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Os 10 Maiores Problemas
da Educação Básica no Brasil
(e suas possíveis soluções)
Guiomar Namo de Mello
Edição Fatima Ali
agosto de 2003
SUMÁRIO
Os 10 maiores problemas da educação no Brasil
(e suas possíveis soluções)
PÁGINA
3. Gestão: sem eficiência e sem eqüidade 12
1. Cultura escolar elitista: herança imperial 3
2. Visão estratégica: falta 8
10. Defasagem: longe do século XXI 40
9. Despreparo dos professores
8. Qualidade: ainda em discussão 30
7. Fracasso escolar: reprovação, repetência, evasão 24
6. Perigo das “causas nobres” 21
5. Interesses corporativistas 18
4. Desinformação da sociedade 15
33
PROBLEMA NÚMERO 1
CULTURA ESCOLAR ELITISTA
3
4
1. CULTURA ESCOLAR ELITISTA
O primeiro ato oficial de ensino no Brasil
1759: Marquês de Pombal expulsou os jesuítas que ensinavam
o povo e criou as aulas régias, ministradas para os nobres
Uma das primeiras criações de D. João VI
1808: As Reais Academias (ensino superior)
Educação de excelência para poucos
Um sistema de ensino que começou por cima
5
1. CULTURA ESCOLAR ELITISTA
Rico
Estuda na escola básica privada para preparar-se para
a universidade pública e gratuita
Pobre
Estuda na escola básica pública e gratuita e – quando consegue
– ingressa no ensino superior privado
Acordo de cavalheiros entre público e privado
O mercado do ensino privado é restrito na educação
básica e amplo na superior; e vice-versa
Rico estuda em escola pública; pobre na particular
6
Ensinar para a vidaEnsinar para a seleção e para a hierarquia
escolar
Currículo enxuto, contextualizado e por
competências
Currículo enciclopédico, por disciplinas e por
conteúdos
Aprendizagem e direito de aprenderEnsino e liberdade de ensino
Avaliação para aprenderAvaliação do aprendido
Acolhedora, usa a diversidade para ensinar e
incluir a todos
Homogeneizadora e excludente
Igualdade de oportunidade, diversidade de
tratamento
Excelência, exclusiva para a elite
EDUCAÇÃO PARA TODOSEDUCAÇÃO ELITISTA
O confronto atual
1. CULTURA ESCOLAR ELITISTA
7
Soluções
1. CULTURA ESCOLAR ELITISTA
Debate mais amplo na
sociedade e briefing da mídia
sobre a nova escola do século
XXI
Discussão com as
Universidades sobre o que é
relevante
Mudança cultural é lenta.
Deve-se continuar
implementando o novo
currículo; discussões com os
professores sobre a escola
mais adequada para todos
Programas de formação de
diretores e outros gestores
escolares para liderar o
processo de reforma
Implementação da reforma
curricular: cursos,
seminários, debates de
sensibilização do professor
para compreender e aceitar o
novo currículo
Trabalho junto à imprensa:
de educadores e ONGs para
sintonizar com o espírito da
reforma curricular
Reforma curricular: currículo
mais enxuto, prático, aplicado e
significativo para a vida do aluno
Novo Ensino Médio: não é
mais preparação para o
vestibular
Criação do ENEM (Exame
Nacional do Ensino Médio) e do
ENCEJA (Exame Nacional para
Certificação de Competências de Jovens e
Adultos)
Consolidar a universalização
do acesso
Acesso universal à educação:
• Ensino Fundamental:
concluído (gráfico 1)
• Ensino Médio e Educação
Infantil: em curso (gráfico 2)
O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
8
PROBLEMA NÚMERO 2
VISÃO ESTRATÉGICA
Falta
9
Educação não fez parte da agenda estratégica dos governos
No final dos anos 80, quando ficou claro que a reforma do Estado era
necessária para o desenvolvimento sustentável, a educação não foi incluída.
Isso só aconteceu nos anos 90.
Ministérios e Secretarias - moedas de troca política
Descontinuidade.
Desenvolvimento – a educacao não fazia diferença
Mão-de-obra barata e exportação de produtos primários sem valor agregado.
Expansão sem estratégia sustentável
Depois dos anos 30 e principalmente a partir do ciclo desenvolvimentista dos
50, a expansão quantitativa se deu ao sabor de pressões populares, sem
uma estratégia sustentável de revisão da organização e conteúdos da escola.
Centralização e descentralização – ao sabor dos interesses
políticos
Falta de um regime de colaboração; descentralização de encargos, mas não
de recursos financeiros; poder de decisão e verbas federais foram
instrumento de pressão sobre estados e municípios mais pobres; estados e
municípios ricos agiram sem considerar o âmbito nacional, aumentando as
desigualdades regionais.
Clientelismo – gigantismo nas máquinas públicas
O dinheiro ficou na máquina, sem chegar à escola.
Setor público: má gestão das prioridades
2. VISÃO ESTRATÉGICA
10
Setor privado e ONGs: pet projects
Pouca atenção a diretrizes ou orientações nacionais. Cada
um teve suas próprias convicções sobre como deve ser a
educação e seu próprio perfil de projeto.
Acabou assumindo a idéia da esquerda conservadora de
que é “politicamente incorreto” ter lucro com a educação ou
prestar serviços de interesse público com recursos do
estado.
Ainda não está clara a diferença entre responsabilidade
social e caridade filantrópica.
Sociedade civil: não cobra e não fiscaliza
Falta de informação
Setor privado e sociedade
2. VISÃO ESTRATÉGICA
11
Criar tradição de competência e
respeito no uso dos dados
educacionais, tanto na mídia quanto na
vida acadêmica.
Imprensa e sociedade estão começando a
aprender a lidar com estatísticas e indicadores.
Disponibilização de informações para a
sociedade. A internet e outras mídias ajudaram a
disponibilizar o que era domínio do MEC, das
Secretarias e ONGs.
Aprofundar a educação da mídia,
produzir fatos e eventos para sensibilizar
os meios de comunicação.
Mídia começa a aprender a cobrir educação
de modo mais conseqüente.
Cursos e concursos para pessoal de mídia que
cobre educação, promovidos por entidades, induzindo
maior cuidado com as matérias veiculadas.
Superar a política educacional de
oferta descentralizada dos anos 90
por uma nova política que precisa ser
formatada e instrumentalizada para que:
• não dependa apenas das iniciativas
governamentais
• contribua para promover mudanças na
cultura escolar
• dê suporte político para o enfrentamento
do corporativismo
• dissemine informação de qualidade sobre
educação
Grande efervescência de idéias e
propostas no setor, motivadas não só pela
estratégia governamental como pelo pensamento
de instituições e personalidades, nacionais e
internacionais, que reconhecem e recomendam o
valor estratégico da educação.
Ampliação do número de ONGs e empresas
preocupadas com relevância, escalabilidade e
sustentabilidade de seus projetos.
Jovens profissionais de outras áreas estão
se interessando por educação.
O MEC criou um padrão de atuação, colocando
em prática pela primeira vez uma estratégia coerente
de políticas governamentais de oferta descentralizada.
Plantou-se a semente de uma nova matriz de
política, na qual Estado, sociedade e mercado sejam
parceiros e o Estado atue como a parte que é tanto
mais insuficiente quanto necessária.
Iniciativas de responsabilidade social de
empresas e entidades do terceiro setor foram
formatadas e postas em prática: Instituto Razão Social,
por exemplo.
