2. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA – UFJF
FACULDADE DE EDUCAÇÃO - FACED
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – PPGE
INFORMAÇÕES
Mestrando:
Clinger Cleir Silva Bernardes
Orientadora:
Profa. Dra. Adriana Rocha Bruno
Linha de pesquisa:
Linguagem, Conhecimento e Formação de Professores
Dissertação de Mestrado
apresentada como requisito
parcial para a obtenção do título
de Mestre em Educação.
3. Material Didático Digital,
o que é?
• Material didático que EXEMPLOS:
visa a aprendizagem e • imagens digitais,
que utiliza como meio de • os vídeos,
propagação os recursos
digitais, disponibilizados • o hipertexto,
na Internet de forma • as animações,
ordenada e sistêmica, • as simulações,
na maioria das vezes • as páginas web,
através de Ambientes • os jogos educacionais,
Virtuais de
Aprendizagem. • textos (arquivos)
4. Questão de Investigação
Como os docentes e designers de
cursos de formação online em
Educação podem formular o desenho
didático de materiais de forma a fazê-
los condizentes com os requisitos
legais da dialogicidade, autonomia e
linguagem própria?
5. Objetivos
Geral:
• Analisar como se realiza o desenho didático em um
curso de educação a distância online e a incorporação
de materiais didáticos a esse desenho.
6. Objetivos
Específicos:
• Identificar diretrizes didáticas à elaboração de
Materiais Digitais para EaD online.
• Refletir sobre o papel do docente em sua relação com
a equipe de produção de materiais didáticos e com as
próprias tecnologias utilizadas para esta produção, em
cursos que partem de iniciativas públicas formais de
Educação em nível superior.
• Propor subsídios metodológicos para a elaboração do
desenho didático de materiais digitais para EaD online
para professores e para as equipes de Produção de
materiais didáticos digitais.
7. Metodologia
• Pesquisa qualitativa com o uso de entrevistas
semiestruturadas.
– Roteiro baseado em critérios de avaliação
utilizados pelo MEC.
– Sujeitos:
• Docentes e Designers com atuação direta na
produção de materiais didáticos digitais para
EaD online em iniciativas públicas de formação
superior.
– Análise fenomenológica das entrevistas.
8. 1 – Estado da Arte
2 - Desenho Didático para a Elaboração
de Materiais Digitais para EaD on-line
CAPÍTULOS
3 - Os parâmetros legais e a realidade
brasileira
4 - A pesquisa de Campo: um olhar
fenomenológico sobre a produção de
materiais digitais para a Educação a
Distância
9. Capítulo 1 - Estado da Arte
• O desenho didático de cursos on-line e o
designer instrucional de Ambientes Virtuais
de Aprendizagem: o que se encontra na
literatura acadêmica brasileira?
• Termos da pesquisa
– Design Instrucional e seus variantes
– Desenho didático
– Ambientes Virtuais de Aprendizagem
10. Estado da Arte
O que revelou?
• Faz-se necessário pesquisas que definam
quais seriam as linhas guias, os parâmetros e
as diretrizes para a produção de Materiais
Didáticos Digitais, que antes de um
idealismo, atendam as características
específicas da EaD apontadas pela ainda
incipiente legislação pertinente a esta
modalidade de ensino.
11. Capítulo 2 - Desenho Didático
Desenho Didático para a Elaboração de
Materiais Digitais para EaD on-line
• arquitetura que envolve o planejamento, a produção
e a operatividade de conteúdos e de situações de
aprendizagem – Marco Silva e Edméa Santos
• conhecimentos múltiplos reunidos sobre uma única
ideia – Kant
• ideais ou linhas guias para elaboração de cursos,
incluindo aí, seus materiais, atividades, as
personagens e seus papéis.
12. Capítulo 2 - Desenho Didático
Desenho Didático para a Elaboração de
Materiais Digitais para EaD on-line
• equipe de produção interdisciplinar;
• Hipertexto como estrutura
• Web-roteiro
13. A POLIDOCÊNCIA
A “totalidade” do trabalho docente
foi dividida tecnicamente em várias
parcelas e atribuídas a
trabalhadores distintos, de modo
interdependente [...] essa equipe
“colaborativa” de trabalhadores da
docência da educação a distância foi
denominada de polidocência.
(MILL, 2006, p. 184)
14. Capítulo 3 – Os parâmetros
legais e a realidade brasileira.
