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SUELY APARECIDA FONSECA DO NASCIMENTO




  O ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE ATRAVÉS DA
BIOGRAFIA DE GRANDES PINTORES NA EDUCAÇÃO
                  INFANTIL




                BARRETOS
                  2011
SUELY APARECIDA FONSECA DO NASCIMENTO




O ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE ATRAVÉS DA
   BIOGRAFIA DE GRANDES PINTORES NA
           EDUCAÇÃO INFANTIL




                Trabalho de conclusão do curso de Artes Visuais,

                   do Departamento de Artes Visuais do Instituto

                            de Artes da Universidade de Brasília.




                    Orientador: Profº Christus Menezes Nóbrega




                 BARRETOS

                     2011
SUMÁRIO



RESUMO

INTRODUÇÃO

  1. MOVIMENTO DA ARTE NO BRASIL

    1.1 Época colonial

    1.2 A missão Artística de 1816
    1.3 Época republicana
    1.4 Movimento artístico nas décadas de 1930 e 1940
    1.5 A primeira Bienal e as tendências contemporâneas

    1.6 Biografias dos Pintores
         1.6.1 Pablo Picasso
         1.6.2 Romero Britto


  2. O ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL
    2.1 Ensino de Arte no Brasil
    2.2 Arte na Educação Infantil
    2.3 Abordagem Triangular no Contexto da Arte-Educação


  3. RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO SEM LIMITES PARA CRIAR.


CONCLUSÃO
RESUMO

      Este trabalho versa sobre o Ensino da História da Arte, na Educação Infantil,
por meio das biografias de grandes pintores. Voltado para o aprendizado da arte
por parte de alunos desta modalidade de ensino. Conhecendo a vida de pintores
como Pablo Picasso, e verificando as fases pelas quais ele passou em sua vida, a
criança consegue entender a mudança aparente em seus trabalhos, em
determinadas épocas de suas criações. O que se deu em suas fases, rosa e azul.
Para as crianças, o ensino da arte é de suma importância, para que se desenvolva
suas formas de expressão e comunicação. No desenvolvimento deste trabalho, as
crianças são estimuladas a produzir suas próprias obras, manuseando materiais, e
familiarizando-se   com artistas famosos, como o já citado Pablo Picasso e o
contemporâneo Romero Britto.




PALAVRRAS-CHAVE: Arte, Biografia, Educação Infantil.
INTRODUÇÃO

        Por ser a escola o primeiro espaço formal para o desenvolvimento da
criança, é necessário começar a educar o olhar delas desde a Educação Infantil,
lembrando que a infância é a época das descobertas, das aventuras e magias.
Portanto, o professor deve oferecer condições que estimulem a criatividade, a
pesquisa e a criação, fazendo com que a criança perceba e valorize a arte.
Acredita-se que esta semente deva ser plantada desde a Educação Infantil, o papel
da arte nessa fase de ensino é fundamental, pois envolvem os aspectos cognitivos,
sensível e cultural, o que até bem pouco tempo não era considerado na Educação
Infantil.   Tais   aspectos   permitem que   sejam proporcionadas       experiências
diversificadas e enriquecedoras, que venham desenvolver as suas capacidades
cognitivas despertando confiança em si, sentindo-se amado e respeitado, o que
deve ser feito de forma continua e dinâmica, daí a importância de se iniciar na
infância.
        A arte na Educação Infantil e seu fazer artístico não devem ser vistos como
recreativos, mas sim ser entendidos como instrumento pedagógico que irá
contribuir para o desenvolvimento do aluno na Educação Infantil. Ampliando o
conhecimento do mundo da criança por meio do contato com objetos e materiais
artístico, explorando as diversas formas de expressão, ampliando as possibilidades
de expressão e comunicação.
        Mediante a observação da prática docente, sentiu-se então a necessidade
de trabalhar o tema na tentativa de esclarecer e elucidar a verdadeira função e a
contribuição da Arte na Educação Infantil na formação da criança. Os alunos serão
levados a conhecer a biografia e as obras artísticas de pintores, para o estimulo e
enriquecimento de suas próprias produções.
        Este trabalho tem como objetivo, pesquisar as metodologias utilizadas pelos
professores do Colégio Nomelini do Maternal ao 5º ano, confrontando-as com os
principais norteadores dos Parâmetros Curriculares Nacionais em Artes, a fim de
verificar se houve construção de conhecimento nos educados. Cabe também ao
educador acreditar que esta criança é capaz de criar, dar sentido, construir, através
de uma linguagem única, a da arte.       Nesse aspecto, as ações mediadas pelo
professor não devem ser atividades           mecânicas, repetitivas e nulas de
expressividades. Ao contrário, devem fundamentar-se nas relações de afeto,
respeito, as quais são acompanhadas pelo professor atento ao desenvolvimento
psicossocial da criança. No processo de aprendizado, a criança constrói
sentimentos ao mesmo tempo em que integra com os outros, esse fato é de
extrema relevância para a compreensão de si e do outro. Para que isso de fato
ocorra, o profissional que atua com as linguagens da arte na educação infantil deve
ter perfil de pesquisador, ser observador, curioso, mediador e parceiro das
crianças, da instituição e da comunidade. Além disso, é fundamental que conheça
a pedagogia da infância e o contexto da educação infantil e desenvolva vivências
nas linguagens da arte.
Capítulo 1 – MOVIMENTO DA ARTE NO BRASIL.



1.1 Época Colonial.



       Segundo Battistoni Filho (1937), “as diversas ordens religiosas aqui
radicadas, como os jesuítas, beneditinos, franciscanos e carmelitas, se dedicaram
às artes ligadas diretamente à liturgia católica ou à veneração dos fiéis” (p. 11) . As
ordens religiosas foram as principais responsáveis dos produtos artísticos no Brasil
Colonial. Os primeiros artistas eram autodidatas e copiavam imagens com temas
religiosos.
       Junto com os portugueses, chegaram ao país outras influências artísticas,
entre elas, muitos pintores. Na época do governo de Mauricio de Nassau, o pintor
holandês Frans Post chegou ao Brasil Colônia documentando a vida social e
econômica do nordeste no século XVII, retratando ainda paisagens e natureza,
contrapondo em termos estéticos, a concepção artística proposta pela igreja.
       Segundo o autor Battistoni Filho (1937), “no século XVIII, floresceu o estilo
Barroco, caracterizado pela exuberância de formas, pela policromia, pelo
assimetrismo e pela pompa litúrgico-ornamental, revelando a afirmação gloriosa e o
poder temporal e espiritual da Igreja” (p. 26) .
       No auge do ciclo do ouro, as igrejas eram ricamente decoradas, mostrando
seu poder. Os artistas utilizavam matéria prima brasileira, como pedra sabão e
madeira. Antonio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”, foi o escultor mais significativo
desta época.




1.2 A missão Artística de 1816



       Segundo Battistoni Filho (1937), “para tanto, a arte deveria passar a limpo
certos padrões estéticos, imprimindo na paisagem um novo gosto e um novo olhar.
O primeiro passo nesse processo remodelador da prática artística foi dado, antes
mesmo da chegada da família real ao Brasil, com a instituição, em 1800, da Aula
Prática de Desenho e Pintura” (p. 41).
      Anterior à vinda da Família Real Portuguesa, a administração colonial queria
conferir aos habitantes daqui uma nova proposta aos hábitos e costumes, dando
um aspecto mais europeu às cidades.
      D. João VI ao chegar ao Brasil em 1808, efetuou mudanças no cenário
cultural da colônia. Em 1816, trouxe para o Brasil, pintores e escultores
comprometidos com o ideal de mudanças. Destacavam-se na Missão Artística
Francesa, chefiada por Joaquim Lebreton, critico de arte; os pintores Nicolas
Antoine Taunay e Jean Baptiste Debret; Grandjean de Montigny, arquiteto; augusto
Maria Taunay, escultor, Charles Pradier e Zeferino Ferrez, gravador.
      Esses artistas buscaram retratar o cotidiano da colônia de uma forma
romântica, idealizando a figura do índio e ressaltando o nacionalismo e as
paisagens naturais.
      Segundo Battistoni Filho (1937, p. 43),


             o artista centralizava seu destino na academia de arte, laica e oficial, onde se
             formará sob preceitos teóricos e práticos claramente definidos. No culto ao Belo
             eterno e à forma ideal, inspirado pelos gregos, o neoclassicismo foi uma expressão
             estética da burguesia, a qual evoluirá rapidamente para o estágio industrial e
             capitalista.


      Em 1840, observa-se um momento decisivo na formação de uma cultura
nacional com o surgimento de artistas nacionais principalmente na pintura
formados pelo ensino acadêmico criado em 1816 com premiações de viagem à
Europa para os que mais se destacavam. Com isso os pintores acabaram
escapando da obsessão pela temática acadêmica nascendo a pintora brasileira.
      No cenário da pintura tradicional brasileira dois nomes são destacados, de
acordo com Battistoni Filho (1937): Victor Meirelles e Pedro Américo, que podem
ser classificados entre o classicismo e o romantismo.
1.3 Época Republicana



      De acordo com Battistoni Filho (1937, p. 74),
             o modernismo se caracteriza pelo repúdio a cânones estabelecidos, secularmente
             aceitos e pelos estímulos à experimentação. Os modernistas defendiam uma nova
             função artística, num mundo que já contava com técnicas de reprodução de
             imagens, como a fotografia e o cinema. A perspectiva e a imagem figurativa,
             consideradas acadêmicas foram abandonadas pelas artes visuais.

      Para os artistas, os projetos e as idéias contidas em cada obra passaram a
ser valorizadas abandonando o objetivo de uma obra bem resolvida na qual o
principal era a habilidade artesanal especial.
      Nas primeiras décadas do século XX destacam-se os artistas: Anita Malfatti
(1889-1964), Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) e Victor Brecheret (1894-1955).
Cada um desses artistas representou isoladamente ou em grupo papel
fundamental na renovação no cenário artístico brasileiro na ruptura de convenções
na área da criação artística.
      O marco desta época foi a Semana de Arte Moderna realizada em São
Paulo, em fevereiro de 1922. Segundo Battistoni Filho (1937), nessa semana,
vários artistas comprometidos em mudar a expressão da arte nacional se
apresentaram.    Quebraram com os padrões europeus e buscaram valorizar a
identidade nacional e uma arte, cujo cenário de fundo, eram as paisagens
brasileiras e o povo brasileiro, inovaram e romperam com o tradicional.




1.4 Movimento artístico nas décadas de 1930 e 1940


    Segundo Battistoni Filho (1937, p. 87-88),
             em sua obra Pequena História da Arte no Brasil, em fins de 1932, passado o
             movimento constitucionalista, aconteceu em São Paulo um fato reputado como da
             maior importância nos destinos da arte moderna no Brasil: a fundação da Sociedade
             Pró-Arte Moderna (SPAM). Constituiu ela um movimento coletivo de certa
             envergadura, com orientação definida, podendo-se dizer, sem incorrer em exagero,
             que foi um teste com resultados positivos sobre as possibilidades do ambiente
             artístico da cidade, surgindo daí um movimento percurso do Museu de Arte
             Moderna de São Paulo.

    Conclui-se que com crescimento de exposições que englobavam diferentes
tendências comuns aos modernistas tiveram papel fundamental, inclusive com
manifestações sob forma de debates e palestras. Sendo o pintor Cândido Portinari
(1903-1962)    de       fundamental   relevância,   pois    seus    quadros    tornaram-se
instrumento de denúncia social.




1.5 A primeira Bienal e as tendências contemporâneas.


      “Para as artes plásticas brasileiras o evento culminante foi a Bienal
Internacional de Artes Plásticas de São Paulo em 1951, pois colocou a arte
moderna brasileira em contato com a arte internacional”. (Battistoni Filho, 1937).
      Já a segunda Bienal realizada em 1953 no Parque do Ibirapuera, trouxe o
cubismo,   o   futurismo      e   o   neoplasticismo.    As     posteriores   trouxeram   o
expressionismo      e    o   surrealismo   na   Bienal     de    1959,   conhecido   como
abstracionismo geométrico, nas pinturas de Manabu Mabe, Iberê Camargo e Tomie
Ohtake.
      Para tanto, a Bienal torna-se o centro de atração para todos os artistas do
Brasil, despertando um movimento interno de aproximação artística entre as
diversas províncias culturais do país, notadamente entre os dois principais centros,
Rio de Janeiro e São Paulo.




