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Unidade 4: Poder, política e
         Estado
       Roberto Mosca Jr
Capítulo 10: Como surgiu o Estado
               moderno
• O Estado absolutista
• O Estado liberal
• Os Estados nacionais XX (O Estado fascista e O
  Estado soviético)
• O Estado de Bem Estar Social.
• Estado Neoliberal.
Nicolau Maquiavel (1469-1527)
•    pensador florentino que rejeitava a tradição idealista de
    Platão, Aristóteles e São Tomas de Aquino, reconhecendo que o
    ponto de partida e de chegada é a realidade concreta. Sua regra
    metodológica é ver e examinar a realidade tal como ela é e não
    como se gostaria que ela fosse. Guiado pela busca da “verdade
    efetiva”, escreveu O Príncipe, defendendo o poder dos reis e
    analisando as condições pelas quais um monarca absoluto é capaz
    de conquistar, reinar e manter seu poder. De acordo com as idéias
    deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu
    território para conseguir a ordem, poderia usar até mesmo a
    violência para atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase:
    "Os fins justificam os meios". O príncipe é um manual de ação
    política, cujo ideal é a conquista e a manutenção do poder. Acredita
    que a paz social depende das características pessoais do príncipe -
    suas virtudes -, das circunstâncias históricas e de fatos que ocorrem
    independentemente de sua vontade – as oportunidades.
Thomas Hobbes (1588-1679):
•   pensador inglês, autor de O Leviatã, que defendia a idéia de que o rei salvou a
    civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população
    deveria ceder ao Estado todos os poderes. Hobbes era um contratualista, afirmava
    que a origem do Estado e/ou da sociedade está num contrato: os homens
    viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização – que somente surgiriam
    depois de um pacto firmado por eles, estabelecendo as regras de convívio social e
    de subordinação política. Para ele, os homens são iguais para que nenhum possa
    triunfar de maneira total sobre outro. O estado de natureza é uma condição de
    guerra, porque cada um se imagina (com razão ou sem)
    poderoso, perseguido, traído. O mais razoável para cada um é atacar o outro em
    busca da honra e da glória (“o homem é o lobo do homem”). Assim, para evitar um
    ataque possível, é necessário um Estado controlando e reprimindo, forçando os
    homens ao respeito e regulando-os para que cada um receba o que o soberano
    determinar. O soberano governa pelo temor que inflige a seus súditos. Sem
    medo, ninguém abriria mão de toda a liberdade que tem naturalmente, se não
    temesse a morte violenta. O Estado, ao resolver as pendências e arbitrar qualquer
    decisão é, portanto, a condição para existência da sociedade.
John Locke (1632-1704)
• filósofo inglês e pai do individualismo liberal, também
  acreditava que cabia ao Estado zelar pela segurança de
  todos, protegendo os indivíduos contra as medidas e
  atos que pudessem subverter seus direitos naturais
  inalienáveis (direito à liberdade, à igualdade, à vida e à
  propriedade).
• Para o autor, estes direitos constituem o cerne do
  Estado liberal cujos principais fundamentos são: o livre
  consentimento dos indivíduos para o estabelecimento
  da sociedade, o livre consentimento da comunidade
  para a formação do governo, a proteção dos direitos de
  propriedade pelo governo, o controle do executivo
  pelo legislativo e controle do governo pela sociedade.
John Locke (1632-1704)
•  O Estado liberal apresentava-se como representante de toda a
  sociedade, como “guardião da ordem”, garantindo a segurança para que
  todos pudessem desenvolver livremente suas atividades. Estabeleceu-se a
  separação entre público e privado.
• Politicamente, o Estado liberal se fundamenta na ideia de soberania
  popular, que se encontra nas constituições liberais, como a do Brasil, na
  qual se lê: “todo poder emana do povo que o exerce por meio de
  representantes eleitos ou diretamente.” Assim, numa eleição, os votantes
  se pronunciam elegendo representantes da vontade popular. Aqui, o
  Parlamento é a instituição central.
• Essas concepções ruíram com a Primeira Guerra Mundial (1914-
  1918), devido à concorrência entre as empresas, provocando o
  desaparecimento das pequenas firmas. A concentração ficou tão grande e
  o capital na mão de tão poucos que a concorrência passou a ser entre
  países e não mais só entre empresas. A “guerra” de mercado transformou-
  se numa guerra entre países e a Primeira Guerra teve origem nessas
  disputas entre as nações européias.