Fortalecer os canais de
participação da sociedade, ainda
incipientes.
Reformulação das visões e estratégias
dos diferentes setores, induzida pela atuação do
MEC.
Educação colocada na agenda da reforma do
Estado, por continuidade e visão política. Pela primeira
vez na história houve um ministro por mais de 3 anos.
Dar curso político e institucional às
questões equacionadas com a LDB, o
FUNDEF e as políticas de oferta
descentralizada.
Instâncias de acordo se reposicionando
(CONSED e UNDIME) em função do novo
governo. A prática do regime de colaboração
ainda não está clara.
O regime de colaboração está legalmente
consolidado pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e
o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério). As instâncias de acordo e coordenação de
políticas foram fortalecidas: CONSED (Conselho
Nacional de Secretários de Educação) e UNDIME
(União Nacional dos Dirigentes Municipais de
Educação). Agora é a prática política.
O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
2. VISÃO ESTRATÉGICA
Soluções
12
PROBLEMA NÚMERO 3
GESTÃO PÚBLICA
Sem Eficiência e Sem Eqüidade
13
Dificuldade de praticar o princípio federativo e a divisão de
tarefas
União: Ensino Superior, coordenação nacional e função
redistributiva e supletiva na educação básica
Estado: Ensino Fundamental, principalmente de quinta a oitava
séries e Ensino Médio. Mas não há um estado do país que não
tenha universidades estaduais
Município: Educação Infantil e Ensino Fundamental
Falta de coordenação nacional
e falta de apetite político do MEC para formular e liderar políticas
Congresso e legislativos estaduais e municipais não
cumprem seu papel
de fiscalização da gestão dos sistemas de ensino
Iniqüidade no financiamento
Custo aluno no Ensino Superior público é mais que o dobro do
custo aluno na educação básica
3. GESTAO PÚBLICA
União, Estado e Município não se entendem
14
Soluções
3. GESTÃO PÚBLICA
“Empowerment” de
comunidades e famílias para
cobrar “accountability”.
Cultura de avaliação e
“accountability”: está sendo
construída aos poucos.
Sistema de avaliação nacional do
rendimento escolar. Pela primeira vez o
país tem um. Tem ainda um sistema de
indicadores estatísticos confiáveis.
Enfrentar o corporativismo do
setor público na educação.
Valorizar a profissionalização
dos quadros da educação.
Cursos de preparação de
gestores educacionais
Iniciou-se a profissionalização de
quadros da administração federal e a
formação continuada de diretores e outros
gestores escolares, para tornar a escola
“accountable”.
Fortalecer a cultura da
avaliação
Fortalecer e valorizar a
descentralização responsável
da gestão, principalmente a
que transfere encargos e
recursos ao município.
O MEC assumiu de fato um papel
estratégico: coordenação nacional,
avaliação e normatização.
Fortaleceram-se as instâncias de
negociação e coordenação políticas:
CONSED - Conselho Nacional dos
Secretários da Educação; UNDIME - União
dos Dirigentes Municipais de Educação.
Ampliar e fortalecer as formas
de controle no legislativo e nas
organizações sociais.
Transparência do finaciamento
FUNDEF está facilitando a
fiscalização por parte dos
legislativos e da sociedade.
O dinheiro vai para onde está o aluno
O FUNDEF deu objetividade ao regime de
colaboração.
FUNDEF: instrumento de gestão, além de
redistribuir (equidade) e racionalizar
(eficiência) o financiamento.
O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
15
PROBLEMA NÚMERO 4
DESINFORMAÇÃO DA SOCIEDADE
16
4. DESINFORMAÇÃO DA SOCIEDADE
A mídia confunde o episódico com o estrutural, a aparência com
a essência, a causa com o efeito: uma escola assaltada vale
mais do que toda a repetência daquele ano.
O governo usa a mídia para se promover.
São escolas multisseriadas e unidocentes e
representam apenas 4% da matrícula.
20 mil escolas sem banheiro
Absenteísmo dos professores não aparece no
jornal.
Destaque para a falta de merenda
“Caindo” de onde? Qual a referência?Qualidade do ensino está “caindo”
O professor trabalha 20 horas de 45 minutos por
semana; tem 45 dias de férias; aposenta-se com
25 anos de serviço, além de outras vantagens
ditas “não-pecuniárias”.
O professor é um coitadinho, ganha menos que
outros profissionais
A REALIDADEA INFORMAÇÃO
17
Soluções
4. DESINFORMAÇÃO DA SOCIEDADE
Promover debates e
sensibilização para haver
menos apego a factóides e
mais transparência na gestão
educacional
Maior preparo dos gestores
de política pública para lidar
com os meios de informação
Campanhas de informação à
opinião pública para fortalecer o
senso crítico na leitura da mídia
Disponibilização de dados e
informações relevantes e
confiáveis (site e publicações do
MEC e de várias secretarias
estaduais)
Ampliar e consolidar trabalho
junto aos distintos veículos e
profissionais de mídia
ONGs têm iniciativas para dar
formação aos profissionais de
mídia
O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
PROBLEMA NÚMERO 5
INTERESSES CORPORATIVISTAS
18
19
Empreiteiras e corporação de
professores
A repetência incha o sistema, dando a ilusão de que faltam
escolas. Mais alunos, mais prédios e mais vagas para professores.
Corporação dos professoresFragmentação curricular. Matemática foi dividida com geometria;
artes com desenho geométrico: necessidade de mais professores,
salários menores para o conjunto.
Encurtamento e fragmentação do tempo de ensino e
aprendizagem: 3 a 4 horas de aulas diárias em vez de 5 ou 6;
maior número de aulas, aulas mais curtas, crianças menos tempo
na escola.
A carreira de magistério é cartorial: isonomia, direitos
adquiridos, aposentadoria com 25 anos. Se o aluno aprende ou
não, tanto faz para os professores. Os benefícios são os mesmos.
Corporação acadêmicaA formação do professor tem que se sujeitar ao Ensino
Superior disciplinarista e não à necessidade do currículo.
Psicopedagogos
fundamentalistas, seus
promotores e editores.
Disputas de métodos de alfabetização. Só os teóricos insistem
no método único ideal. Na prática, o bom professor diversifica,
adapta, mistura, improvisa.
A QUEM INTERESSAO PROBLEMA
5. INTERESSES CORPORATIVISTAS
Exemplos históricos
20
Soluções
5. INTERESSES CORPORATIVISTAS
Fortalecer e disseminar cultura
de avaliação de resultados e
incentivos.
“Empowerment” das
comunidades e famílias para
fiscalizar e cobrar resultados
nas escolas.
Estudos de novas estruturas de
carreira para permitir avaliação de
resultados e incentivos.
Estudos de alternativas como as
Charter Schools americanas.
Avaliação de resultados e
incentivos em alguns estados
ou municípios.
Preservação do recurso
vinculado para salários dos
ativos.
Incentivar criação de ISEs nas
universidades
Enfrentar as Instituições de Ensino
Superior e implementar o novo
sistema de formação de professores.
Criação do ISE - Instituto
Superior de Educação
Diretrizes nacionais para
carreira e revisão do sistema
de formação de professores.
Esclarecer a sociedade sobre
carreira e salário de professores
e outros aspectos do
funcionamento da escola.
Reorganização de todas as
estatísticas para ter
indicadores confiáveis da
demanda.
