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                      Cláudio Ramos Maciel




O USO DA FOTOGRAFIA DO COTIDIANO NO ENSINO DEARTES VISUAIS




                 Cruzeiro do Sul – Acre, Junho 2012
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                      Cláudio Ramos Maciel




O USO DA FOTOGRAFIA DO COTIDIANO NO ENSINO DE ARTES VISUAIS




                      Trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Artes
                      Visuais, do Departamento de Artes Visuais do Instituto de
                      Artes da Universidade de Brasília. Apresentado como
                      requisito de aprovação na disciplina: Trabalho de
                      Conclusão de Curso de Licenciatura.

                      Orientadora: Profa. Ms. Alexandra Cristina Moreira
                      Caetano




                 Cruzeiro do Sul – Acre, Junho 2012
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                                     RESUMO


        O presente trabalho analisa o uso da fotografia do cotidiano no Ensino de Artes
Visuais no 3º ano “E” do Ensino Médio na Escola Dom Henrique Ruth, levando professores e
alunos a repensar como se faz e se ensina Artes nos dias atuais. As reflexões aqui
apresentadas resultam de uma pesquisa de campo realizada com docentes e discentes dessa
escola. Para o desenvolvimento desse estudo, primeiramente, foi realizado um debate coletivo
com os alunos para fundamentar os dados aqui levantados. Os dados revelaram que a
disciplina de Artes mudou suas concepções ao longo dos tempos e deve ser trabalhada de
forma teórico e prática integrada às demais disciplinas para que no decorrer do processo de
ensino e aprendizagem, os alunos consigam assimilar os conteúdos com clareza.

Palavras – chave: fotografia, cotidiano, cultura visual, tecnologias.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4

CAPÍTULO 1: A IMPORTÂNCIA DO OLHAR NO ENSINO DAS ARTES ................. 6

1.1 A fotografia e o cotidiano ................................................................................................. 7
1.2 As Novas Tecnologias e a Cultura visual ........................................................................ 9

CAPÍTULO 2: A CULTURA VISUAL NO CONTEXTO ESCOLAR ........................... 11

2.1 A escola lócus da pesquisa .............................................................................................. 11

2.2 A fotografia do cotidiano como recurso pedagógico: a pesquisa ................................ 13

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 20



FIGURAS

Figura 1: Desigualdade Social ...............................................................................................16

Figura 2: Boas Lembranças ..................................................................................................17

Figura 3: Arte da Natureza ...................................................................................................17
4



                                      INTRODUÇÃO

       Este trabalho traz uma abordagem teórica e prática sobre o uso pedagógico da
fotografia do cotidiano na sala de aula, assunto que está presente na proposta curricular do
ensino de Artes Visuais para o Ensino Médio. Esta pesquisa traz-nos a possibilidade de abrir
outras perspectivas para o Ensino de Artes no 1º Ano da Escola de Ensino Médio Dom
Henrique Ruth.

       Tem-se com este trabalho o objetivo de contextualizar na sala de aula algo que os
educandos gostam de fazer: fotografar e registrar seus momentos diários. Será abordado um
tema de grande relevância cultural, porque é uma prática antiga, muito utilizada no mundo e
faz parte da vida das pessoas. Já que a maioria das pessoas costuma fotografar para registrar
os momentos mais importantes vividos por elas.

       Objetiva-se ainda, fazer um estudo reflexivo, teórico e prático a respeito dos conteúdos
de Artes Visuais observando se o que é ensinado na escola é significativo para a formação
integral dos educandos. Pretendendo-se chegar às preocupações do professor sobre a
aprendizagem dos discentes, traçando uma proposta diferente das tradicionalmente
desenvolvidas nas aulas de artes dessa escola.

       Esta proposta de trabalho se justifica por entender-se que a fotografia do cotidiano dos
alunos pode ser utilizada como forma de contextualizar o ensino de Artes ao seu dia-a-dia.
Nessa perspectiva propõe-se que as imagens obtidas na escola, na família, na vizinhança, na
cidade sejam utilizadas como recurso pedagógico.

       Vivemos na era da visualidade, os alunos são capturados e bombardeados por imagens
no seu cotidiano, mas será que eles analisam, interpretam e são críticos em relação a elas?
Conseguem apreciá-las como um produto da cultura contemporânea? E ao produzir as
próprias peças visuais, será que as enxergam como uma maneira de se expressar? São essas as
inquietações que se propõe na busca de um novo olhar para aquilo que eles veem e observam.

       É importante que o professor se conscientize de que a Arte não é apenas mais um
conteúdo escolar para preencher tempo, mas sim, contextualizar e articular com as demais
áreas do conhecimento e com temas de interesse para a vida dos alunos. A arte está presente
em todas as rotinas sociais, na história, em nosso cotidiano. Ela faz com que, o indivíduo
pense e repense no seu universo. Isso se percebe nos PCN no que tange às competências e
5



habilidades a serem desenvolvidas em Arte nos estudantes de Ensino Médio. Entre essas
competências, estas duas explicitam essa reflexão:

                         Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturalmente construídos e
                         embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico,
                         antropológico, semiótico, científico e tecnológico, entre outros. Analisar, refletir,
                         respeitar e preservar as diversas manifestações de Arte – em suas múltiplas funções
                         – utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o patrimônio
                         nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua dimensão
                         sócio-histórica. (PCN, 2000, p. 57)


       Com base nisso, percebemos o importante papel transformador da sociedade que a
escola e a educação possuem, assim, pode-se dizer que o uso pedagógico da fotografia do
cotidiano no ensino de arte visual é um tema que merece ser discutido no âmbito escolar. Essa
afirmação é embasada no fato de que o aluno trabalhará na escola contextos do seu dia-a-dia.

       Este trabalho tem como embasamento teórico os princípios conceituais dos autores
Fernando Hernandez, no livro “Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho”;
na obra organizada por Analice Dutra Pillar: “A Educação do Olhar no Ensino das Artes”;
além dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, devido à sua importância
para o processo de ensino e de aprendizagem como norteadores para os docentes, gestores e
coordenadores educacionais.

       A parte prática/metodológica foi baseada nos resultados de uma excursão que feita
pelo bairro onde a escola está localizada, fotografando cenas do cotidiano e também serão
utilizadas fotografias do cotidiano dos alunos de seus momentos com a família, amigos e de
lugares da cidade que chamaram sua atenção.

       O trabalho foi organizado da seguinte forma: O primeiro capítulo, “A Importância do
Olhar no Ensino das Artes”, traz uma abordagem sobre a importância de o professor usar
adequadamente os recursos que levem o aluno a despertar o interesse pelo universo visual. E
nesse despertar, o aluno possa desenvolver competências de cidadão criativo.

       O segundo capítulo, “A Cultura Visual no Contexto Escolar,” é voltado
especificamente para a pesquisa em ação. Inicialmente, apresenta alguns aspectos da realidade
da escola onde a pesquisa foi feita e, para fechar o capítulo, apresentamos as etapas e o
resultado do trabalho.
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       CAPITULO I: A IMPORTÂNCIA DO OLHAR NO ENSINO DAS ARTES


       Frequentemente, o uso de imagens está presente nos conteúdos escolares para
representar uma determinada época, um lugar, contando a história da humanidade e também
nas obras de artes. O discente aprende com muita facilidade quando o conteúdo estudado vem
enriquecido de ilustrações. Quando o aluno escolhe um livro para ler, ele folheia em busca de
imagens. Já foi constatado que uma aula com cartazes coloridos, ou com objetos palpáveis
rende muito para o processo de ensino e de aprendizagem.
       Atualmente, a utilização de imagens na escola ganhou uma proporção maior, com a
introdução da fotografia como conteúdo escolar no ensino de Artes, ganhando espaço também
nas demais áreas do conhecimento, levando os educandos a refletir sobre o meio em que
vivem. O jovem, em especial vive num mundo cercado de imagens, ou seja, as imagens fazem
parte do seu cotidiano. Isso é perceptível no modo de se vestir no dia-a-dia, tanto na escola,
quanto fora dela. A garota tem sempre no cabelo várias presilhas coloridas, enche-se de
bijuterias e usa bolsa ou mochila com bordados de marcas que estão na moda. Os cadernos
com capas multicoloridas são enfeitados com os mais variados adesivos. Na rua, o que se vê
são outdoors, carros de diversos modelos, construções de estilos variados. Nos momentos de
lazer, crianças e adolescentes interagem com imagens em videogames e no computador,
absorvem de maneira quase transcendental o que passa nas telas da televisão e do cinema,
navegam diariamente na internet cheia de signos visuais. Nos livros, nas revistas e no celular,
figuras, formas e cores desfilam à sua frente. Nesse sentido, nosso olhar vive inundado num
mundo visual. Cabe ao professor adequar esse mundo visual ao contexto escolar, ajudando o
aluno a descobrir e redescobrir arte nesse mundo cheio de imagens.