Os Estados nacionais no século XX

• No começo do século XX, o Estado Liberal não
  dava mais conta da realidade e dos interesses da
  burguesia. Começaram, então, a surgir novas
  formas de organização estatal: o Estado fascista e
  o Estado Soviético.
• O Estado fascista foi organizado nas décadas de
  1920 e 1930, primeiro na Itália e depois na
  Alemanha (com o nazismo) e em vários países
  europeus. O Estado soviético decorreu da
  primeira experiência socialista, iniciada em
  1917, na Rússia.
Os Estados nacionais no século XX
• O que distinguia estes dois regimes era o projeto
  político que cada um apresentava. No Estado
  fascista, a participação política significava plena
  adesão ao regime e a seu líder máximo, ninguém
  podia fazer qualquer crítica ou oposição ao
  governo. Já na Rússia, o desafio era criar
  mecanismos          de      participação        dos
  camponeses, operários e soldados, desde que
  fossem organizados no interior do Partido
  Comunista, que era a estrutura política
  dominante. Não havia possibilidade de
  participação política fora desse partido, pois
  somente ele era permitido.
Os Estados nacionais no século XX
• Estas duas forças se confrontaram durante a Segunda Guerra
  Mundial (1939-1945) e no final do conflito, os vitoriosos contra o
  fascismo-nazismo se dividiram em dois blocos: o socialista, liderado
  pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e o
  capitalista, sob o comando dos Estados Unidos.
• Com o processo de globalização e em decorrência de problemas
  internos, a partir de 1985 a URSS entrou em processo de
  dissolução. A queda do muro de Berlim, em 1989, assinalou de
  modo emblemático o fim do Estado soviético e o questionamento
  do poder concentrado num só partido. Essa forma de organização
  continua vigente, com variações, em Cuba, no Vietnã, Coréia do
  Norte e China.
•
O Estado do bem-estar social

• Após a Segunda Guerra, o bloco dos países
  capitalistas tentou reconstruir a economia sob
  uma nova forma de organização estatal chamada
  Estado do bem-estar social ou simplesmente
  Estado social. Este movimento permitia
  enfrentar, por um lado, os movimentos de
  trabalhadores que exigiam melhores condições
  de vida e, por outro, as necessidades do
  capital, que buscava alternativas para a
  construção de uma nova ordem econômica
  mundial diante do bloco socialista.
O Estado do bem-estar social
• O Estado do bem-estar tinha como finalidade e característica básica
  a intervenção estatal nas atividades econômicas, regulando-
  as, subsidiando-as, executando grandes investimentos e
  obras, redistribuindo rendimentos, visando, pelo menos
  teoricamente, o bem-estar da maioria da população. A ideia era
  romper com o princípio do liberalismo que rejeitava qualquer
  função intervencionista do Estado.
• Neste sentido, os capitalistas modernos propunham moradia
  digna, educação básica pública, assistência à saúde, transporte
  coletivo, lazer, trabalho e salário, seguro-desemprego, enfim, um
  mínimo de bem-estar econômico e social. Isso foi feito com
  investimentos maciços por parte do Estado que redimensionava
  suas prioridades para proporcionar trabalho e rendimento à
  população, a fim de que ela se tornasse consumidora. Configurou-
  se a chamada “cidadania do consumidor”, a cidadania entendida
  como um mecanismo de mercado.
O Estado do bem-estar social
• Enquanto isso, nos países periféricos, como os
  da América Latina, surgiram variadas formas
  governamentais      como      as      ditaduras
  implementadas por meio de golpes militares.
  Esses golpes eram deflagrados como se
  fossem constitucionais, ou seja, como se
  estivessem de acordo com a lei.
O Estado neoliberal

• A partir da década de 1970, houve nova
  necessidade de mudança na organização
  estatal. O capitalismo enfrentava vários
  desafios.  As    empresas       multinacionais
  precisavam expandir-se, ao mesmo tempo
  que havia desemprego crescente; os
  movimentos grevistas intensificavam-se.
