SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
A Inconfidência Mineira
INTRODUÇÃO
O movimento mineiro foi o primeiro a realmente manifestar com clareza a intenção da colônia de romper
suas relações com a metrópole. Outras rebeliões já haviam ocorrido na colônia que, no entanto, possuíam
reivindicações parciais, locais, que nunca propuseram a Independência em relação a Portugal.
A importância da Inconfidência Mineira reside no fato de exprimir a decadência da política colonial e ao
mesmo tempo a influência das idéias iluministas sobre a elite colonial que, na prática, foi quem organizou
o movimento
Museu da Inconfidência
AS RAZÕES DO MOVIMENTO
Vários foram os motivos que determinaram o início do movimento, reunindo proprietários rurais,
intelectuais, clérigos e militares, numa conspiração que pretendia eliminar a dominação portuguesa e criar
um país livre no Brasil, em 1789
A Crise Econômica:
O século XVIII foi caracterizado pelo brutal aumento da exploração portuguesa sobre sua colônia na
América. Apesar de o Brasil sempre ter sido uma colônia de exploração, ou seja, ter servido aos
interesses econômicos de Portugal, durante o século XVIII, a nação portuguesa conheceu uma maior
decadência econômica, entendido principalmente pelos déficits crescentes frente a Inglaterra, levando-a a
aumentar a exploração sobre suas áreas coloniais e utilizando para isso uma nova forma de organização
do próprio Estado, influenciado pelo avanço das idéias iluministas, que convencionou-se chamar
"Despotismo Esclarecido"
Nesse sentido, a política pombalina para o Brasil, normalmente vista como mais racional, representou na
prática uma exploração mais racional, com a organização das Companhias de Comércio monopolistas,
que atuaram em diversas regiões do Brasil
Em Minas Gerais, especificamente, que se constituía na mais importante região aurífera e diamantífera
brasileira, o peso da espoliação lusitana se fazia sentir com maior intensidade.
A exploração de diamantes era monopolizada pela Coroa desde 1731, que demarcara a região, proibindo
o ingresso de particulares em tal atividade. Ao mesmo tempo, as jazidas da região aurífera se esgotavam
com muita repidez, em parte por ser o ouro de Aluvião, em parte pelas técnicas precárias que eram
empregadas na atividade e esse esgotamento refletia-se na redução dos tributos pagos a Coroa, fixado
em "Um Quinto", portanto vinculado à produção. Para a Coroa, no entanto, a redução no pagamento de
impostos devia-se a fraude e ao contrabando e isso explica a mudança na política tributária: Em 1750, o
quinto foi substituído por um sistema de cota fixa, definido em 100 arrobas por ano (1500 Kg). Como a
produção do ouro continuava a diminuir, tornou-se comum o não pagamento completo do tributo e a cada
ano a dívida tendeu a aumentar e a Coroa resolveu, em 1763, instituir a Derrama. Não era um novo
imposto, mas a cobrança da diferença em relação à aquilo que deveria ter sido pago. Essa cobrança era
arbitrária e executada com extrema violência pelas autoridades portuguesas no Brasil, gerando não
apenas um problema financeira, mas o aumento da revolta contra a situação de dominação.
Soma-se a isso as dificuldades dos mineradores em importar produtos essenciais como ferro, aço e
mesmo escravos, produtos esses que tinham seus preços elevados constantemente. Um dos principais
exemplos dessa situação foi o "Alvará de proibição Industrial" baixado em 1785 por D. Maria I, a louca,
que proibia a existência de manufaturas no Brasil. Os efeitos do alvará foram particularmente desastrosos
para a população interiorana, que costumava abastecer-se de tecidos, calçados e outros gêneros nas
pequenas oficinas locais ou mesmo domésticas e que, a partir daí, dependeria das tropas que traziam do
litoral os produtos importados, por preços muito elevados e em quantidade nem sempre suficiente.
Igreja em Vila Rica
Influências Externas
O ideal Iluminista difundiu-se na Europa ao longo do século XVIII, principalmente a partir da obra de
filósofos franceses e teve grande repercussão na América; primeiro influenciando a Independência dos
EUA e posteriormente as colônias ibéricas.
Ao longo do século XVIII tornou-se comum à elite colonial, enviar seus filhos para estudar na Europa,
onde tomaram contato com as idéias que clamavam por direitos, liberdade e igualdade. De volta a
colônia, esses jovens traziam não só os ideais de Locke, Montesquieu e Rousseau , mas uma percepção
mais acabada em relação a crise do Antigo Regime, representada pela decadência do absolutismo e
pelas mudanças que se processavam em várias nações, mesmo que ainda controladas por monarcas
despóticos.
Outra importante influência que marcou a Inconfidência Mineira foi a Independência das 13 colônias
inglesas na América do Norte, que apoiadas nas idéias iluministas não só romperam com a metrópole,
mas criaram uma nação soberana, republicana e federativa. A vitória dos colonos norte americanos frente
a Inglaterra serviu de exemplo e estímulo a outros movimentos emancipacionistas na América ibérica,
incluindo o Brasil.
Percebe-se essa influência, através da atitude do estudante brasileiro José Joaquim da Maia que, em
Paris, entrou em contato com Thomas Jefferson, representante do governo dos EUA na França, para
solicitar o apoio dos norte americanos ao movimento de rebelião contra a dominação portuguesa, que