       Ao fazer um desenho ou pintura, dar forma a um material bruto, captar imagens com
uma câmera fotográfica ou de vídeo e criar animações no computador, o artista expressa sua
experiência de vida e sintetiza sentimentos, ansiedades e expectativas da época em que vive,
unindo conhecimentos e técnicas a um estilo pessoal. Quem aprecia e analisa as produções se
emociona, estabelece ligações da obra com sua vida e se relaciona com ela de modo único, já
que em Arte não existe certo ou errado: ela permite as mais diversas interpretações e os mais
diferentes sentimentos, dependendo de quem a vê. A Arte convida para uma leitura do mundo
e do ser humano, da própria vida. Analice Dutra Pillar, no livro “A educação do olhar no
ensino das artes”, menciona Paulo Freire sobre essa visão da leitura do mundo.
7



                       A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não
                       possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se
                       prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura
                       crítica implica a percepção das relações entre texto e contexto. (FREIRE, apud
                       PILLAR, 2006, p. 14)

       Essa afirmação refere-se à alfabetização da palavra, mas pode ser adequadamente
aplicada para a leitura da imagem. O uso da imagem expõe os alunos não só ao conhecimento
formal, conceitual e prático em relação às Artes, mas também à sua consideração como parte
da cultura visual de diferentes povos e sociedades. A cultura visual está presente desde os
primeiros anos de vida, quando começamos a relacionar as coisas pela sua cor e tamanho e
esse enfoque vai se expandindo externamente quando passamos a conviver em grupo,
conhecer o mundo.

       É importante compreender que a cultura visual se manifesta de várias formas, qualquer
que seja o contexto histórico, geográfico ou social. A obra de arte resiste à passagem do
tempo, hoje admiramos e estudamos o que é produzido no presente e o que faz parte do
passado. Essa cultura da imagem engloba a produção cultural local, desde o que está nos
museus, o que aparece nos cartazes publicitários e nos anúncios, nos videoclipes ou nas telas
da internet, também o que é realizado pelos docentes e pelos próprios alunos.

                       A cultura visual cumpre a função de manufaturar as experiências dos seres humanos
                       mediante a produção de significados visuais, sonoros, estéticos, etc. Esses
                       significados [...] contribuem para a construção da consciência individual e social
                       pela incorporação dos índices visuais com valor simbólico produzido por grupos
                       diferentes. (HERNÁNDEZ, 2000, p.52)


       Assim, pode-se afirmar que as artes visuais devem ocupar um lugar importante no
currículo escolar, e devem ser vistas como uma parte do conhecimento construído pelo
homem desde sempre. Em sala de aula, o principal objetivo é articular criação, imaginação e
produção com a percepção dos próprios trabalhos e a análise de obras, assim como garantir
acesso à produção artística e estética da humanidade em vários momentos da sua história.

1.1 A fotografia e o cotidiano

       Sabemos que o atual contexto social propõe mudanças qualitativas para o processo de
ensino e aprendizagem. É por isso que os conteúdos no ensino de Artes no Ensino Médio
“precisam ser cuidadosamente escolhidos, no sentido de possibilitar aos jovens o exercício de
colaboração artística e estética com outras pessoas com as quais convivem, com a sua
cultura e com o patrimônio artístico da humanidade”. (PCN – 2000, p. 5)
8



       Isso nos permite entender que o trabalho com os alunos através das fotografias do seu
cotidiano pode levá-los à reflexão sobre a importância de se envolver mais com o meio em
que estão inseridos. E que os conhecimentos construídos por eles nessas atividades
contextualizadas poderão favorecer-lhes no seu dia-a-dia, em qualquer situação-problema na
vida social, profissional ou familiar.

       É possível vislumbrar nesse trabalho o princípio para que os educandos comecem a
desenvolver a habilidade de ler e interpretar imagens. A Arte está presente em todas as rotinas
sociais, na história, em nosso dia-a-dia. Ela faz com que, o indivíduo pense e repense no seu
universo. A arte está na Geografia, na Língua Portuguesa, na Matemática, enfim, ela não fica
somente numa caixinha, como muitos ainda teimam em se referir como grade curricular, presa
em paradigmas ultrapassados sem nenhuma utilidade. Arte é vida e está presente em vários
aspectos do nosso cotidiano. Essa visão contextualizada do Ensino de Artes nas escolas de
Nível Médio é também recomendada nos PCN:


                          É assim, desenvolvendo conhecimentos estéticos e artísticos dos alunos, que a
                          disciplina Arte comparece como parceira das disciplinas trabalhadas na área
                          Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e nas demais áreas de conhecimento
                          presentes no Ensino Médio. Ao participar com práticas e teorias de linguagens
                          artísticas nas dinâmicas da área Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, a
                          disciplina Arte deve colaborar no desenvolvimento de projetos educacionais
                          interligados de modo significativo, articulando-se a conhecimentos culturais
                          aprendidos pelos alunos em Informática (Cibercultura), Educação Física (Cultura e
                          Movimento Corporal), Língua Portuguesa e Língua Estrangeira (Cultura Verbal,
                          trabalhando inclusive as artes literárias). (PCN- 2000 p.48/49)



       É nesse contexto de levar para a escola o cotidiano do aluno que este trabalho ganha
subsídios, seja no entorno da escola, no seu bairro, na família, com amigos ou em lugares
pitorescos. Sabe-se que a fotografia é, antes de tudo, uma forma de trazer à lembrança um
determinado momento, que por algum motivo teve alguma importância para a pessoa. Estudar
a fotografia do cotidiano aproxima a vivência do aluno ao contexto escolar, relaciona
momentos, aproxima pessoas, descobrem-se afinidades, envolve emoções. Enfim, traz vida
colorida para dentro da sala de aula, mesmo que seja foto em preto e branco. Uma única
fotografia pode contar histórias interessantes, que se fossem contadas em outro contexto, não
teria a mesma eficácia.
9



1.2 As Novas Tecnologias e a Cultura Visual

       A sociedade atual passa por novas formas de receber e transmitir informação, essas
informações chegam até nós nas mais variadas formas. Pode-se até afirmar que é irreversível
a presença das tecnologias na sala de aula, assim, elas incorporam-se ao processo de ensino e
aprendizagem, mostrando que vieram para se estabelecer.

       No que diz respeito à cultura visual na escola, pode-se dizer que os computadores e as
redes digitais já fazem parte do cotidiano de muitas escolas. No Acre, em especial, onde o
governo federal e estadual tem investido na inclusão digital das escolas públicas.
Gradativamente os professores estão incorporando os recursos tecnológicos em suas práticas
pedagógicas. Dessa forma, o ensino de Artes também tem recebido os benefícios dessa
inclusão tecnológica na escola. Edgar Morin, apud Boechat, diz que “o professor precisa ser
muito mais do que um conselheiro, deve ser uma ponte entre a informação e o entendimento,
um estimulador de curiosidade para que o aluno viaje sozinho no conhecimento obtido nos
livros e nas redes de computador.” (BOECHAT, 2012, p.22)

       Ao adquirir o domínio com a máquina, o professor perde a timidez de trabalhar com
seus alunos usando as Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC. Isso possibilita aos
alunos terem acesso a trocas culturais e ao contato com o conhecimento de forma inovadora,
principalmente os alunos das classes populares, que não dispõem de condições econômicas de
terem um computador em sua casa. Essa inclusão digital proporciona a estes estudantes o
contato com os mesmos conhecimentos que os alunos dos grandes centros têm.

       Com isso pode-se afirmar que a educação, com a inclusão das novas tecnologias no
ambiente escolar, está cumprindo com um de seus papéis: favorecer a construção do
conhecimento, permitindo que os alunos exerçam seus direitos e responsabilidades,
resolvendo os problemas que lhes são colocados, individual e coletivamente, levando esses
conhecimentos para a sua vida cotidiana. Além disso, os meios educacionais devem oferecer
mecanismos que permitam a esses alunos seguirem identificando, criticando e repudiando as
atitudes de discriminação, de injustiça que favoreçam a reprodução da pobreza e da
desigualdade. É importante que a escola se empenhe em práticas que favoreçam a inserção
dos estudantes na sociedade globalizada, tornando-os capazes de compreender as situações
inerentes ao mundo que os circunda.
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       É nesse sentido que Boechat convida a refletir na ideia de que a “educação que aponta
para o ensino e a pesquisa das artes ajuda a construir uma vida significativa numa
perspectiva social mais ampla e mais profunda. De conhecedor de artistas e estilos, o aluno
passa a leitor, intérprete e crítico de todas as imagens presentes no seu cotidiano.”
(BOECHAT, 2012, p.22).