Mudanças na carreira para ter
avaliação de resultados e
incentivos diferenciados.
Reforma da Previdência para
separar salários de ativos e inativos e
não onerar o recurso vinculado com
aposentadorias.
Criação do FUNDEF
reservando 60% para salário e
formação de professores.
O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
21
PROBLEMA NÚMERO 6
O PERIGO DAS “CAUSAS NOBRES”
22
Se um secretário da Saúde dissesse isso sobre
a sua área, para uma platéia medianamente
educada, seria aplaudido?
“Educação se faz com afeto”
Dobrar turno não é produtivo. Escola ruim em
dobro é pior; é preciso primeiro melhorar a média
das escolas para depois ter uma estratégia
progressiva de aumentar o tempo de
permanência.
Tempo integral para as crianças na escola,
para que ela tenha um atendimento integral
Dividir os recursos com mais alunos. Em vez
de oito gerações, serão nove. Ingresso mais
precoce é bom, mas não precisa de mais um ano.
Basta estabelecer que o Ensino Fundamental vai
dos 6 aos 13 anos. Oito anos com jornada diária
de 5 horas de efetivo trabalho escolar é mais do
que 9 anos com 3 horas.
Ensino Fundamental de 9 anos para colocar
todas as crianças de seis anos na escola
O PERIGOA “CAUSA NOBRE”
6. O PERIGO DAS “CAUSAS NOBRES”
23
Sensibilizar os “papas” da
mídia para o problema da
informação sobre educação e
da vulnerabilidade da área
para o estelionato ideológico
Mostrar a verdade por trás
das informações distorcidas
ou incompletas
Linguagem nova por parte de
alguns veículos - uma forma
diferente de informar, como a
FVC e a revista ESCOLA
Informar cada vez melhor a
opinião pública
Debate permanente no setorSistema de informações
confiáveis é a base para
desmistificar
O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
Soluções
6. O PERIGO DAS “CAUSAS NOBRES”
24
PROBLEMA NÚMERO 7
FRACASSO ESCOLAR
25
7. FRACASSO ESCOLAR
Até os anos 90: indicadores entre os piores do mundo
Ensino Médio – 1 milhão de novos alunos por ano
e idade média de ingresso caiu de 17 para 15,
indicador indireto de que os concluintes do
Fundamental estão indo para o Médio
Por isso não iam para o Ensino Médio, iam direto
para o mercado de trabalho
A escolaridade média da força de trabalho subiu
para 6.4 anos
A escolaridade média da força de trabalho era
5,3 anos
No Ensino Médio, atendimento à população na
série correta é de 45%
No Ensino Médio, atendimento à população na
série correta (35%) era metade da observada em
países de desenvolvimento semelhante, como
Argentina, Chile e México
Tempo médio atual é de 9.7 anosQuando conseguiam, o tempo médio era de 12
anos
Já está em 60% a taxa dos que concluem o
Ensino Fundamental na idade certa
Mais da metade (52%) dos que iniciavam não
conseguiam concluir o Ensino Fundamental na
idade correta
DADOS DE 2002ATÉ OS ANOS 90
26
Critérios de avaliação inadequados
As crianças são comparadas com padrões absolutos; não se
leva em conta o progresso individual; não se pensa no ano
seguinte como continuidade do anterior. A criança reprovada
começa tudo de novo.
Da quinta série em diante, um aluno que reprova em
Matemática, mas passa em todas as outras matérias, começa
de novo, inclusive nas matérias em que passou.
As estatísticas mostram uma altíssima correlação entre repetir
e desistir da escola. Portanto, a evasão é em grande parte
causada pela repetência.
7. FRACASSO ESCOLAR
27
Para entrar na primeira série tem que estar com a “prontidão”
concluída; para passar para a segunda tem que ter chegado
num ponto arbitrário fixado pelo professor ou pela escola; o
Ensino Fundamental prepara para o Ensino Médio e este só
serve para preparar para o vestibular.
A pedagogia e a didática são longínquas da realidade do aluno.
7. FRACASSO ESCOLAR
A escola prepara para continuar na escola, não para a vida
28
Prejuízo da auto-estima do povo brasileiro
Estigmatizado como incapaz de aprender a ler, escrever e
fazer as quatro operações
Quanto custa o prejuízo de uma força de trabalho e uma
cidadania assim constituídas?
O país investe em média quase 10 anos para cada aluno
que conclui os 8 anos do Ensino Fundamental
Convivem nas oito séries do Ensino Fundamental coortes
(número de nascidos num determinado ano) de pelo menos
20 anos seguidos, onerando com isso o uso do espaço, do
tempo, dos recursos humanos e didáticos.
Com esse dinheiro, daria para financiar programas de
qualidade na área de formação de professor e produção de
recursos de ensino que resolveriam, a médio prazo, a nossa
crise qualitativa.
7. FRACASSO ESCOLAR
Conseqüências catastróficas
29
Informar a opinião pública
sobre os malefícios da repetência
e da cultura elitista e sobre o que
está sendo feito.
Ineficiência e ineficácia da repetência
comprovadas pelo SAEB e sistemas
estaduais de avaliação.
Continuar sensibilizando os
professores para a necessidade
de mudar a cultura.
Implementação de cursos de
formação inicial em nível superior,
de acordo com a reforma feita.
Está começando.
Revisto o sistema de formação inicial de
professores em nível superior.
Avaliar, ampliar, consolidar e
promover melhorias no que foi
iniciado.
Incentivos para escolas que
desenvolvem projetos bem
sucedidos de diminuição da
repetência e evasão.
Regularização do fluxo escolar
Subsídios de diferentes tipos
elaborados pelo MEC, CNE e sistemas:
Diretrizes e Parâmetros Curriculares,
materiais, programas de educação
continuada para professores, bibliotecas,
avaliação do livro didático, materiais e
capacitação para classes de aceleração.
Inventariar e documentar tudo
o que está sendo feito, pois são
ações dispersas em 27 estados e
mais de 3 mil municípios.
Ações para prevenir o
fracasso: ciclagem do período
escolar, revisão dos critérios de
avaliação, programas de
capacitação em serviço dos
professores.
LDB abriu todas as possibilidades no
plano normativo: flexibilidade, direito de
aprender, consideração pela experiência
do aluno, ensino prático, que faz sentido
para a vida; autonomia e avaliação para
estados, municípios e escolas.
O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
Soluções
7. O FRACASSO ESCOLAR
30
PROBLEMA NÚMERO 8
QUALIDADE
Ainda em Discussão
31
Nenhum país construiu educação de qualidade sem garantir
acesso para todos
Enquanto política pública, uma educação de minoria, mesmo
dita de excelência, não é de qualidade
E a escola de elite nem era tão boa: produzia bacharéis, arautos
da cultura livresca, quando o país precisava de cientistas,
criadores, engenheiros, empreendedores
Hoje a má qualidade ficou visível: impossível não reconhecer
que o rei está nu
População homogênea não existe mais
É preciso aprender a trabalhar com a diversidade
O professor é a chave de tudo
8. QUALIDADE
A qualidade “caiu” de onde?
32
Consolidar e ampliar as
medidas de melhoria, tanto na
formação do professor como na
produção de recursos de apoio
didático para a sala de aula.
Implementação do que já foi
feito
Novas Diretrizes e
Parâmetros Curriculares
Inventar novos modelos e
formas de provisão do livro
didático e de bibliotecas.