estava prestes a eclodir no Brasil.
Em uma das cartas mais famosas de Maia a Thomas Jefferson, o estudante brasileiro escreveu: "Sou
brasileiro e sabeis que minha desgraçada pátria geme em um espantoso cativeiro, que se torna cada dia
menos suportável, desde a época de vossa gloriosa independência, pois que os bárbaros portugueses
nada pouparam para nos tomar desgraçados, com o temor que seguíssemos os vossos passos; ...
estamos dispostos a seguir o marcante exemplo que acabais de nos dar... quebrar nossas cadeias e fazer
reviver nossa liberdade que está completamente morta e oprimida pela força, que é o único direito que os
europeus possuem sobre a América... Isto posto, senhor, é a vossa nação que acreditamos ser a mais
indicada para nos dar socorro, não só porque ela nos deu o exemplo, mas também porque a natureza nos
fez habitantes do mesmo continente e, assim, de alguma maneira, compatriotas".
A CONSPIRAÇÃO
Tiradentes
A Inconfidência Mineira na verdade não passou de uma conspiração, onde os principais protagonistas
eram elementos da elite colonial, homens ligados à exploração aurífera, à produção agrícola ou a criação
de animais, sendo que vários deles estudaram na Europa e que organizavam o movimento exatamente
em oposição as determinações do pacto colonial, enrijecidas no século XVIII. Além destes, encontramos
ainda alguns indivíduos de uma camada intermediária, como o próprio Tiradentes, filho de um pequeno
proprietário e que, após dedicar-se a várias atividades, seguiu a carreira militar, sendo portanto, um dos
poucos indivíduos sem posses que participaram do movimento. Essa situação explica a posição dos
inconfidentes em relação a escravidão, muito destacada nos livros de história; de fato, a maior parte dos
membros das conspirações se opunha a abolição da escravidão, enquanto poucos, incluindo Tiradentes,
defendiam a libertação dos escravos. As idéias liberais no Brasil tinham seus limites bem definidos, na
verdade a liberdade era vista a partir do interesse de uma minoria, como a necessidade de ruptura dos
laços com a metrópole, porém, sem que rompessem as estruturas socioeconômicas. Mesmo do ponto de
vista político, a liberdade possuia limites. A luta pela independencia incluía ainda a definição do regime
político a ser adotado, embora a maioria defendesse a formação de uma República que fosse Federativa,
porém não garantia o direito de participação política a todos os homens. Na verdade os inconfidentes não
possuíam uma orientação política definida, mas um conjunto de propostas, que tratavam de questões
secundárias, como a organização da capital em São João Del Rei ou ainda a criação de uma
Universidade em Vila Rica.
O movimento conspiratório tornou-se maior após a chegada do Visconde de Barbacena, nomeado novo
governador da capitania de Minas Gerais e incumbido de executar uma nova derrama, utilizando-se de
todo o rigor necessário para garantir a chegado do ouro a Portugal. De setembro de 1788 em diante, as
reuniões tornaram intensas, onde eram alimentadas várias discussões sobre temas variados e o
entusiasmo exagerado contrastava com a falta de organização militar para a execução da independencia.
Tiradentes e outros membros da conspiração procuravam garantir o apoio dos proprietário rurais, levando
suas propostas de "revolução" a todos que, de alguma forma, pudessem apoiar.
Um os mineradores contatados foi o coronel Joaquim Silvério dos Reis que, a princípio aderiu ao
movimento, pois como a maioria da elite, era um devedor de impostos, no entanto, com medo de ser
envolvido diretamente, resolveu deletar a conspiração. Em 15 de março de 1789 encontrou-se com o
governador, Visconde de Barbacena e formalizou por escrito a dnúncia de conspiração. Com o apoio das
autoridades portuguesas instaladas no Rio de Janeiro, iniciou-se uma sequência de prisões, sendo
Tiradentes um dos primeiros a ser feito prisineiro, na capital, onde se encontrava em busca de apoio ao
movimento e alguns dias depois iniciava-se a prisão dos envolvidos na região das Gerais e uma grande
devassa para apurar os delitos.
Num primeiro momento os inconfidentes negaram a existência de um movimento contrário a metrópole,
porém a partir de novembro vários participantes presos passaram a confessar a existência da
conspiração, descrevendo minuciosamente as reuniões, os planos e os nomes dos participantes,
encabeçada pelo alferes Tiradentes.
Tiradentes sempre negou a existência de um movimento de conspiração, porém, após vários
depoimentos que o incriminava, na Quarta audiência, no início de 1790, admitiu não só a existência do
movimento, como sua posição de líder .
A devassa promoveu a acusação de 34 pessoas, que tiveram suas sentenças definidas em 19 de abril de
1792, com onze dos acusados condenados a morte: Tiradentes, Francisco de Paula Freire de Andrade,
José Álvares Maciel, Luís Vaz de Toledo Piza, Alvarenga Peixoto, Salvador do Amaral Gurgel, Domingos
Barbosa, Francisco Oliveira Lopes, José Resende da Costa (pai), José Resende da Costa (filho) e
Domingos de Abreu Vieira.
Desses, apenas Tiradentes foi executado, os demais tiveram a pena comutada para degredo perpétuo
por D. Maria I. O Alferes foi executado em 21 de abril de 1792 no Rio de Janeiro, esquartejado, sendo as
partes de seu corpo foram expostas em Minas como advertência a novas tentativas de rebelião.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