       Por isso podemos dizer que o uso das novas tecnologias na cultura visual pode
contribuir de forma significativa no processo de ensinar e aprender Artes. Principalmente no
que diz respeito aos recursos para a edição de imagens, a trocas de informação, à busca de
aperfeiçoamento de imagem, enfim, um mundo de cores onde o aluno pode penetrar e
interpretar, contextualizando-o ao seu cotidiano.
11




             CAPÍTULO II: A CULTURA VISUAL NO CONTEXTO ESCOLAR

2.1 A escola Dom Henrique Rüth


       Esta pesquisa foi realizada em uma escola da Rede Estadual do município de Cruzeiro
do Sul, Estado do Acre, Dom Henrique Rüth. É uma escola que funciona em três turnos
destinados a estudos do Ensino Médio. Está situada na Rua do Purus, nº 611, Bairro João
Alves. Foi entregue à população de Cruzeiro do Sul no dia 28 de setembro de 1996, na festa
dos 92 anos do município. Com capacidade para 2.400 alunos e construída segundo uma
arquitetura especialmente criada para as condições da região, dispõe de 15 salas de aulas e
ainda espaçoso bloco administrativo, uma cantina, um auditório, uma biblioteca, um
laboratório de informática, um laboratório de Ciências, uma sala ambiente, banheiros
masculino e feminino, incluindo um para deficientes e muito espaço para a convivência dos
estudantes. A estrutura possui ainda áreas que favorecem a locomoção de alunos com
necessidades especiais.

       A escola recebeu o nome “Dom Henrique Rüth” em homenagem ao bispo alemão
emérito de Cruzeiro do Sul, responsável por um sólido trabalho educacional desenvolvido na
região. Além da sua contribuição na educação do Vale do Juruá, Dom Henrique Rüth
desenvolveu vários trabalhos sociais em prol dos mais necessitados dessa longínqua região
amazônica.

       A Escola Dom Henrique Ruth assume suas responsabilidades institucionais de
contribuir para a formação integral de seus respectivos educandos através dos princípios de
igualdade, qualidade, gestão democrática, liberdade e exercício da cidadania.

       A escola procura desenvolver suas atividades de acordo com o que preceitua os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, no item que este diz:

                          A centralidade do conhecimento nos processos de produção e organização da vida
                          social rompe com o paradigma segundo o qual a educação seria um instrumento de
                          “conformação” do futuro profissional ao mundo do trabalho. Disciplina, obediência,
                          respeito restrito às regras estabelecidas, condições até então necessárias para a
                          inclusão social, via profissionalização, perdem a relevância, face às novas exigências
                          colocadas pelo desenvolvimento tecnológico. A nova sociedade, decorrente da
12



                        revolução tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área da informação,
                        apresenta características possíveis de assegurar à educação uma autonomia ainda
                        não alcançada. Isto ocorre na medida em que o desenvolvimento das competências
                        cognitivas e culturais exigidas para o pleno desenvolvimento humano passa a
                        coincidir com o que se espera na esfera da produção. (PCN, 2000, p.11)

       O novo paradigma faz com que a escola D. H. R., ofereça à comunidade uma escola
onde os alunos possam articular os conhecimentos científicos, bem como, o uso desses em
suas vidas, com a certeza de que estes conhecimentos nortearão a maneira como os jovens e
futuros homens e mulheres se organizarão e se estruturarão em sociedade. Busca ainda,
assegurar um ensino de qualidade de modo a proporcionar meios para a formação necessária
do educando, visando ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-
realização e qualificação para o trabalho e seu ajustamento social.

       A escola D.H.R. tem como eixo central o aluno e suas necessidades, contemplando
conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser humano para a realização de
atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a
experiência subjetiva, visando à integração de homens e mulheres no tríplice universo das
relações políticas, do trabalho e da simbolização subjetiva.

       Nessa perspectiva, a escola D.H.R., fundamenta-se nos quatros pilares da educação,
“aprender a conhecer”, “aprender a fazer”, “aprender a viver” e “aprender a ser”, como
princípios norteadores do trabalho educativo do processo de ensino e aprendizagem. No
aprender a conhecer, prioriza-se o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento,
considerando-o como meio e como fim. Meio, enquanto forma de compreender a
complexidade do mundo, condição necessária para viver dignamente, para desenvolver
possibilidades pessoais e profissionais, para se comunicar. Aprender a conhecer garante o
aprender a aprender e construir o passaporte para a educação permanente à medida que
fornece as bases para continuar aprendendo ao longo da vida. Aprender a fazer desenvolve
habilidades e estimula o surgimento de novas aptidões, tornando-se processos essenciais, à
proporção que criam as condições necessárias para enfrentar novas situações. Aprender a
viver juntos, desenvolvendo o conhecimento do outro e a percepção das interdependências, de
modo a permitir a realização de ações comuns. E, aprender a ser, que deve estar
comprometido com o desenvolvimento total do ser humano. Dessa forma, percebe-se que
cada aluno é considerado um indivíduo único e necessita de atendimento que vise a garantir o
desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades sem agressão às suas características
13



pessoais, bem como às suas ideologias políticas e religiosas. (Projeto Político Pedagógico da
Escola Dom Henrique Rüth)

       De acordo com o histórico dessa escola percebe-se que ela preocupa-se com a
formação integral do educando e não apenas na transmissão do conteúdo. O foco da escola é a
redescoberta do conhecimento, cuja questão central passa a ser aprender o método de
aprender, que facilitará a vida do aluno e com certeza o professor também sairá ganhando
nesse processo. Por tudo o que foi exposto, percebe-se que esta escola é “terra fértil” para a
execução deste trabalho.

2.2 A fotografia do cotidiano como recurso pedagógico: a pesquisa

       Fazer uso da cultura visual na sala de aula representa um passo decisivo de deixar pra
trás aulas monótonas, optando por atividades que dinamizem o processo de ensinar e
aprender. É com base nos pressupostos observados que este trabalho foi realizado e aqui
registro o processo e resultados de sua prática. Vale lembrar que os PCN nos lembram que:


                       A partir das culturas vividas com essas linguagens no seu meio sócio-cultural e
                       integrando outros estudos, pesquisas, confrontando opiniões, refletindo sobre seus
                       trabalhos artísticos, os alunos vão adquirindo competências que se estendem para
                       outras produções ao longo de sua vida com a arte. (PCN- 2000 p. 51)


       O trabalho teve início a partir de uma entrevista oral com a diretora da escola, a qual
manifestou interesse pela proposta e ela orientou-me a procurar a coordenadora de ensino, já
que ela lida diretamente com as questões de ensino e aprendizagem. Observou-se que o tema
“Fotografia do Cotidiano” faz parte dos conteúdos da Proposta Curricular para o ensino de
Artes. O próximo passo foi planejar com a professora da disciplina as etapas do trabalho.

       O objetivo principal do trabalho é estudar a importância que a fotografia do cotidiano
exerce na vida dos estudantes, e também como essas imagens podem ser usadas de forma
pedagógicas nas aulas de Artes contextualizando-as à realidade social. Sabe-se que uma
fotografia pode unir várias realidades: o efêmero e o eterno, o instantâneo e o perene, o fugaz
e o estável, eternizando um curto período de tempo que pode entrar para a história.

       A proposta teve boa aceitação na turma e houve um debate para introduzir o assunto.
Nessa ocasião foi exposto um pouco sobre a história da fotografia e alguns aspectos que
envolvem o assunto. Em seguida os alunos formaram grupos para definir as estratégias de
14



elaboração e prática das atividades. No dia marcado trouxeram para a sala algumas fotografias
pessoais e planejamos, junto com a professora da sala, uma excursão pelo bairro para
fotografar o que despertasse a atenção dos alunos. Algo que despertasse neles a visão artística
que existe em cada um de nós, relacionando esse momento com a ideia de Michelangelo,
citado no artigo “Cultura Visual: É Preciso Ensinar a Ver”, no Jornal Mundo Jovem, edição
de fevereiro de 2012, o qual diz que “em cada bloco de mármore vejo uma estátua; vejo-a tão
claramente como se estivesse na frente, moldada e perfeita na pose e no efeito. Tenho apenas
de desbastar as paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros
olhos como os meus já a veem.” (BOECHAT, 2012, p.22)

       Assim, o professor precisa estar atento às produções dos alunos, já que atividades com
esta, podem revelar artistas que podem estar “adormecidos” em sua sala de aula. Em
depoimento a professora Maria Nazaré, 20 anos de magistério, expôs sua visão sobre o ensino
da disciplina e o que percebe em relação aos demais professores: “as experiências com as
imagens do cotidiano com certeza revelarão grandes trabalhos, já que esses alunos são muito
espertos e esforçados e adoram uma novidade, pois esse tipo de trabalho nunca foi
desenvolvido pela escola”. Ela afirma que “ainda sente muita resistência e discriminação com
sua disciplina pelos colegas de trabalho e também pela direção da escola, em algumas
situações práticas, com isso priva seus alunos de muitas coisas”.

