3. Jack Kerouac
Tornou-se o ídolo de sua
geração quando o romance On
the road foi publicado em 1957.
A viagem de dois amigos, Sal
Paradise e Deam Moriaty, pelos
Estados unidos , boa parte feita
na Rota 66, estrada que liga
Chicago a Los Angeles, traduziu
a visão de mundo de uma
juventude que decidiu
questionar os calores com os
quais tinha sido criada.
4. A linguagem da literatura
A essência da arte literária está na palavra. Usada por escritores e poetas em
todo o seu potencial significativo e sonoro, a palavra estabelece uma
interessante relação entre um autor e seus leitores.
5. O sentido Conotativo ( ou figurado) é aquele que as palavras e
expressões adquirem em um dado contexto, quando o seu sentido literal é
modificado. Nos textos literários, predomina o sentido conotativo. A
linguagem conotativa é característica de textos com função estética, ou seja,
que exploram diferentes recursos lingüísticos e estéticos para produzir um
efeito artístico.
Em textos não literário, o que predomina é o sentido denotativo (ou
literal). Dizemos que uma palavra foi utilizada em sentido literal quando é
tomada em seu significado básico, que pode ser aprendido sem ajuda do
contexto.
6. O poder de explorar sentidos
Quando as palavras assumem no texto literário diferentes significados,
dizemos que ocorre um processo de plurissignificação.
7. Profundamente
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
8. Recursos da linguagem literária: O poder
da imagem.
O poder de sugestão e evocação do texto literário depende da capacidade de
o escritor escolher as palavras capazes de desenhar, para seus leitores, uma
série de imagens. Por meio de reconhecimento e da reelaboração dessas
imagens, o leitor constrói, na sua imaginação uma representação dos mundos
ficcionais apresentados nos textos.
9. sexta-feira, 24 de julho de 2009
15 de Maio de 1905 (Alan Lightman)
"Imagine um mundo em que não há tempo. Somente imagens.
Uma criança à beira do mar, enfeitiçada pela primeira visão que tem do
oceano. [...] Um barco na água à noite, suas luzes tênues na distância, como
uma pequena luz vermelha no céu negro. [...] Uma jovem em um banco, lendo
uma carta, lágrimas de contentamento em seus olhos verdes. [...] Luz do sol, em
ângulos abertos, rompendo uma janela no fim da tarde. [...] O primeiro beijo.
Planetas no espaço, oceanos, silêncio. Uma gota d’água na janela. Uma corda
enrolada. Uma vassoura amarela."
10. Comparações
a comparação, ou símile, baseia-se numa relação de semelhança. São
distintas, porém, na maneira como estabelecem essa relação. As comparações
são um importante recurso do texto literário. Por meio delas, os escritores
procuram traduzir certas emoções, certos modos de ver e sentir.
11. MADRIGAL
Meu amor é simples, Dora
Como a água e o pão.
Como o céu refletido
nas pupilas de um cão.
12. Metáforas: afirmação de semelhanças
inusitadas
Metáfora é uma figura de linguagem em que há o emprego de uma palavra
ou uma expressão, em um sentido que não é muito comum, em uma relação
de semelhança entre dois termos. Metáfora é um termo que no latim, "meta"
significa “algo” e “phora” significa "sem sentido". Esta palavra foi trazida do
grego onde metaphorá significa "mudança" e "transposição".
Metáfora é a comparação de palavras em que um termo substitui outro. É
uma comparação abreviada em que o verbo não está expresso, mas
subentendido. Por exemplo, dizer que um amigo "está forte como um touro".
Obviamente que ele não se parece fisicamente com o animal, mas está tão
forte que faz lembrar um touro, comparando a força entre o animal e o
indivíduo.
13. Livre-arbítrio
Todo mundo é toureiro.
Cada um escolhe o
touro que quiser na vida.
O toureiro escolheu o
próprio
touro.
(Cacaso)
14. O título do poema, “livre-arbítrio”, faz referência ao direito de escolher
nosso próprio caminho. No texto, essa idéia é associada às dificuldades que o
caminho escolhido nos impõe.
Quando afirma que “todo mundo é toureiro”, Cacaso transfere para as
pessoas um comportamento típico de quem enfrenta touros em uma arena:
passar todo o tempo tentando evitar os “ataques” do inimigo, enquanto se
procura derrotá-lo.
Assim, o poema afirma uma semelhança entre a ação de um toureiro e o
modo como as pessoas enfrentam seus enfrentam seus problemas e desafios.
A análise dos dois comportamentos revela a substituição que está na origem
dessa metáfora.