O Estado neoliberal
• Alguns teóricos achavam que a política social
  estava comprometendo a liberdade do mercado e
  até mesmo a liberdade individual, alem de gerar
  déficits orçamentários para o Estado. Por causa
  disso, o bem-estar dos cidadãos deveria ficar por
  conta deles mesmos, ou seja, os serviços públicos
  deveriam ser privatizados e pagos por quem os
  utilizasse. Defendia-se o Estado mínimo (o que
  propunha o liberalismo), com o mínimo de
  intervenção estatal na vida das pessoas.
O Estado neoliberal
• Nasceu o chamado Estado Neoliberal, cujas
  expressões mais claras foram os governos de
  Margareth Thatcher, na Inglaterra, e de Ronald
  Reagan, nos EUA. Os setores mais atingidos foram
  aqueles que beneficiavam diretamente os
  trabalhadores e os setores marginalizados da
  sociedade,            como             assistência
  social,    habitação,     transportes,      saúde
  pública, previdência e direitos trabalhistas. Em
  contrapartida, os setores mais amparados foram
  as grandes empresas e o sistema financeiro.
O Estado neoliberal
• Os neoliberais reforçavam os valores e o modo de vida
  capitalista como o individualismo, a livre iniciativa, o
  livre mercado, a empresa privada e o poder de
  consumo como realização pessoal.
• Com isso, houve uma presença cada vez maior das
  grandes corporações produtivas e financeiras na
  definição dos atos do Estado, fazendo com que as
  questões políticas passassem a ser dominadas pela
  economia. Além disso, o que era público (comum a
  todos) passou a ser determinado pelos interesses
  privados (particular).
Karl Marx

• Apesar de Marx não ter formulado uma teoria específica
  sobre o Estado e poder, ele teceu alguns comentários sobre
  o tema. No livro A ideologia Alemã (1847), identificou a
  divisão do trabalho e a propriedade privada, geradoras das
  classes sociais, como a base do surgimento do Estado, que
  seria a expressão jurídico-política da sociedade burguesa. A
  organização estatal apenas garantiria as condições gerais da
  produção capitalista. Os dirigentes do Estado moderno
  funcionavam como um comitê executivo da classe
  dominante. O Estado nasceu para refrear os antagonismos
  de classe e, por isso, é o Estado da classe dominante: a
  burguesia.
•
Émile Durkheim

• Como sempre esteve preocupado com a coesão social, para
  Durkheim, o Estado é fundamental numa sociedade que
  fica cada dia maior e mais complexa, devendo estar acima
  das organizações comunitárias. O Estado “concentra e
  expressa a vida social”. Sua função é eminentemente
  moral, devendo realizar e organizar o ideários do individuo
  e assegurar-lhe pleno desenvolvimento. O Estado não é
  antagônico ao individuo, pois foi ele que emancipou o
  indivíduo do controle dos grupos secundários como a
  família, a Igreja e as corporações profissionais, dando-lhe
  um espaço mais amplo para o desenvolvimento de sua
  liberdade.
•
Max Weber

• O tema central da Sociologia política weberiana
  foi: como será possível o indivíduo manter sua
  independência diante da total burocratização da
  vida? Weber afirma que o verdadeiro poder
  estatal está nas mãos da burocracia militar e civil.
  Para ele, o “Estado é uma relação de homens
  dominando         homens”,      mediante          a
  violência, considerada legítima, e “uma
  associação que organiza a dominação.” É
  necessário, portanto, que os dominados
  obedeçam à autoridade. Mas o que legitima esse
  domínio? Para Weber, há três formas de
  dominação legítima:
Max Weber
• Dominação tradicional: legitimada pelos costumes, normas
  e valores e pela “orientação habitual para o conformismo”.
  Ex: patriarcas, príncipes e o fenômeno do coronelismo.
• Dominação carismática: fundada no carisma pessoal (o
  “dom da graça”), do heroísmo ou qualquer qualidade de
  liderança individual. Ex: profetas das religiões, líderes
  militares, heróis revolucionários e lideranças de partido.
• Dominação legal: legitimada pela legalidade decorrente de
  um estatuto, da competência funcional e de regras
  racionalmente criadas. Ex: servidores do Estado.
