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Estudos de Coorte
Disciplina: Tópicos Especiais
Professora: Daniela Fagundes
Alunos: Ailton Paris; Dilma
:Evilasio Filho; Joice
Salomão; Luislene.
Estudos de coorte
• O termo coorte é utilizado para designar um grupo de indivíduos que
têm em comum um conjunto de características e que são observados
durante um período de tempo com o intuito de analisar a sua evolução.
• Num estudo de coorte é, inicialmente, agrupado um conjunto de
indivíduos (coorte) que não apresentam o resultado esperado
(outcome), geralmente uma doença, mas que podem vir a apresenta-lo
(população em risco). No início do estudo todos os indivíduos são
classificados quanto aos factores (possíveis factores de risco) que se
pensa possam estar relacionados com o resultado esperado. Os
indivíduos são, então, seguidos por um período de tempo, analisando-
se, depois, quais apresentaram o resultado esperado, geralmente uma
doença.
Estudos de coorte
• Coorte: termo usado na Roma antiga
para definir um grupo de soldados que
marchavam juntos.
• São estudos que acompanham grupos de sujeitos no tempo.
• Apresentam dois objetivos principais: descrever a incidência de
certos desfechos ao longo do tempo e analisar as associações
entre os preditores e esses desfechos.
Estudos de coorte
1. Abordam hipóteses etiológicas produzindo medidas de incidência
e medidas diretas de risco;
2. São chamados de prospectivos, pois partem da observação de
grupos comprovadamente expostos a um fator de risco suposto
como causa de doença a ser detectada no futuro;
3. Essa característica propõe a antecipação das possíveis causas e a
investigação de seus efeitos;
4. Os estudos de coorte têm inicio ao se colocar em foco uma
variável cuja contribuição como fator de risco para determinada
doença deseja-se conhecer, avaliar ou confirmar.
Estudos de coorte
1. VANTAGENS:
• Produz medidas diretas de risco;
• Alto poder analítico;
• Simplicidade de desenho;
• Facilidade de análise.
2. DESVANTAGENS:
• Vulnerável a perdas (attrition bias);
• Inadequado para doenças de baixa frequência;
• Alto custo relativo.
Estudos de coorte
• Desvantagens
• Do ponto de vista puramente científico a maior desvantagem dos
estudos observacionais, nomeadamente os de coorte, é estarem
sujeitos a um muito maior número de viéses ou erros
sistemáticos que os estudos experimentais, uma vez que não se
controla directamente a exposição ao factor em estudo. Um
importante exemplo deste tipo de erros são os factores de
confusão. As pessoas que são expostas a um determinado factor de
risco, provavelmente, diferem do grupo de não expostos com que
são comparados em muitos outros factores para além daquele que
se pretende estudar.
Artigo
Estudos de coorte - Artigo
• Titulo - Incidência de cólica no lactante e fatores associados
• Autores: Maria A.L Saavedra, Juvenal S Dias da Cost, Gilberto Garcias,
Bernado L. Horta, Elaine Tomasi, Rodrigo Mendonça
• Pulicação: Jornal de Pediatria – Vol. 79, N2, 2003 117
• Desenho de Estudo – Coorte
• Objetivo: Estabelecer a incidência de cólica no lactente e seus
determinates.
• Questão norteadora: Quais fatores podem influenciar a incidência de
cólicas no lactentes e fatores associados?
• Método:Recen-nascidos da cidades de Pelotas, RS, com cólicas, possiveis
fatores de risco: classse social, escolaridade martenal, idade dos pais.
Estudos de coorte - Artigo
• Amostra:
As mães no período pós parto, foram convidadas a responder um questionário
padronizado e pré codificado. Foram excluídas as mães que não estavam em
alojamento conjunto por patologias ( ou da mãe ou recém-nascido).
Calculou-se o tamanho da amostra estimando-se a incidência de cólica do
lactente em torno de 30%, uma margem de erro de 3% e com nível de confiança
de 95%. Adicionou-se 20% para possíveis perdas, e assim o tamanho da amostra foi
de 1.100 crianças.
Quando as crianças avaliadas no estudo perinatal completaram três meses,
realizou-se uma visita domiciliar e aplicou-se um questionário padronizado e pré-
codificado às mães, buscando-se informações sobre a saúde da criança. Definiu-
se a criança com cólica como aquela cuja a mãe relatou que chorava mais de três
horas por dia, mais de três dias na semana, durante pelo menos três semanas.
Verificou-se também a ocorrência de fatores que poderiam estar associados a
choro excessivo e que poderiam ser confundido com cólica ( otite media, fraturas,
infecções urinarias). Essas informações foram investigadas em relação a cada um
aos três meses de idade.