       Após a excursão e organização sistemática do material coletado, retornamos à sala de
aula. Nesse momento foi feita uma exposição das fotografias com a utilização do projetor
multimídia. Em seguida realizamos um debate coletivo levantando questionamentos sobre o
uso da fotografia nas aulas de Artes Visuais, observando o que mudou ao longo dos tempos
na maneira de ensinar e aprender artes.

       Paulo da Silva, 16 anos, relata que “a experiência com as imagens do cotidiano
revelaram um interesse maior pela arte da fotografia, além de refletir sobre suas ações e o
meio ao qual está inserido”.
       Na visão dos alunos, a principal diferença no modo de estudar Artes entre o passado e
o presente está no que se refere à inclusão das novas tecnologias na escola. Uma parcela
considerável dos alunos da escola Dom Henrique Rüth já está incluída digitalmente. Por isso
um projeto como este teve boa receptividade e, consequentemente, resultados positivos com a
formação de novos conhecimentos para os alunos.
15



        Foi constatado também que uma fotografia não é apenas uma imagem fixada a um
pedaço de papel ou a um meio digital a partir de técnicas específicas, mas algo que traz um
significado importante para alguém ou para um momento histórico. Uma referência que pode
ser positiva ou negativa através de lembranças de um determinado momento. Além disso,
houve consenso entre os alunos que nem toda fotografia pode ser considerada obra de arte,
pois para que o seja são necessários alguns critérios. Como explica Sebastião Salgado1 no
artigo “A Fotografia como Arte e Crítica Social”:

                           Ao elevar o fotógrafo à condição de artista, estamos entendendo que em seu trabalho
                           há também altas doses de criatividade, inteligência, planejamento e conhecimento
                           (do equipamento, das variáveis que podem influenciar na qualidade de suas fotos,
                           das técnicas já existentes para a obtenção de suas imagens...) que tornam sua
                           produção digna de merecer espaço em exposições, livros e museus.
                            (SALGADO, 2011)

        Sabe-se que a era tecnológica trouxe para a área das artes a facilidade da câmera
digital, do celular com câmera e Bluetooth, tablets e aparelhos para digitalização de imagens.
Todos esses aparatos tecnológicos foram mencionados pelos alunos como facilitadores no
processo de guardar em forma de imagem digital um momento especial ou um lugar que traga
boas recordações. Como alguns alunos já convivem desde cedo com a câmera digital, esses
nem sabiam o que significa revelação de filme fotográfico.

        Depois da discussão pedagógica, realizamos a análise do material coletado pelo grupo
e os alunos construíram mapas poéticos, ou seja, um mural no qual expuseram seus trabalhos.
Nele, foi contextualizado o que comumente os alunos já fazem com as câmeras de celulares e
câmeras digitais no seu cotidiano. Eles representaram o seu dia-a-dia, suas emoções e
vivências, utilizando as fotografias registradas por eles e carregadas de significados. Alguns
trouxeram para o contexto escolar não somente o seu conflito pessoal, mas também o do seu
grupo, do seu bairro, os quais foram expostos para toda a turma. Em especial, os alunos
registraram em suas fotografias o contexto social em que vivem, principalmente o registro das
desigualdades sociais da sua localidade. Dentre as apresentações que os alunos produziram,
foram selecionadas algumas para ilustrar este trabalho:




1
  Artista fotográfico renomado internacionalmente e, apesar do prestígio que tem em nosso país, é mais
reconhecido e respeitado fora do Brasil.
http://www.vithais.com.br/2011/09/sebastiao-salgado-fotografia-como-arte.html.
16




Figura 1: Desigualdade Social




 Figura 2: Boas Lembranças
17




                                   Figura 3: Arte da Natureza

       Tendo em vista a boa receptividade e o resultado dessa pesquisa acredita-se ter
contribuído para a formação dos alunos envolvidos e para a vida da escola como um todo.
Pode-se afirmar que este trabalho pode repercutir de forma positiva para o ensino e
aprendizagem no ensino de Artes, já que sua dinâmica possibilita aprofundar-se nos assuntos
e relacionar os conteúdos à vivência dos estudantes. Além disso, esse tipo de atividade, que
contextualiza a vivência do aluno ao aprendizado da sala de aula, possibilita uma
intervenção pedagógica sobre os conhecimentos prévios dos estudantes. Isso desperta o
interesse dos jovens e adolescentes, pois no contexto atual não cabe mais ao educador
perguntar o que os educandos não sabem e propor a ensinar-lhes, e sim o que já sabem e
como é possível ampliar as conexões para que juntos possam organizar outros discursos com
os saberes trazidos em sua bagagem cultural.
       Enfim, pode-se afirmar que esta proposta de atividade está de acordo com o que
sugere os PCN para o ensino de Artes, que orienta para um ensino que envolva o meio
sócio-cultural do aluno a atividades que integrem outros estudos, pesquisas, confrontando
opiniões, refletindo sobre seus trabalhos artísticos. Com isso, os alunos vão adquirindo
competências que se estendem para outras produções ao longo de sua vida com a arte.
18



                                      CONSIDERAÇÕES FINAIS


          De acordo com tudo o que foi observado, constata-se a necessidade de transformação
no método e nas novas técnicas de ensinar Artes Visuais. Os educadores devem avaliar e
repensar sua prática pedagógica e ver que ensinar Artes vai além dos livros didáticos ou papel
e lápis de cor. Devemos levar para a sala de aula, conteúdos significativos para a formação
moral e cultural dos estudantes, futuros agentes e transformadores da realidade social.

          A escola precisa despertar para práticas inovadoras no ensino de Artes. Já que, a partir
de atividades como esta que envolve o aluno num contexto crítico frente a problemas sociais.
Se desejarmos uma sociedade mais justa e crítica, precisamos ter mais conscientização dos
indivíduos e afirmação da sua identidade. Visto que a maior riqueza de saberes que o país
possui reside justamente na pluralidade de expressão do seu povo. Considerando a
miscigenação das nossas raízes sociais, percebe-se que temos muito a oferecer às gerações
futuras. Isso requer que a escola venha assumir sua função, resgatando esses valores e
estabelecendo um contraponto aos conteúdos de consumo. “A educação que aponta para o
ensino e a pesquisa das artes ajuda a construir uma vida significativa numa perspectiva mais
ampla e mais profunda. De conhecedor de artistas e estilos, o aluno passa a leitor, intérprete e
                                                                    2
crítico de todas as imagens presentes no seu cotidiano.”                Essa é a escola do séc. XXI, que
desperta no aluno o desejo de aprender, de transformar a realidade social através da educação.

          Faz-se necessário registrar aqui que a maioria dos trabalhos produzidos pelos alunos é
de cunho social. Isso mostra que eles estão insatisfeitos com a atual situação social do seu
bairro, do seu município e mesmo de sua escola. Percebe-se no foco de suas produções uma
grande crítica social, principalmente em relação às desigualdades sociais. Isso mostra o
importante papel transformador que a escola exerce na vida das pessoas. A escola, como
instituição social, é um ambiente vivo, que precisa romper barreiras e propor novas formas de
pensar e agir, abrindo horizontes, renovando a visão em relação ao mundo. Mas as produções
não mostraram apenas o lado negativo do contexto social, trouxeram também recordações
positivas e belezas do seu cotidiano, como foi mostrado nas figuras.

          As expectativas para esse trabalho foram alcançadas, tendo em vista a receptividade da
escola, professor e alunos pela proposta apresentada. Isso porque os jovens atualmente já

2
    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao_artistica/0037.html
19



vivem com uma câmera ou um celular na mão e registram todos os seus passos, a rede de
comunicação virtual tem ajudado nessa proporção e favorece a informação e divulgação de
imagens. Os alunos produzem seus trabalhos e compartilham na Internet.

