenas de envolvidos o que propiciava o vazamento das informações. Além disso, em agosto de 1798, surgiram vári- os cartazes na cidade anunciando a iminente revolta. Confiando na força do movimento os rebeldes perde- ram a cautela se expondo à vigilância do governador. Peneirando as informações, D. Fernando chegou a Luís Gonzaga que era um dos principais líderes. Após a prisão de Gonzaga, os outros rebeldes resolveram an- tecipar o inicio da rebelião, antes que ocorressem no- vas prisões. Sabendo de todos os passos dos rebel- des, ficou fácil para D. Fernando desarmar a insurrei- ção. Depois de um mal-sucedido agrupamento dos in- surgentes no Dique do Tororó, o governo foi efetuan- do as prisões até desarticular completamente o movi- mento. Desde a mudança da capital para o Rio de Janeiro, Salvador não conheceu nenhum tipo de progresso. No final do século XVIII Salvador era uma cidade pobre, onde os negros sem trabalho na lavoura vendiam alimentos no meio da rua.
  • 3. InconfidênciaBaiana O quilo da carne passou a custar uma fortuna, e a fome provocou a primeira tentativa de revolução social É necessário notar que, em um primeiro momento, o movimento se afigurava semelhante ao estilo das manifestações revolucionárias de alguns pontos das Antilhas e da América Central, nos quais a elite branca buscou apoio entre escravos e elementos das raças submetidas, para seus projetos de libertação diante da metrópole poderosa. Entretanto, a difusão de idéias libertárias e igualitárias, no caso baiano, não poderia deixar de despertar as contradições da sociedade escravocrata: o projeto igualitário, benéfico aos escravos e mulatos, não aos senhores, faria com que o núcleo inicial dos "Cavalheiros da Luz" fosse ultrapassado, em matéria de articulações revolucionárias, pelos humildes da capitania. As camadas inferiores radicalizaram logo suas posições e assumiram o comando efetivo do movimento: mesmo Cipriano Barata, que até 1839 seria um dos mais notáveis revolucionários democratas que a história brasileira conheceu, seria em 1789 superado pelos acontecimentos: defensor da persistência da ação propagandística, para dar mais força ao movimento futuro, ele era desfavorável ao seu desencadeamento imediato. Cavalheiros e MulatosCavalheiros e MulatosCavalheiros e MulatosCavalheiros e MulatosCavalheiros e Mulatos Como a maior cidade da América portuguesa, mesmo após 1799 Salvador continuaria sendo palco de importantes acontecimentos. “As penalidades sobre os conjurados, a re- pressão sobre os mulatos, essas deveriam ser implacáveis, para cum- prir as exigências de Lisboa. D. Maria 1, em cartas, exigia que todos os im- plicados, mesmo aqueles que não par- ticipassem diretamente da conjura, mas tivessem ciência dela e não a de- latassem fossem punidos. A coroa che- gava a instruir os tribunais da Bahia para que, no caso dos condenados que recebessem pena de degredo, eles não fossem mandados para colônias portuguesas na África, e sim para territóri- os fora da jurisdição lusa, para que “o veneno dos seus falsos princípios não possa jamais contaminar aqueles dos seus vassalos”. A violência da repressão estava na razão direta do caráter popular do movi- mento. No cumprimento de uma política social cada vez mais repressiva, a coroa ordenou o pagamento de prêmios e a concessão de privilégios e cargos a quaisquer denunciantes de crimes de “lesa- majestade”: os delatores da contestação política foram agraciados com pensões, como José Joaquim Santana, que havia entregado João de Deus e os principais implicados. A pratica estimulou as denúncias: ao iniciar-se o século XIX, avolumavam- se sobre as mesas dos governadores e secretários de governo as cartas dos ambiciosos, denunciando tudo e todos em busca de alguns tostões e um emprego na milícia. Mas a Conjuração Baiana foi algo mais que um sintoma da desagregação do colonialismo, que tentava manter-se através da repressão: ela evidencia uma outra faceta do processo de independência, que se mani- festaria em ocasiões como 2 de julho baiano (já em 1823): o radicalismo democrático, igualitário e popular, que o caráter posteri- or do processo de independência conseguiu a custo esconder. “ 2 1 In. Brasil 500 Anos. 1784 – 1815. Editora Abril. Pág 280. 2 In. Maranhão, Ricardo, Luís Ronacari e ou- tros.BrasilHistória.TextoeConsulta.DigitalMultimídia.
  • 4. InconfidênciaBaiana Por isso mesmo, a liderança escapou-lhe das mãos, passando para a de mulatos ligados às profissões urbanas, artífices (principalmente alfaiates) e soldados. O radicalismo das raças dominadas, inquieto e impaciente para se libertar do jugo secular do colonialismo, não interessava aos senhores brancos, que se retraíram. Cipriano Barata continuou no movimento, pois em toda a sua vida, por coerência revolucionária, se diferenciaria do restante da elite branca, que temia o povo e a liberdade plena. Mesmo assim, seu papel nos últimos momentos da conjuração baiana foi pequeno em comparação com o dos mulatos. É importante notar, porém, que tal diferenciação de classe no seio do movimento, se inevitável a longo prazo, foi facilitada e apressada pelo próprio clima de descontentamento e agitação social vigente na Bahia em fins do século XVlll. As "idéias francesas" apenas vieram permitir a expressão de uma revolta latente e surda, curtida nos porões e senzalas, que em vários momentos explodia em manifestações caóticas. Era a própria estrutura da sociedade colonial que estava em jogo, para os doninados pelo jugo branco. (In. Ricardo Maranhão e outros. Brasil História - Texto e Consulta. Volume 2) No dia 10 de agosto de 1792 o povo francês invadiu as Tulheries e massacrou a Guar- da Real, Na Bahia em 1799, as idéias revolucionárias alcança- ram homens do povo que ansi- avam por igualdade. Cipriano Barata negou seu envolvimento na conspiração, foi absolvido mas continuou como agitador político até as primeiras décadas do século XIX.