1.6 Biografias dos Pintores


      Por serem pintores de grande expressão no cenário artístico, Pablo Picasso
e Romero Britto, merecem destaque na exposição de suas biografias.
1.6.1 Pablo Picasso


      Segundo Mike Venezia (1996), “Plablo Picasso foi um dos maiores artistas
do século XX. Nasceu em Málaga, na Espanha, em 1881, e morreu em 1973, na
França” (p. 3).
      Pablo Picasso, além de ser um artista conhecido, possui obras figurativas e
participou do movimento cubista, oferecendo assim, nesse projeto uma diversidade
de imagens que poderão ser amplamente exploradas.
      De acordo com Venezia (1996), “o estilo da pintura de Picasso mudou,
durante sua vida, mais que o de qualquer outro artista. Picasso estava sempre
tentando coisas novas e diferentes” (p. 6).
      Essa característica de Picasso de tentar criar novas imagens, usar as cores
de maneira inusitada, criar novas formas funciona como elemento motivador para
o aluno não copiar e sim criar, resignificar, desnvolver sua própria imagem, seu
próprio trabalho.
      Segundo Venezia (1996), “às vezes Picasso pintava figuras muito planas.
Outras vezes pintava formas tão arredondadas que pareciam saltar da tela” (p. 09).
Estes são elementos basicos de relevância no momento de observação das
imagens, fazendo uma leitura mais simples, superficial, pois estão em fase de
desenvolvimento inicial nos estudos das artes.
      Quando foi para França, ainda jovem, suas obras eram parecidas com de
outros artistas com, a pintura: Le Moulin de la goletti, (1900), lembra Toulose-
Lautrec.
      De acordo com Mike Venezia (1996, p. 12),
             as pinturas de Picasso mudaram. Seu trabalho tornou-se diferente ao de outros
             artistas.Seu melhor amigo morrera e Picasso sentia-se triste e sozinho. Ao mesmo
             tempo, ninguem comprava suas obras. Melancólico, Picasso passou a pintar
             usando tons de azul. O azul às vezes é uma cor muito triste. Todas as personagens
             dessa fase parecem tristes e solitárias.
     Segundo Mike Venezia (1996), “A fase azul terminou quando Picasso
conheceu uma moça chamada Fernanda. Eles se apaixonaram e logo suas
pinturas passaram a ter uma cor mais alegre. Esse foi o início da fase rosa” (p. 15).
     Essas fases são as mais indicadas para trabalhar com os alunos da educação
infantil, pois possibilitam uma abordagem mais concreta ( alegria e tristeza), pois
Picasso retatou a arte circence mostrando os artistas com seus animais, com cores
mais alegres.
    De acordo com Mike Venezia (1996), o novo estilo de pintura que Picasso
desenvolveu ficou conhecido como cubismo. Essa nova maneira de pintar de
expressar-se, tornou-se um estilo, o Cubismo, onde as figuras são retratadas como
se estivéssem quebradas em pequenos fragmentos, quase geométricamente.
     Picasso continuou trabalhando o cubismo, mas com o tempo, suas obras
ficaram com cores mais alegres e as formas mais definidas, facilitando a distinção
de suas imagens.
     Voltou a retratar pessoas com aparência mais natural, bem como fez uma
série onde as imagens pareciam estátuas de pedra.
     De acordo com Mike Venezia (1996, p. 25-27),
            em 1937 um acontecimento fez com que Picasso pintasse sua obra mais séria e
            mais forte, usou toda sua arte para fazer uma obra que mostrasse como a guerra
            era fútil, dando ao quadro o nome da cidade destruída “ Guernica”, 1937, usando o
            cubismo, cores mais escuras e várias expressões para transmitir toda a sua fúria
            nesta obra, utilizam também o tamanho da tela, que é de 3,7 de altura por 7,6 de
            largura.


    A poesia, a dor, a intensidade de expressão neste quadro monocromático não
consideramos adequados para trabalhar com crinças da educação infantil, pois são
imagens impactantes, complexas demais.
    Para Mike Venezia (1996), o que tornou Picasso um grande artista foi a sua
originalidade. Durante toda a vida ele usou a imaginação para tentar coisas novas
e diferentes. Picasso viveu até os 92 anos. Além de grande pintor, destacou-se
como escultor, desenhista e ceramista.



1.6.2 Romero Britto.



      Segundo D. Ambrosio (2010, p. 04),

            no livro Contando a arte de Romero Britto, num universo desordenado, cada vez
            mais cinzento, em que a dor e o sofrimento de vida estão em cada esquina das
            grandes cidades, a estética de Romero Britto surgem como um descanso para os
            olhos e como um sopro de vida para o coração. Suas cores vibrantes e justapostas,
            encaixadas como mosaico, e seu desenho solto, assim como área demarcadas com
            espesso e bem definidos contornos negros, transmitem esperança.
As cores alegres, temas do cotidiano das crianças, linhas simples bem
definidas,   figuras   estilizadas,    são     potencialmente       motivadores       ara    a
criação/produção de trabalhos artísticos com as crianças da educação infantil.
     Segundo D. Ambrosio (2010, p. 06-07),
             no livro Contando a arte de Romero Britto, nascido em Jaboatão dos Guararapes,
             próximo a Recife, estado de Pernambuco, em 6 de outubro de 1963, afilhado de
             batismo de Gilberto Freyre, autor de Casa - Grande e Senzala, Romero Britto
             começou a desenhar aos oitos anos, criava, nos papéis que tinha à mão, pinturas
             de dias alegres, sóis brilhantes e animais. Praticava as mais deferentes técnicas,
             como aquarela, bico de pena e pintura a dedo.


     Devido a esta sua forte característica inovadora do usa de cores, formas e
suportes, o projeto possibilita uma exploração intensa de materiais, técnicas, bem
como suportes inusitados e variados.
     A primeira vez que mostrou publicamente seu trabalho foi aos 14 anos. E
conseguiu que ele fosse adquirido pela Organização dos Estados Americanos. Não
imaginava ainda ter as artes plásticas como profissão, mas admirava os trabalhos
de Francisco Brennand, espalhados em murais pela cidade de Recife.
     D. Ambrosio (2010) comenta que, influenciado pelo ambiente, Romero Britto,
pintava imagens ligadas à natureza nordestina, como cajus. Depois abandonando
estes temas locais, passou a realizar uma arte que pode ser admirada por pessoas
de todas as regiões do planeta, marcada pela alegria de viver e pelo colorido.
     Foi incentivado e, de uma Escola Pública, passou a estudar, com uma bolsa,
em um colégio particular que colaborou para sua ampliação de visão de mundo.
Em 1986, viajou para Londres com o objetivo de visitar diferentes culturas e ver de
perto as obras que até então só folheava nos livros, encontrou então novas
perspectivas para sua arte, visitando museus e galerias.
     Segundo D. Ambrosio (2010), sua obra tomou forma quando foi morar nos
Estados Unidos da América, passando a adotar cores mais vibrantes, mas
raramente as mistura, preferindo usar cores puras, respeitando a identidade de
cada uma delas.
     A obra de Romero chamou a atenção de empresas por trabalho com formas
geométricas, sempre com tons bem vivos, por isso, alguns acreditam que, de certo
modo, ele tenha reinventado a Pop Art..
Para D. Ambrosio (2010, p. 34),

        os quadros, que antes mostravam uma única figura como elemento central,
       passaram a incorporar diversas imagens e as cores passaram a ser um pouco
       menos brilhantes, interagindo com as mais suaves. Também acontece a
       incorporação de vários suportes, o uso de papeis coloridos, papel-cartão e tecidos
       enriquecendo a produção do artista. Trata-se de um processo gradual, que ocorre
       sem pressa, ao longo do desenvolvimento da obra do artista.
Capítulo 2 – O ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL




     Segundo Mae Barbosa (2008, p. 01),
             o modernismo no ensino da arte se desenvolveu sob a influência de John Dewey.
             Suas idéias muitas vezes erroneamente interpretadas ao longo do tempo nos
             chegaram, contudo filosoficamente bem informadas através do educador brasileiro
             Anísio Teixeira, seu aluno no Teachers College da Columbia University. Anísio foi o
             grande modernizador da educação no Brasil e principal personagem do movimento
             Escola Nova (1927 – 1934).

     Quando a autora refere-se a Dewey, descreve que a Escola Nova tomou a
idéia de arte como experiência na troca de informações, sendo a arte usada para
ajudar a criança a organizar e fixar noções aprendidas em outras áreas de estudo,
para tanto o desenho e os trabalhos manuais a última etapa para completar a
exploração de um determinado assunto.
     De acordo com Mae Barbosa (2008, p. 02),
             “é no fim da década de 1920 e início da década de 1930 que encontramos as
             primeiras tentativas de escolas especializadas em arte para crianças e
             adolescentes, inaugurando o fenômeno da arte como atividade extracurricular. Em
             São Paulo, foi criada a Escola Brasileira de Arte conhecida através de Theodoro
             Braga, seu mais importante professor”.
     Para tanto, as crianças das escolas públicas entre oito e catorze anos eram
selecionadas por meio de uma prova de desenho podendo estudar gratuitamente,
musica, desenho e pintura, sendo orientada a estilização da flora e fauna
brasileiras desenvolvendo o que podemos chamar de método art nouveau.
     Mae Barbosa (2008, p. 03),
             comenta em sua obra Ensino da Arte: Memória e História, que Anita Malfatti
             mantinha cursos para crianças e jovens em seu ateliê e na Escola Mackenzie. Tinha
             uma orientação baseada na livre expressão e no espontaneísmo. Com o curso para
             criança, criado na Biblioteca Infantil Municipal pelo Departamento de Cultura de São
             Paulo quando Mário de Andrade era seu diretor (1936-1938) esta orientação
             começou a se consolidar.

     Conclui-se então, a importante contribuição para que se começasse a encarar
a produção pictórica da criança com critério investigativo, valorizando a atividade
artística da criança como linguagem complementar.
     Segundo Mae Barbosa (2008, p. 04-05),
             a partir de 1947, começaram a aparecer ateliês para crianças em várias cidades do
             Brasil, em geral orientadas por artistas que tinham como objetivo libertar a
             expressão da criança, fazendo com que ela se manifestasse livremente sem
interferência do adulto. Trata-se de uma espécie de neo-expressionismo que
               dominou a Europa e os estados unidos do pós-guerra e se revelou com muita
               pujança no Brasil.

         Observa-se então a enorme influência multiplicadora gerada pelas
Escolinhas de Arte por todo o Brasil, que começava a tentar convencer a escola da
necessidade de deixar a criança se expressar livremente usando lápis, pincel, tinta,
argila etc.
         De acordo com Mae Barbosa (2008 p. 08),

               a ditadura de 1964 perseguiu professores e escolas experimentais foram aos
               poucos desmontadas sem muito esforço. Era só normalizar e estereotipar seus
               currículos, tornando-as iguais às outras do sistema escolar. Até escolas de
               educação infantil foram fechadas. A partir daí, a prática de arte nas escolas públicas
               primárias foi dominada, em geral, pela sugestão de tema e por desenhos alusivos a
               comemorações cívicas, religiosas e outras.