       Enfim, pode-se dizer que o desafio inicial foi compensado com os resultados
alcançados, leituras enriquecedoras, conhecimentos adquiridos que foram transformados em
enriquecimento cultural. E estes conhecimentos aqui construídos poderão ser úteis e
compartilhados com outros professores através da troca de saberes. Enfim, pode-se afirmar
que houve satisfação por este resultado positivo, que foi a ampliação de novos horizontes em
relação ao tema trabalhado e também por ter levado para a escola Dom Henrique Rüth esta
proposta inovadora de ensinar e aprender Artes.
20



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOECHAT Ivone. Cultura Visual: É preciso ensinar a ver. Mundo Jovem –
fevereiro/2012, p.22.

BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais / Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias. Conhecimentos de Artes. Brasília: MEC, 2000.

HERNANDEZ, Fernando. Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho.
Porto Alegre : Artmed, 2000.

PILLAR, Analice Dutra (org). A Educação do Olhar no Ensino das Artes. Porto Alegre:
Mediação, 1999.

SALGADO, Sebastião. Fotografia como arte http://www.vithais.com.br/2011/09/sebastiao-
salgado-fotografia-como-arte.html, acesso em 06/06/2012.

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao_artistica/0037.html, acesso em
06/06/2012.

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O USO DA FOTOGRAFIA DO COTIDIANO NO ENSINO DE ARTES VISUAIS.