Populismo (cap.12)
• Na visão de Jaguaribe e Guerreiro Ramos, o
  populismo Varguista tinha um traço marcante na
  liderança carismática. (p.116)
• Já para Weffort, tratava-se de um fenômeno de
  massas e de classes, com certo traço
  manipulador. (p.116)
• Já para Otávio Ianni, foi um fenômeno
  ideologicamente baseado no nacionalismo, com
  uma política que envolvia todas as classes
  sociais, portanto um movimento policlassista.
  (p.116)
A democracia no Brasil (cap.13)
• A política do favor, o clientelismo.
• Pressupõe troca de favores políticos por
  benefícios econômicos.
• Pode ser observada através da distribuição pelo
  poder público de concessões de emissoras de
  rádio e canais de televisão ou financiamentos
  para empresas, sempre na busca de apoio e
  sustentação política de um partido, de uma
  organização ou de uma família no poder.
A democracia no Brasil (cap.13)
• Não ocorre nos setores mais atrasados, mas
  também nos modernos.
• Capitalismo sem risco. (Brasil)
• A economia e outros setores se modernizam
  mas as práticas políticas, com raríssimas
  exceções, se mantém atrasados.
• Ela também aparece no cotidiano, nas
  relações dos indivíduos com o poder público.
A democracia no Brasil (cap.13)
• Ela acontece na busca de ajuda para resolver
  problemas,            emergência          de
  trabalho, saúde, etc. Expressa-se ainda na
  distribuição de verbas assistenciais e nas
  promessas de construção de escolas, postos
  de saúde e de doação de ambulâncias, feitas
  às pessoas ou às instituições por
  Vereadores, deputados e senadores. Tudo
  para render votos futuros.
A democracia no Brasil. (cap.13)
• Nepotismo e Corrupção
• Profissionalismo e impessoalidade. (Weber)
• Manipulação de concursos públicos.
• Emprego ou favorecimento de parente em
  cargos públicos, ainda que seja proibido por
  lei.
• Corrupção é sistêmica e não um problema
  moral pessoal. (tráfico de influências).
A democracia no Brasil (cap.13)
• A despolitização e economia como foco.
• A política se resume a tentativa de
  estabilização monetária, na qual o mercado
  está acima do Estado, o econômico acima do
  político, o especulativo acima do produtivo, e
  o particular acima do geral.
Política Brasileira
• Problema da complexidade da realidade, como é
  difícil     analisar      o      cenário      político
  Brasileiro,        segundo          dos        blocos
  homogêneos, como na política americana
  (Democratas e Republicanos) ou na Europa
  (Liberais e Socialistas), aqui a fidelidade partidária
  pode mudar de tempos em tempos. Os políticos
  trocam de partido de acordo com a
  conveniência, muitas vezes desrespeitando as
  ideologias e posições políticas. Por que alguns
  trocam tanto de partido? Como isso afeta a
  democracia?
Pontos importantes
• Entender que a política não se encerra no Estado, mas
  tem nele a principal figura.
• Saber definir o Estado moderno, ou seja, explicar a
  concentração de elementos essenciais que o
  caracterizam até hoje.
• Analisar numa perspectiva histórica as várias formas de
  Estado existentes.
• Explicitar a ideia de que o Estado não deve ser
  naturalizado.
• A história dele depende da época e da sociedade em
  que se desenvolver; portanto, há várias formas de
  Estado.
Pontos importantes
• Apresentar outras formas de poder que estão
  fora do sistema estatal e imbricadas nele.
  (sociedade disciplinar e a de controle)
• Brasil colonial primeira manifestação de um
  Estado estruturado o Estado absolutista
  português, condicionando as características de
  nossas instituições políticas.O que mudou e o
  que permaneceu deste período.
Educação Política
• Existem muitas formas de alienação, uma delas é
  alienação política expressa em ideias como: a
  “política é uma coisa suja”, “eu não entendo de
  política” ou “eu não me meto em política”.
• É possível fazer política, para além de
  simplesmente desqualificar os políticos e
  governantes? Não valeria mais apreender os
  mecanismos de funcionamento da política para
  questionar e participar?
Temas para prova
• Política no Brasil (Coronelismo)
• Formas de Governo
  (Absolutismo, Liberalismo, Estados Nacionais:
  Nazismo e Estado Soviético e Estado de Bem
  Estar Social e Neoliberalismo.

• Autores: Hobbes, Locke e Weber.
Hobbes, Locke.