         Portanto, destruindo a experiência renovadora, onde se criava uma
Escolinha de Arte com base na Bauhaus, de ensinar a criança através de bom
desenho.
         A autora refere-se, entretanto, que por volta de 1969, a arte fazia parte do
currículo de todas as escolas particulares de prestígio, seguindo a linha
metodológica de variação de técnicas. Eram, porém, raras as escolas públicas que
desenvolviam um trabalho de arte.
         Segundo Mae Barbosa (2008), “a reforma educacional de 1971 estabeleceu
um novo conceito de ensino de arte: a prática da polivalência” (p. 10). Segundo
esta reforma, as artes plásticas, a música e as artes cênicas (teatro e dança)
deveriam ser ensinadas conjuntamente por um mesmo professor da primeira à
oitava série do primeiro grau.
         Para suprir esta necessidade, cursos de licenciatura em educação artística
com duração de dois anos foram criados, com o objetivo de criar professores
polivalentes, após o curso o professor poderia estudar em direção à licenciatura
plena.
         Mae Barbosa (2008), comenta: “a semana de Arte e Ensino fortificaram
politicamente os arte/educadores” (p. 12). Já em 1982/1983 foi criado na pós -
graduação em artes a linha de pesquisa em arte educação na universidade de São
Paulo constando de doutorado, mestrado e especialização, com orientação de Ana
Mae Barbosa.
      Segundo Mae Barbosa (2008), quando em 1997, o governo federal, por
pressão externas, estabeleceu os Parâmetros Curriculares Federal, a Proposta
Triangular foi a agenda escolhida da área. Nesses Parâmetros foi desconsiderado
todo o trabalho de revolução curricular que Paulo Freire desenvolveu quando
secretário municipal de Educação (1989/1990), com vasta equipe de consultores e
avaliação permanente.
      Para tanto, a luta mais importante se deu em prol da continuação da
obrigatoriedade da arte na Lei de Diretrizes e Base Nacional Darcy Ribeiro, que
começou antes mesmo da criação da LDBN do Darcy. Jamais ousaria fazer a
história desta luta sem uma pesquisa aprofundada, pois ela se tornou um elemento
fundamental da identidade do arte/educador no Brasil.




2.1 O Ensino de Arte no Brasil



      Segundo, PCN: Arte (2000, p. 19),
             a educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da
             percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido á
             experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e
             imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e
             conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas
             diferentes culturas.

      Contudo, o ensino de arte na educação escolar tem um percurso
relativamente pequeno, pois as transformações nesta área só começaram a
acontecer no século XIX na maioria dos países, saindo de uma educação
tradicional, para um processo de aprendizagem para o desenvolvimento da criança,
sobre o processo criador em artes de outras culturas.

      Segundo Ana Maria Pessoa de Carvalho (2009, sumário),

             na obra Ensino de Arte, nestes últimos anos, quando a educação passou a ser
             considerada uma área essencial na formação dos cidadãos para o desenvolvimento
             econômico e social do país, a tarefa de ensinar cada uma dos conteúdos
             específicos sofreu muitas reformulações, o que gerou novos direcionamentos para
             as propostas metodológicas a serem desenvolvidas em sala de aula.
Para tanto, nos últimos anos aumentou-se a quantidade de escolas cujos
professores utilizam-se da prática educativa em artes aproximando as das práticas
sociais e a produção de diferentes tempos e culturas como conteúdos a serem
ensinados.

        De acordo com Arslan e Iavelberg (2009, p. 02),

                  na obra Ensino de Arte, na Escola tradicional predominava a orientação
                  neoclássica, introduzida pela Academia de Belas-Artes instalada pela Missão
                  Francesa no início do século XIX.
                  A Escola renovadora que incorporou as práticas de experimentação da arte
                  moderna com o uso de meios e suportes não-convencionais nas aulas de arte:
                  técnicas de colagem, pintura em vários tipos de suporte com tintas variadas, de
                  fabricação caseira ou industrializadas, trabalhos com anilina, vela e modelagem em
                  argila.
                  Na escola construtivista ocorre um retorno à valorização dos conteúdos de ensino,
                  que já eram preconizados na escola tradicional, porém eram concebidos de modo
                  diferente no que se referem a formas de aprendizagem, recortes qualitativos e
                  avaliativos.

         Os autores referem-se aos anos de 1980, como o ano de novas mudanças
no ensino de arte onde diversas culturas, passam a ser objeto de conhecimento
nas escolas, incorporando novas tecnologias, mas não abandonando os recursos
tradicionais ( lousa, papel, tinta, lápis).

         Segundo o PCN (2000, p.30),

                  a partir dos anos 80 constitui-se o movimento Arte-Educação, inicialmente com a
                  finalidade de conscientizar e organizar os profissionais, resultando na mobilização
                  de grupos de professores de arte, tanto da educação formal como da informal. O
                  movimento Arte-Educação permitiu que se ampliassem as discussões sobre a
                  valorização e o aprimoramento do professor, que reconhecia a seu isolamento
                  dentro da escola e a insuficiência de seu conhecimento na área, com o intuito de
                  rever e propor novos andamentos à ação educativa em Arte.

         Observa-se então que as novas tendências curriculares em Arte voltadas
com conteúdos próprios, ligadas à cultura artística e não apenas como atividades,
sem duvida, estão interferindo na melhoria do ensino e da aprendizagem de arte,
que tem por principio básico a integração do fazer artístico, a apreciação da obra
de arte e sua contextualização histórica 1 .

_____________

   1.    As idéias de integração entre o fazer, a apreciação e a contextualização artística são identificações da “Proposta
         Triangular para o Ensino da Arte”, criada por Ana Mae Barbosa e difundidas no País por meio de projetos como os
         do Museu de arte Contemporânea de São Paulo e o Projeto Arte na Escola da Fundação Iochpe.
2. 2 Arte na Educação Infantil.




       De acordo com os PCN (2000), na proposta geral dos Parâmetros
Curriculares Nacionais, Arte           2   tem uma função tão importante quanto a dos outros
conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem. A área de Arte está
relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades.
       No entanto, cabe ao professor alimentar os alunos com informações e
procedimentos de arte dando oportunidades para que ele desenvolva trabalhos em
grupos ou pessoais, que contribuam                     para o fortalecimento da criatividade, a
pesquisa e a criação. A pesquisa é fundamental para o contato com os artistas,
sua história de vida, o momento histórico, enfim tudo de mostrará aos alunos, o
processo criativo para execução de uma obra artística. O contato direto com
reproduções dos quadros, suas cores, formas, texturas, linhas, proporcionarão
fortalecimento da criatividade, pois tanto em grupo, com sozinhos criarão suas
produções artísticas, trocando informações, idéias, comparando seus trabalhos
contribuindo, assim, para o desenvolvimento global dentro da linguagem artística
do mundo da arte.
       A Arte tem flexibilidade em seu currículo, portanto, os alunos aprenderão
também de maneira lúdica, com o professor mediador os conhecimentos que já
possuem em seu cotidiano, e as novas informações obtidas, tornando a
aprendizagem mais significativa.
       De acordo com Pillotto e Mognol (2007, p. 216),

                 na obra Arte, Educação e Cultura, o conhecimento deve ser considerado um
                 processo de construção do saber em permanente integração com a realidade, ou
                 seja, contextualizado a partir de reflexões sobre teorias relacionadas às
                 experiências do cotidiano. Essa flexibilidade curricular, portanto, proporciona a
                 interação entre teoria e prática tornando o “aprender” construção significativas.

       Nos dias de hoje a Arte deve ser trabalhada observando o contexto social
histórico e cultural da infância, valorizando a diversidade.



---------------------
2.   Quando se trata da área curricular, grafa-se Arte; nos demais casos, arte.
Nesse sentido, Pillotto e Mognol (2007) ressaltam sobre a importância da
organização de projetos partindo das experiências das próprias crianças sugerindo
questões a serem elucidadas. A criança é um ser curioso e apto à exploração,
portanto, quanto mais o projeto estiver ligado às questões de seu interesse, mas
significativo será o seu aprendizado.
     Observa-se então que a educação nos dias de hoje não deve se uma
estrutura    curricular     rígida,     baseada        unicamente    disciplinar,    seqüenciada,
acumulativa, mas sim de um currículo não-linear, considerando o contexto
histórico-social e cultural da infância, que valorizem e respeitem a diversidade.
     Portanto, a utilização da representação visual por meio da tridimensionalidade
(escultura, modelagem) e do bi dimensionalidade (pintura, desenho, gravura etc.)
são recursos a serem utilizados para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e
sensível, como também ter a oportunidade de exercitar as várias linguagens,
através     de    brincadeiras     ao    ar   livre,    dramatização,     dando     prioridade     à
expressividade das crianças.
     Segundo Pillotto e Mognol (2007 p.219),

                 Edwards et al. (1999) define que o papel do educador engloba a concepção de
                 aprendizagem nos planos cognitivos, social, físico e afetivo, o manejo metodológico,
                 a preparação do ambiente, o incentivo e orientação, a comunicação e a busca de
                 crescimento profissional.

     Ainda sobre isso Pillotto e Mognol (2007) na obra Arte, Educação e Cultura,
ressalta para a arte na educação infantil, estão o educador em arte, que em
consonância com os demais educadores da instituição, aprofundando conceitos e
linguagens da arte.
     A função desse profissional não será simplesmente a de “ministrar aulas”
fragmentadas de arte, mas, sobretudo, de organizar um espaço de cultura que
possibilite a ampliação das expressões e das linguagens da criança.
     O projeto pretende também motivar os professores para novas práticas
pedagógicas adequadas ao Ensino Infantil, incentivando os pequenos para a
pesquisa, e para o desenvolvimento de sujeito agente do aprendizado, pois serão
protagonistas do aprender, sentindo, criando e fazendo Arte.
2.3 Abordagem Triangular no Contexto da Arte-Educação.


     De acordo com Mae Barbosa (1998, p. 17),
              em sua obra Tópicos Utópicos, em nossa vida diária, estamos rodeados por
              imagens impostas pela mídia, vendendo produtos, idéias, conceitos,
              comportamentos, slogans políticos etc. Como resultado de nossa incapacidade de
              ler essas imagens, nós aprendemos por meio dela inconscientemente. A educação
              deveria prestar atenção ao discurso visual. Ensinando a gramática visual e sua
              sintaxe através da arte e tornar as crianças conscientes da produção humana de
              alta qualidade é uma forma de prepará-las para compreender e avaliar todo o tipo
              de imagem, conscientizando-as de que estão aprendendo com essas imagens.

     Nas artes visuais, este processo se dá através da imagem onde o fazer
artístico, a historia da arte e a análise da obra de arte, proporciona ao educando o
desenvolvimento de suas necessidades e de seu interesse.
     Assim sendo, as atividades de arte dentro das escolas passam a ter um
significado maior para os alunos deixando de ser uma atividade de mero
passatempo. Quando o aluno conhece a arte através de sua história possibilita que
ele entenda em que tempo esta obra foi realizada, possibilitando um melhor
entendimento da mesma.
     Ao apreciar uma obra de arte, o aluno desenvolve a habilidade de apreciação
sobre as qualidades da mesma, pois através da apreciação desenvolve-se o senso
estético para julgar a qualidade da imagem.
     No fazer arte, o educando desenvolve sua criatividade através das técnicas
existentes como também inovando de outras formas o seu trabalho. Segundo Mae
Barbosa (2007), temos que alfabetizar para a leitura da imagem. Através da leitura
das obras de artes plásticas estaremos preparando a criança para a decodificação
da gramática visual.
     Para tanto, interligar o fazer artístico, a história da arte e a análise da obra de
arte organizariam de maneira que as necessidades, os interesses e o
desenvolvimento das crianças seria respeitado, como também a matéria a ser
aprendida, com seus valores, sua estrutura e sua contribuição à cultura.
     De acordo com Barbosa (1998, p. 35)
              na obra Tópicos Utópicos. Proposta Triangular, como sistema epistemológico, só
              foi sistematizada e amplamente testado entre os anos de 1987 e 1993, no Museu
              de Arte contemporânea da USP, tendo como meio a leitura de obras originais. De
              1989 a 1992 foi experimentado nas escolas da rede municipal de ensino de São
              Paulo, tendo como meio reproduções de obras de arte e visitas aos originais do
              museu. Este projeto foi iniciado no período em que Paulo Freire foi Secretário de
              Educação do Município de São Paulo e foi conduzido inicialmente por mim, depois
por Regina machado e por fim e por mais tempo por Christina Rizzi. Sua avaliação
             positiva após quatro anos foi extremamente recompensadora.

      A Proposta Triangular foi utilizada no Museu de Arte Contemporânea da
Universidade de São Paulo com crianças e adolescentes, como também na
formação de arte educadores, passando a ser um referencial para atividades
educativas em arte. Contribuindo para o conhecimento da arte, como também para
a democratização deste conhecimento, interagindo o conhecer, apreciar, fazer no
processo de crescimento do aluno.
Capítulo 3 – RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO SEM LIMITES PARA
CRIAR.