  • 1. 0 Cláudio Ramos Maciel O USO DA FOTOGRAFIA DO COTIDIANO NO ENSINO DEARTES VISUAIS Cruzeiro do Sul – Acre, Junho 2012
  • 2. 1 Cláudio Ramos Maciel O USO DA FOTOGRAFIA DO COTIDIANO NO ENSINO DE ARTES VISUAIS Trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Artes Visuais, do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade de Brasília. Apresentado como requisito de aprovação na disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura. Orientadora: Profa. Ms. Alexandra Cristina Moreira Caetano Cruzeiro do Sul – Acre, Junho 2012
  • 3. 2 RESUMO O presente trabalho analisa o uso da fotografia do cotidiano no Ensino de Artes Visuais no 3º ano “E” do Ensino Médio na Escola Dom Henrique Ruth, levando professores e alunos a repensar como se faz e se ensina Artes nos dias atuais. As reflexões aqui apresentadas resultam de uma pesquisa de campo realizada com docentes e discentes dessa escola. Para o desenvolvimento desse estudo, primeiramente, foi realizado um debate coletivo com os alunos para fundamentar os dados aqui levantados. Os dados revelaram que a disciplina de Artes mudou suas concepções ao longo dos tempos e deve ser trabalhada de forma teórico e prática integrada às demais disciplinas para que no decorrer do processo de ensino e aprendizagem, os alunos consigam assimilar os conteúdos com clareza. Palavras – chave: fotografia, cotidiano, cultura visual, tecnologias.
  • 4. 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4 CAPÍTULO 1: A IMPORTÂNCIA DO OLHAR NO ENSINO DAS ARTES ................. 6 1.1 A fotografia e o cotidiano ................................................................................................. 7 1.2 As Novas Tecnologias e a Cultura visual ........................................................................ 9 CAPÍTULO 2: A CULTURA VISUAL NO CONTEXTO ESCOLAR ........................... 11 2.1 A escola lócus da pesquisa .............................................................................................. 11 2.2 A fotografia do cotidiano como recurso pedagógico: a pesquisa ................................ 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 20 FIGURAS Figura 1: Desigualdade Social ...............................................................................................16 Figura 2: Boas Lembranças ..................................................................................................17 Figura 3: Arte da Natureza ...................................................................................................17
  • 5. 4 INTRODUÇÃO Este trabalho traz uma abordagem teórica e prática sobre o uso pedagógico da fotografia do cotidiano na sala de aula, assunto que está presente na proposta curricular do ensino de Artes Visuais para o Ensino Médio. Esta pesquisa traz-nos a possibilidade de abrir outras perspectivas para o Ensino de Artes no 1º Ano da Escola de Ensino Médio Dom Henrique Ruth. Tem-se com este trabalho o objetivo de contextualizar na sala de aula algo que os educandos gostam de fazer: fotografar e registrar seus momentos diários. Será abordado um tema de grande relevância cultural, porque é uma prática antiga, muito utilizada no mundo e faz parte da vida das pessoas. Já que a maioria das pessoas costuma fotografar para registrar os momentos mais importantes vividos por elas. Objetiva-se ainda, fazer um estudo reflexivo, teórico e prático a respeito dos conteúdos de Artes Visuais observando se o que é ensinado na escola é significativo para a formação integral dos educandos. Pretendendo-se chegar às preocupações do professor sobre a aprendizagem dos discentes, traçando uma proposta diferente das tradicionalmente desenvolvidas nas aulas de artes dessa escola. Esta proposta de trabalho se justifica por entender-se que a fotografia do cotidiano dos alunos pode ser utilizada como forma de contextualizar o ensino de Artes ao seu dia-a-dia. Nessa perspectiva propõe-se que as imagens obtidas na escola, na família, na vizinhança, na cidade sejam utilizadas como recurso pedagógico. Vivemos na era da visualidade, os alunos são capturados e bombardeados por imagens no seu cotidiano, mas será que eles analisam, interpretam e são críticos em relação a elas? Conseguem apreciá-las como um produto da cultura contemporânea? E ao produzir as próprias peças visuais, será que as enxergam como uma maneira de se expressar? São essas as inquietações que se propõe na busca de um novo olhar para aquilo que eles veem e observam. É importante que o professor se conscientize de que a Arte não é apenas mais um conteúdo escolar para preencher tempo, mas sim, contextualizar e articular com as demais áreas do conhecimento e com temas de interesse para a vida dos alunos. A arte está presente em todas as rotinas sociais, na história, em nosso cotidiano. Ela faz com que, o indivíduo pense e repense no seu universo. Isso se percebe nos PCN no que tange às competências e
  • 6. 5 habilidades a serem desenvolvidas em Arte nos estudantes de Ensino Médio. Entre essas competências, estas duas explicitam essa reflexão: Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico, entre outros. Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações de Arte – em suas múltiplas funções – utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua dimensão sócio-histórica. (PCN, 2000, p. 57) Com base nisso, percebemos o importante papel transformador da sociedade que a escola e a educação possuem, assim, pode-se dizer que o uso pedagógico da fotografia do cotidiano no ensino de arte visual é um tema que merece ser discutido no âmbito escolar. Essa afirmação é embasada no fato de que o aluno trabalhará na escola contextos do seu dia-a-dia. Este trabalho tem como embasamento teórico os princípios conceituais dos autores Fernando Hernandez, no livro “Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho”; na obra organizada por Analice Dutra Pillar: “A Educação do Olhar no Ensino das Artes”; além dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, devido à sua importância para o processo de ensino e de aprendizagem como norteadores para os docentes, gestores e coordenadores educacionais. A parte prática/metodológica foi baseada nos resultados de uma excursão que feita pelo bairro onde a escola está localizada, fotografando cenas do cotidiano e também serão utilizadas fotografias do cotidiano dos alunos de seus momentos com a família, amigos e de lugares da cidade que chamaram sua atenção. O trabalho foi organizado da seguinte forma: O primeiro capítulo, “A Importância do Olhar no Ensino das Artes”, traz uma abordagem sobre a importância de o professor usar adequadamente os recursos que levem o aluno a despertar o interesse pelo universo visual. E nesse despertar, o aluno possa desenvolver competências de cidadão criativo. O segundo capítulo, “A Cultura Visual no Contexto Escolar,” é voltado especificamente para a pesquisa em ação. Inicialmente, apresenta alguns aspectos da realidade da escola onde a pesquisa foi feita e, para fechar o capítulo, apresentamos as etapas e o resultado do trabalho.
  • 7. 6 CAPITULO I: A IMPORTÂNCIA DO OLHAR NO ENSINO DAS ARTES Frequentemente, o uso de imagens está presente nos conteúdos escolares para representar uma determinada época, um lugar, contando a história da humanidade e também nas obras de artes. O discente aprende com muita facilidade quando o conteúdo estudado vem enriquecido de ilustrações. Quando o aluno escolhe um livro para ler, ele folheia em busca de imagens. Já foi constatado que uma aula com cartazes coloridos, ou com objetos palpáveis rende muito para o processo de ensino e de aprendizagem. Atualmente, a utilização de imagens na escola ganhou uma proporção maior, com a introdução da fotografia como conteúdo escolar no ensino de Artes, ganhando espaço também nas demais áreas do conhecimento, levando os educandos a refletir sobre o meio em que vivem. O jovem, em especial vive num mundo cercado de imagens, ou seja, as imagens fazem parte do seu cotidiano. Isso é perceptível no modo de se vestir no dia-a-dia, tanto na escola, quanto fora dela. A garota tem sempre no cabelo várias presilhas coloridas, enche-se de bijuterias e usa bolsa ou mochila com bordados de marcas que estão na moda. Os cadernos com capas multicoloridas são enfeitados com os mais variados adesivos. Na rua, o que se vê são outdoors, carros de diversos modelos, construções de estilos variados. Nos momentos de lazer, crianças e adolescentes interagem com imagens em videogames e no computador, absorvem de maneira quase transcendental o que passa nas telas da televisão e do cinema, navegam diariamente na internet cheia de signos visuais. Nos livros, nas revistas e no celular, figuras, formas e cores desfilam à sua frente. Nesse sentido, nosso olhar vive inundado num mundo visual. Cabe ao professor adequar esse mundo visual ao contexto escolar, ajudando o aluno a descobrir e redescobrir arte nesse mundo cheio de imagens. Ao fazer um desenho ou pintura, dar forma a um material bruto, captar imagens com uma câmera fotográfica ou de vídeo e criar animações no computador, o artista expressa sua experiência de vida e sintetiza sentimentos, ansiedades e expectativas da época em que vive, unindo conhecimentos e técnicas a um estilo pessoal. Quem aprecia e analisa as produções se emociona, estabelece ligações da obra com sua vida e se relaciona com ela de modo único, já que em Arte não existe certo ou errado: ela permite as mais diversas interpretações e os mais diferentes sentimentos, dependendo de quem a vê. A Arte convida para uma leitura do mundo e do ser humano, da própria vida. Analice Dutra Pillar, no livro “A educação do olhar no ensino das artes”, menciona Paulo Freire sobre essa visão da leitura do mundo.
  • 8. 7 A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre texto e contexto. (FREIRE, apud PILLAR, 2006, p. 14) Essa afirmação refere-se à alfabetização da palavra, mas pode ser adequadamente aplicada para a leitura da imagem. O uso da imagem expõe os alunos não só ao conhecimento formal, conceitual e prático em relação às Artes, mas também à sua consideração como parte da cultura visual de diferentes povos e sociedades. A cultura visual está presente desde os primeiros anos de vida, quando começamos a relacionar as coisas pela sua cor e tamanho e esse enfoque vai se expandindo externamente quando passamos a conviver em grupo, conhecer o mundo. É importante compreender que a cultura visual se manifesta de várias formas, qualquer que seja o contexto histórico, geográfico ou social. A obra de arte resiste à passagem do tempo, hoje admiramos e estudamos o que é produzido no presente e o que faz parte do passado. Essa cultura da imagem engloba a produção cultural local, desde o que está nos museus, o que aparece nos cartazes publicitários e nos anúncios, nos videoclipes ou nas telas da internet, também o que é realizado pelos docentes e pelos próprios alunos. A cultura visual cumpre a função de manufaturar as experiências dos seres humanos mediante a produção de significados visuais, sonoros, estéticos, etc. Esses significados [...] contribuem para a construção da consciência individual e social pela incorporação dos índices visuais com valor simbólico produzido por grupos diferentes. (HERNÁNDEZ, 2000, p.52) Assim, pode-se afirmar que as artes visuais devem ocupar um lugar importante no currículo escolar, e devem ser vistas como uma parte do conhecimento construído pelo homem desde sempre. Em sala de aula, o principal objetivo é articular criação, imaginação e produção com a percepção dos próprios trabalhos e a análise de obras, assim como garantir acesso à produção artística e estética da humanidade em vários momentos da sua história. 1.1 A fotografia e o cotidiano Sabemos que o atual contexto social propõe mudanças qualitativas para o processo de ensino e aprendizagem. É por isso que os conteúdos no ensino de Artes no Ensino Médio “precisam ser cuidadosamente escolhidos, no sentido de possibilitar aos jovens o exercício de colaboração artística e estética com outras pessoas com as quais convivem, com a sua cultura e com o patrimônio artístico da humanidade”. (PCN – 2000, p. 5)