• Absolutismo e literatura. Hamlet, 1603 William
  Shakespeare. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hamlet

• Direitos naturais tese do jusnaturalismo.

• Estado de natureza = estado de guerra ( Hobbes). Pacto é
  fundado no medo.

• Locke: estado de natureza = paz ( pacto de consentimento)

• Direitos naturais inalienáveis : a vida a propriedade
  privada.
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• Resposta ao Nazismo e facismo. Aplicados por
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• Estados Neoliberal resposta a crise do Estado
  de bem estar social. Tacher
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• práticas efetivas do governante em relação à
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• Hegemonia do Neoliberalismo. 70’s 80’s e 90’s
  século XX e início do século XXI.

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Origem e evolução dos Estados modernos

  • 1. Unidade 4: Poder, política e Estado Roberto Mosca Jr
  • 2. Capítulo 10: Como surgiu o Estado moderno • O Estado absolutista • O Estado liberal • Os Estados nacionais XX (O Estado fascista e O Estado soviético) • O Estado de Bem Estar Social. • Estado Neoliberal.
  • 3. Nicolau Maquiavel (1469-1527) • pensador florentino que rejeitava a tradição idealista de Platão, Aristóteles e São Tomas de Aquino, reconhecendo que o ponto de partida e de chegada é a realidade concreta. Sua regra metodológica é ver e examinar a realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela fosse. Guiado pela busca da “verdade efetiva”, escreveu O Príncipe, defendendo o poder dos reis e analisando as condições pelas quais um monarca absoluto é capaz de conquistar, reinar e manter seu poder. De acordo com as idéias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem, poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase: "Os fins justificam os meios". O príncipe é um manual de ação política, cujo ideal é a conquista e a manutenção do poder. Acredita que a paz social depende das características pessoais do príncipe - suas virtudes -, das circunstâncias históricas e de fatos que ocorrem independentemente de sua vontade – as oportunidades.
  • 4. Thomas Hobbes (1588-1679): • pensador inglês, autor de O Leviatã, que defendia a idéia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes. Hobbes era um contratualista, afirmava que a origem do Estado e/ou da sociedade está num contrato: os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização – que somente surgiriam depois de um pacto firmado por eles, estabelecendo as regras de convívio social e de subordinação política. Para ele, os homens são iguais para que nenhum possa triunfar de maneira total sobre outro. O estado de natureza é uma condição de guerra, porque cada um se imagina (com razão ou sem) poderoso, perseguido, traído. O mais razoável para cada um é atacar o outro em busca da honra e da glória (“o homem é o lobo do homem”). Assim, para evitar um ataque possível, é necessário um Estado controlando e reprimindo, forçando os homens ao respeito e regulando-os para que cada um receba o que o soberano determinar. O soberano governa pelo temor que inflige a seus súditos. Sem medo, ninguém abriria mão de toda a liberdade que tem naturalmente, se não temesse a morte violenta. O Estado, ao resolver as pendências e arbitrar qualquer decisão é, portanto, a condição para existência da sociedade.
  • 5. John Locke (1632-1704) • filósofo inglês e pai do individualismo liberal, também acreditava que cabia ao Estado zelar pela segurança de todos, protegendo os indivíduos contra as medidas e atos que pudessem subverter seus direitos naturais inalienáveis (direito à liberdade, à igualdade, à vida e à propriedade). • Para o autor, estes direitos constituem o cerne do Estado liberal cujos principais fundamentos são: o livre consentimento dos indivíduos para o estabelecimento da sociedade, o livre consentimento da comunidade para a formação do governo, a proteção dos direitos de propriedade pelo governo, o controle do executivo pelo legislativo e controle do governo pela sociedade.
  • 6. John Locke (1632-1704) • O Estado liberal apresentava-se como representante de toda a sociedade, como “guardião da ordem”, garantindo a segurança para que todos pudessem desenvolver livremente suas atividades. Estabeleceu-se a separação entre público e privado. • Politicamente, o Estado liberal se fundamenta na ideia de soberania popular, que se encontra nas constituições liberais, como a do Brasil, na qual se lê: “todo poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.” Assim, numa eleição, os votantes se pronunciam elegendo representantes da vontade popular. Aqui, o Parlamento é a instituição central. • Essas concepções ruíram com a Primeira Guerra Mundial (1914- 1918), devido à concorrência entre as empresas, provocando o desaparecimento das pequenas firmas. A concentração ficou tão grande e o capital na mão de tão poucos que a concorrência passou a ser entre países e não mais só entre empresas. A “guerra” de mercado transformou- se numa guerra entre países e a Primeira Guerra teve origem nessas disputas entre as nações européias.