InconfidêNcia Mineira Blog
InconfidêNcia Mineira BlogInconfidêNcia Mineira Blog
InconfidêNcia Mineira Bloghenrique.jay
 
O processo de independência da américa portuguesa
O processo de independência da américa portuguesaO processo de independência da américa portuguesa
O processo de independência da américa portuguesaHugo Figueira
 
Roteiro de Aula - Da Crise do Sistema Colonial de Exploração à Proclamação da...
Roteiro de Aula - Da Crise do Sistema Colonial de Exploração à Proclamação da...Roteiro de Aula - Da Crise do Sistema Colonial de Exploração à Proclamação da...
Roteiro de Aula - Da Crise do Sistema Colonial de Exploração à Proclamação da...josafaslima
 
Aula 12 crise no sistema colonial
Aula 12   crise no sistema colonialAula 12   crise no sistema colonial
Aula 12 crise no sistema colonialJonatas Carlos
 
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015João Medeiros
 
3° ano - Brasil Império - segundo reinado
3° ano - Brasil Império - segundo reinado3° ano - Brasil Império - segundo reinado
3° ano - Brasil Império - segundo reinadoDaniel Alves Bronstrup
 
Mineração e Crise do Sistema Colonial
Mineração e Crise do Sistema ColonialMineração e Crise do Sistema Colonial
Mineração e Crise do Sistema ColonialJoão Medeiros
 
Descobrimento da América portuguesa.
Descobrimento da América portuguesa.Descobrimento da América portuguesa.
Descobrimento da América portuguesa.Lara Lídia
 
História do brasil
História do brasilHistória do brasil
História do brasildinicmax
 
Maçons na Proclamação da República do Brasil e a Bandeira Nacional
Maçons na Proclamação da República do Brasil e a Bandeira NacionalMaçons na Proclamação da República do Brasil e a Bandeira Nacional
Maçons na Proclamação da República do Brasil e a Bandeira NacionalMoacir Pinto
 

Mais procurados (20)

InconfidêNcia Mineira Blog
InconfidêNcia Mineira BlogInconfidêNcia Mineira Blog
InconfidêNcia Mineira Blog
 
Brasil colonial
Brasil colonial Brasil colonial
Brasil colonial
 
Ac de história 2 ano
Ac de história 2 anoAc de história 2 ano
Ac de história 2 ano
 
Primeiro Reinado
Primeiro ReinadoPrimeiro Reinado
Primeiro Reinado
 
O processo de independência da américa portuguesa
O processo de independência da américa portuguesaO processo de independência da américa portuguesa
O processo de independência da américa portuguesa
 
Roteiro de Aula - Da Crise do Sistema Colonial de Exploração à Proclamação da...
Roteiro de Aula - Da Crise do Sistema Colonial de Exploração à Proclamação da...Roteiro de Aula - Da Crise do Sistema Colonial de Exploração à Proclamação da...
Roteiro de Aula - Da Crise do Sistema Colonial de Exploração à Proclamação da...
 