Estudos de coorte - Artigo
• VARIAVEIS ULTILIZADAS: As seguintes variáveis foram avaliadas: características
demográficas dos pais (idade, tipo e anos de união, história reprodutiva) e perfil da
relação familiar e também tipo e alteração no relacionamento entre o casal durante
a gestação, reação paterna à notícia da gravidez, alteração no relacionamento
Sexual durante a gestação, como a mãe considerou o apoio do parceiro e da família
à gestação). A qualidade do pré-natal foi avaliada conforme Kessner, modificado por
Take-da20, que combina o número de consultas e o período de início do pré-natal.
Esse critério considera a gestante com mais de cinco consultas, e a primeira até o
quarto mês, como tendo um pré-natal adequado; as mães que iniciam após o sétimo
mês de gravidez e fazem menos de quatro consultas teriam um pré-natal
inadequado. As demais são classificadas como pré-natal intermediário. Avaliou-se
também sexo e peso de nascimento da criança, intercorrências clínicas na gestação
atual, experiência materna anterior com aborto, natimorto ou neonato doente,
aceitação da autoimagem como grávida, tipo de parto, uso de algum tipo de
indução ao trabalho de parto, expectativa e cansaço em relação ao parto e classe
social, de acordo com a classificação proposta pela Associação Brasileira de
Institutos de Pesquisa de Mercado, que utiliza um escore pontuando bens materiais
adquiridos, escolaridade, condições sanitárias e número de empregados domésticos;
e a partir deste escore, categoriza cinco classes. Após as variáveis indicativas de
saúde da criança e da mãe, apresentou-se as variáveis que avaliaram o número de
horas de choro do lactente. Assim, as mães desconheciam o objeto do estudo. Após
as questões referentes à alimentação, a mãe era questionada se seu filho tinha, ou
já havia tido, cólicas, aceitando-se a sua percepção.
Referências bibliográficas
• ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar de;
Epidemiologia & Saúde. – 6 ed. – Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. 728
p.
• Estudo de Coorte. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva -
IESC/UFRJ. Disponível em
http://www.iesc.ufrj.br/cursos/fono/n)%20AT15%20Est%20Coorte.
pdf. Acesso em 29 de maio de 2016.
• Estudo Coorte ELSA Brasil – Disponível em
http://www.elsa.org.br/oelsabrasil.html. Acesso em 29 de maio
de 2016.

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Estudos de Coorte: Incidência e Fatores

  • 1. Estudos de Coorte Disciplina: Tópicos Especiais Professora: Daniela Fagundes Alunos: Ailton Paris; Dilma :Evilasio Filho; Joice Salomão; Luislene.
  • 2. Estudos de coorte • O termo coorte é utilizado para designar um grupo de indivíduos que têm em comum um conjunto de características e que são observados durante um período de tempo com o intuito de analisar a sua evolução. • Num estudo de coorte é, inicialmente, agrupado um conjunto de indivíduos (coorte) que não apresentam o resultado esperado (outcome), geralmente uma doença, mas que podem vir a apresenta-lo (população em risco). No início do estudo todos os indivíduos são classificados quanto aos factores (possíveis factores de risco) que se pensa possam estar relacionados com o resultado esperado. Os indivíduos são, então, seguidos por um período de tempo, analisando- se, depois, quais apresentaram o resultado esperado, geralmente uma doença.
  • 3. Estudos de coorte • Coorte: termo usado na Roma antiga para definir um grupo de soldados que marchavam juntos. • São estudos que acompanham grupos de sujeitos no tempo. • Apresentam dois objetivos principais: descrever a incidência de certos desfechos ao longo do tempo e analisar as associações entre os preditores e esses desfechos.
  • 4. Estudos de coorte 1. Abordam hipóteses etiológicas produzindo medidas de incidência e medidas diretas de risco; 2. São chamados de prospectivos, pois partem da observação de grupos comprovadamente expostos a um fator de risco suposto como causa de doença a ser detectada no futuro; 3. Essa característica propõe a antecipação das possíveis causas e a investigação de seus efeitos; 4. Os estudos de coorte têm inicio ao se colocar em foco uma variável cuja contribuição como fator de risco para determinada doença deseja-se conhecer, avaliar ou confirmar.
  • 5. Estudos de coorte 1. VANTAGENS: • Produz medidas diretas de risco; • Alto poder analítico; • Simplicidade de desenho; • Facilidade de análise. 2. DESVANTAGENS: • Vulnerável a perdas (attrition bias); • Inadequado para doenças de baixa frequência; • Alto custo relativo.