  • 9. 8 Isso nos permite entender que o trabalho com os alunos através das fotografias do seu cotidiano pode levá-los à reflexão sobre a importância de se envolver mais com o meio em que estão inseridos. E que os conhecimentos construídos por eles nessas atividades contextualizadas poderão favorecer-lhes no seu dia-a-dia, em qualquer situação-problema na vida social, profissional ou familiar. É possível vislumbrar nesse trabalho o princípio para que os educandos comecem a desenvolver a habilidade de ler e interpretar imagens. A Arte está presente em todas as rotinas sociais, na história, em nosso dia-a-dia. Ela faz com que, o indivíduo pense e repense no seu universo. A arte está na Geografia, na Língua Portuguesa, na Matemática, enfim, ela não fica somente numa caixinha, como muitos ainda teimam em se referir como grade curricular, presa em paradigmas ultrapassados sem nenhuma utilidade. Arte é vida e está presente em vários aspectos do nosso cotidiano. Essa visão contextualizada do Ensino de Artes nas escolas de Nível Médio é também recomendada nos PCN: É assim, desenvolvendo conhecimentos estéticos e artísticos dos alunos, que a disciplina Arte comparece como parceira das disciplinas trabalhadas na área Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e nas demais áreas de conhecimento presentes no Ensino Médio. Ao participar com práticas e teorias de linguagens artísticas nas dinâmicas da área Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, a disciplina Arte deve colaborar no desenvolvimento de projetos educacionais interligados de modo significativo, articulando-se a conhecimentos culturais aprendidos pelos alunos em Informática (Cibercultura), Educação Física (Cultura e Movimento Corporal), Língua Portuguesa e Língua Estrangeira (Cultura Verbal, trabalhando inclusive as artes literárias). (PCN- 2000 p.48/49) É nesse contexto de levar para a escola o cotidiano do aluno que este trabalho ganha subsídios, seja no entorno da escola, no seu bairro, na família, com amigos ou em lugares pitorescos. Sabe-se que a fotografia é, antes de tudo, uma forma de trazer à lembrança um determinado momento, que por algum motivo teve alguma importância para a pessoa. Estudar a fotografia do cotidiano aproxima a vivência do aluno ao contexto escolar, relaciona momentos, aproxima pessoas, descobrem-se afinidades, envolve emoções. Enfim, traz vida colorida para dentro da sala de aula, mesmo que seja foto em preto e branco. Uma única fotografia pode contar histórias interessantes, que se fossem contadas em outro contexto, não teria a mesma eficácia.
  • 10. 9 1.2 As Novas Tecnologias e a Cultura Visual A sociedade atual passa por novas formas de receber e transmitir informação, essas informações chegam até nós nas mais variadas formas. Pode-se até afirmar que é irreversível a presença das tecnologias na sala de aula, assim, elas incorporam-se ao processo de ensino e aprendizagem, mostrando que vieram para se estabelecer. No que diz respeito à cultura visual na escola, pode-se dizer que os computadores e as redes digitais já fazem parte do cotidiano de muitas escolas. No Acre, em especial, onde o governo federal e estadual tem investido na inclusão digital das escolas públicas. Gradativamente os professores estão incorporando os recursos tecnológicos em suas práticas pedagógicas. Dessa forma, o ensino de Artes também tem recebido os benefícios dessa inclusão tecnológica na escola. Edgar Morin, apud Boechat, diz que “o professor precisa ser muito mais do que um conselheiro, deve ser uma ponte entre a informação e o entendimento, um estimulador de curiosidade para que o aluno viaje sozinho no conhecimento obtido nos livros e nas redes de computador.” (BOECHAT, 2012, p.22) Ao adquirir o domínio com a máquina, o professor perde a timidez de trabalhar com seus alunos usando as Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC. Isso possibilita aos alunos terem acesso a trocas culturais e ao contato com o conhecimento de forma inovadora, principalmente os alunos das classes populares, que não dispõem de condições econômicas de terem um computador em sua casa. Essa inclusão digital proporciona a estes estudantes o contato com os mesmos conhecimentos que os alunos dos grandes centros têm. Com isso pode-se afirmar que a educação, com a inclusão das novas tecnologias no ambiente escolar, está cumprindo com um de seus papéis: favorecer a construção do conhecimento, permitindo que os alunos exerçam seus direitos e responsabilidades, resolvendo os problemas que lhes são colocados, individual e coletivamente, levando esses conhecimentos para a sua vida cotidiana. Além disso, os meios educacionais devem oferecer mecanismos que permitam a esses alunos seguirem identificando, criticando e repudiando as atitudes de discriminação, de injustiça que favoreçam a reprodução da pobreza e da desigualdade. É importante que a escola se empenhe em práticas que favoreçam a inserção dos estudantes na sociedade globalizada, tornando-os capazes de compreender as situações inerentes ao mundo que os circunda.
  • 11. 10 É nesse sentido que Boechat convida a refletir na ideia de que a “educação que aponta para o ensino e a pesquisa das artes ajuda a construir uma vida significativa numa perspectiva social mais ampla e mais profunda. De conhecedor de artistas e estilos, o aluno passa a leitor, intérprete e crítico de todas as imagens presentes no seu cotidiano.” (BOECHAT, 2012, p.22). Por isso podemos dizer que o uso das novas tecnologias na cultura visual pode contribuir de forma significativa no processo de ensinar e aprender Artes. Principalmente no que diz respeito aos recursos para a edição de imagens, a trocas de informação, à busca de aperfeiçoamento de imagem, enfim, um mundo de cores onde o aluno pode penetrar e interpretar, contextualizando-o ao seu cotidiano.
  • 12. 11 CAPÍTULO II: A CULTURA VISUAL NO CONTEXTO ESCOLAR 2.1 A escola Dom Henrique Rüth Esta pesquisa foi realizada em uma escola da Rede Estadual do município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre, Dom Henrique Rüth. É uma escola que funciona em três turnos destinados a estudos do Ensino Médio. Está situada na Rua do Purus, nº 611, Bairro João Alves. Foi entregue à população de Cruzeiro do Sul no dia 28 de setembro de 1996, na festa dos 92 anos do município. Com capacidade para 2.400 alunos e construída segundo uma arquitetura especialmente criada para as condições da região, dispõe de 15 salas de aulas e ainda espaçoso bloco administrativo, uma cantina, um auditório, uma biblioteca, um laboratório de informática, um laboratório de Ciências, uma sala ambiente, banheiros masculino e feminino, incluindo um para deficientes e muito espaço para a convivência dos estudantes. A estrutura possui ainda áreas que favorecem a locomoção de alunos com necessidades especiais. A escola recebeu o nome “Dom Henrique Rüth” em homenagem ao bispo alemão emérito de Cruzeiro do Sul, responsável por um sólido trabalho educacional desenvolvido na região. Além da sua contribuição na educação do Vale do Juruá, Dom Henrique Rüth desenvolveu vários trabalhos sociais em prol dos mais necessitados dessa longínqua região amazônica. A Escola Dom Henrique Ruth assume suas responsabilidades institucionais de contribuir para a formação integral de seus respectivos educandos através dos princípios de igualdade, qualidade, gestão democrática, liberdade e exercício da cidadania. A escola procura desenvolver suas atividades de acordo com o que preceitua os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, no item que este diz: A centralidade do conhecimento nos processos de produção e organização da vida social rompe com o paradigma segundo o qual a educação seria um instrumento de “conformação” do futuro profissional ao mundo do trabalho. Disciplina, obediência, respeito restrito às regras estabelecidas, condições até então necessárias para a inclusão social, via profissionalização, perdem a relevância, face às novas exigências colocadas pelo desenvolvimento tecnológico. A nova sociedade, decorrente da
  • 13. 12 revolução tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área da informação, apresenta características possíveis de assegurar à educação uma autonomia ainda não alcançada. Isto ocorre na medida em que o desenvolvimento das competências cognitivas e culturais exigidas para o pleno desenvolvimento humano passa a coincidir com o que se espera na esfera da produção. (PCN, 2000, p.11) O novo paradigma faz com que a escola D. H. R., ofereça à comunidade uma escola onde os alunos possam articular os conhecimentos científicos, bem como, o uso desses em suas vidas, com a certeza de que estes conhecimentos nortearão a maneira como os jovens e futuros homens e mulheres se organizarão e se estruturarão em sociedade. Busca ainda, assegurar um ensino de qualidade de modo a proporcionar meios para a formação necessária do educando, visando ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto- realização e qualificação para o trabalho e seu ajustamento social. A escola D.H.R. tem como eixo central o aluno e suas necessidades, contemplando conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser humano para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva, visando à integração de homens e mulheres no tríplice universo das relações políticas, do trabalho e da simbolização subjetiva. Nessa perspectiva, a escola D.H.R., fundamenta-se nos quatros pilares da educação, “aprender a conhecer”, “aprender a fazer”, “aprender a viver” e “aprender a ser”, como princípios norteadores do trabalho educativo do processo de ensino e aprendizagem. No aprender a conhecer, prioriza-se o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento, considerando-o como meio e como fim. Meio, enquanto forma de compreender a complexidade do mundo, condição necessária para viver dignamente, para desenvolver possibilidades pessoais e profissionais, para se comunicar. Aprender a conhecer garante o aprender a aprender e construir o passaporte para a educação permanente à medida que fornece as bases para continuar aprendendo ao longo da vida. Aprender a fazer desenvolve habilidades e estimula o surgimento de novas aptidões, tornando-se processos essenciais, à proporção que criam as condições necessárias para enfrentar novas situações. Aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento do outro e a percepção das interdependências, de modo a permitir a realização de ações comuns. E, aprender a ser, que deve estar comprometido com o desenvolvimento total do ser humano. Dessa forma, percebe-se que cada aluno é considerado um indivíduo único e necessita de atendimento que vise a garantir o desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades sem agressão às suas características
