2. DPOC
Definição: Doença caracterizada por
limitação do fluxo aéreo não
totalmente reversível, usualmente
progressiva e associada a uma
resposta inflamatória pulmonar a
partículas ou gases nocivos.
3. Quando usamos o termo DPOC de forma
genérica, estamos nos referindo a todas as
doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais
comuns: bronquite crônica, enfisema
pulmonar, asma brônquica e bronquiectasias.
No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos
em DPOC propriamente dito, nos referimos à
bronquite crônica e ao enfisema pulmonar.
4. Como se desenvolve:O DPOC se desenvolve após
vários anos de tabagismo ou exposição à poeira
(em torno de 30 anos), levando à danos em todas
as vias respiratórias, incluindo os pulmões. Estes
danos podem ser permanentes. O fumo contém
irritantes que inflamam as vias respiratórias e
causam alterações que podem levar à doença
obstrutiva crônica.
5. Sintomas: Tosse, produção de catarro e
encurtamento da respiração. Algumas pessoas
desenvolvem uma limitação gradual aos exercícios,
mas a tosse somente aparece eventualmente.
Outras, costumam ter tosse com expectoração
(catarro) durante o dia, principalmente pela
manhã, e tem maior facilidade de contrair
infecções respiratórias.
6. Diagnóstico: O diagnóstico baseia-se nos achados do exame
físico e na história do paciente. Como os sintomas podem
não ser indicativos da extensão do dano respiratório, é
fundamental realizar um exame chamado espirometria para
avaliar a capacidade ventilatória pulmonar.
7. Neste exame, a pessoa puxa o ar fundo e assopra num
aparelho que medirá os fluxos e volumes pulmonares.
Outro exame importante é a gasometria arterial, em
que é retirado sangue de uma artéria do paciente e
nele é medida a quantidade de oxigênio. Nas pessoas
com DPOC, a oxigenação está freqüentemente
diminuída.
8. Muitos especialistas recomendam que toda
pessoa que fuma há mais de dez anos faça
esse exame para que o diagnóstico seja feito
nas fases iniciais, quando o dano aos tecidos
do sistema respiratório ainda não se tornou
irreversível.
9. Tratamento: Parar de fumar é a única forma de
impedir o declínio progressivo da função respiratória.
Chicletes, adesivos de nicotina e drogas
antidepressivas como a bupropiona, associados a
terapêuticas comportamentais, são de grande
utilidade para tratamento da dependência de nicotina
nos portadores de DPOC. Os broncodilatadores são
medicamentos muito importantes no tratamento
10. Podem ser utilizados de várias formas: através de
nebulizadores, nebulímetros (sprays ou "bombinhas"),
turbohaler ( um tipo de "bombinha" que se inala um pó
seco ), rotadisks (uma "bombinha" com formato de disco
que se inala um pó seco), comprimidos, xaropes ou
cápsulas de inalar.
Contudo, os medicamentos corticosteróides também
podem ser úteis no tratamento de alguns pacientes com
DPOC. O uso de oxigênio domiciliar também poderá ser
necessário no tratamento da pessoa com DPOC,
melhorando a qualidade e prolongando a vida do doente.
11. Recomendações:
• Evite fumar. Dependendo de quanto os pulmões estejam
afetados, parar de fumar pode reduzir, ou mesmo
eliminar, os sintomas da bronquite crônica e impedir a
progressão do enfisema, embora não reverta o processo já
instalado. Os danos aos alvéolos são permanentes, por isso
os sintomas do enfisema não desaparecem;
• Não se autoengane. Se você é fumante, considere que a
dependência de nicotina pode levá-lo a tornar-se
dependente dos outros para as tarefas mais insignificantes
e corriqueiras;
12. • Fique atento: todos os portadores de DPOC devem receber
anualmente uma dose de vacina contra a gripe e outra contra o
pneumococo, para evitar que a concomitância de processos
infecciosos agrave o quadro respiratório;
• Saiba que o aumento progressivo da longevidade ocorrido na segunda
metade do século XX e o enorme contingente de fumantes colocaram
a DPOC entre as 5 enfermidades mais prevalentes nos países
industrializados e em certas regiões do Brasil.