Avaliação do Livro Didático
Ampliar e diversificar a
produção de materiais para o
professor.
Produzir e implementar
modelos de gestão escolar
voltados para aprendizagens
relevantes.
Educação continuada para
professores
Experiências de gestão
voltada para sucesso
Novos materiais para
professores e/ou alunos –
Aceleração, OFÍCIO DE
PROFESSOR
Cursos e materiais para
gestores
O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
Soluções
8. QUALIDADE
33
PROBLEMA NÚMERO 9
DESPREPARO DO PROFESSOR
34
9. DESPREPARO DO PROFESSOR
Nunca tivemos um sistema coerente de formação de
professores
O curso superior para professor dos anos iniciais do Ensino
Fundamental não ensina conteúdos que ele precisa ensinar
porque não há onde formar esse professor polivalente num
Ensino Superior dividido em departamentos por disciplinas.
O professor especialista por disciplina aprende um excesso de
conteúdos (quando aprende) e nada de didática e pedagogia.
No Ensino Superior não há uma instituição dedicada
especificamente à formação de professores
Na França: École Normale Superieure; países hispano-
americanos: Instituto de Formación Docente; Alemanha:
Studient Seminar; países anglos: Teachers College.
A maior parte dos professores é formada em escolas
particulares de má qualidade
A qualidade desses cursos passou a ter algum controle há
pouco tempo.
Um modelo de formação distorcido
35
1ª- 4ª série 5ª- 8ª séries Ensino Médio
O professor polivalente de primeira a quarta séries e o professor
especialista em uma disciplina de quinta a oitava e do Ensino
Médio dividem a vida escolar dos alunos de modo artificial.
De quinta a oitava e no Ensino Médio cada disciplina torna-se
um feudo.
Impossível trabalho interdisciplinar, priorização de conteúdos
básicos.
Isso afeta a organização escolar de modo nocivo, dificultando
gestão racional do tempo e do espaço.
9. DESPREPARO DO PROFESSOR
Mundos que não se encontram
36
Os cursos de formação de professores adotam uma cultura
pedagógica e didática baseada numa clientela escolar ideal e
homogênea social e culturalmente. Mas a realidade na qual o
professor vai trabalhar tem, cada vez mais, uma clientela
heterogênea, diversificada social, cultural e economicamente.
9. DESPREPARO DO PROFESSOR
Os professores não sabem ensinar crianças diferentes do aluno ideal
37
Formalismo e cartorialismo
A estrutura da carreira é baseada no tempo de serviço e, mais
recentemente, por formação. Basta ficar ali para ir ganhando
promoções.
Não há nenhum incentivo por resultados. Pelo princípio da
isonomia, todos ganham a mesma coisa.
O movimento do magistério ao longo de décadas “trocou”
salário por “vantagens não-pecuniárias”: aposentadoria aos 25
anos de serviço, 12 faltas abonadas por ano, 3 meses de
licença-prêmio a cada 5 anos; qüinqüênios, jornada de trabalho
mais curta, férias mais longas
Há mais professores do que o necessário
Fragmentação curricular
Alunos fantasmas
Multiplicação de turmas e turnos, com menos alunos por
classe, para gerar mais postos de trabalho para professor
9. DESPREPARO DO PROFESSOR
Carreira com vícios do setor público
38
O professor não sabe ensinar ao aluno real porque não
aprendeu. Isso causa insegurança, que leva a culpar sempre a
criança e a família pelo fracasso
A estigmatização é constante: profecia que se auto-realiza
(desde o início do ano, o professor já “prevê” os que vão
fracassar e estes de fato fracassam!)
Falta de incentivos leva ao desânimo e acomodação.
Os mais jovens, mais dinâmicos, que querem melhorar, são
malvistos e ficam “no gelo” na escola.
Sindicalismo tem sido motor eleitoral: há vários senadores e
deputados que saíram do movimento de professores.
Escola pública é vista como favor, não como direito.
Professor é visto como vítima, não como alguém que está ali
para prestar o melhor serviço possível.
Família não tem capacidade para fazer cobranças qualificadas.
9. DESPREPARO DO PROFESSOR
Valores e atitudes que nenhum empregador aceita
39
IS0 9000 da Formação de Professores:
melhoria de qualidade dos cursos de
formação existentes com os seguintes
componentes:
• sistema de credenciamento de
instituições e cursos privados;
• financiamento da demanda por cursos
de formação docente, com recursos
públicos para escolas privadas, desde
que estas satisfaçam os critérios de
credenciamento de qualidade;
• financiamento de formação de
formadores de professores, porque o
Brasil tem falta de docentes de
qualidade para cursos de formação
docente.
Avaliação e certificação dos
professores em exercício
Aumentar e diversificar a produção de
material para os cursos de formação
inicial e continuada de professores.
Criação dos ISEs (Institutos
Superiores de Educação). Pela
primeira vez, o país vai ter escolas
superiores dedicadas exclusivamente
à formação de professores.
Novo currículo de formação de
professores está sendo
implementado.
Programas de educação
continuada estão atingindo um
número expressivo de professores.
Cursos de certificação para
professores que não têm o nível
superior (100 mil já mencionados,
mais de 10 mil usando OFÍCIO DE
PROFESSOR).
Metodologia e materiais estão
sendo criados por vários cursos de
certificação, para uso em larga
escala.
Novas normas para os
cursos de formação. Mas
sua implementação vai
demorar, e os resultados
mais ainda.
Diretrizes para carreira de
professores como condição
para receber recursos do
FUNDEF.
O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
9. DESPREPARO DO PROFESSOR
Soluções
40
PROBLEMA NÚMERO 10
DEFASAGEM
Longe do Século XXI
41
Superar a herança imperial (escola para poucos; acadêmica,
enciclópedica e distante da vida), para ter uma educação
democrática, que outros países já tinham no início do século XX
Sintonizar a educação com as demandas da sociedade do
conhecimento do final do século XX e início do XXI
Qualificação para o exercício da cidadania
Aprender a aprender
Acessar, processar e dar sentido à informação
Resolver problemas
Trabalhar em grupo
10. DEFASAGEM
Dois grandes desafios
42
70% das carreiras que serão importantes ainda estão para surgir
O conhecimento estará dobrando a cada 73 dias
(hoje isso acontece a cada 5 anos)
O pensamento sistêmico, consagrado pela ecologia, será tão ou
mais importante que o pensamento analítico, consagrado pelo
paradigma científico tradicional
O binômio nacional-internacional já terá sido substituído pelo
binômio local-global
A maior parte da mão-de-obra terá migrado das grandes
corporações para as pequenas e destas para a empresa-pessoa
A triste divisão entre as nações ricas e pobres poderá ser
substituída pela trágica divisão entre as que sabem e as que não
sabem.
Num mundo em que daqui a 20 anos…
10. DEFASAGEM
43
Viabilizar o uso dos
recursos do FUST
Inclusão digital do
professor deve ter
prioridade; e que o
financiamento de
computadores para
professores é estratégico
Inclusão digital do professor.
Sendo promovidas por alguns
cursos de formação inicial de
nível superior e por iniciativas
de corporações como IBM,
INTEL, Telefônica, entre
outras.
Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações
(FUST) reservou recursos para
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Castells
45
93
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93
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1992 1999
1º quinto
20% mais pobres
2º quinto3º quinto4º quinto5º quinto
20% mais ricos
Porcentagem
CRESCEU O ACESSO DAS CRIANÇAS POBRES À ESCOLA
Freqüência na escola de crianças de 7 a 14 anos
por níveis de renda
46
-
5
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1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015
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Os 10 maiores problemas da educação básica no brasil (e suas possíveis soluções)

  • 1. Os 10 Maiores Problemas da Educação Básica no Brasil (e suas possíveis soluções) Guiomar Namo de Mello Edição Fatima Ali agosto de 2003
  • 2. SUMÁRIO Os 10 maiores problemas da educação no Brasil (e suas possíveis soluções) PÁGINA 3. Gestão: sem eficiência e sem eqüidade 12 1. Cultura escolar elitista: herança imperial 3 2. Visão estratégica: falta 8 10. Defasagem: longe do século XXI 40 9. Despreparo dos professores 8. Qualidade: ainda em discussão 30 7. Fracasso escolar: reprovação, repetência, evasão 24 6. Perigo das “causas nobres” 21 5. Interesses corporativistas 18 4. Desinformação da sociedade 15 33
  • 3. PROBLEMA NÚMERO 1 CULTURA ESCOLAR ELITISTA 3
  • 4. 4 1. CULTURA ESCOLAR ELITISTA O primeiro ato oficial de ensino no Brasil 1759: Marquês de Pombal expulsou os jesuítas que ensinavam o povo e criou as aulas régias, ministradas para os nobres Uma das primeiras criações de D. João VI 1808: As Reais Academias (ensino superior) Educação de excelência para poucos Um sistema de ensino que começou por cima
  • 5. 5 1. CULTURA ESCOLAR ELITISTA Rico Estuda na escola básica privada para preparar-se para a universidade pública e gratuita Pobre Estuda na escola básica pública e gratuita e – quando consegue – ingressa no ensino superior privado Acordo de cavalheiros entre público e privado O mercado do ensino privado é restrito na educação básica e amplo na superior; e vice-versa Rico estuda em escola pública; pobre na particular
  • 6. 6 Ensinar para a vidaEnsinar para a seleção e para a hierarquia escolar Currículo enxuto, contextualizado e por competências Currículo enciclopédico, por disciplinas e por conteúdos Aprendizagem e direito de aprenderEnsino e liberdade de ensino Avaliação para aprenderAvaliação do aprendido Acolhedora, usa a diversidade para ensinar e incluir a todos Homogeneizadora e excludente Igualdade de oportunidade, diversidade de tratamento Excelência, exclusiva para a elite EDUCAÇÃO PARA TODOSEDUCAÇÃO ELITISTA O confronto atual 1. CULTURA ESCOLAR ELITISTA
  • 7. 7 Soluções 1. CULTURA ESCOLAR ELITISTA Debate mais amplo na sociedade e briefing da mídia sobre a nova escola do século XXI Discussão com as Universidades sobre o que é relevante Mudança cultural é lenta. Deve-se continuar implementando o novo currículo; discussões com os professores sobre a escola mais adequada para todos Programas de formação de diretores e outros gestores escolares para liderar o processo de reforma Implementação da reforma curricular: cursos, seminários, debates de sensibilização do professor para compreender e aceitar o novo currículo Trabalho junto à imprensa: de educadores e ONGs para sintonizar com o espírito da reforma curricular Reforma curricular: currículo mais enxuto, prático, aplicado e significativo para a vida do aluno Novo Ensino Médio: não é mais preparação para o vestibular Criação do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e do ENCEJA (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) Consolidar a universalização do acesso Acesso universal à educação: • Ensino Fundamental: concluído (gráfico 1) • Ensino Médio e Educação Infantil: em curso (gráfico 2) O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
  • 8. 8 PROBLEMA NÚMERO 2 VISÃO ESTRATÉGICA Falta
  • 9. 9 Educação não fez parte da agenda estratégica dos governos No final dos anos 80, quando ficou claro que a reforma do Estado era necessária para o desenvolvimento sustentável, a educação não foi incluída. Isso só aconteceu nos anos 90. Ministérios e Secretarias - moedas de troca política Descontinuidade. Desenvolvimento – a educacao não fazia diferença Mão-de-obra barata e exportação de produtos primários sem valor agregado. Expansão sem estratégia sustentável Depois dos anos 30 e principalmente a partir do ciclo desenvolvimentista dos 50, a expansão quantitativa se deu ao sabor de pressões populares, sem uma estratégia sustentável de revisão da organização e conteúdos da escola. Centralização e descentralização – ao sabor dos interesses políticos Falta de um regime de colaboração; descentralização de encargos, mas não de recursos financeiros; poder de decisão e verbas federais foram instrumento de pressão sobre estados e municípios mais pobres; estados e municípios ricos agiram sem considerar o âmbito nacional, aumentando as desigualdades regionais. Clientelismo – gigantismo nas máquinas públicas O dinheiro ficou na máquina, sem chegar à escola. Setor público: má gestão das prioridades 2. VISÃO ESTRATÉGICA
  • 10. 10 Setor privado e ONGs: pet projects Pouca atenção a diretrizes ou orientações nacionais. Cada um teve suas próprias convicções sobre como deve ser a educação e seu próprio perfil de projeto. Acabou assumindo a idéia da esquerda conservadora de que é “politicamente incorreto” ter lucro com a educação ou prestar serviços de interesse público com recursos do estado. Ainda não está clara a diferença entre responsabilidade social e caridade filantrópica. Sociedade civil: não cobra e não fiscaliza Falta de informação Setor privado e sociedade 2. VISÃO ESTRATÉGICA
  • 11. 11 Criar tradição de competência e respeito no uso dos dados educacionais, tanto na mídia quanto na vida acadêmica. Imprensa e sociedade estão começando a aprender a lidar com estatísticas e indicadores. Disponibilização de informações para a sociedade. A internet e outras mídias ajudaram a disponibilizar o que era domínio do MEC, das Secretarias e ONGs. Aprofundar a educação da mídia, produzir fatos e eventos para sensibilizar os meios de comunicação. Mídia começa a aprender a cobrir educação de modo mais conseqüente. Cursos e concursos para pessoal de mídia que cobre educação, promovidos por entidades, induzindo maior cuidado com as matérias veiculadas. Superar a política educacional de oferta descentralizada dos anos 90 por uma nova política que precisa ser formatada e instrumentalizada para que: • não dependa apenas das iniciativas governamentais • contribua para promover mudanças na cultura escolar • dê suporte político para o enfrentamento do corporativismo • dissemine informação de qualidade sobre educação Grande efervescência de idéias e propostas no setor, motivadas não só pela estratégia governamental como pelo pensamento de instituições e personalidades, nacionais e internacionais, que reconhecem e recomendam o valor estratégico da educação. Ampliação do número de ONGs e empresas preocupadas com