• O que a legislação, no caso os critérios
de avaliação do MEC, querem dizer ao
buscar a autonomia, a dialogicidade e
a linguagem própria no Materiais
Didáticos Digitais de Educação a
Distância online?
15. 3.1 A Dialogicidade e a
autonomia
• Referencial Freireano
• O diálogo e a dialogicidade só podem existir se o
conteúdo do diálogo é significativo para os
participantes. No caso da prática educativa, de acordo
com Paulo Freire, ao refletirmos sobre o conteúdo do
diálogo estamos nos referindo ao conteúdo
programático, pois
“esta inquietação em torno do conteúdo é a
inquietação em torno do conteúdo
programático da educação”
(FREIRE, 2005, p. 96)
16. O que temos de fazer, na verdade, é propor ao
povo, através de certas contradições básicas, sua
situação existencial, concreta, presente, como
problema que, por sua vez, o desafia e, assim, lhe
DIALOGICIDADE
exige resposta, não só no nível intelectual, mas
no nível da ação.
(FREIRE, 2005, p. 100)
A tarefa do educador dialógico é, trabalhando
em equipe interdisciplinar este universo
temático recolhido na investigação, devolvê-lo,
como problema, não como dissertação, aos
homens de quem recebeu.
(FREIRE, 2005, p. 119)
17. 3.1 A Dialogicidade e a
autonomia
• A pedagogia da autonomia é aquela que possibilita,
através de experiências de tomada de decisão, a
mudança responsável de cada um sobre sua
realidade.
• o ser autônomo é aquele que opera a mudança, seja
no aspecto teórico, ideológico, ético ou pragmático, de
forma consciente e engajada (não alienada e não por
ativismo) na sua realidade escolar, como gestor ou
professor, a partir do confronto com situações reais ou
hipotéticas que o motive à tomada de decisão.
18. AUTONOMIA
[A autonomia] enquanto amadurecimento do
ser para si, é processo, é vir a ser. Não
ocorre em data marcada. É neste sentido que
uma pedagogia da autonomia tem de estar
centrada em experiências
estimuladoras da decisão e da
responsabilidade, vale dizer, em
experiências respeitosas de liberdade.
(FREIRE, 2011a, p. 121).
19. 3.2 - A linguagem dos
materiais didáticos digitais
• A contribuição da Sociolinguística e da Filosofia da
Linguagem Bakhtiniana
• o material didático digital já nasce com uma história, já
é imerso no social, carrega e confronta ideologias e
portanto deve ser pensado como estrutura que está
em construção, que se constrói na interação verbal
dos falantes.
20. 3.2 - A linguagem dos
materiais didáticos digitais
• As estruturas devem ser adaptáveis, passíveis de
recontextualização, não cabem modelos fechados de
produtos prontos. Em nossa perspectiva pensamos
em iniciativas que pedem um engajamento, mas do
que um conhecimento de conteúdos.
21. LINGUAGEM PRÓPRIA
A função da língua de estabelecer contatos
sociais e o papel social, por ela
desempenhado de transmitir informações
sobre o falante constitui uma prova cabal de
que existe uma íntima relação entre língua e
sociedade [...] A própria língua como sistema
acompanha de perto a evolução da
sociedade e reflete de certo modo os
padrões de comportamento, que variam em
função do tempo e do espaço.
(LABOV)
22. LINGUAGEM PRÓPRIA
A palavra, como signo, é extraído pelo
locutor de um estoque social de signos
disponíveis, a própria realização deste signo
social na enunciação concreta é inteiramente
determinada pelas relações sociais. [...] A
situação social mais imediata e o meio social
mais amplo determinam completamente e,
por assim dizer, a partir do seu próprio
interior, a estrutura da enunciação.
(BAKHTIN, 1988, p. 115)
23. 3.3 - Formação tecnológica dos
docentes e a formação pedagógica
dos técnicos
• A dialogia acontece quando os sujeitos em interação
podem acrescentar um ao outro conteúdo que os
constitua como seres autônomos.
• A dialogia acontece numa relação entre sujeitos que
mutuamente se reconheçam iguais, uma relação de
pares, e nunca se dará em uma relação na qual um
sujeito se pensa e se coloca como superior ou
diferente do outro ao ponto de torná-los negativamente
desiguais.
24. A dialogia ocorre quando a interação entre
os sujeitos de fato servir à constituição
mútua de ambos, pautada numa relação
DIALOGIA
horizontal, que refute a diretividade de um
sujeito sobre o outro.
(PESCE, 2004, p. 2)