A crise do sistema colonial e a independência
A crise do sistema colonial e a independênciaA crise do sistema colonial e a independência
A crise do sistema colonial e a independência
 
Revoltas Emancipacionistas
Revoltas EmancipacionistasRevoltas Emancipacionistas
Revoltas Emancipacionistas
 
Periodo regencial 2014
Periodo regencial 2014Periodo regencial 2014
Periodo regencial 2014
 
Aula 12 crise no sistema colonial
Aula 12   crise no sistema colonialAula 12   crise no sistema colonial
Aula 12 crise no sistema colonial
 
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
Brasil: Revoltas, Lutas e Conquistas - Prof. Medeiros 2015
 
História de Santa Catarina -parte 03
História de Santa Catarina -parte 03História de Santa Catarina -parte 03
História de Santa Catarina -parte 03
 
3° ano - Brasil Império - segundo reinado
3° ano - Brasil Império - segundo reinado3° ano - Brasil Império - segundo reinado
3° ano - Brasil Império - segundo reinado
 
Mineração e Crise do Sistema Colonial
Mineração e Crise do Sistema ColonialMineração e Crise do Sistema Colonial
Mineração e Crise do Sistema Colonial
 
Descobrimento da América portuguesa.
Descobrimento da América portuguesa.Descobrimento da América portuguesa.
Descobrimento da América portuguesa.
 
História do brasil
História do brasilHistória do brasil
História do brasil
 
Brasil Colônia IV
Brasil Colônia IVBrasil Colônia IV
Brasil Colônia IV
 
Nicaraguan revolution
Nicaraguan revolutionNicaraguan revolution
Nicaraguan revolution
 
Maçons na Proclamação da República do Brasil e a Bandeira Nacional
Maçons na Proclamação da República do Brasil e a Bandeira NacionalMaçons na Proclamação da República do Brasil e a Bandeira Nacional
Maçons na Proclamação da República do Brasil e a Bandeira Nacional
 
Revoltas do Brasil Colônia
Revoltas do Brasil ColôniaRevoltas do Brasil Colônia
Revoltas do Brasil Colônia
 

Destaque

Manual d'Identitat Gràfica per a uns mundials ficticis de natació
Manual d'Identitat Gràfica per a uns mundials ficticis de natació Manual d'Identitat Gràfica per a uns mundials ficticis de natació
Manual d'Identitat Gràfica per a uns mundials ficticis de natació Antoni Bolet Ruiz
 
Pre: FOF Learning Guide
Pre: FOF Learning GuidePre: FOF Learning Guide
Pre: FOF Learning GuideHallo Patidu
 
Başarı için Sihir şart mi tanyer sönmezer
Başarı için Sihir şart mi tanyer sönmezerBaşarı için Sihir şart mi tanyer sönmezer
Başarı için Sihir şart mi tanyer sönmezerTanyer Sonmezer
 
Internazionalizzazione e Startup : Panoramiche su normative di finanziamento ...
Internazionalizzazione e Startup : Panoramiche su normative di finanziamento ...Internazionalizzazione e Startup : Panoramiche su normative di finanziamento ...
Internazionalizzazione e Startup : Panoramiche su normative di finanziamento ...Maurizio Maraglino Misciagna
 
사용자분석 최정은
사용자분석 최정은사용자분석 최정은
사용자분석 최정은Jeong-eun Choi
 
Presentation skripsi
Presentation skripsiPresentation skripsi
Presentation skripsiIda Silvania
 
ใบงานที่ 2 8
ใบงานที่ 2 8ใบงานที่ 2 8
ใบงานที่ 2 8Mc'Or K-kung
 
131003 presentatie PGOsupport 4Building
131003 presentatie PGOsupport 4Building131003 presentatie PGOsupport 4Building
131003 presentatie PGOsupport 4Building4Building
 
ใบงานที่ 16
ใบงานที่ 16ใบงานที่ 16
ใบงานที่ 16Pop Nattakarn
 
Clase nº4
Clase nº4Clase nº4
Clase nº4maides
 
ใบงานท 11
ใบงานท   11ใบงานท   11
ใบงานท 11Pop Nattakarn
 
Тарас Середюк Мафия
Тарас Середюк МафияТарас Середюк Мафия
Тарас Середюк МафияRestoPraktiki
 
Jagriti_Spot
Jagriti_SpotJagriti_Spot
Jagriti_SpotJagriti .
 