relevância, escalabilidade e sustentabilidade de seus projetos. Jovens profissionais de outras áreas estão se interessando por educação. O MEC criou um padrão de atuação, colocando em prática pela primeira vez uma estratégia coerente de políticas governamentais de oferta descentralizada. Plantou-se a semente de uma nova matriz de política, na qual Estado, sociedade e mercado sejam parceiros e o Estado atue como a parte que é tanto mais insuficiente quanto necessária. Iniciativas de responsabilidade social de empresas e entidades do terceiro setor foram formatadas e postas em prática: Instituto Razão Social, por exemplo. Fortalecer os canais de participação da sociedade, ainda incipientes. Reformulação das visões e estratégias dos diferentes setores, induzida pela atuação do MEC. Educação colocada na agenda da reforma do Estado, por continuidade e visão política. Pela primeira vez na história houve um ministro por mais de 3 anos. Dar curso político e institucional às questões equacionadas com a LDB, o FUNDEF e as políticas de oferta descentralizada. Instâncias de acordo se reposicionando (CONSED e UNDIME) em função do novo governo. A prática do regime de colaboração ainda não está clara. O regime de colaboração está legalmente consolidado pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). As instâncias de acordo e coordenação de políticas foram fortalecidas: CONSED (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e UNDIME (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação). Agora é a prática política. O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO 2. VISÃO ESTRATÉGICA Soluções
  • 12. 12 PROBLEMA NÚMERO 3 GESTÃO PÚBLICA Sem Eficiência e Sem Eqüidade
  • 13. 13 Dificuldade de praticar o princípio federativo e a divisão de tarefas União: Ensino Superior, coordenação nacional e função redistributiva e supletiva na educação básica Estado: Ensino Fundamental, principalmente de quinta a oitava séries e Ensino Médio. Mas não há um estado do país que não tenha universidades estaduais Município: Educação Infantil e Ensino Fundamental Falta de coordenação nacional e falta de apetite político do MEC para formular e liderar políticas Congresso e legislativos estaduais e municipais não cumprem seu papel de fiscalização da gestão dos sistemas de ensino Iniqüidade no financiamento Custo aluno no Ensino Superior público é mais que o dobro do custo aluno na educação básica 3. GESTAO PÚBLICA União, Estado e Município não se entendem
  • 14. 14 Soluções 3. GESTÃO PÚBLICA “Empowerment” de comunidades e famílias para cobrar “accountability”. Cultura de avaliação e “accountability”: está sendo construída aos poucos. Sistema de avaliação nacional do rendimento escolar. Pela primeira vez o país tem um. Tem ainda um sistema de indicadores estatísticos confiáveis. Enfrentar o corporativismo do setor público na educação. Valorizar a profissionalização dos quadros da educação. Cursos de preparação de gestores educacionais Iniciou-se a profissionalização de quadros da administração federal e a formação continuada de diretores e outros gestores escolares, para tornar a escola “accountable”. Fortalecer a cultura da avaliação Fortalecer e valorizar a descentralização responsável da gestão, principalmente a que transfere encargos e recursos ao município. O MEC assumiu de fato um papel estratégico: coordenação nacional, avaliação e normatização. Fortaleceram-se as instâncias de negociação e coordenação políticas: CONSED - Conselho Nacional dos Secretários da Educação; UNDIME - União dos Dirigentes Municipais de Educação. Ampliar e fortalecer as formas de controle no legislativo e nas organizações sociais. Transparência do finaciamento FUNDEF está facilitando a fiscalização por parte dos legislativos e da sociedade. O dinheiro vai para onde está o aluno O FUNDEF deu objetividade ao regime de colaboração. FUNDEF: instrumento de gestão, além de redistribuir (equidade) e racionalizar (eficiência) o financiamento. O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
  • 16. 16 4. DESINFORMAÇÃO DA SOCIEDADE A mídia confunde o episódico com o estrutural, a aparência com a essência, a causa com o efeito: uma escola assaltada vale mais do que toda a repetência daquele ano. O governo usa a mídia para se promover. São escolas multisseriadas e unidocentes e representam apenas 4% da matrícula. 20 mil escolas sem banheiro Absenteísmo dos professores não aparece no jornal. Destaque para a falta de merenda “Caindo” de onde? Qual a referência?Qualidade do ensino está “caindo” O professor trabalha 20 horas de 45 minutos por semana; tem 45 dias de férias; aposenta-se com 25 anos de serviço, além de outras vantagens ditas “não-pecuniárias”. O professor é um coitadinho, ganha menos que outros profissionais A REALIDADEA INFORMAÇÃO
  • 17. 17 Soluções 4. DESINFORMAÇÃO DA SOCIEDADE Promover debates e sensibilização para haver menos apego a factóides e mais transparência na gestão educacional Maior preparo dos gestores de política pública para lidar com os meios de informação Campanhas de informação à opinião pública para fortalecer o senso crítico na leitura da mídia Disponibilização de dados e informações relevantes e confiáveis (site e publicações do MEC e de várias secretarias estaduais) Ampliar e consolidar trabalho junto aos distintos veículos e profissionais de mídia ONGs têm iniciativas para dar formação aos profissionais de mídia O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
  • 18. PROBLEMA NÚMERO 5 INTERESSES CORPORATIVISTAS 18
  • 19. 19 Empreiteiras e corporação de professores A repetência incha o sistema, dando a ilusão de que faltam escolas. Mais alunos, mais prédios e mais vagas para professores. Corporação dos professoresFragmentação curricular. Matemática foi dividida com geometria; artes com desenho geométrico: necessidade de mais professores, salários menores para o conjunto. Encurtamento e fragmentação do tempo de ensino e aprendizagem: 3 a 4 horas de aulas diárias em vez de 5 ou 6; maior número de aulas, aulas mais curtas, crianças menos tempo na escola. A carreira de magistério é cartorial: isonomia, direitos adquiridos, aposentadoria com 25 anos. Se o aluno aprende ou não, tanto faz para os professores. Os benefícios são os mesmos. Corporação acadêmicaA formação do professor tem que se sujeitar ao Ensino Superior disciplinarista e não à necessidade do currículo. Psicopedagogos fundamentalistas, seus promotores e editores. Disputas de métodos de alfabetização. Só os teóricos insistem no método único ideal. Na prática, o bom professor diversifica, adapta, mistura, improvisa. A QUEM INTERESSAO PROBLEMA 5. INTERESSES CORPORATIVISTAS Exemplos históricos
