2. Apesar de ser contemporâneo ao Realismo e ao Naturalismo, a estética
parnasiana diferencia-se ideologicamente por não se preocupar com a
temática social ou mesmo com a reflexão sobre o homem e sua condição.
3. O racionalismo traduz-se em objetivismo, em rejeição aos excessos
românticos e em crítica ao sentimentalismo. A arte não era um simples
entretenimento, mas a busca da beleza, a arte pela arte.
4. O poeta, alienado socialmente, inspira-se na Antiguidade Clássica, na
mitologia greco-latina como uma forma de negar os princípios do
Romantismo e garantir prestígio entre as camadas mais letradas do Brasil.
5. O artificialismo é uma de suas principais características, valorizando
excessivamente a forma (os sonetos, as rimas ricas, a métrica perfeita),
ostentando um nível vocabular refinado e grande rigor gramatical.
6. O nome Parnasianismo tem origem na Grécia antiga: segundo a lenda,
Parnaso é o nome de um monte da Fócida, consagrado a Apolo e às
musas. É o monte onde nasceu Castália, a musa inspiradora dos poetas.
7. É uma arte excessivamente descritiva, cheia de adjetivos e imagens
poéticas elaboradas. O objetivo maior é o culto à forma na busca de
atingir a perfeição.
8. A mulher no Parnasianismo é vista com objetividade, contrapondo-se às
idealizações românticas. Desta forma, a sensualidade e o amor carnal
eram cultivados pelos parnasianos.
9. O Parnasianismo fez bastante sucesso em sua época, estendendo-se da
década de 80 do século XIX até a Semana de Arte Moderna em 1922. Foi a
poesia “oficial” do Brasil durante longas décadas.
10.
11. Leiamos os poemas “Profissão de fé” (p. 251), “Tercetos” (p. 331) e “A um
poeta” (p. 334)
12. São temas frequentes:
Amor sensual: vazado num erotismo que oscila entre o explícito e
o requintando; mas essa sensualidade não vulgariza o amor, que
sempre aparece como sentimento nobre e transcendente;
A metalinguagem: eleição da própria poesia como tema poético,
está entre as preferências de Bilac.
Um certo decadentismo da vida e das coisas é também uma das
tônicas de sua poesia.