      Para desenvolver o projeto sem Limites Para Criar, onde buscamos ampliar
os horizontes de nossos alunos, levando-os a conhecer a vida e a obra de grandes
pintores, provocando os memos a produzirem, coletiva ou individualmente, suas
próprias obras, como também mergulharem no enriquecedor universo das artes.
Para realização do projeto mencionado é necessário que se faça a mediação entre
as obras escolhidas pelo professor e a biografia do artista relacionado, pois será
assim que os alunos aprofundarão seus conhecimentos, mesmo os pequenos.
      Cada educador, pesquisando o artista escolhido, oferecerá informações
para motivar os alunos a observar as diferentes imagens, a época, e
principalmente as técnicas e cores que caracterizarão as novas produções
artísticas, individuais ou coletivas de cada um.
      Considerando que as crianças têm um prazer muito grande em manusear e
transformar materialidade encontrando sempre disponibilidade para investigar,
elaborou-se um projeto que permitisse essa disponibilidade, que o aluno tem para
a experimentação. Durante os próximos meses os alunos do Colégio Nomelini
Cirandinha, do maternal ao 5º ano está sendo desenvolvido um projeto muito
interessante e enriquecedor. Trata-se do projeto “Sem Limites Para Criar”.
      Nele, os alunos estão sendo provocados a produzir suas obras, além de
mergulhar, de corpo e alma no maravilhoso universo das Artes. O objetivo maior de
nosso projeto é ampliar os horizontes de nossas crianças levando-as a conhecer a
vida e a obra de artistas que vão de Pablo Picasso, Monet até o contemporâneo
Romero Britto.
      A participação dos pais, que já esse transformou no diferencial do colégio, é
primordial para o sucesso de nosso trabalho que foi pensado para proporcionar às
crianças esse momento intenso de contato com as texturas e tintas para interagir
com materiais, defrontando com desafio, únicos neste momento atribuindo
significado e extraindo sentidos.
      Foram realizados vários encontros com os professores para a apresentação
de sugestões sobre os trabalhos a serem desenvolvidos como atividade durante o
decorrer do projeto.
Como primeira etapa do projeto, em cada sala de aula foi colocada pelo
professor uma obra de arte do artista a ser trabalhado por aquela sala, com a
intenção de despertar a curiosidade dos alunos sobre aquela obra e seu autor.
      O resultado foi muito positivo, pois além do interesse dos alunos da sala
sobre a obra de sua sala, as professoras questionavam seus alunos sobre quais
seriam as obras das outras salas, com isso aconteceu uma grande excursão de
alunos de uma sala a outra para conhecer qual artista estava sendo trabalhado por
eles, como também contra coisas sobre a vida do artista de sua sala.
      Cada professora apresentou a biografia dos pintores e os trabalhado por
eles, realizados com pesquisas em livros como também a apreciação das obras
realizadas pelos pintores nas aulas de informática pro meio de pesquisa dos sites
dos pintores.
      Para os alunos menores estas obras foram apresentadas através de livros
voltados para a educação infantil como também por meio de projeções que
aconteceram na sala de informática.
      Cada professora direcionou suas atividades respeitando a idade de seus
alunos, para os menores buscou-se trabalho mais o lado emocional como as fases
Azul e Rosa de Pablo Picasso.
      Os alunos do maternal deram início ao projeto em uma oficina de culinária
com confecção de cupcakes, que foram coloridos com confeitos azul e rosa
retratando as cores das fases de Picasso.
      Dando continuidade ao projeto depois de ouvirem a historia sobre a vida de
Picasso, que contava que seu pai criava pombas, como também gostava muito de
desenhá-las. Os alunos fizeram uma visita ao viveiro da escola para observação
das mesmas, registrando este momento em atividade de pintura onde pintaram
pombas grandes e pequenas feitas de cartolina.
      Sendo o cubismo um estilo desenvolvido por Pablo Picasso, foi apresentado
aos alunos algumas de suas obras, e foi comentado pela professora as formas
geométricas encontradas nas obras, em seguida foram oferecido aos alunos folhas
de papel canson branca, várias figuras geométricas de cores variadas e diferentes
tamanhos, cola branca e pincel, para que registra do que foi visto.
As crianças também conheceram a fase em que Pablo Picasso apaixonado
muda seu estilo de pintura, que passaram a ter cores e temas mais alegre, onde
ele retratou a arte circense.
       Para registro deste momento os alunos pintaram em potes grandes de
papelão um palhaço azul, outro rosa, onde também se buscou trabalhar a
tridimensionalidade de uma obra de arte, complementando este momento a
professora apresentou um boneco feito em TNT no qual as crianças com retalhos
de tecidos coloridos o vestiram representado á alegria desta fase do pintor.
       Como finalização do projeto cada criança recebeu uma almofada na qual
elas pintaram com caneta acrilex coloridas finalizando de forma individual a
realização do projeto.
       Já com os alunos mais velhos, foram realizadas diversas oficinas de arte
para construção de trabalhos de releitura de obras com suportes variados, com
caixas de papelão, telas, garrafas descartáveis, chinelos, esculturas em papel
machê, esculturas em placas de isopor, criando formas tridimensionais.
       Seguindo a tendência POP ART pintada por Romero Britto, os alunos do
primeiro ano fizeram a customização em seus próprios chinelos, que primeiro
recebeu uma camada de tinta látex banca, que depois foram riscados segundo as
formas geométricas utilizadas pelo pintor em seus trabalhos, que em seguida foi
pintado com cores vivas e contornados de preto.
       Uma rede de perfumarias, conhecida nacionalmente, lançou uma linha de
perfumes exclusiva e limitada assinada por Romero Britto, em outra atividade todos
os alunos utilizaram como suporte uma garrafinha descartável, pintando-as com as
características da coleção lançada pelo pintor, com isso os alunos criaram sua
própria coleção de embalagem.
       Para trabalhar em conjunto e explorando a tridimensionalidade os alunos
utilizaram caixas grandes de papelão na confecção de cubos, que depois foram
pintados com cores chapadas e contornos em preto, ressaltando ainda mais estas
características encontradas nas obras de Romero Britto.
       A obra “O Gato” de Romero Britto, foi apreciada pelos alunos, para a
observação das cores das formas geométricas, como também falar sobre o animal
representado na obra, seu valor emocional, suas qualidades assim como
características .
Com base nestes dados, e em conjunto os alunos trabalharam na
construção de um gato utilizando-se de uma caixa grande de papelão de uma
televisão LCD como suporte, que foi pintada por eles, em grupos de quatro, onde
cada um colaborou expressando sua criatividade na execução da obra.
      Nenhuma professora da educação infantil e ensino fundamental é formada
em arte e nós só temos uma professora da arte para as duas etapas, as
professoras também precisaram fazer pesquisas para desenvolver o projeto o que
veio somar mais a seus conhecimentos.
      Os alunos estão bastante entusiasmados com o desenvolvimento do projeto,
principalmente porque a culminância do mesmo se dará com uma exposição que
acontecerá na Estação Cultura de nossa cidade no final do mês de novembro,
onde familiares e a comunidade será convidada.
O objetivo dessa exposição é a valorização do aluno enquanto agente portador do
conhecimento adquirido em arte.
CONCLUSÃO
A escolha do tema deu-se devido ao fato de perceber que, o ensino de arte
na Educação Infantil em muitas escolas ainda é colocada em segundo plano.
Acredito que, através da biografia dos pintores e de suas obras, ocorra uma
proposta de educação visando à restauração da unidade e da integração do
conhecimento.
         O contato com as biografias e as obras artísticas é de grande importância
para o ser humano, desde a infância, pois, através da produção artística
compartilhamos a história e a cultura produzidas pela humanidade através dos
tempos.
         O trabalho com a criatividade e com a imaginação dos alunos tornou-se
essencial para a busca de diferentes linguagens na sala de aula. Um dos pontos
que justificou o desenvolvimento de um projeto ligado à área da arte visual é que
trabalhando com esses três eixos: Biografia de grandes pintores, produção e
apreciação integradas, as crianças podem ter contato mais contemplativo com
Artes.
         Para o desenvolvimento de trabalhos em artes, voltados para este tema o
número de informações é muito grande, como também relatos de experiências
vividas por outros educadores; para tanto, basta que o professor queira melhorar
seu trabalho , ampliando suas pesquisas.
         A viabilidade de aplicação deste projeto em sala de aula, se dá desde que o
professor adéqüe as atividades a cada faixa etária de seus alunos, como também
levar o conhecimento de forma lúdica e prazerosa, pois, com isso acredito que
colherá frutos mais conscientes e produtivos.
         De acordo com o referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil,
PCN (2000), o fazer artístico - centrado na exploração e comunicação de produção
de trabalhos de arte por meio de prática artística, propiciando o desenvolvimento
de um percurso de criação pessoal.
         Apreciação – percepção do sentido que o objeto propõe, articulando-o tanto
aos elementos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes utilizados,
visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de
construção de sentido, reconhecimento, análise e identidade de obras de arte e de
seus produtores;
Reflexão – considerado tanto no artístico como na apreciação, é um pensar
sobre todos os conteúdos do objeto artístico que manifesta em sala,
compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza instigada pelo
professor e no contato com suas próprias produções e as dos artistas. Outro ponto
é ter acesso à informações que contribuam para crescer, identificando-se como
produtores de arte.
      Para Duarte, Silvia Sell e Mognol, Letícia Coneglian (2007), a arte pode ser
uma fonte de conhecimento que possibilita desenvolver o potencial criativo,
permitindo novas relações, o que leva a uma nova visão de mundo e de seus
significados. Outro ponto que justificou o projeto é o reconhecer e valorizar a
produção artística e o papel do artista na sociedade e na cultura.
      Para fortalecer ainda mais esta característica, professores e alunos foram
orientados a buscar informações sobre artistas, pintores e suas produções, como
também fazer escolhas quanto a materiais e técnicas a serem utilizadas.
Contribuindo na construção de um percurso criador individual e coletivo. (PCN,
1997), para tanto, a escola deve colaborar para que os alunos passem por um
conjunto amplo de experiências de aprender e criar, articulando percepção,
imaginação, sensibilidade, conhecimento e produção artística pessoal e grupal.
Para tanto o aluno deve explorar as possibilidades oferecidas pelos diversos
materiais, instrumentos e suportes necessário para o fazer artístico.
      De acordo com o PCN (1997), o ser humano que não conhece arte tem uma
experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força
comunicativa dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das
criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido
da vida.
      A realização deste trabalho foi muito gratificante, pois tive a oportunidade
 de pesquisar um assunto que me despertou curiosidade no decorrer do curso de
 graduação. Na busca de levantar dados para a pesquisa descobri que este tema
 é de grande preocupação por parte dos pesquisadores voltados a área de
 educação o que despertou ainda mais meu interesse, com o objetivo de
 crescimento pessoal e profissional.
      Lendo e conhecendo mais a fundo a importância da arte na Educação
 Infantil e o papel do professor junto à mesma, observei que sua contribuição na
vida das pessoas, em geral, é de grande valia e sua valorização precisa ser
reconhecida e incentivada, principalmente nessa fase escolar.
     Trabalhar com pesquisa é bastante intrigante, pois proporciona ao
pesquisador a oportunidade de ampliação de seu conhecimento, dando a ele a
maior dimensão do processo de leitura, que é de fundamental importância,
propiciando um maior entendimento sobre o tema pesquisado.
     Alcançar os objetivos propostos foi de grande importância para mim, pois
através das pesquisas constatei a relevância do arte-educador no processo de
educação da criança, onde ocorre uma maior possibilidade de superação do
ensino codificado e memorizado, mas dá ao arte-educador uma possibilidade
maior de incorporar sentido e novos valores ao processo de aprendizagem em
artes.
     Além da família, os professores são os que têm uma maior integração no
processo de educação da criança, por esse motivo é essencial que ele incentive
seus alunos principalmente pelo caminho da arte, oferecendo suporte que venha
somar em seu crescimento, criando desafios para novos conhecimentos. Por
meio da pesquisa, pode gerar ao profissional uma grande contribuição em sua
formação como também contribuir para a atuação do professor com relação à
importância sobre a arte na educação infantil, como forma de provocar, o criar, o
fazer, o buscar, e não apenas como mero transmissor de conteúdos.
     O ensino de artes na educação infantil, ainda encontra inúmeros
impedimentos, principalmente como área de conhecimento, como também a
desvalorização do professor, por não ser compreendido como agente de
transformação social, mas cabe principalmente ao professor, organizar-se,
valorizar-se e pesquisar, para melhor qualificar-se.
     Concluo assim, que é necessário que o professor pense no ensino de artes
na Educação Infantil, e busque teorias mais atuais com relação à pedagogia no
ensino de artes para que com isso haja um menor distanciamento entre o que
está sendo desenvolvido nas escolas e os fundamentos dos autores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Arslan, Lucia Mourão. Ensino e arte. São Paulo: Cengage Learning, 2009.

Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos. Ensino da Arte: Memória e História. São
Paulo: Perspectiva, 2008.

Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e
novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 2007.

Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/Arte,
1998.

Battistoni Filho, Duílio. Pequena história das artes no Brasil. Campinas: Átomo,
2008.

D. Ambrósio, Oscar. Contando a Arte de Romero Britto.           São Paulo: Nova
América, 2010.

Oliveira, Marília Oliveira de. Arte, educação e cultura. Santa Maria: UFSM, 2007.

Venezia, Mike. Pablo Picasso, tradução Valentini Rebouças. São Paulo:
Moderna, 1996.


Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais/Arte.
Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

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O ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE ATRAVÉS DA BIOGRAFIA DE GRANDES PINTORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

  • 1. SUELY APARECIDA FONSECA DO NASCIMENTO O ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE ATRAVÉS DA BIOGRAFIA DE GRANDES PINTORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL BARRETOS 2011
  • 2. SUELY APARECIDA FONSECA DO NASCIMENTO O ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE ATRAVÉS DA BIOGRAFIA DE GRANDES PINTORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL Trabalho de conclusão do curso de Artes Visuais, do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade de Brasília. Orientador: Profº Christus Menezes Nóbrega BARRETOS 2011
  • 3. SUMÁRIO RESUMO INTRODUÇÃO 1. MOVIMENTO DA ARTE NO BRASIL 1.1 Época colonial 1.2 A missão Artística de 1816 1.3 Época republicana 1.4 Movimento artístico nas décadas de 1930 e 1940 1.5 A primeira Bienal e as tendências contemporâneas 1.6 Biografias dos Pintores 1.6.1 Pablo Picasso 1.6.2 Romero Britto 2. O ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL 2.1 Ensino de Arte no Brasil 2.2 Arte na Educação Infantil 2.3 Abordagem Triangular no Contexto da Arte-Educação 3. RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO SEM LIMITES PARA CRIAR. CONCLUSÃO
  • 4. RESUMO Este trabalho versa sobre o Ensino da História da Arte, na Educação Infantil, por meio das biografias de grandes pintores. Voltado para o aprendizado da arte por parte de alunos desta modalidade de ensino. Conhecendo a vida de pintores como Pablo Picasso, e verificando as fases pelas quais ele passou em sua vida, a criança consegue entender a mudança aparente em seus trabalhos, em determinadas épocas de suas criações. O que se deu em suas fases, rosa e azul. Para as crianças, o ensino da arte é de suma importância, para que se desenvolva suas formas de expressão e comunicação. No desenvolvimento deste trabalho, as crianças são estimuladas a produzir suas próprias obras, manuseando materiais, e familiarizando-se com artistas famosos, como o já citado Pablo Picasso e o contemporâneo Romero Britto. PALAVRRAS-CHAVE: Arte, Biografia, Educação Infantil.
  • 5. INTRODUÇÃO Por ser a escola o primeiro espaço formal para o desenvolvimento da criança, é necessário começar a educar o olhar delas desde a Educação Infantil, lembrando que a infância é a época das descobertas, das aventuras e magias. Portanto, o professor deve oferecer condições que estimulem a criatividade, a pesquisa e a criação, fazendo com que a criança perceba e valorize a arte. Acredita-se que esta semente deva ser plantada desde a Educação Infantil, o papel da arte nessa fase de ensino é fundamental, pois envolvem os aspectos cognitivos, sensível e cultural, o que até bem pouco tempo não era considerado na Educação Infantil. Tais aspectos permitem que sejam proporcionadas experiências diversificadas e enriquecedoras, que venham desenvolver as suas capacidades cognitivas despertando confiança em si, sentindo-se amado e respeitado, o que deve ser feito de forma continua e dinâmica, daí a importância de se iniciar na infância. A arte na Educação Infantil e seu fazer artístico não devem ser vistos como recreativos, mas sim ser entendidos como instrumento pedagógico que irá contribuir para o desenvolvimento do aluno na Educação Infantil. Ampliando o conhecimento do mundo da criança por meio do contato com objetos e materiais artístico, explorando as diversas formas de expressão, ampliando as possibilidades de expressão e comunicação. Mediante a observação da prática docente, sentiu-se então a necessidade de trabalhar o tema na tentativa de esclarecer e elucidar a verdadeira função e a contribuição da Arte na Educação Infantil na formação da criança. Os alunos serão levados a conhecer a biografia e as obras artísticas de pintores, para o estimulo e enriquecimento de suas próprias produções. Este trabalho tem como objetivo, pesquisar as metodologias utilizadas pelos professores do Colégio Nomelini do Maternal ao 5º ano, confrontando-as com os principais norteadores dos Parâmetros Curriculares Nacionais em Artes, a fim de verificar se houve construção de conhecimento nos educados. Cabe também ao educador acreditar que esta criança é capaz de criar, dar sentido, construir, através de uma linguagem única, a da arte. Nesse aspecto, as ações mediadas pelo professor não devem ser atividades mecânicas, repetitivas e nulas de expressividades. Ao contrário, devem fundamentar-se nas relações de afeto,
  • 6. respeito, as quais são acompanhadas pelo professor atento ao desenvolvimento psicossocial da criança. No processo de aprendizado, a criança constrói sentimentos ao mesmo tempo em que integra com os outros, esse fato é de extrema relevância para a compreensão de si e do outro. Para que isso de fato ocorra, o profissional que atua com as linguagens da arte na educação infantil deve ter perfil de pesquisador, ser observador, curioso, mediador e parceiro das crianças, da instituição e da comunidade. Além disso, é fundamental que conheça a pedagogia da infância e o contexto da educação infantil e desenvolva vivências nas linguagens da arte.
  • 7. Capítulo 1 – MOVIMENTO DA ARTE NO BRASIL. 1.1 Época Colonial. Segundo Battistoni Filho (1937), “as diversas ordens religiosas aqui radicadas, como os jesuítas, beneditinos, franciscanos e carmelitas, se dedicaram às artes ligadas diretamente à liturgia católica ou à veneração dos fiéis” (p. 11) . As ordens religiosas foram as principais responsáveis dos produtos artísticos no Brasil Colonial. Os primeiros artistas eram autodidatas e copiavam imagens com temas religiosos. Junto com os portugueses, chegaram ao país outras influências artísticas, entre elas, muitos pintores. Na época do governo de Mauricio de Nassau, o pintor holandês Frans Post chegou ao Brasil Colônia documentando a vida social e econômica do nordeste no século XVII, retratando ainda paisagens e natureza, contrapondo em termos estéticos, a concepção artística proposta pela igreja. Segundo o autor Battistoni Filho (1937), “no século XVIII, floresceu o estilo Barroco, caracterizado pela exuberância de formas, pela policromia, pelo assimetrismo e pela pompa litúrgico-ornamental, revelando a afirmação gloriosa e o poder temporal e espiritual da Igreja” (p. 26) . No auge do ciclo do ouro, as igrejas eram ricamente decoradas, mostrando seu poder. Os artistas utilizavam matéria prima brasileira, como pedra sabão e madeira. Antonio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”, foi o escultor mais significativo desta época. 1.2 A missão Artística de 1816 Segundo Battistoni Filho (1937), “para tanto, a arte deveria passar a limpo certos padrões estéticos, imprimindo na paisagem um novo gosto e um novo olhar.
  • 8. O primeiro passo nesse processo remodelador da prática artística foi dado, antes mesmo da chegada da família real ao Brasil, com a instituição, em 1800, da Aula Prática de Desenho e Pintura” (p. 41). Anterior à vinda da Família Real Portuguesa, a administração colonial queria conferir aos habitantes daqui uma nova proposta aos hábitos e costumes, dando um aspecto mais europeu às cidades. D. João VI ao chegar ao Brasil em 1808, efetuou mudanças no cenário cultural da colônia. Em 1816, trouxe para o Brasil, pintores e escultores comprometidos com o ideal de mudanças. Destacavam-se na Missão Artística Francesa, chefiada por Joaquim Lebreton, critico de arte; os pintores Nicolas Antoine Taunay e Jean Baptiste Debret; Grandjean de Montigny, arquiteto; augusto Maria Taunay, escultor, Charles Pradier e Zeferino Ferrez, gravador. Esses artistas buscaram retratar o cotidiano da colônia de uma forma romântica, idealizando a figura do índio e ressaltando o nacionalismo e as paisagens naturais. Segundo Battistoni Filho (1937, p. 43), o artista centralizava seu destino na academia de arte, laica e oficial, onde se formará sob preceitos teóricos e práticos claramente definidos. No culto ao Belo eterno e à forma ideal, inspirado pelos gregos, o neoclassicismo foi uma expressão estética da burguesia, a qual evoluirá rapidamente para o estágio industrial e capitalista. Em 1840, observa-se um momento decisivo na formação de uma cultura nacional com o surgimento de artistas nacionais principalmente na pintura formados pelo ensino acadêmico criado em 1816 com premiações de viagem à Europa para os que mais se destacavam. Com isso os pintores acabaram escapando da obsessão pela temática acadêmica nascendo a pintora brasileira. No cenário da pintura tradicional brasileira dois nomes são destacados, de acordo com Battistoni Filho (1937): Victor Meirelles e Pedro Américo, que podem ser classificados entre o classicismo e o romantismo.
  • 9. 1.3 Época Republicana De acordo com Battistoni Filho (1937, p. 74), o modernismo se caracteriza pelo repúdio a cânones estabelecidos, secularmente aceitos e pelos estímulos à experimentação. Os modernistas defendiam uma nova função artística, num mundo que já contava com técnicas de reprodução de imagens, como a fotografia e o cinema. A perspectiva e a imagem figurativa, consideradas acadêmicas foram abandonadas pelas artes visuais. Para os artistas, os projetos e as idéias contidas em cada obra passaram a ser valorizadas abandonando o objetivo de uma obra bem resolvida na qual o principal era a habilidade artesanal especial. Nas primeiras décadas do século XX destacam-se os artistas: Anita Malfatti (1889-1964), Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) e Victor Brecheret (1894-1955). Cada um desses artistas representou isoladamente ou em grupo papel fundamental na renovação no cenário artístico brasileiro na ruptura de convenções na área da criação artística. O marco desta época foi a Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo, em fevereiro de 1922. Segundo Battistoni Filho (1937), nessa semana, vários artistas comprometidos em mudar a expressão da arte nacional se apresentaram. Quebraram com os padrões europeus e buscaram valorizar a identidade nacional e uma arte, cujo cenário de fundo, eram as paisagens brasileiras e o povo brasileiro, inovaram e romperam com o tradicional. 1.4 Movimento artístico nas décadas de 1930 e 1940 Segundo Battistoni Filho (1937, p. 87-88), em sua obra Pequena História da Arte no Brasil, em fins de 1932, passado o movimento constitucionalista, aconteceu em São Paulo um fato reputado como da maior importância nos destinos da arte moderna no Brasil: a fundação da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM). Constituiu ela um movimento coletivo de certa envergadura, com orientação definida, podendo-se dizer, sem incorrer em exagero, que foi um teste com resultados positivos sobre as possibilidades do ambiente artístico da cidade, surgindo daí um movimento percurso do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Conclui-se que com crescimento de exposições que englobavam diferentes tendências comuns aos modernistas tiveram papel fundamental, inclusive com
  • 10. manifestações sob forma de debates e palestras. Sendo o pintor Cândido Portinari (1903-1962) de fundamental relevância, pois seus quadros tornaram-se instrumento de denúncia social. 1.5 A primeira Bienal e as tendências contemporâneas. “Para as artes plásticas brasileiras o evento culminante foi a Bienal Internacional de Artes Plásticas de São Paulo em 1951, pois colocou a arte moderna brasileira em contato com a arte internacional”. (Battistoni Filho, 1937). Já a segunda Bienal realizada em 1953 no Parque do Ibirapuera, trouxe o cubismo, o futurismo e o neoplasticismo. As posteriores trouxeram o expressionismo e o surrealismo na Bienal de 1959, conhecido como abstracionismo geométrico, nas pinturas de Manabu Mabe, Iberê Camargo e Tomie Ohtake. Para tanto, a Bienal torna-se o centro de atração para todos os artistas do Brasil, despertando um movimento interno de aproximação artística entre as diversas províncias culturais do país, notadamente entre os dois principais centros, Rio de Janeiro e São Paulo. 1.6 Biografias dos Pintores Por serem pintores de grande expressão no cenário artístico, Pablo Picasso e Romero Britto, merecem destaque na exposição de suas biografias.