  • 20. 20 Soluções 5. INTERESSES CORPORATIVISTAS Fortalecer e disseminar cultura de avaliação de resultados e incentivos. “Empowerment” das comunidades e famílias para fiscalizar e cobrar resultados nas escolas. Estudos de novas estruturas de carreira para permitir avaliação de resultados e incentivos. Estudos de alternativas como as Charter Schools americanas. Avaliação de resultados e incentivos em alguns estados ou municípios. Preservação do recurso vinculado para salários dos ativos. Incentivar criação de ISEs nas universidades Enfrentar as Instituições de Ensino Superior e implementar o novo sistema de formação de professores. Criação do ISE - Instituto Superior de Educação Diretrizes nacionais para carreira e revisão do sistema de formação de professores. Esclarecer a sociedade sobre carreira e salário de professores e outros aspectos do funcionamento da escola. Reorganização de todas as estatísticas para ter indicadores confiáveis da demanda. Mudanças na carreira para ter avaliação de resultados e incentivos diferenciados. Reforma da Previdência para separar salários de ativos e inativos e não onerar o recurso vinculado com aposentadorias. Criação do FUNDEF reservando 60% para salário e formação de professores. O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO
  • 21. 21 PROBLEMA NÚMERO 6 O PERIGO DAS “CAUSAS NOBRES”
  • 22. 22 Se um secretário da Saúde dissesse isso sobre a sua área, para uma platéia medianamente educada, seria aplaudido? “Educação se faz com afeto” Dobrar turno não é produtivo. Escola ruim em dobro é pior; é preciso primeiro melhorar a média das escolas para depois ter uma estratégia progressiva de aumentar o tempo de permanência. Tempo integral para as crianças na escola, para que ela tenha um atendimento integral Dividir os recursos com mais alunos. Em vez de oito gerações, serão nove. Ingresso mais precoce é bom, mas não precisa de mais um ano. Basta estabelecer que o Ensino Fundamental vai dos 6 aos 13 anos. Oito anos com jornada diária de 5 horas de efetivo trabalho escolar é mais do que 9 anos com 3 horas. Ensino Fundamental de 9 anos para colocar todas as crianças de seis anos na escola O PERIGOA “CAUSA NOBRE” 6. O PERIGO DAS “CAUSAS NOBRES”
  • 23. 23 Sensibilizar os “papas” da mídia para o problema da informação sobre educação e da vulnerabilidade da área para o estelionato ideológico Mostrar a verdade por trás das informações distorcidas ou incompletas Linguagem nova por parte de alguns veículos - uma forma diferente de informar, como a FVC e a revista ESCOLA Informar cada vez melhor a opinião pública Debate permanente no setorSistema de informações confiáveis é a base para desmistificar O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO Soluções 6. O PERIGO DAS “CAUSAS NOBRES”
  • 25. 25 7. FRACASSO ESCOLAR Até os anos 90: indicadores entre os piores do mundo Ensino Médio – 1 milhão de novos alunos por ano e idade média de ingresso caiu de 17 para 15, indicador indireto de que os concluintes do Fundamental estão indo para o Médio Por isso não iam para o Ensino Médio, iam direto para o mercado de trabalho A escolaridade média da força de trabalho subiu para 6.4 anos A escolaridade média da força de trabalho era 5,3 anos No Ensino Médio, atendimento à população na série correta é de 45% No Ensino Médio, atendimento à população na série correta (35%) era metade da observada em países de desenvolvimento semelhante, como Argentina, Chile e México Tempo médio atual é de 9.7 anosQuando conseguiam, o tempo médio era de 12 anos Já está em 60% a taxa dos que concluem o Ensino Fundamental na idade certa Mais da metade (52%) dos que iniciavam não conseguiam concluir o Ensino Fundamental na idade correta DADOS DE 2002ATÉ OS ANOS 90
  • 26. 26 Critérios de avaliação inadequados As crianças são comparadas com padrões absolutos; não se leva em conta o progresso individual; não se pensa no ano seguinte como continuidade do anterior. A criança reprovada começa tudo de novo. Da quinta série em diante, um aluno que reprova em Matemática, mas passa em todas as outras matérias, começa de novo, inclusive nas matérias em que passou. As estatísticas mostram uma altíssima correlação entre repetir e desistir da escola. Portanto, a evasão é em grande parte causada pela repetência. 7. FRACASSO ESCOLAR
  • 27. 27 Para entrar na primeira série tem que estar com a “prontidão” concluída; para passar para a segunda tem que ter chegado num ponto arbitrário fixado pelo professor ou pela escola; o Ensino Fundamental prepara para o Ensino Médio e este só serve para preparar para o vestibular. A pedagogia e a didática são longínquas da realidade do aluno. 7. FRACASSO ESCOLAR A escola prepara para continuar na escola, não para a vida
  • 28. 28 Prejuízo da auto-estima do povo brasileiro Estigmatizado como incapaz de aprender a ler, escrever e fazer as quatro operações Quanto custa o prejuízo de uma força de trabalho e uma cidadania assim constituídas? O país investe em média quase 10 anos para cada aluno que conclui os 8 anos do Ensino Fundamental Convivem nas oito séries do Ensino Fundamental coortes (número de nascidos num determinado ano) de pelo menos 20 anos seguidos, onerando com isso o uso do espaço, do tempo, dos recursos humanos e didáticos. Com esse dinheiro, daria para financiar programas de qualidade na área de formação de professor e produção de recursos de ensino que resolveriam, a médio prazo, a nossa crise qualitativa. 7. FRACASSO ESCOLAR Conseqüências catastróficas
  • 29. 29 Informar a opinião pública sobre os malefícios da repetência e da cultura elitista e sobre o que está sendo feito. Ineficiência e ineficácia da repetência comprovadas pelo SAEB e sistemas estaduais de avaliação. Continuar sensibilizando os professores para a necessidade de mudar a cultura. Implementação de cursos de formação inicial em nível superior, de acordo com a reforma feita. Está começando. Revisto o sistema de formação inicial de professores em nível superior. Avaliar, ampliar, consolidar e promover melhorias no que foi iniciado. Incentivos para escolas que desenvolvem projetos bem sucedidos de diminuição da repetência e evasão. Regularização do fluxo escolar Subsídios de diferentes tipos elaborados pelo MEC, CNE e sistemas: Diretrizes e Parâmetros Curriculares, materiais, programas de educação continuada para professores, bibliotecas, avaliação do livro didático, materiais e capacitação para classes de aceleração. Inventariar e documentar tudo o que está sendo feito, pois são ações dispersas em 27 estados e mais de 3 mil municípios. Ações para prevenir o fracasso: ciclagem do período escolar, revisão dos critérios de avaliação, programas de capacitação em serviço dos professores. LDB abriu todas as possibilidades no plano normativo: flexibilidade, direito de aprender, consideração pela experiência do aluno, ensino prático, que faz sentido para a vida; autonomia e avaliação para estados, municípios e escolas. O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO Soluções 7. O FRACASSO ESCOLAR
  • 31. 31 Nenhum país construiu educação de qualidade sem garantir acesso para todos Enquanto política pública, uma educação de minoria, mesmo dita de excelência, não é de qualidade E a escola de elite nem era tão boa: produzia bacharéis, arautos da cultura livresca, quando o país precisava de cientistas, criadores, engenheiros, empreendedores Hoje a má qualidade ficou visível: impossível não reconhecer que o rei está nu População homogênea não existe mais É preciso aprender a trabalhar com a diversidade O professor é a chave de tudo 8. QUALIDADE A qualidade “caiu” de onde?