  • 6. Estudos de coorte • Desvantagens • Do ponto de vista puramente científico a maior desvantagem dos estudos observacionais, nomeadamente os de coorte, é estarem sujeitos a um muito maior número de viéses ou erros sistemáticos que os estudos experimentais, uma vez que não se controla directamente a exposição ao factor em estudo. Um importante exemplo deste tipo de erros são os factores de confusão. As pessoas que são expostas a um determinado factor de risco, provavelmente, diferem do grupo de não expostos com que são comparados em muitos outros factores para além daquele que se pretende estudar.
  • 8. Estudos de coorte - Artigo • Titulo - Incidência de cólica no lactante e fatores associados • Autores: Maria A.L Saavedra, Juvenal S Dias da Cost, Gilberto Garcias, Bernado L. Horta, Elaine Tomasi, Rodrigo Mendonça • Pulicação: Jornal de Pediatria – Vol. 79, N2, 2003 117 • Desenho de Estudo – Coorte • Objetivo: Estabelecer a incidência de cólica no lactente e seus determinates. • Questão norteadora: Quais fatores podem influenciar a incidência de cólicas no lactentes e fatores associados? • Método:Recen-nascidos da cidades de Pelotas, RS, com cólicas, possiveis fatores de risco: classse social, escolaridade martenal, idade dos pais.
  • 9. Estudos de coorte - Artigo • Amostra: As mães no período pós parto, foram convidadas a responder um questionário padronizado e pré codificado. Foram excluídas as mães que não estavam em alojamento conjunto por patologias ( ou da mãe ou recém-nascido). Calculou-se o tamanho da amostra estimando-se a incidência de cólica do lactente em torno de 30%, uma margem de erro de 3% e com nível de confiança de 95%. Adicionou-se 20% para possíveis perdas, e assim o tamanho da amostra foi de 1.100 crianças. Quando as crianças avaliadas no estudo perinatal completaram três meses, realizou-se uma visita domiciliar e aplicou-se um questionário padronizado e pré- codificado às mães, buscando-se informações sobre a saúde da criança. Definiu- se a criança com cólica como aquela cuja a mãe relatou que chorava mais de três horas por dia, mais de três dias na semana, durante pelo menos três semanas. Verificou-se também a ocorrência de fatores que poderiam estar associados a choro excessivo e que poderiam ser confundido com cólica ( otite media, fraturas, infecções urinarias). Essas informações foram investigadas em relação a cada um aos três meses de idade.
  • 10. Estudos de coorte - Artigo • VARIAVEIS ULTILIZADAS: As seguintes variáveis foram avaliadas: características demográficas dos pais (idade, tipo e anos de união, história reprodutiva) e perfil da relação familiar e também tipo e alteração no relacionamento entre o casal durante a gestação, reação paterna à notícia da gravidez, alteração no relacionamento Sexual durante a gestação, como a mãe considerou o apoio do parceiro e da família à gestação). A qualidade do pré-natal foi avaliada conforme Kessner, modificado por Take-da20, que combina o número de consultas e o período de início do pré-natal. Esse critério considera a gestante com mais de cinco consultas, e a primeira até o quarto mês, como tendo um pré-natal adequado; as mães que iniciam após o sétimo mês de gravidez e fazem menos de quatro consultas teriam um pré-natal inadequado. As demais são classificadas como pré-natal intermediário. Avaliou-se também sexo e peso de nascimento da criança, intercorrências clínicas na gestação atual, experiência materna anterior com aborto, natimorto ou neonato doente, aceitação da autoimagem como grávida, tipo de parto, uso de algum tipo de indução ao trabalho de parto, expectativa e cansaço em relação ao parto e classe social, de acordo com a classificação proposta pela Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado, que utiliza um escore pontuando bens materiais adquiridos, escolaridade, condições sanitárias e número de empregados domésticos; e a partir deste escore, categoriza cinco classes. Após as variáveis indicativas de saúde da criança e da mãe, apresentou-se as variáveis que avaliaram o número de horas de choro do lactente. Assim, as mães desconheciam o objeto do estudo. Após as questões referentes à alimentação, a mãe era questionada se seu filho tinha, ou já havia tido, cólicas, aceitando-se a sua percepção.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Referências bibliográficas • ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar de; Epidemiologia & Saúde. – 6 ed. – Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. 728 p. • Estudo de Coorte. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC/UFRJ. Disponível em http://www.iesc.ufrj.br/cursos/fono/n)%20AT15%20Est%20Coorte. pdf. Acesso em 29 de maio de 2016. • Estudo Coorte ELSA Brasil – Disponível em http://www.elsa.org.br/oelsabrasil.html. Acesso em 29 de maio de 2016.

Notas do Editor

  1. Luis H.
  2. Lucas
  3. Luis H. Outra definição: São estudos observacionais onde os indivíduos são classificados (ou selecionados) segundo o status de exposição, sendo seguidos para avaliar a incidência de doença.
  4. Larissa