  • 7. Os Estados nacionais no século XX • No começo do século XX, o Estado Liberal não dava mais conta da realidade e dos interesses da burguesia. Começaram, então, a surgir novas formas de organização estatal: o Estado fascista e o Estado Soviético. • O Estado fascista foi organizado nas décadas de 1920 e 1930, primeiro na Itália e depois na Alemanha (com o nazismo) e em vários países europeus. O Estado soviético decorreu da primeira experiência socialista, iniciada em 1917, na Rússia.
  • 8. Os Estados nacionais no século XX • O que distinguia estes dois regimes era o projeto político que cada um apresentava. No Estado fascista, a participação política significava plena adesão ao regime e a seu líder máximo, ninguém podia fazer qualquer crítica ou oposição ao governo. Já na Rússia, o desafio era criar mecanismos de participação dos camponeses, operários e soldados, desde que fossem organizados no interior do Partido Comunista, que era a estrutura política dominante. Não havia possibilidade de participação política fora desse partido, pois somente ele era permitido.
  • 9. Os Estados nacionais no século XX • Estas duas forças se confrontaram durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e no final do conflito, os vitoriosos contra o fascismo-nazismo se dividiram em dois blocos: o socialista, liderado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e o capitalista, sob o comando dos Estados Unidos. • Com o processo de globalização e em decorrência de problemas internos, a partir de 1985 a URSS entrou em processo de dissolução. A queda do muro de Berlim, em 1989, assinalou de modo emblemático o fim do Estado soviético e o questionamento do poder concentrado num só partido. Essa forma de organização continua vigente, com variações, em Cuba, no Vietnã, Coréia do Norte e China. •
  • 10. O Estado do bem-estar social • Após a Segunda Guerra, o bloco dos países capitalistas tentou reconstruir a economia sob uma nova forma de organização estatal chamada Estado do bem-estar social ou simplesmente Estado social. Este movimento permitia enfrentar, por um lado, os movimentos de trabalhadores que exigiam melhores condições de vida e, por outro, as necessidades do capital, que buscava alternativas para a construção de uma nova ordem econômica mundial diante do bloco socialista.
  • 11. O Estado do bem-estar social • O Estado do bem-estar tinha como finalidade e característica básica a intervenção estatal nas atividades econômicas, regulando- as, subsidiando-as, executando grandes investimentos e obras, redistribuindo rendimentos, visando, pelo menos teoricamente, o bem-estar da maioria da população. A ideia era romper com o princípio do liberalismo que rejeitava qualquer função intervencionista do Estado. • Neste sentido, os capitalistas modernos propunham moradia digna, educação básica pública, assistência à saúde, transporte coletivo, lazer, trabalho e salário, seguro-desemprego, enfim, um mínimo de bem-estar econômico e social. Isso foi feito com investimentos maciços por parte do Estado que redimensionava suas prioridades para proporcionar trabalho e rendimento à população, a fim de que ela se tornasse consumidora. Configurou- se a chamada “cidadania do consumidor”, a cidadania entendida como um mecanismo de mercado.
  • 12. O Estado do bem-estar social • Enquanto isso, nos países periféricos, como os da América Latina, surgiram variadas formas governamentais como as ditaduras implementadas por meio de golpes militares. Esses golpes eram deflagrados como se fossem constitucionais, ou seja, como se estivessem de acordo com a lei.
  • 13. O Estado neoliberal • A partir da década de 1970, houve nova necessidade de mudança na organização estatal. O capitalismo enfrentava vários desafios. As empresas multinacionais precisavam expandir-se, ao mesmo tempo que havia desemprego crescente; os movimentos grevistas intensificavam-se.
  • 14. O Estado neoliberal • Alguns teóricos achavam que a política social estava comprometendo a liberdade do mercado e até mesmo a liberdade individual, alem de gerar déficits orçamentários para o Estado. Por causa disso, o bem-estar dos cidadãos deveria ficar por conta deles mesmos, ou seja, os serviços públicos deveriam ser privatizados e pagos por quem os utilizasse. Defendia-se o Estado mínimo (o que propunha o liberalismo), com o mínimo de intervenção estatal na vida das pessoas.
