CURSO A prática psicanalítica com Lacan (conduzido pelo psicanalista Alexandre Simoes – alexandresimoes@terra.com.br)
Proposta: buscaremos percorrer a interlocução que Jacques Lacan estabelece com Freud, enfatizando a prática cotidiana da psicanálise, especialmente no que se refere à condução das demandas contemporâneas que chegam ao analista. Para tal, neste momento, acompanharemos as lições iniciais do Seminário 11 de Lacan, onde são apresentados quatro conceitos fundamentais para a condução de uma análise: inconsciente, repetição, transferência e pulsão.
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 7: Dois aspectos da repetição: Tiquê e Autômaton (referência Seminário 11 – Tique e Autômaton)
1. A prática psicanalítica com Lacan
Coordenação Alexandre Simões
Tema de hoje:
Dois aspectos da repetição:
Tiquê e Autômaton
(referência Seminário 11 – Tique e Autômaton, pp. 55- 65)
ALEXANDRE SIMÕES
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6. Real como encontro:
retoma as observações de Freud sobre o TRAUMA
“... encontro primeiro...”
(cf. Lacan, Seminário 11, p. 56)
7. “Esse real, onde o encontramos?” (Lacan, Seminário 11, p. 55)
“É, com efeito, de um encontro, de um encontro essencial, que se trata no que a psicanálise descobriu — de um encontro marcado, ao qual somos sempre chamados, com um real que escapole”
(Idem, p. 55)
9. Atenção: a repetição que interessa à experiência clínica possibilitada pela psicanálise não coincide com um sentido habitual que podemos dar à noção de repetição
Ou seja: não está em jogo a reprodução do idêntico
10. Automaton -> é a dimensão mais explícita da repetição. Trata- se aqui do retorno, da volta, da insistência dos signos É aquele aspecto da repetição regrado pelo prazer, pelo Princípio de Prazer.
Tiquê-> é uma dimensão menos exposta da repetição. Neste aspecto, situa-se para-além do Automaton.
Lacan nos convida a discernir duas dimensões da repetição:
11. Automaton -> repetição que faz fronteira com o significante (o significante atribui ao sujeito o seu lugar) -> regular, serial, automático -> submetimento
Tiquê-> repetição que faz fronteira com o objeto -> encontro
Mais alguns detalhes:
12. Neste contexto, Lacan afirma que:
há sempre algo pouco claro na repetição, algo meio velado:
(Cf. Seminário 11, p. 52)
14. Real como encontro traumático:
“Não é notável que, na origem da experiência analítica, o real seja apresentado na forma do que nele ha de inassimilável — na forma do trauma, determinando toda a sua sequencia e lhe impondo uma origem na aparência acidental?”
(Jacques Lacan, Seminário 11, p. 57)
15. O Real e o trauma (-> desamparo):
Freud e a brincadeira do
fort-da
16. Prosseguiremos com
Lacan e o retorno a Freud: a Psicanálise ontem e a Psicanálise hoje
Até lá!
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