Cfda9949 6602-4 dae-b12552a98960151a
Cfda9949 6602-4 dae-b12552a98960151aCfda9949 6602-4 dae-b12552a98960151a
Cfda9949 6602-4 dae-b12552a98960151aCarlos Carvalho
 

Destaque (20)

шевченко у творчості художників
шевченко у творчості художниківшевченко у творчості художників
шевченко у творчості художників
 
Manual d'Identitat Gràfica per a uns mundials ficticis de natació
Manual d'Identitat Gràfica per a uns mundials ficticis de natació Manual d'Identitat Gràfica per a uns mundials ficticis de natació
Manual d'Identitat Gràfica per a uns mundials ficticis de natació
 
Pre: FOF Learning Guide
Pre: FOF Learning GuidePre: FOF Learning Guide
Pre: FOF Learning Guide
 
Başarı için Sihir şart mi tanyer sönmezer
Başarı için Sihir şart mi tanyer sönmezerBaşarı için Sihir şart mi tanyer sönmezer
Başarı için Sihir şart mi tanyer sönmezer
 
Internazionalizzazione e Startup : Panoramiche su normative di finanziamento ...
Internazionalizzazione e Startup : Panoramiche su normative di finanziamento ...Internazionalizzazione e Startup : Panoramiche su normative di finanziamento ...
Internazionalizzazione e Startup : Panoramiche su normative di finanziamento ...
 
Master diploma
Master diplomaMaster diploma
Master diploma
 
사용자분석 최정은
사용자분석 최정은사용자분석 최정은
사용자분석 최정은
 
Presentation skripsi
Presentation skripsiPresentation skripsi
Presentation skripsi
 
ใบงานที่ 2 8
ใบงานที่ 2 8ใบงานที่ 2 8
ใบงานที่ 2 8
 
131003 presentatie PGOsupport 4Building
131003 presentatie PGOsupport 4Building131003 presentatie PGOsupport 4Building
131003 presentatie PGOsupport 4Building
 
Zergatik ez tailerraren aurkezpena
Zergatik ez tailerraren aurkezpenaZergatik ez tailerraren aurkezpena
Zergatik ez tailerraren aurkezpena
 
ใบงานที่ 16
ใบงานที่ 16ใบงานที่ 16
ใบงานที่ 16
 
Clase nº4
Clase nº4Clase nº4
Clase nº4
 
Pengantar psi
Pengantar psiPengantar psi
Pengantar psi
 
ใบงานท 11
ใบงานท   11ใบงานท   11
ใบงานท 11
 
Тарас Середюк Мафия
Тарас Середюк МафияТарас Середюк Мафия
Тарас Середюк Мафия
 
Briófitas
BriófitasBriófitas
Briófitas
 
Jagriti_Spot
Jagriti_SpotJagriti_Spot
Jagriti_Spot
 
Cfda9949 6602-4 dae-b12552a98960151a
Cfda9949 6602-4 dae-b12552a98960151aCfda9949 6602-4 dae-b12552a98960151a
Cfda9949 6602-4 dae-b12552a98960151a
 
Cover
CoverCover
Cover
 

Semelhante a A inconfidência mineira

As conjurações do final do século xviii
As conjurações do final do século xviiiAs conjurações do final do século xviii
As conjurações do final do século xviiiColegioBotuquara
 
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...Vanessa Faria
 
www.AulasDeHistoriaApoio.com - História - Revoltas Coloniais
www.AulasDeHistoriaApoio.com  - História -  Revoltas Coloniaiswww.AulasDeHistoriaApoio.com  - História -  Revoltas Coloniais
www.AulasDeHistoriaApoio.com - História - Revoltas ColoniaisAulasDeHistoriaApoio
 
Independencias
IndependenciasIndependencias
Independenciasdinicmax
 
www.CentroApoio.com - História - Revoltas Coloniais - Vídeo Aula
www.CentroApoio.com - História - Revoltas Coloniais - Vídeo Aulawww.CentroApoio.com - História - Revoltas Coloniais - Vídeo Aula
www.CentroApoio.com - História - Revoltas Coloniais - Vídeo AulaVídeo Aulas Apoio
 
Resumo pra p.m de história 3º trimestre
Resumo pra p.m de história 3º trimestreResumo pra p.m de história 3º trimestre
Resumo pra p.m de história 3º trimestreMarcos Schwartz
 
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011GabrielaMansur
 
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011GabrielaMansur
 
Inconfidência.pptx
Inconfidência.pptxInconfidência.pptx
Inconfidência.pptxocg50
 
Movimentos Nativistas x Movimentos Emancipacionistas
Movimentos Nativistas x Movimentos EmancipacionistasMovimentos Nativistas x Movimentos Emancipacionistas
Movimentos Nativistas x Movimentos EmancipacionistasClara Mendes
 
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando NiedersbergWladimir Crippa
 
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando NiedersbergWladimir Crippa
 
A independência dos eua
A independência dos euaA independência dos eua
A independência dos euaMatheus Alencar
 