  • 11. 1.6.1 Pablo Picasso Segundo Mike Venezia (1996), “Plablo Picasso foi um dos maiores artistas do século XX. Nasceu em Málaga, na Espanha, em 1881, e morreu em 1973, na França” (p. 3). Pablo Picasso, além de ser um artista conhecido, possui obras figurativas e participou do movimento cubista, oferecendo assim, nesse projeto uma diversidade de imagens que poderão ser amplamente exploradas. De acordo com Venezia (1996), “o estilo da pintura de Picasso mudou, durante sua vida, mais que o de qualquer outro artista. Picasso estava sempre tentando coisas novas e diferentes” (p. 6). Essa característica de Picasso de tentar criar novas imagens, usar as cores de maneira inusitada, criar novas formas funciona como elemento motivador para o aluno não copiar e sim criar, resignificar, desnvolver sua própria imagem, seu próprio trabalho. Segundo Venezia (1996), “às vezes Picasso pintava figuras muito planas. Outras vezes pintava formas tão arredondadas que pareciam saltar da tela” (p. 09). Estes são elementos basicos de relevância no momento de observação das imagens, fazendo uma leitura mais simples, superficial, pois estão em fase de desenvolvimento inicial nos estudos das artes. Quando foi para França, ainda jovem, suas obras eram parecidas com de outros artistas com, a pintura: Le Moulin de la goletti, (1900), lembra Toulose- Lautrec. De acordo com Mike Venezia (1996, p. 12), as pinturas de Picasso mudaram. Seu trabalho tornou-se diferente ao de outros artistas.Seu melhor amigo morrera e Picasso sentia-se triste e sozinho. Ao mesmo tempo, ninguem comprava suas obras. Melancólico, Picasso passou a pintar usando tons de azul. O azul às vezes é uma cor muito triste. Todas as personagens dessa fase parecem tristes e solitárias. Segundo Mike Venezia (1996), “A fase azul terminou quando Picasso conheceu uma moça chamada Fernanda. Eles se apaixonaram e logo suas pinturas passaram a ter uma cor mais alegre. Esse foi o início da fase rosa” (p. 15). Essas fases são as mais indicadas para trabalhar com os alunos da educação infantil, pois possibilitam uma abordagem mais concreta ( alegria e tristeza), pois
  • 12. Picasso retatou a arte circence mostrando os artistas com seus animais, com cores mais alegres. De acordo com Mike Venezia (1996), o novo estilo de pintura que Picasso desenvolveu ficou conhecido como cubismo. Essa nova maneira de pintar de expressar-se, tornou-se um estilo, o Cubismo, onde as figuras são retratadas como se estivéssem quebradas em pequenos fragmentos, quase geométricamente. Picasso continuou trabalhando o cubismo, mas com o tempo, suas obras ficaram com cores mais alegres e as formas mais definidas, facilitando a distinção de suas imagens. Voltou a retratar pessoas com aparência mais natural, bem como fez uma série onde as imagens pareciam estátuas de pedra. De acordo com Mike Venezia (1996, p. 25-27), em 1937 um acontecimento fez com que Picasso pintasse sua obra mais séria e mais forte, usou toda sua arte para fazer uma obra que mostrasse como a guerra era fútil, dando ao quadro o nome da cidade destruída “ Guernica”, 1937, usando o cubismo, cores mais escuras e várias expressões para transmitir toda a sua fúria nesta obra, utilizam também o tamanho da tela, que é de 3,7 de altura por 7,6 de largura. A poesia, a dor, a intensidade de expressão neste quadro monocromático não consideramos adequados para trabalhar com crinças da educação infantil, pois são imagens impactantes, complexas demais. Para Mike Venezia (1996), o que tornou Picasso um grande artista foi a sua originalidade. Durante toda a vida ele usou a imaginação para tentar coisas novas e diferentes. Picasso viveu até os 92 anos. Além de grande pintor, destacou-se como escultor, desenhista e ceramista. 1.6.2 Romero Britto. Segundo D. Ambrosio (2010, p. 04), no livro Contando a arte de Romero Britto, num universo desordenado, cada vez mais cinzento, em que a dor e o sofrimento de vida estão em cada esquina das grandes cidades, a estética de Romero Britto surgem como um descanso para os olhos e como um sopro de vida para o coração. Suas cores vibrantes e justapostas, encaixadas como mosaico, e seu desenho solto, assim como área demarcadas com espesso e bem definidos contornos negros, transmitem esperança.
  • 13. As cores alegres, temas do cotidiano das crianças, linhas simples bem definidas, figuras estilizadas, são potencialmente motivadores ara a criação/produção de trabalhos artísticos com as crianças da educação infantil. Segundo D. Ambrosio (2010, p. 06-07), no livro Contando a arte de Romero Britto, nascido em Jaboatão dos Guararapes, próximo a Recife, estado de Pernambuco, em 6 de outubro de 1963, afilhado de batismo de Gilberto Freyre, autor de Casa - Grande e Senzala, Romero Britto começou a desenhar aos oitos anos, criava, nos papéis que tinha à mão, pinturas de dias alegres, sóis brilhantes e animais. Praticava as mais deferentes técnicas, como aquarela, bico de pena e pintura a dedo. Devido a esta sua forte característica inovadora do usa de cores, formas e suportes, o projeto possibilita uma exploração intensa de materiais, técnicas, bem como suportes inusitados e variados. A primeira vez que mostrou publicamente seu trabalho foi aos 14 anos. E conseguiu que ele fosse adquirido pela Organização dos Estados Americanos. Não imaginava ainda ter as artes plásticas como profissão, mas admirava os trabalhos de Francisco Brennand, espalhados em murais pela cidade de Recife. D. Ambrosio (2010) comenta que, influenciado pelo ambiente, Romero Britto, pintava imagens ligadas à natureza nordestina, como cajus. Depois abandonando estes temas locais, passou a realizar uma arte que pode ser admirada por pessoas de todas as regiões do planeta, marcada pela alegria de viver e pelo colorido. Foi incentivado e, de uma Escola Pública, passou a estudar, com uma bolsa, em um colégio particular que colaborou para sua ampliação de visão de mundo. Em 1986, viajou para Londres com o objetivo de visitar diferentes culturas e ver de perto as obras que até então só folheava nos livros, encontrou então novas perspectivas para sua arte, visitando museus e galerias. Segundo D. Ambrosio (2010), sua obra tomou forma quando foi morar nos Estados Unidos da América, passando a adotar cores mais vibrantes, mas raramente as mistura, preferindo usar cores puras, respeitando a identidade de cada uma delas. A obra de Romero chamou a atenção de empresas por trabalho com formas geométricas, sempre com tons bem vivos, por isso, alguns acreditam que, de certo modo, ele tenha reinventado a Pop Art..
  • 14. Para D. Ambrosio (2010, p. 34), os quadros, que antes mostravam uma única figura como elemento central, passaram a incorporar diversas imagens e as cores passaram a ser um pouco menos brilhantes, interagindo com as mais suaves. Também acontece a incorporação de vários suportes, o uso de papeis coloridos, papel-cartão e tecidos enriquecendo a produção do artista. Trata-se de um processo gradual, que ocorre sem pressa, ao longo do desenvolvimento da obra do artista.
  • 15. Capítulo 2 – O ENSINO DA HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL Segundo Mae Barbosa (2008, p. 01), o modernismo no ensino da arte se desenvolveu sob a influência de John Dewey. Suas idéias muitas vezes erroneamente interpretadas ao longo do tempo nos chegaram, contudo filosoficamente bem informadas através do educador brasileiro Anísio Teixeira, seu aluno no Teachers College da Columbia University. Anísio foi o grande modernizador da educação no Brasil e principal personagem do movimento Escola Nova (1927 – 1934). Quando a autora refere-se a Dewey, descreve que a Escola Nova tomou a idéia de arte como experiência na troca de informações, sendo a arte usada para ajudar a criança a organizar e fixar noções aprendidas em outras áreas de estudo, para tanto o desenho e os trabalhos manuais a última etapa para completar a exploração de um determinado assunto. De acordo com Mae Barbosa (2008, p. 02), “é no fim da década de 1920 e início da década de 1930 que encontramos as primeiras tentativas de escolas especializadas em arte para crianças e adolescentes, inaugurando o fenômeno da arte como atividade extracurricular. Em São Paulo, foi criada a Escola Brasileira de Arte conhecida através de Theodoro Braga, seu mais importante professor”. Para tanto, as crianças das escolas públicas entre oito e catorze anos eram selecionadas por meio de uma prova de desenho podendo estudar gratuitamente, musica, desenho e pintura, sendo orientada a estilização da flora e fauna brasileiras desenvolvendo o que podemos chamar de método art nouveau. Mae Barbosa (2008, p. 03), comenta em sua obra Ensino da Arte: Memória e História, que Anita Malfatti mantinha cursos para crianças e jovens em seu ateliê e na Escola Mackenzie. Tinha uma orientação baseada na livre expressão e no espontaneísmo. Com o curso para criança, criado na Biblioteca Infantil Municipal pelo Departamento de Cultura de São Paulo quando Mário de Andrade era seu diretor (1936-1938) esta orientação começou a se consolidar. Conclui-se então, a importante contribuição para que se começasse a encarar a produção pictórica da criança com critério investigativo, valorizando a atividade artística da criança como linguagem complementar. Segundo Mae Barbosa (2008, p. 04-05), a partir de 1947, começaram a aparecer ateliês para crianças em várias cidades do Brasil, em geral orientadas por artistas que tinham como objetivo libertar a expressão da criança, fazendo com que ela se manifestasse livremente sem
  • 16. interferência do adulto. Trata-se de uma espécie de neo-expressionismo que dominou a Europa e os estados unidos do pós-guerra e se revelou com muita pujança no Brasil. Observa-se então a enorme influência multiplicadora gerada pelas Escolinhas de Arte por todo o Brasil, que começava a tentar convencer a escola da necessidade de deixar a criança se expressar livremente usando lápis, pincel, tinta, argila etc. De acordo com Mae Barbosa (2008 p. 08), a ditadura de 1964 perseguiu professores e escolas experimentais foram aos poucos desmontadas sem muito esforço. Era só normalizar e estereotipar seus currículos, tornando-as iguais às outras do sistema escolar. Até escolas de educação infantil foram fechadas. A partir daí, a prática de arte nas escolas públicas primárias foi dominada, em geral, pela sugestão de tema e por desenhos alusivos a comemorações cívicas, religiosas e outras. Portanto, destruindo a experiência renovadora, onde se criava uma Escolinha de Arte com base na Bauhaus, de ensinar a criança através de bom desenho. A autora refere-se, entretanto, que por volta de 1969, a arte fazia parte do currículo de todas as escolas particulares de prestígio, seguindo a linha metodológica de variação de técnicas. Eram, porém, raras as escolas públicas que desenvolviam um trabalho de arte. Segundo Mae Barbosa (2008), “a reforma educacional de 1971 estabeleceu um novo conceito de ensino de arte: a prática da polivalência” (p. 10). Segundo esta reforma, as artes plásticas, a música e as artes cênicas (teatro e dança) deveriam ser ensinadas conjuntamente por um mesmo professor da primeira à oitava série do primeiro grau. Para suprir esta necessidade, cursos de licenciatura em educação artística com duração de dois anos foram criados, com o objetivo de criar professores polivalentes, após o curso o professor poderia estudar em direção à licenciatura plena. Mae Barbosa (2008), comenta: “a semana de Arte e Ensino fortificaram politicamente os arte/educadores” (p. 12). Já em 1982/1983 foi criado na pós - graduação em artes a linha de pesquisa em arte educação na universidade de São