  • 15. O Estado neoliberal • Nasceu o chamado Estado Neoliberal, cujas expressões mais claras foram os governos de Margareth Thatcher, na Inglaterra, e de Ronald Reagan, nos EUA. Os setores mais atingidos foram aqueles que beneficiavam diretamente os trabalhadores e os setores marginalizados da sociedade, como assistência social, habitação, transportes, saúde pública, previdência e direitos trabalhistas. Em contrapartida, os setores mais amparados foram as grandes empresas e o sistema financeiro.
  • 16. O Estado neoliberal • Os neoliberais reforçavam os valores e o modo de vida capitalista como o individualismo, a livre iniciativa, o livre mercado, a empresa privada e o poder de consumo como realização pessoal. • Com isso, houve uma presença cada vez maior das grandes corporações produtivas e financeiras na definição dos atos do Estado, fazendo com que as questões políticas passassem a ser dominadas pela economia. Além disso, o que era público (comum a todos) passou a ser determinado pelos interesses privados (particular).
  • 17. Karl Marx • Apesar de Marx não ter formulado uma teoria específica sobre o Estado e poder, ele teceu alguns comentários sobre o tema. No livro A ideologia Alemã (1847), identificou a divisão do trabalho e a propriedade privada, geradoras das classes sociais, como a base do surgimento do Estado, que seria a expressão jurídico-política da sociedade burguesa. A organização estatal apenas garantiria as condições gerais da produção capitalista. Os dirigentes do Estado moderno funcionavam como um comitê executivo da classe dominante. O Estado nasceu para refrear os antagonismos de classe e, por isso, é o Estado da classe dominante: a burguesia. •
  • 18. Émile Durkheim • Como sempre esteve preocupado com a coesão social, para Durkheim, o Estado é fundamental numa sociedade que fica cada dia maior e mais complexa, devendo estar acima das organizações comunitárias. O Estado “concentra e expressa a vida social”. Sua função é eminentemente moral, devendo realizar e organizar o ideários do individuo e assegurar-lhe pleno desenvolvimento. O Estado não é antagônico ao individuo, pois foi ele que emancipou o indivíduo do controle dos grupos secundários como a família, a Igreja e as corporações profissionais, dando-lhe um espaço mais amplo para o desenvolvimento de sua liberdade. •
  • 19. Max Weber • O tema central da Sociologia política weberiana foi: como será possível o indivíduo manter sua independência diante da total burocratização da vida? Weber afirma que o verdadeiro poder estatal está nas mãos da burocracia militar e civil. Para ele, o “Estado é uma relação de homens dominando homens”, mediante a violência, considerada legítima, e “uma associação que organiza a dominação.” É necessário, portanto, que os dominados obedeçam à autoridade. Mas o que legitima esse domínio? Para Weber, há três formas de dominação legítima:
  • 20. Max Weber • Dominação tradicional: legitimada pelos costumes, normas e valores e pela “orientação habitual para o conformismo”. Ex: patriarcas, príncipes e o fenômeno do coronelismo. • Dominação carismática: fundada no carisma pessoal (o “dom da graça”), do heroísmo ou qualquer qualidade de liderança individual. Ex: profetas das religiões, líderes militares, heróis revolucionários e lideranças de partido. • Dominação legal: legitimada pela legalidade decorrente de um estatuto, da competência funcional e de regras racionalmente criadas. Ex: servidores do Estado.
  • 21. Populismo (cap.12) • Na visão de Jaguaribe e Guerreiro Ramos, o populismo Varguista tinha um traço marcante na liderança carismática. (p.116) • Já para Weffort, tratava-se de um fenômeno de massas e de classes, com certo traço manipulador. (p.116) • Já para Otávio Ianni, foi um fenômeno ideologicamente baseado no nacionalismo, com uma política que envolvia todas as classes sociais, portanto um movimento policlassista. (p.116)
  • 22. A democracia no Brasil (cap.13) • A política do favor, o clientelismo. • Pressupõe troca de favores políticos por benefícios econômicos. • Pode ser observada através da distribuição pelo poder público de concessões de emissoras de rádio e canais de televisão ou financiamentos para empresas, sempre na busca de apoio e sustentação política de um partido, de uma organização ou de uma família no poder.