Revoluções Francesa, Inglesa e Industrial
Revoluções Francesa, Inglesa e IndustrialRevoluções Francesa, Inglesa e Industrial
Revoluções Francesa, Inglesa e IndustrialRivea Leal
 
Independência política brasileira
Independência política brasileiraIndependência política brasileira
Independência política brasileiraFernanda Hellen
 
Inconfidência Mineira
Inconfidência MineiraInconfidência Mineira
Inconfidência MineiraMarina Wekid
 
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. limaA independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. limaSaulo Barreto
 

Semelhante a A inconfidência mineira (20)

As conjurações do final do século xviii
As conjurações do final do século xviiiAs conjurações do final do século xviii
As conjurações do final do século xviii
 
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
 
www.AulasDeHistoriaApoio.com - História - Revoltas Coloniais
www.AulasDeHistoriaApoio.com  - História -  Revoltas Coloniaiswww.AulasDeHistoriaApoio.com  - História -  Revoltas Coloniais
www.AulasDeHistoriaApoio.com - História - Revoltas Coloniais
 
Independencias
IndependenciasIndependencias
Independencias
 
www.CentroApoio.com - História - Revoltas Coloniais - Vídeo Aula
www.CentroApoio.com - História - Revoltas Coloniais - Vídeo Aulawww.CentroApoio.com - História - Revoltas Coloniais - Vídeo Aula
www.CentroApoio.com - História - Revoltas Coloniais - Vídeo Aula
 
Resumo pra p.m de história 3º trimestre
Resumo pra p.m de história 3º trimestreResumo pra p.m de história 3º trimestre
Resumo pra p.m de história 3º trimestre
 
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
 
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011Sa  ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c  regência) 2a  3aetp's 2011
Sa ce 2o's anos tx t cmplt (crise do a s c regência) 2a 3aetp's 2011
 
As conjurações Mineira, Carioca e Baiana
As conjurações Mineira, Carioca e BaianaAs conjurações Mineira, Carioca e Baiana
As conjurações Mineira, Carioca e Baiana
 
Inconfidência.pptx
Inconfidência.pptxInconfidência.pptx
Inconfidência.pptx
 
Movimentos Nativistas x Movimentos Emancipacionistas
Movimentos Nativistas x Movimentos EmancipacionistasMovimentos Nativistas x Movimentos Emancipacionistas
Movimentos Nativistas x Movimentos Emancipacionistas
 
Tiradentes
TiradentesTiradentes
Tiradentes
 
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
 
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg3º Bloco   2   FormaçãO EconôMica E Social Brasileira   Fernando Niedersberg
3º Bloco 2 FormaçãO EconôMica E Social Brasileira Fernando Niedersberg
 
A independência dos eua
A independência dos euaA independência dos eua
A independência dos eua
 
Revoluções Francesa, Inglesa e Industrial
Revoluções Francesa, Inglesa e IndustrialRevoluções Francesa, Inglesa e Industrial
Revoluções Francesa, Inglesa e Industrial
 
Independência política brasileira
Independência política brasileiraIndependência política brasileira
Independência política brasileira
 
Inconfidência Mineira
Inconfidência MineiraInconfidência Mineira
Inconfidência Mineira
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. limaA independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
A independência na américa latina -1969- gen. flamarion b. lima
 

Último

Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 

Último (20)

Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 

A inconfidência mineira

  • 1. A Inconfidência Mineira INTRODUÇÃO O movimento mineiro foi o primeiro a realmente manifestar com clareza a intenção da colônia de romper suas relações com a metrópole. Outras rebeliões já haviam ocorrido na colônia que, no entanto, possuíam reivindicações parciais, locais, que nunca propuseram a Independência em relação a Portugal. A importância da Inconfidência Mineira reside no fato de exprimir a decadência da política colonial e ao mesmo tempo a influência das idéias iluministas sobre a elite colonial que, na prática, foi quem organizou o movimento Museu da Inconfidência AS RAZÕES DO MOVIMENTO Vários foram os motivos que determinaram o início do movimento, reunindo proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares, numa conspiração que pretendia eliminar a dominação portuguesa e criar um país livre no Brasil, em 1789 A Crise Econômica: O século XVIII foi caracterizado pelo brutal aumento da exploração portuguesa sobre sua colônia na América. Apesar de o Brasil sempre ter sido uma colônia de exploração, ou seja, ter servido aos interesses econômicos de Portugal, durante o século XVIII, a nação portuguesa conheceu uma maior decadência econômica, entendido principalmente pelos déficits crescentes frente a Inglaterra, levando-a a aumentar a exploração sobre suas áreas coloniais e utilizando para isso uma nova forma de organização do próprio Estado, influenciado pelo avanço das idéias iluministas, que convencionou-se chamar "Despotismo Esclarecido" Nesse sentido, a política pombalina para o Brasil, normalmente vista como mais racional, representou na prática uma exploração mais racional, com a organização das Companhias de Comércio monopolistas, que atuaram em diversas regiões do Brasil Em Minas Gerais, especificamente, que se constituía na mais importante região aurífera e diamantífera brasileira, o peso da espoliação lusitana se fazia sentir com maior intensidade. A exploração de diamantes era monopolizada pela Coroa desde 1731, que demarcara a região, proibindo o ingresso de particulares em tal atividade. Ao mesmo tempo, as jazidas da região aurífera se esgotavam com muita repidez, em parte por ser o ouro de Aluvião, em parte pelas técnicas precárias que eram empregadas na atividade e esse esgotamento refletia-se na redução dos tributos pagos a Coroa, fixado em "Um Quinto", portanto vinculado à produção. Para a Coroa, no entanto, a redução no pagamento de impostos devia-se a fraude e ao contrabando e isso explica a mudança na política tributária: Em 1750, o
  • 2. quinto foi substituído por um sistema de cota fixa, definido em 100 arrobas por ano (1500 Kg). Como a produção do ouro continuava a diminuir, tornou-se comum o não pagamento completo do tributo e a cada ano a dívida tendeu a aumentar e a Coroa resolveu, em 1763, instituir a Derrama. Não era um novo imposto, mas a cobrança da diferença em relação à aquilo que deveria ter sido pago. Essa cobrança era arbitrária e executada com extrema violência pelas autoridades portuguesas no Brasil, gerando não apenas um problema financeira, mas o aumento da revolta contra a situação de dominação. Soma-se a isso as dificuldades dos mineradores em importar produtos essenciais como ferro, aço e mesmo escravos, produtos esses que tinham seus preços elevados constantemente. Um dos principais exemplos dessa situação foi o "Alvará de proibição Industrial" baixado em 1785 por D. Maria I, a louca, que proibia a existência de manufaturas no Brasil. Os efeitos do alvará foram particularmente desastrosos para a população interiorana, que costumava abastecer-se de tecidos, calçados e outros gêneros nas pequenas oficinas locais ou mesmo domésticas e que, a partir daí, dependeria das tropas que traziam do litoral os produtos importados, por preços muito elevados e em quantidade nem sempre suficiente. Igreja em Vila Rica Influências Externas O ideal Iluminista difundiu-se na Europa ao longo do século XVIII, principalmente a partir da obra de filósofos franceses e teve grande repercussão na América; primeiro influenciando a Independência dos EUA e posteriormente as colônias ibéricas. Ao longo do século XVIII tornou-se comum à elite colonial, enviar seus filhos para estudar na Europa, onde tomaram contato com as idéias que clamavam por direitos, liberdade e igualdade. De volta a colônia, esses jovens traziam não só os ideais de Locke, Montesquieu e Rousseau , mas uma percepção mais acabada em relação a crise do Antigo Regime, representada pela decadência do absolutismo e pelas mudanças que se processavam em várias nações, mesmo que ainda controladas por monarcas despóticos. Outra importante influência que marcou a Inconfidência Mineira foi a Independência das 13 colônias inglesas na América do Norte, que apoiadas nas idéias iluministas não só romperam com a metrópole, mas criaram uma nação soberana, republicana e federativa. A vitória dos colonos norte americanos frente a Inglaterra serviu de exemplo e estímulo a outros movimentos emancipacionistas na América ibérica, incluindo o Brasil. Percebe-se essa influência, através da atitude do estudante brasileiro José Joaquim da Maia que, em Paris, entrou em contato com Thomas Jefferson, representante do governo dos EUA na França, para solicitar o apoio dos norte americanos ao movimento de rebelião contra a dominação portuguesa, que