  • 17. Paulo constando de doutorado, mestrado e especialização, com orientação de Ana Mae Barbosa. Segundo Mae Barbosa (2008), quando em 1997, o governo federal, por pressão externas, estabeleceu os Parâmetros Curriculares Federal, a Proposta Triangular foi a agenda escolhida da área. Nesses Parâmetros foi desconsiderado todo o trabalho de revolução curricular que Paulo Freire desenvolveu quando secretário municipal de Educação (1989/1990), com vasta equipe de consultores e avaliação permanente. Para tanto, a luta mais importante se deu em prol da continuação da obrigatoriedade da arte na Lei de Diretrizes e Base Nacional Darcy Ribeiro, que começou antes mesmo da criação da LDBN do Darcy. Jamais ousaria fazer a história desta luta sem uma pesquisa aprofundada, pois ela se tornou um elemento fundamental da identidade do arte/educador no Brasil. 2.1 O Ensino de Arte no Brasil Segundo, PCN: Arte (2000, p. 19), a educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido á experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. Contudo, o ensino de arte na educação escolar tem um percurso relativamente pequeno, pois as transformações nesta área só começaram a acontecer no século XIX na maioria dos países, saindo de uma educação tradicional, para um processo de aprendizagem para o desenvolvimento da criança, sobre o processo criador em artes de outras culturas. Segundo Ana Maria Pessoa de Carvalho (2009, sumário), na obra Ensino de Arte, nestes últimos anos, quando a educação passou a ser considerada uma área essencial na formação dos cidadãos para o desenvolvimento econômico e social do país, a tarefa de ensinar cada uma dos conteúdos específicos sofreu muitas reformulações, o que gerou novos direcionamentos para as propostas metodológicas a serem desenvolvidas em sala de aula.
  • 18. Para tanto, nos últimos anos aumentou-se a quantidade de escolas cujos professores utilizam-se da prática educativa em artes aproximando as das práticas sociais e a produção de diferentes tempos e culturas como conteúdos a serem ensinados. De acordo com Arslan e Iavelberg (2009, p. 02), na obra Ensino de Arte, na Escola tradicional predominava a orientação neoclássica, introduzida pela Academia de Belas-Artes instalada pela Missão Francesa no início do século XIX. A Escola renovadora que incorporou as práticas de experimentação da arte moderna com o uso de meios e suportes não-convencionais nas aulas de arte: técnicas de colagem, pintura em vários tipos de suporte com tintas variadas, de fabricação caseira ou industrializadas, trabalhos com anilina, vela e modelagem em argila. Na escola construtivista ocorre um retorno à valorização dos conteúdos de ensino, que já eram preconizados na escola tradicional, porém eram concebidos de modo diferente no que se referem a formas de aprendizagem, recortes qualitativos e avaliativos. Os autores referem-se aos anos de 1980, como o ano de novas mudanças no ensino de arte onde diversas culturas, passam a ser objeto de conhecimento nas escolas, incorporando novas tecnologias, mas não abandonando os recursos tradicionais ( lousa, papel, tinta, lápis). Segundo o PCN (2000, p.30), a partir dos anos 80 constitui-se o movimento Arte-Educação, inicialmente com a finalidade de conscientizar e organizar os profissionais, resultando na mobilização de grupos de professores de arte, tanto da educação formal como da informal. O movimento Arte-Educação permitiu que se ampliassem as discussões sobre a valorização e o aprimoramento do professor, que reconhecia a seu isolamento dentro da escola e a insuficiência de seu conhecimento na área, com o intuito de rever e propor novos andamentos à ação educativa em Arte. Observa-se então que as novas tendências curriculares em Arte voltadas com conteúdos próprios, ligadas à cultura artística e não apenas como atividades, sem duvida, estão interferindo na melhoria do ensino e da aprendizagem de arte, que tem por principio básico a integração do fazer artístico, a apreciação da obra de arte e sua contextualização histórica 1 . _____________ 1. As idéias de integração entre o fazer, a apreciação e a contextualização artística são identificações da “Proposta Triangular para o Ensino da Arte”, criada por Ana Mae Barbosa e difundidas no País por meio de projetos como os do Museu de arte Contemporânea de São Paulo e o Projeto Arte na Escola da Fundação Iochpe.
  • 19. 2. 2 Arte na Educação Infantil. De acordo com os PCN (2000), na proposta geral dos Parâmetros Curriculares Nacionais, Arte 2 tem uma função tão importante quanto a dos outros conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem. A área de Arte está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades. No entanto, cabe ao professor alimentar os alunos com informações e procedimentos de arte dando oportunidades para que ele desenvolva trabalhos em grupos ou pessoais, que contribuam para o fortalecimento da criatividade, a pesquisa e a criação. A pesquisa é fundamental para o contato com os artistas, sua história de vida, o momento histórico, enfim tudo de mostrará aos alunos, o processo criativo para execução de uma obra artística. O contato direto com reproduções dos quadros, suas cores, formas, texturas, linhas, proporcionarão fortalecimento da criatividade, pois tanto em grupo, com sozinhos criarão suas produções artísticas, trocando informações, idéias, comparando seus trabalhos contribuindo, assim, para o desenvolvimento global dentro da linguagem artística do mundo da arte. A Arte tem flexibilidade em seu currículo, portanto, os alunos aprenderão também de maneira lúdica, com o professor mediador os conhecimentos que já possuem em seu cotidiano, e as novas informações obtidas, tornando a aprendizagem mais significativa. De acordo com Pillotto e Mognol (2007, p. 216), na obra Arte, Educação e Cultura, o conhecimento deve ser considerado um processo de construção do saber em permanente integração com a realidade, ou seja, contextualizado a partir de reflexões sobre teorias relacionadas às experiências do cotidiano. Essa flexibilidade curricular, portanto, proporciona a interação entre teoria e prática tornando o “aprender” construção significativas. Nos dias de hoje a Arte deve ser trabalhada observando o contexto social histórico e cultural da infância, valorizando a diversidade. --------------------- 2. Quando se trata da área curricular, grafa-se Arte; nos demais casos, arte.
  • 20. Nesse sentido, Pillotto e Mognol (2007) ressaltam sobre a importância da organização de projetos partindo das experiências das próprias crianças sugerindo questões a serem elucidadas. A criança é um ser curioso e apto à exploração, portanto, quanto mais o projeto estiver ligado às questões de seu interesse, mas significativo será o seu aprendizado. Observa-se então que a educação nos dias de hoje não deve se uma estrutura curricular rígida, baseada unicamente disciplinar, seqüenciada, acumulativa, mas sim de um currículo não-linear, considerando o contexto histórico-social e cultural da infância, que valorizem e respeitem a diversidade. Portanto, a utilização da representação visual por meio da tridimensionalidade (escultura, modelagem) e do bi dimensionalidade (pintura, desenho, gravura etc.) são recursos a serem utilizados para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e sensível, como também ter a oportunidade de exercitar as várias linguagens, através de brincadeiras ao ar livre, dramatização, dando prioridade à expressividade das crianças. Segundo Pillotto e Mognol (2007 p.219), Edwards et al. (1999) define que o papel do educador engloba a concepção de aprendizagem nos planos cognitivos, social, físico e afetivo, o manejo metodológico, a preparação do ambiente, o incentivo e orientação, a comunicação e a busca de crescimento profissional. Ainda sobre isso Pillotto e Mognol (2007) na obra Arte, Educação e Cultura, ressalta para a arte na educação infantil, estão o educador em arte, que em consonância com os demais educadores da instituição, aprofundando conceitos e linguagens da arte. A função desse profissional não será simplesmente a de “ministrar aulas” fragmentadas de arte, mas, sobretudo, de organizar um espaço de cultura que possibilite a ampliação das expressões e das linguagens da criança. O projeto pretende também motivar os professores para novas práticas pedagógicas adequadas ao Ensino Infantil, incentivando os pequenos para a pesquisa, e para o desenvolvimento de sujeito agente do aprendizado, pois serão protagonistas do aprender, sentindo, criando e fazendo Arte.
  • 21. 2.3 Abordagem Triangular no Contexto da Arte-Educação. De acordo com Mae Barbosa (1998, p. 17), em sua obra Tópicos Utópicos, em nossa vida diária, estamos rodeados por imagens impostas pela mídia, vendendo produtos, idéias, conceitos, comportamentos, slogans políticos etc. Como resultado de nossa incapacidade de ler essas imagens, nós aprendemos por meio dela inconscientemente. A educação deveria prestar atenção ao discurso visual. Ensinando a gramática visual e sua sintaxe através da arte e tornar as crianças conscientes da produção humana de alta qualidade é uma forma de prepará-las para compreender e avaliar todo o tipo de imagem, conscientizando-as de que estão aprendendo com essas imagens. Nas artes visuais, este processo se dá através da imagem onde o fazer artístico, a historia da arte e a análise da obra de arte, proporciona ao educando o desenvolvimento de suas necessidades e de seu interesse. Assim sendo, as atividades de arte dentro das escolas passam a ter um significado maior para os alunos deixando de ser uma atividade de mero passatempo. Quando o aluno conhece a arte através de sua história possibilita que ele entenda em que tempo esta obra foi realizada, possibilitando um melhor entendimento da mesma. Ao apreciar uma obra de arte, o aluno desenvolve a habilidade de apreciação sobre as qualidades da mesma, pois através da apreciação desenvolve-se o senso estético para julgar a qualidade da imagem. No fazer arte, o educando desenvolve sua criatividade através das técnicas existentes como também inovando de outras formas o seu trabalho. Segundo Mae Barbosa (2007), temos que alfabetizar para a leitura da imagem. Através da leitura das obras de artes plásticas estaremos preparando a criança para a decodificação da gramática visual. Para tanto, interligar o fazer artístico, a história da arte e a análise da obra de arte organizariam de maneira que as necessidades, os interesses e o desenvolvimento das crianças seria respeitado, como também a matéria a ser aprendida, com seus valores, sua estrutura e sua contribuição à cultura. De acordo com Barbosa (1998, p. 35) na obra Tópicos Utópicos. Proposta Triangular, como sistema epistemológico, só foi sistematizada e amplamente testado entre os anos de 1987 e 1993, no Museu de Arte contemporânea da USP, tendo como meio a leitura de obras originais. De 1989 a 1992 foi experimentado nas escolas da rede municipal de ensino de São Paulo, tendo como meio reproduções de obras de arte e visitas aos originais do museu. Este projeto foi iniciado no período em que Paulo Freire foi Secretário de Educação do Município de São Paulo e foi conduzido inicialmente por mim, depois
  • 22. por Regina machado e por fim e por mais tempo por Christina Rizzi. Sua avaliação positiva após quatro anos foi extremamente recompensadora. A Proposta Triangular foi utilizada no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo com crianças e adolescentes, como também na formação de arte educadores, passando a ser um referencial para atividades educativas em arte. Contribuindo para o conhecimento da arte, como também para a democratização deste conhecimento, interagindo o conhecer, apreciar, fazer no processo de crescimento do aluno.
  • 23. Capítulo 3 – RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO SEM LIMITES PARA CRIAR. Para desenvolver o projeto sem Limites Para Criar, onde buscamos ampliar os horizontes de nossos alunos, levando-os a conhecer a vida e a obra de grandes pintores, provocando os memos a produzirem, coletiva ou individualmente, suas próprias obras, como também mergulharem no enriquecedor universo das artes. Para realização do projeto mencionado é necessário que se faça a mediação entre as obras escolhidas pelo professor e a biografia do artista relacionado, pois será assim que os alunos aprofundarão seus conhecimentos, mesmo os pequenos. Cada educador, pesquisando o artista escolhido, oferecerá informações para motivar os alunos a observar as diferentes imagens, a época, e principalmente as técnicas e cores que caracterizarão as novas produções artísticas, individuais ou coletivas de cada um. Considerando que as crianças têm um prazer muito grande em manusear e transformar materialidade encontrando sempre disponibilidade para investigar, elaborou-se um projeto que permitisse essa disponibilidade, que o aluno tem para a experimentação. Durante os próximos meses os alunos do Colégio Nomelini Cirandinha, do maternal ao 5º ano está sendo desenvolvido um projeto muito interessante e enriquecedor. Trata-se do projeto “Sem Limites Para Criar”. Nele, os alunos estão sendo provocados a produzir suas obras, além de mergulhar, de corpo e alma no maravilhoso universo das Artes. O objetivo maior de nosso projeto é ampliar os horizontes de nossas crianças levando-as a conhecer a vida e a obra de artistas que vão de Pablo Picasso, Monet até o contemporâneo Romero Britto. A participação dos pais, que já esse transformou no diferencial do colégio, é primordial para o sucesso de nosso trabalho que foi pensado para proporcionar às crianças esse momento intenso de contato com as texturas e tintas para interagir com materiais, defrontando com desafio, únicos neste momento atribuindo significado e extraindo sentidos. Foram realizados vários encontros com os professores para a apresentação de sugestões sobre os trabalhos a serem desenvolvidos como atividade durante o decorrer do projeto.