  • 23. A democracia no Brasil (cap.13) • Não ocorre nos setores mais atrasados, mas também nos modernos. • Capitalismo sem risco. (Brasil) • A economia e outros setores se modernizam mas as práticas políticas, com raríssimas exceções, se mantém atrasados. • Ela também aparece no cotidiano, nas relações dos indivíduos com o poder público.
  • 24. A democracia no Brasil (cap.13) • Ela acontece na busca de ajuda para resolver problemas, emergência de trabalho, saúde, etc. Expressa-se ainda na distribuição de verbas assistenciais e nas promessas de construção de escolas, postos de saúde e de doação de ambulâncias, feitas às pessoas ou às instituições por Vereadores, deputados e senadores. Tudo para render votos futuros.
  • 25. A democracia no Brasil. (cap.13) • Nepotismo e Corrupção • Profissionalismo e impessoalidade. (Weber) • Manipulação de concursos públicos. • Emprego ou favorecimento de parente em cargos públicos, ainda que seja proibido por lei. • Corrupção é sistêmica e não um problema moral pessoal. (tráfico de influências).
  • 26. A democracia no Brasil (cap.13) • A despolitização e economia como foco. • A política se resume a tentativa de estabilização monetária, na qual o mercado está acima do Estado, o econômico acima do político, o especulativo acima do produtivo, e o particular acima do geral.
  • 27. Política Brasileira • Problema da complexidade da realidade, como é difícil analisar o cenário político Brasileiro, segundo dos blocos homogêneos, como na política americana (Democratas e Republicanos) ou na Europa (Liberais e Socialistas), aqui a fidelidade partidária pode mudar de tempos em tempos. Os políticos trocam de partido de acordo com a conveniência, muitas vezes desrespeitando as ideologias e posições políticas. Por que alguns trocam tanto de partido? Como isso afeta a democracia?
  • 28. Pontos importantes • Entender que a política não se encerra no Estado, mas tem nele a principal figura. • Saber definir o Estado moderno, ou seja, explicar a concentração de elementos essenciais que o caracterizam até hoje. • Analisar numa perspectiva histórica as várias formas de Estado existentes. • Explicitar a ideia de que o Estado não deve ser naturalizado. • A história dele depende da época e da sociedade em que se desenvolver; portanto, há várias formas de Estado.
  • 29. Pontos importantes • Apresentar outras formas de poder que estão fora do sistema estatal e imbricadas nele. (sociedade disciplinar e a de controle) • Brasil colonial primeira manifestação de um Estado estruturado o Estado absolutista português, condicionando as características de nossas instituições políticas.O que mudou e o que permaneceu deste período.
  • 30. Educação Política • Existem muitas formas de alienação, uma delas é alienação política expressa em ideias como: a “política é uma coisa suja”, “eu não entendo de política” ou “eu não me meto em política”. • É possível fazer política, para além de simplesmente desqualificar os políticos e governantes? Não valeria mais apreender os mecanismos de funcionamento da política para questionar e participar?
  • 31. Temas para prova • Política no Brasil (Coronelismo) • Formas de Governo (Absolutismo, Liberalismo, Estados Nacionais: Nazismo e Estado Soviético e Estado de Bem Estar Social e Neoliberalismo. • Autores: Hobbes, Locke e Weber.
  • 32. Hobbes, Locke. • Absolutismo e literatura. Hamlet, 1603 William Shakespeare. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hamlet • Direitos naturais tese do jusnaturalismo. • Estado de natureza = estado de guerra ( Hobbes). Pacto é fundado no medo. • Locke: estado de natureza = paz ( pacto de consentimento) • Direitos naturais inalienáveis : a vida a propriedade privada.
  • 33. Bem Estar Social. • Resposta ao Nazismo e facismo. Aplicados por governos socialdemocratas. • Estados Neoliberal resposta a crise do Estado de bem estar social. Tacher
  • 34. Estados Neoliberal e do Bem Estar Social. • práticas efetivas do governante em relação à sociedade civil. • Filme Dama de Ferro. • Hegemonia do Neoliberalismo. 70’s 80’s e 90’s século XX e início do século XXI.