  • 3. estava prestes a eclodir no Brasil. Em uma das cartas mais famosas de Maia a Thomas Jefferson, o estudante brasileiro escreveu: "Sou brasileiro e sabeis que minha desgraçada pátria geme em um espantoso cativeiro, que se torna cada dia menos suportável, desde a época de vossa gloriosa independência, pois que os bárbaros portugueses nada pouparam para nos tomar desgraçados, com o temor que seguíssemos os vossos passos; ... estamos dispostos a seguir o marcante exemplo que acabais de nos dar... quebrar nossas cadeias e fazer reviver nossa liberdade que está completamente morta e oprimida pela força, que é o único direito que os europeus possuem sobre a América... Isto posto, senhor, é a vossa nação que acreditamos ser a mais indicada para nos dar socorro, não só porque ela nos deu o exemplo, mas também porque a natureza nos fez habitantes do mesmo continente e, assim, de alguma maneira, compatriotas". A CONSPIRAÇÃO Tiradentes A Inconfidência Mineira na verdade não passou de uma conspiração, onde os principais protagonistas eram elementos da elite colonial, homens ligados à exploração aurífera, à produção agrícola ou a criação de animais, sendo que vários deles estudaram na Europa e que organizavam o movimento exatamente em oposição as determinações do pacto colonial, enrijecidas no século XVIII. Além destes, encontramos ainda alguns indivíduos de uma camada intermediária, como o próprio Tiradentes, filho de um pequeno proprietário e que, após dedicar-se a várias atividades, seguiu a carreira militar, sendo portanto, um dos poucos indivíduos sem posses que participaram do movimento. Essa situação explica a posição dos inconfidentes em relação a escravidão, muito destacada nos livros de história; de fato, a maior parte dos membros das conspirações se opunha a abolição da escravidão, enquanto poucos, incluindo Tiradentes, defendiam a libertação dos escravos. As idéias liberais no Brasil tinham seus limites bem definidos, na verdade a liberdade era vista a partir do interesse de uma minoria, como a necessidade de ruptura dos laços com a metrópole, porém, sem que rompessem as estruturas socioeconômicas. Mesmo do ponto de vista político, a liberdade possuia limites. A luta pela independencia incluía ainda a definição do regime político a ser adotado, embora a maioria defendesse a formação de uma República que fosse Federativa, porém não garantia o direito de participação política a todos os homens. Na verdade os inconfidentes não possuíam uma orientação política definida, mas um conjunto de propostas, que tratavam de questões secundárias, como a organização da capital em São João Del Rei ou ainda a criação de uma Universidade em Vila Rica. O movimento conspiratório tornou-se maior após a chegada do Visconde de Barbacena, nomeado novo governador da capitania de Minas Gerais e incumbido de executar uma nova derrama, utilizando-se de todo o rigor necessário para garantir a chegado do ouro a Portugal. De setembro de 1788 em diante, as reuniões tornaram intensas, onde eram alimentadas várias discussões sobre temas variados e o entusiasmo exagerado contrastava com a falta de organização militar para a execução da independencia. Tiradentes e outros membros da conspiração procuravam garantir o apoio dos proprietário rurais, levando suas propostas de "revolução" a todos que, de alguma forma, pudessem apoiar. Um os mineradores contatados foi o coronel Joaquim Silvério dos Reis que, a princípio aderiu ao movimento, pois como a maioria da elite, era um devedor de impostos, no entanto, com medo de ser
  • 4. envolvido diretamente, resolveu deletar a conspiração. Em 15 de março de 1789 encontrou-se com o governador, Visconde de Barbacena e formalizou por escrito a dnúncia de conspiração. Com o apoio das autoridades portuguesas instaladas no Rio de Janeiro, iniciou-se uma sequência de prisões, sendo Tiradentes um dos primeiros a ser feito prisineiro, na capital, onde se encontrava em busca de apoio ao movimento e alguns dias depois iniciava-se a prisão dos envolvidos na região das Gerais e uma grande devassa para apurar os delitos. Num primeiro momento os inconfidentes negaram a existência de um movimento contrário a metrópole, porém a partir de novembro vários participantes presos passaram a confessar a existência da conspiração, descrevendo minuciosamente as reuniões, os planos e os nomes dos participantes, encabeçada pelo alferes Tiradentes. Tiradentes sempre negou a existência de um movimento de conspiração, porém, após vários depoimentos que o incriminava, na Quarta audiência, no início de 1790, admitiu não só a existência do movimento, como sua posição de líder . A devassa promoveu a acusação de 34 pessoas, que tiveram suas sentenças definidas em 19 de abril de 1792, com onze dos acusados condenados a morte: Tiradentes, Francisco de Paula Freire de Andrade, José Álvares Maciel, Luís Vaz de Toledo Piza, Alvarenga Peixoto, Salvador do Amaral Gurgel, Domingos Barbosa, Francisco Oliveira Lopes, José Resende da Costa (pai), José Resende da Costa (filho) e Domingos de Abreu Vieira. Desses, apenas Tiradentes foi executado, os demais tiveram a pena comutada para degredo perpétuo por D. Maria I. O Alferes foi executado em 21 de abril de 1792 no Rio de Janeiro, esquartejado, sendo as partes de seu corpo foram expostas em Minas como advertência a novas tentativas de rebelião.