  • 32. 32 Consolidar e ampliar as medidas de melhoria, tanto na formação do professor como na produção de recursos de apoio didático para a sala de aula. Implementação do que já foi feito Novas Diretrizes e Parâmetros Curriculares Inventar novos modelos e formas de provisão do livro didático e de bibliotecas. Avaliação do Livro Didático Ampliar e diversificar a produção de materiais para o professor. Produzir e implementar modelos de gestão escolar voltados para aprendizagens relevantes. Educação continuada para professores Experiências de gestão voltada para sucesso Novos materiais para professores e/ou alunos – Aceleração, OFÍCIO DE PROFESSOR Cursos e materiais para gestores O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO Soluções 8. QUALIDADE
  • 34. 34 9. DESPREPARO DO PROFESSOR Nunca tivemos um sistema coerente de formação de professores O curso superior para professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental não ensina conteúdos que ele precisa ensinar porque não há onde formar esse professor polivalente num Ensino Superior dividido em departamentos por disciplinas. O professor especialista por disciplina aprende um excesso de conteúdos (quando aprende) e nada de didática e pedagogia. No Ensino Superior não há uma instituição dedicada especificamente à formação de professores Na França: École Normale Superieure; países hispano- americanos: Instituto de Formación Docente; Alemanha: Studient Seminar; países anglos: Teachers College. A maior parte dos professores é formada em escolas particulares de má qualidade A qualidade desses cursos passou a ter algum controle há pouco tempo. Um modelo de formação distorcido
  • 35. 35 1ª- 4ª série 5ª- 8ª séries Ensino Médio O professor polivalente de primeira a quarta séries e o professor especialista em uma disciplina de quinta a oitava e do Ensino Médio dividem a vida escolar dos alunos de modo artificial. De quinta a oitava e no Ensino Médio cada disciplina torna-se um feudo. Impossível trabalho interdisciplinar, priorização de conteúdos básicos. Isso afeta a organização escolar de modo nocivo, dificultando gestão racional do tempo e do espaço. 9. DESPREPARO DO PROFESSOR Mundos que não se encontram
  • 36. 36 Os cursos de formação de professores adotam uma cultura pedagógica e didática baseada numa clientela escolar ideal e homogênea social e culturalmente. Mas a realidade na qual o professor vai trabalhar tem, cada vez mais, uma clientela heterogênea, diversificada social, cultural e economicamente. 9. DESPREPARO DO PROFESSOR Os professores não sabem ensinar crianças diferentes do aluno ideal
  • 37. 37 Formalismo e cartorialismo A estrutura da carreira é baseada no tempo de serviço e, mais recentemente, por formação. Basta ficar ali para ir ganhando promoções. Não há nenhum incentivo por resultados. Pelo princípio da isonomia, todos ganham a mesma coisa. O movimento do magistério ao longo de décadas “trocou” salário por “vantagens não-pecuniárias”: aposentadoria aos 25 anos de serviço, 12 faltas abonadas por ano, 3 meses de licença-prêmio a cada 5 anos; qüinqüênios, jornada de trabalho mais curta, férias mais longas Há mais professores do que o necessário Fragmentação curricular Alunos fantasmas Multiplicação de turmas e turnos, com menos alunos por classe, para gerar mais postos de trabalho para professor 9. DESPREPARO DO PROFESSOR Carreira com vícios do setor público
  • 38. 38 O professor não sabe ensinar ao aluno real porque não aprendeu. Isso causa insegurança, que leva a culpar sempre a criança e a família pelo fracasso A estigmatização é constante: profecia que se auto-realiza (desde o início do ano, o professor já “prevê” os que vão fracassar e estes de fato fracassam!) Falta de incentivos leva ao desânimo e acomodação. Os mais jovens, mais dinâmicos, que querem melhorar, são malvistos e ficam “no gelo” na escola. Sindicalismo tem sido motor eleitoral: há vários senadores e deputados que saíram do movimento de professores. Escola pública é vista como favor, não como direito. Professor é visto como vítima, não como alguém que está ali para prestar o melhor serviço possível. Família não tem capacidade para fazer cobranças qualificadas. 9. DESPREPARO DO PROFESSOR Valores e atitudes que nenhum empregador aceita
  • 39. 39 IS0 9000 da Formação de Professores: melhoria de qualidade dos cursos de formação existentes com os seguintes componentes: • sistema de credenciamento de instituições e cursos privados; • financiamento da demanda por cursos de formação docente, com recursos públicos para escolas privadas, desde que estas satisfaçam os critérios de credenciamento de qualidade; • financiamento de formação de formadores de professores, porque o Brasil tem falta de docentes de qualidade para cursos de formação docente. Avaliação e certificação dos professores em exercício Aumentar e diversificar a produção de material para os cursos de formação inicial e continuada de professores. Criação dos ISEs (Institutos Superiores de Educação). Pela primeira vez, o país vai ter escolas superiores dedicadas exclusivamente à formação de professores. Novo currículo de formação de professores está sendo implementado. Programas de educação continuada estão atingindo um número expressivo de professores. Cursos de certificação para professores que não têm o nível superior (100 mil já mencionados, mais de 10 mil usando OFÍCIO DE PROFESSOR). Metodologia e materiais estão sendo criados por vários cursos de certificação, para uso em larga escala. Novas normas para os cursos de formação. Mas sua implementação vai demorar, e os resultados mais ainda. Diretrizes para carreira de professores como condição para receber recursos do FUNDEF. O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO 9. DESPREPARO DO PROFESSOR Soluções
  • 41. 41 Superar a herança imperial (escola para poucos; acadêmica, enciclópedica e distante da vida), para ter uma educação democrática, que outros países já tinham no início do século XX Sintonizar a educação com as demandas da sociedade do conhecimento do final do século XX e início do XXI Qualificação para o exercício da cidadania Aprender a aprender Acessar, processar e dar sentido à informação Resolver problemas Trabalhar em grupo 10. DEFASAGEM Dois grandes desafios
  • 42. 42 70% das carreiras que serão importantes ainda estão para surgir O conhecimento estará dobrando a cada 73 dias (hoje isso acontece a cada 5 anos) O pensamento sistêmico, consagrado pela ecologia, será tão ou mais importante que o pensamento analítico, consagrado pelo paradigma científico tradicional O binômio nacional-internacional já terá sido substituído pelo binômio local-global A maior parte da mão-de-obra terá migrado das grandes corporações para as pequenas e destas para a empresa-pessoa A triste divisão entre as nações ricas e pobres poderá ser substituída pela trágica divisão entre as que sabem e as que não sabem. Num mundo em que daqui a 20 anos… 10. DEFASAGEM
  • 43. 43 Viabilizar o uso dos recursos do FUST Inclusão digital do professor deve ter prioridade; e que o financiamento de computadores para professores é estratégico Inclusão digital do professor. Sendo promovidas por alguns cursos de formação inicial de nível superior e por iniciativas de corporações como IBM, INTEL, Telefônica, entre outras. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) reservou recursos para introduzir as novas Tecnologias da Comunicação e Informação (TCI) - nas escolas Consolidar, avaliar, ajustar, aperfeiçoar Arejar os canais de participação para que a sociedade expresse suas expectativas quanto ao que deve ser a educação para o mundo digital. Implementação pelo governo e pela sociedade Debate sobre o “para que” educamos: continuidade de estudos e vestibular; vida produtiva; participação social Visão estratégica e gestão sintonizadas com as demandas do novo século. A reforma curricular já está sintonizada com as novas demandas e vai na mesma direção das de outros países: Inglaterra, EUA, Espanha, Portugal. O QUE FALTA FAZERO QUE ESTÁ EM CURSOO QUE JÁ FOI FEITO 10. DEFASAGEM Soluções
  • 44. 44 Deverá ser guiado por critérios de austeridade e aumentado na medida em que se resolvam os problemas de gestão de corporativismo. UMA PALAVRA FINAL Aumento do investimento em educação * Castells, Manuel. 2002. Estado Rede: Globalização Econômica e Instituições Políticas na Era da Informação. in Sociedade e Estado em Transformação A reforma da gestão antecede a gestão da reforma Castells
  • 45. 45 93 97 99 75 94 83 94 87 93 97 1992 1999 1º quinto 20% mais pobres 2º quinto3º quinto4º quinto5º quinto 20% mais ricos Porcentagem CRESCEU O ACESSO DAS CRIANÇAS POBRES À ESCOLA Freqüência na escola de crianças de 7 a 14 anos por níveis de renda
  • 46. 46 - 5 10 15 20 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 Em milhões de alunos Fonte: MEC/INEP - 2001 UM MILHÃO DE NOVOS ALUNOS ENTRAM PARA O ENSINO MÉDIO A CADA ANO Projeção de Crescimento de Matrículas Ensino Médio