O documento discute a comunhão entre as pessoas na luz da Trindade. Ele argumenta que (1) os relacionamentos definem a pessoa, assim como cada pessoa da Trindade se define mutuamente, (2) a unidade e diversidade na Igreja refletem a unidade e diversidade na Trindade, e (3) assim como há ordem nas relações na Trindade, há ordem esperada nos relacionamentos humanos, como entre homem e mulher, pais e filhos.
3. Gn 1.26-27
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança; tenha
ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as
aves dos céus, sobre os animais domésticos,
sobre toda a terra e sobre todos os répteis que
rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem
à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou”.
4. Gn 1.26-27
O singular e o plural em Deus determinam o
singular e o plural no homem.
Deus é uma comunhão de pessoas e a Sua
imagem no homem também envolve a
comunhão entre os seres humanos.
5. Gn 2.18,21-24
“Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o
homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que
lhe seja idônea. [...] Então, o SENHOR Deus fez
cair pesado sono sobre o homem, e este
adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou
o lugar com carne. E a costela que o SENHOR
Deus tomara ao homem, transformou-a numa
mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal,
é osso dos meus ossos e carne da minha carne;
chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi
tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se
une à sua mulher, tornando-se os dois uma só
carne”.
6. Gn 2.18,21-24
O homem não foi feito para viver sozinho,
assim como Deus nunca esteve só.
A mulher é definida pelo seu relacionamento
com o homem, assim como Pai e Filho se
definem mutuamente.
Unidade e diversidade estão presentes no
relacionamento do homem e da mulher, como
em Deus.
7. Os relacionamentos definem a pessoa
“Como pessoas, nós só somos o que somos em
relação a outras pessoas” (Gunton).
“O Eu existe somente em relação dinâmica com
o Outro [...] O Eu é constituído pela sua relação
com o Outro, [...] ele tem seu ser em seu
relacionamento” (John Macmurray).
“Uma vez que a mutualidade é constitutiva para
o pessoal, segue-se que ‘eu’ preciso de ‘você’
para ser ‘eu mesmo’” (John Macmurray).
8. Os relacionamentos definem a pessoa
“O próprio fato de que Deus, ainda que singular em
natureza, é plural em pessoa, indica que nós não
devemos ver a nós mesmos como indivíduos
isolados que por acaso existem muito próximos de
outros, mas como pessoas relacionais
interconectadas e interdependentes em
comunidade [...] Deus intenta que haja uma
comunidade criada de pessoas na qual há uma
interconexão e interdependência, de tal forma que
o que um faz afeta o outro, o que um precisa pode
ser fornecido pelo outro, e o que um busca realizar
pode ter a assistência do outro” (Ware).
9. Exemplos
Os cônjuges se parecem um com o outro.
Os filhos se parecem com os pais.
Nosso comportamento muda dependendo do
relacionamento que mantemos.
10. Aplicações
A personalidade não é algo estático e imutável,
mas dinâmico.
Relacionamentos com pessoas erradas são
perigosos porque inevitavelmente nós seremos
definidos por esses relacionamentos.
Essa verdade é contrária aos valores do mundo
ocidental: liberdade, autonomia, independência
11. Aplicações de outros aspectos trinitários
A habitação mútua das pessoas divinas nos
ensina que deve haver transparência em nossos
relacionamentos humanos.
O tímido e o extrovertido à luz da comunhão da
Trindade.
Capitalismo e socialismo à luz da comunhão da
Trindade.
Nossa comunhão mútua consiste em amor (Mc
12.31).
13. Unidade e diversidade da Igreja
A unidade da Igreja está alicerçada na unidade
da Trindade (Jo 17.20-23; Ef 4.1-6).
A diversidade da Igreja está alicerçada na
diversidade da Trindade (Ap 5.9,10; 7.9,10).
A diversidade de dons é uma manifestação da
diversidade da Trindade (1Co 12.4-6).
14. Aplicações
Nossa união na Igreja é um testemunho ao
mundo do amor do Pai pelo Filho (Jo 17.20-
23).
Devemos amar os nossos irmãos com as suas
diferenças.
16. Homem e mulher
Assim como Pai e Filho são iguais em essência,
mas se relacionam um com o outro de acordo
com uma ordem de relacionamento, assim
acontece entre homens e mulheres.
Homem e mulher são iguais em essência,
ambos criados à imagem de Deus (Gn 1.26,27) e
herdeiros da mesma graça (1Pe 3.7).
Homem e mulher tem funções diferentes: o
homem é o líder (1Co 11.3) e a mulher a
auxiliadora (Gn 2.18).
17. Homem e mulher na família
O homem é o cabeça da mulher no casamento
(Ef 5.22-33; 1Pe 3.1-7).
Como cabeça, o homem lidera e ama a mulher
como Cristo ama a Igreja.
A mulher se submete ao marido como a Igreja
se submete a Cristo.
18. Homem e mulher na Igreja
O homem é o cabeça da mulher na Igreja (1Co
11.3).
Como cabeça, o homem é quem lidera e ensina
na Igreja (1Tm 3.1-13).
A mulher não pode liderar ou ensinar na Igreja
(1Co 11.2-16; 14.34,25; 1Tm 2.8-15).
19. Pais e filhos
O relacionamento divino entre o Pai e o Filho é
a base para o relacionamento humano entre o
pai e o filho.
Assim como o Pai ama ao Filho, os pais devem
amar seus filhos.
Assim como o Filho honra e obedece ao Pai,
assim os filhos devem honrar e obedecer aos
seus pais.