O documento discute a escuta do psicanalista no hospital e como a clínica no hospital está em sintonia com o lugar do analista na contemporaneidade. Apresenta três hipóteses: 1) a clínica no hospital não deve ser reduzida; 2) a clínica no hospital é síncrona ao lugar do analista hoje; 3) o que está em jogo na clínica hospitalar é uma operação sobre o gozo do paciente.
6. sintoma
perspectiva da
formação de
compromisso =>
dimensão do
interpretável
comporta um modus
operandi da
Psicanálise mais
difundido
perspectiva da
satisfação
substitutiva => o que
não é interpretável
no sintoma ?
conduz a nos
perguntar sobre o
lugar do analista na
contemporaneidade
8. sintoma
perspectiva do
sintoma como
mensagem =>
dimensão do
interpretável
comporta um
modus operandi da
Psicanálise mais
difundido
perspectiva do
sintoma como
significação dada
ao Outro => Outro
do sujeito -> objeto
conduz a nos
perguntar sobre o
lugar do analista
na
contemporaneidade
9. 3 hipóteses
não-redução da
clínica que se faz no
hospital a algo
menor
clínica no hospital
síncrona ao lugar
do analista na
contemporaneidade
nesta clínica, o que
está em jogo é uma
operação sobre o
gozo
14. Gozo : tende mais para aquilo que se tem
do que para quilo que se sente
ou seja, o gozo não é uma fruição
15. Ainda que tenha uma relação com algo que nos
faz rir
origem do gozo -> GAUDERE (ter satisfação, alegrar-se, desfrutar)
-> GAUDIUM (alegria; daí vem o termo ‘gozado’)
16. Nesta
acepção, podemos
localizar a boa
provocação de
Lacan sobre o
gozo, em seu
Seminário XVII:
o gozo é aquilo que começa na
cosquinha e termina na fogueira
17. Gozo : tende mais para aquilo que se tem
do que para quilo que se sente
por isso, o gozo sempre passa
fundamentalmente pelo C
O
R
P
O
18. De qual maneira ?
o gozo só pode ser abordado a partir
de sua perda, de sua marca fugidia:
há uma erosão de gozo produzida no
corpo ... uma boçoroca
19. Assinatura do gozo em um sonho
Uma paciente histérica, com
traços ansiogênicos
marcantes, me fala sobre um
sonho recorrente (que data, no
mínimo da época de sua
graduação; ela se formou há
pouco mais de 5 anos):
ela sente que tem algo dentro
de sua boca, que preenche toda
a boca:
chiclete, macarrão, catarro... Ela
começa a tirar, com
agilidade, aquilo que está
dentro de sua boca. À medida
em que vai saindo, em grande
volume, vai tudo se embolando
em sua mão. É muita coisa...
20. É um sonho de angústia. A paciente acorda aflita do sonho e com alívio
por ter despertado. Outras vezes, vai se lembrar de que teve o sonho, ao
longo do dia, e a sensação é desagradável.
Associações: giram ao redor do que deve ou precisa sair de sua boca. A
paciente diz que agora ela fala mais do que antes, etc. Ou seja: é aí que
se localiza o sujeito.
21. trata-se de um sonho não exatamente
sobre a palavra, mas sobre o
silêncio, sobre isto que
você, desesperadamente, não suporta...
falar muito para não se encontrar com o
silêncio.
Minha intervenção:
22. Clínica da escuta à Cínica do sujeito
PELA INTERSEÇÃO COM A HIPÓTESE ACERCA DA OPERAÇÃO SOBRE O
GOZO, VALE PERGUNTAR:
CONSIDERANDO-SE:
23. de quem é o corpo ?
a que é dado um
corpo ?
que pode um corpo ?
25. F I MObrigado pela atenção!
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ALEXANDRE
SIMÕES
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de autor reservados.
26.
27.
28. • “... O sujeito sobre quem operamos em
psicanálise só pode ser o sujeito da ciência...”
(Lacan, 1966)
• “Por nossa posição de sujeito, sempre somos
responsáveis” (Lacan, 1966)