  • 24. Como primeira etapa do projeto, em cada sala de aula foi colocada pelo professor uma obra de arte do artista a ser trabalhado por aquela sala, com a intenção de despertar a curiosidade dos alunos sobre aquela obra e seu autor. O resultado foi muito positivo, pois além do interesse dos alunos da sala sobre a obra de sua sala, as professoras questionavam seus alunos sobre quais seriam as obras das outras salas, com isso aconteceu uma grande excursão de alunos de uma sala a outra para conhecer qual artista estava sendo trabalhado por eles, como também contra coisas sobre a vida do artista de sua sala. Cada professora apresentou a biografia dos pintores e os trabalhado por eles, realizados com pesquisas em livros como também a apreciação das obras realizadas pelos pintores nas aulas de informática pro meio de pesquisa dos sites dos pintores. Para os alunos menores estas obras foram apresentadas através de livros voltados para a educação infantil como também por meio de projeções que aconteceram na sala de informática. Cada professora direcionou suas atividades respeitando a idade de seus alunos, para os menores buscou-se trabalho mais o lado emocional como as fases Azul e Rosa de Pablo Picasso. Os alunos do maternal deram início ao projeto em uma oficina de culinária com confecção de cupcakes, que foram coloridos com confeitos azul e rosa retratando as cores das fases de Picasso. Dando continuidade ao projeto depois de ouvirem a historia sobre a vida de Picasso, que contava que seu pai criava pombas, como também gostava muito de desenhá-las. Os alunos fizeram uma visita ao viveiro da escola para observação das mesmas, registrando este momento em atividade de pintura onde pintaram pombas grandes e pequenas feitas de cartolina. Sendo o cubismo um estilo desenvolvido por Pablo Picasso, foi apresentado aos alunos algumas de suas obras, e foi comentado pela professora as formas geométricas encontradas nas obras, em seguida foram oferecido aos alunos folhas de papel canson branca, várias figuras geométricas de cores variadas e diferentes tamanhos, cola branca e pincel, para que registra do que foi visto.
  • 25. As crianças também conheceram a fase em que Pablo Picasso apaixonado muda seu estilo de pintura, que passaram a ter cores e temas mais alegre, onde ele retratou a arte circense. Para registro deste momento os alunos pintaram em potes grandes de papelão um palhaço azul, outro rosa, onde também se buscou trabalhar a tridimensionalidade de uma obra de arte, complementando este momento a professora apresentou um boneco feito em TNT no qual as crianças com retalhos de tecidos coloridos o vestiram representado á alegria desta fase do pintor. Como finalização do projeto cada criança recebeu uma almofada na qual elas pintaram com caneta acrilex coloridas finalizando de forma individual a realização do projeto. Já com os alunos mais velhos, foram realizadas diversas oficinas de arte para construção de trabalhos de releitura de obras com suportes variados, com caixas de papelão, telas, garrafas descartáveis, chinelos, esculturas em papel machê, esculturas em placas de isopor, criando formas tridimensionais. Seguindo a tendência POP ART pintada por Romero Britto, os alunos do primeiro ano fizeram a customização em seus próprios chinelos, que primeiro recebeu uma camada de tinta látex banca, que depois foram riscados segundo as formas geométricas utilizadas pelo pintor em seus trabalhos, que em seguida foi pintado com cores vivas e contornados de preto. Uma rede de perfumarias, conhecida nacionalmente, lançou uma linha de perfumes exclusiva e limitada assinada por Romero Britto, em outra atividade todos os alunos utilizaram como suporte uma garrafinha descartável, pintando-as com as características da coleção lançada pelo pintor, com isso os alunos criaram sua própria coleção de embalagem. Para trabalhar em conjunto e explorando a tridimensionalidade os alunos utilizaram caixas grandes de papelão na confecção de cubos, que depois foram pintados com cores chapadas e contornos em preto, ressaltando ainda mais estas características encontradas nas obras de Romero Britto. A obra “O Gato” de Romero Britto, foi apreciada pelos alunos, para a observação das cores das formas geométricas, como também falar sobre o animal representado na obra, seu valor emocional, suas qualidades assim como características .
  • 26. Com base nestes dados, e em conjunto os alunos trabalharam na construção de um gato utilizando-se de uma caixa grande de papelão de uma televisão LCD como suporte, que foi pintada por eles, em grupos de quatro, onde cada um colaborou expressando sua criatividade na execução da obra. Nenhuma professora da educação infantil e ensino fundamental é formada em arte e nós só temos uma professora da arte para as duas etapas, as professoras também precisaram fazer pesquisas para desenvolver o projeto o que veio somar mais a seus conhecimentos. Os alunos estão bastante entusiasmados com o desenvolvimento do projeto, principalmente porque a culminância do mesmo se dará com uma exposição que acontecerá na Estação Cultura de nossa cidade no final do mês de novembro, onde familiares e a comunidade será convidada. O objetivo dessa exposição é a valorização do aluno enquanto agente portador do conhecimento adquirido em arte.
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  • 36. A escolha do tema deu-se devido ao fato de perceber que, o ensino de arte na Educação Infantil em muitas escolas ainda é colocada em segundo plano. Acredito que, através da biografia dos pintores e de suas obras, ocorra uma proposta de educação visando à restauração da unidade e da integração do conhecimento. O contato com as biografias e as obras artísticas é de grande importância para o ser humano, desde a infância, pois, através da produção artística compartilhamos a história e a cultura produzidas pela humanidade através dos tempos. O trabalho com a criatividade e com a imaginação dos alunos tornou-se essencial para a busca de diferentes linguagens na sala de aula. Um dos pontos que justificou o desenvolvimento de um projeto ligado à área da arte visual é que trabalhando com esses três eixos: Biografia de grandes pintores, produção e apreciação integradas, as crianças podem ter contato mais contemplativo com Artes. Para o desenvolvimento de trabalhos em artes, voltados para este tema o número de informações é muito grande, como também relatos de experiências vividas por outros educadores; para tanto, basta que o professor queira melhorar seu trabalho , ampliando suas pesquisas. A viabilidade de aplicação deste projeto em sala de aula, se dá desde que o professor adéqüe as atividades a cada faixa etária de seus alunos, como também levar o conhecimento de forma lúdica e prazerosa, pois, com isso acredito que colherá frutos mais conscientes e produtivos. De acordo com o referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil, PCN (2000), o fazer artístico - centrado na exploração e comunicação de produção de trabalhos de arte por meio de prática artística, propiciando o desenvolvimento de um percurso de criação pessoal. Apreciação – percepção do sentido que o objeto propõe, articulando-o tanto aos elementos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e identidade de obras de arte e de seus produtores;
  • 37. Reflexão – considerado tanto no artístico como na apreciação, é um pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico que manifesta em sala, compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza instigada pelo professor e no contato com suas próprias produções e as dos artistas. Outro ponto é ter acesso à informações que contribuam para crescer, identificando-se como produtores de arte. Para Duarte, Silvia Sell e Mognol, Letícia Coneglian (2007), a arte pode ser uma fonte de conhecimento que possibilita desenvolver o potencial criativo, permitindo novas relações, o que leva a uma nova visão de mundo e de seus significados. Outro ponto que justificou o projeto é o reconhecer e valorizar a produção artística e o papel do artista na sociedade e na cultura. Para fortalecer ainda mais esta característica, professores e alunos foram orientados a buscar informações sobre artistas, pintores e suas produções, como também fazer escolhas quanto a materiais e técnicas a serem utilizadas. Contribuindo na construção de um percurso criador individual e coletivo. (PCN, 1997), para tanto, a escola deve colaborar para que os alunos passem por um conjunto amplo de experiências de aprender e criar, articulando percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e produção artística pessoal e grupal. Para tanto o aluno deve explorar as possibilidades oferecidas pelos diversos materiais, instrumentos e suportes necessário para o fazer artístico. De acordo com o PCN (1997), o ser humano que não conhece arte tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida. A realização deste trabalho foi muito gratificante, pois tive a oportunidade de pesquisar um assunto que me despertou curiosidade no decorrer do curso de graduação. Na busca de levantar dados para a pesquisa descobri que este tema é de grande preocupação por parte dos pesquisadores voltados a área de educação o que despertou ainda mais meu interesse, com o objetivo de crescimento pessoal e profissional. Lendo e conhecendo mais a fundo a importância da arte na Educação Infantil e o papel do professor junto à mesma, observei que sua contribuição na
  • 38. vida das pessoas, em geral, é de grande valia e sua valorização precisa ser reconhecida e incentivada, principalmente nessa fase escolar. Trabalhar com pesquisa é bastante intrigante, pois proporciona ao pesquisador a oportunidade de ampliação de seu conhecimento, dando a ele a maior dimensão do processo de leitura, que é de fundamental importância, propiciando um maior entendimento sobre o tema pesquisado. Alcançar os objetivos propostos foi de grande importância para mim, pois através das pesquisas constatei a relevância do arte-educador no processo de educação da criança, onde ocorre uma maior possibilidade de superação do ensino codificado e memorizado, mas dá ao arte-educador uma possibilidade maior de incorporar sentido e novos valores ao processo de aprendizagem em artes. Além da família, os professores são os que têm uma maior integração no processo de educação da criança, por esse motivo é essencial que ele incentive seus alunos principalmente pelo caminho da arte, oferecendo suporte que venha somar em seu crescimento, criando desafios para novos conhecimentos. Por meio da pesquisa, pode gerar ao profissional uma grande contribuição em sua formação como também contribuir para a atuação do professor com relação à importância sobre a arte na educação infantil, como forma de provocar, o criar, o fazer, o buscar, e não apenas como mero transmissor de conteúdos. O ensino de artes na educação infantil, ainda encontra inúmeros impedimentos, principalmente como área de conhecimento, como também a desvalorização do professor, por não ser compreendido como agente de transformação social, mas cabe principalmente ao professor, organizar-se, valorizar-se e pesquisar, para melhor qualificar-se. Concluo assim, que é necessário que o professor pense no ensino de artes na Educação Infantil, e busque teorias mais atuais com relação à pedagogia no ensino de artes para que com isso haja um menor distanciamento entre o que está sendo desenvolvido nas escolas e os fundamentos dos autores.
  • 39. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Arslan, Lucia Mourão. Ensino e arte. São Paulo: Cengage Learning, 2009. Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos. Ensino da Arte: Memória e História. São Paulo: Perspectiva, 2008. Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 2007. Barbosa, Ana Mae Tavares Bastos. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998. Battistoni Filho, Duílio. Pequena história das artes no Brasil. Campinas: Átomo, 2008. D. Ambrósio, Oscar. Contando a Arte de Romero Britto. São Paulo: Nova América, 2010. Oliveira, Marília Oliveira de. Arte, educação e cultura. Santa Maria: UFSM, 2007. Venezia, Mike. Pablo Picasso, tradução Valentini Rebouças. São Paulo: Moderna, 1996. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais/Arte. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.