  • 14. 13 pessoais, bem como às suas ideologias políticas e religiosas. (Projeto Político Pedagógico da Escola Dom Henrique Rüth) De acordo com o histórico dessa escola percebe-se que ela preocupa-se com a formação integral do educando e não apenas na transmissão do conteúdo. O foco da escola é a redescoberta do conhecimento, cuja questão central passa a ser aprender o método de aprender, que facilitará a vida do aluno e com certeza o professor também sairá ganhando nesse processo. Por tudo o que foi exposto, percebe-se que esta escola é “terra fértil” para a execução deste trabalho. 2.2 A fotografia do cotidiano como recurso pedagógico: a pesquisa Fazer uso da cultura visual na sala de aula representa um passo decisivo de deixar pra trás aulas monótonas, optando por atividades que dinamizem o processo de ensinar e aprender. É com base nos pressupostos observados que este trabalho foi realizado e aqui registro o processo e resultados de sua prática. Vale lembrar que os PCN nos lembram que: A partir das culturas vividas com essas linguagens no seu meio sócio-cultural e integrando outros estudos, pesquisas, confrontando opiniões, refletindo sobre seus trabalhos artísticos, os alunos vão adquirindo competências que se estendem para outras produções ao longo de sua vida com a arte. (PCN- 2000 p. 51) O trabalho teve início a partir de uma entrevista oral com a diretora da escola, a qual manifestou interesse pela proposta e ela orientou-me a procurar a coordenadora de ensino, já que ela lida diretamente com as questões de ensino e aprendizagem. Observou-se que o tema “Fotografia do Cotidiano” faz parte dos conteúdos da Proposta Curricular para o ensino de Artes. O próximo passo foi planejar com a professora da disciplina as etapas do trabalho. O objetivo principal do trabalho é estudar a importância que a fotografia do cotidiano exerce na vida dos estudantes, e também como essas imagens podem ser usadas de forma pedagógicas nas aulas de Artes contextualizando-as à realidade social. Sabe-se que uma fotografia pode unir várias realidades: o efêmero e o eterno, o instantâneo e o perene, o fugaz e o estável, eternizando um curto período de tempo que pode entrar para a história. A proposta teve boa aceitação na turma e houve um debate para introduzir o assunto. Nessa ocasião foi exposto um pouco sobre a história da fotografia e alguns aspectos que envolvem o assunto. Em seguida os alunos formaram grupos para definir as estratégias de
  • 15. 14 elaboração e prática das atividades. No dia marcado trouxeram para a sala algumas fotografias pessoais e planejamos, junto com a professora da sala, uma excursão pelo bairro para fotografar o que despertasse a atenção dos alunos. Algo que despertasse neles a visão artística que existe em cada um de nós, relacionando esse momento com a ideia de Michelangelo, citado no artigo “Cultura Visual: É Preciso Ensinar a Ver”, no Jornal Mundo Jovem, edição de fevereiro de 2012, o qual diz que “em cada bloco de mármore vejo uma estátua; vejo-a tão claramente como se estivesse na frente, moldada e perfeita na pose e no efeito. Tenho apenas de desbastar as paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros olhos como os meus já a veem.” (BOECHAT, 2012, p.22) Assim, o professor precisa estar atento às produções dos alunos, já que atividades com esta, podem revelar artistas que podem estar “adormecidos” em sua sala de aula. Em depoimento a professora Maria Nazaré, 20 anos de magistério, expôs sua visão sobre o ensino da disciplina e o que percebe em relação aos demais professores: “as experiências com as imagens do cotidiano com certeza revelarão grandes trabalhos, já que esses alunos são muito espertos e esforçados e adoram uma novidade, pois esse tipo de trabalho nunca foi desenvolvido pela escola”. Ela afirma que “ainda sente muita resistência e discriminação com sua disciplina pelos colegas de trabalho e também pela direção da escola, em algumas situações práticas, com isso priva seus alunos de muitas coisas”. Após a excursão e organização sistemática do material coletado, retornamos à sala de aula. Nesse momento foi feita uma exposição das fotografias com a utilização do projetor multimídia. Em seguida realizamos um debate coletivo levantando questionamentos sobre o uso da fotografia nas aulas de Artes Visuais, observando o que mudou ao longo dos tempos na maneira de ensinar e aprender artes. Paulo da Silva, 16 anos, relata que “a experiência com as imagens do cotidiano revelaram um interesse maior pela arte da fotografia, além de refletir sobre suas ações e o meio ao qual está inserido”. Na visão dos alunos, a principal diferença no modo de estudar Artes entre o passado e o presente está no que se refere à inclusão das novas tecnologias na escola. Uma parcela considerável dos alunos da escola Dom Henrique Rüth já está incluída digitalmente. Por isso um projeto como este teve boa receptividade e, consequentemente, resultados positivos com a formação de novos conhecimentos para os alunos.
  • 16. 15 Foi constatado também que uma fotografia não é apenas uma imagem fixada a um pedaço de papel ou a um meio digital a partir de técnicas específicas, mas algo que traz um significado importante para alguém ou para um momento histórico. Uma referência que pode ser positiva ou negativa através de lembranças de um determinado momento. Além disso, houve consenso entre os alunos que nem toda fotografia pode ser considerada obra de arte, pois para que o seja são necessários alguns critérios. Como explica Sebastião Salgado1 no artigo “A Fotografia como Arte e Crítica Social”: Ao elevar o fotógrafo à condição de artista, estamos entendendo que em seu trabalho há também altas doses de criatividade, inteligência, planejamento e conhecimento (do equipamento, das variáveis que podem influenciar na qualidade de suas fotos, das técnicas já existentes para a obtenção de suas imagens...) que tornam sua produção digna de merecer espaço em exposições, livros e museus. (SALGADO, 2011) Sabe-se que a era tecnológica trouxe para a área das artes a facilidade da câmera digital, do celular com câmera e Bluetooth, tablets e aparelhos para digitalização de imagens. Todos esses aparatos tecnológicos foram mencionados pelos alunos como facilitadores no processo de guardar em forma de imagem digital um momento especial ou um lugar que traga boas recordações. Como alguns alunos já convivem desde cedo com a câmera digital, esses nem sabiam o que significa revelação de filme fotográfico. Depois da discussão pedagógica, realizamos a análise do material coletado pelo grupo e os alunos construíram mapas poéticos, ou seja, um mural no qual expuseram seus trabalhos. Nele, foi contextualizado o que comumente os alunos já fazem com as câmeras de celulares e câmeras digitais no seu cotidiano. Eles representaram o seu dia-a-dia, suas emoções e vivências, utilizando as fotografias registradas por eles e carregadas de significados. Alguns trouxeram para o contexto escolar não somente o seu conflito pessoal, mas também o do seu grupo, do seu bairro, os quais foram expostos para toda a turma. Em especial, os alunos registraram em suas fotografias o contexto social em que vivem, principalmente o registro das desigualdades sociais da sua localidade. Dentre as apresentações que os alunos produziram, foram selecionadas algumas para ilustrar este trabalho: 1 Artista fotográfico renomado internacionalmente e, apesar do prestígio que tem em nosso país, é mais reconhecido e respeitado fora do Brasil. http://www.vithais.com.br/2011/09/sebastiao-salgado-fotografia-como-arte.html.
  • 17. 16 Figura 1: Desigualdade Social Figura 2: Boas Lembranças
  • 18. 17 Figura 3: Arte da Natureza Tendo em vista a boa receptividade e o resultado dessa pesquisa acredita-se ter contribuído para a formação dos alunos envolvidos e para a vida da escola como um todo. Pode-se afirmar que este trabalho pode repercutir de forma positiva para o ensino e aprendizagem no ensino de Artes, já que sua dinâmica possibilita aprofundar-se nos assuntos e relacionar os conteúdos à vivência dos estudantes. Além disso, esse tipo de atividade, que contextualiza a vivência do aluno ao aprendizado da sala de aula, possibilita uma intervenção pedagógica sobre os conhecimentos prévios dos estudantes. Isso desperta o interesse dos jovens e adolescentes, pois no contexto atual não cabe mais ao educador perguntar o que os educandos não sabem e propor a ensinar-lhes, e sim o que já sabem e como é possível ampliar as conexões para que juntos possam organizar outros discursos com os saberes trazidos em sua bagagem cultural. Enfim, pode-se afirmar que esta proposta de atividade está de acordo com o que sugere os PCN para o ensino de Artes, que orienta para um ensino que envolva o meio sócio-cultural do aluno a atividades que integrem outros estudos, pesquisas, confrontando opiniões, refletindo sobre seus trabalhos artísticos. Com isso, os alunos vão adquirindo competências que se estendem para outras produções ao longo de sua vida com a arte.
  • 19. 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com tudo o que foi observado, constata-se a necessidade de transformação no método e nas novas técnicas de ensinar Artes Visuais. Os educadores devem avaliar e repensar sua prática pedagógica e ver que ensinar Artes vai além dos livros didáticos ou papel e lápis de cor. Devemos levar para a sala de aula, conteúdos significativos para a formação moral e cultural dos estudantes, futuros agentes e transformadores da realidade social. A escola precisa despertar para práticas inovadoras no ensino de Artes. Já que, a partir de atividades como esta que envolve o aluno num contexto crítico frente a problemas sociais. Se desejarmos uma sociedade mais justa e crítica, precisamos ter mais conscientização dos indivíduos e afirmação da sua identidade. Visto que a maior riqueza de saberes que o país possui reside justamente na pluralidade de expressão do seu povo. Considerando a miscigenação das nossas raízes sociais, percebe-se que temos muito a oferecer às gerações futuras. Isso requer que a escola venha assumir sua função, resgatando esses valores e estabelecendo um contraponto aos conteúdos de consumo. “A educação que aponta para o ensino e a pesquisa das artes ajuda a construir uma vida significativa numa perspectiva mais ampla e mais profunda. De conhecedor de artistas e estilos, o aluno passa a leitor, intérprete e 2 crítico de todas as imagens presentes no seu cotidiano.” Essa é a escola do séc. XXI, que desperta no aluno o desejo de aprender, de transformar a realidade social através da educação. Faz-se necessário registrar aqui que a maioria dos trabalhos produzidos pelos alunos é de cunho social. Isso mostra que eles estão insatisfeitos com a atual situação social do seu bairro, do seu município e mesmo de sua escola. Percebe-se no foco de suas produções uma grande crítica social, principalmente em relação às desigualdades sociais. Isso mostra o importante papel transformador que a escola exerce na vida das pessoas. A escola, como instituição social, é um ambiente vivo, que precisa romper barreiras e propor novas formas de pensar e agir, abrindo horizontes, renovando a visão em relação ao mundo. Mas as produções não mostraram apenas o lado negativo do contexto social, trouxeram também recordações positivas e belezas do seu cotidiano, como foi mostrado nas figuras. As expectativas para esse trabalho foram alcançadas, tendo em vista a receptividade da escola, professor e alunos pela proposta apresentada. Isso porque os jovens atualmente já 2 http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao_artistica/0037.html
  • 20. 19 vivem com uma câmera ou um celular na mão e registram todos os seus passos, a rede de comunicação virtual tem ajudado nessa proporção e favorece a informação e divulgação de imagens. Os alunos produzem seus trabalhos e compartilham na Internet. Enfim, pode-se dizer que o desafio inicial foi compensado com os resultados alcançados, leituras enriquecedoras, conhecimentos adquiridos que foram transformados em enriquecimento cultural. E estes conhecimentos aqui construídos poderão ser úteis e compartilhados com outros professores através da troca de saberes. Enfim, pode-se afirmar que houve satisfação por este resultado positivo, que foi a ampliação de novos horizontes em relação ao tema trabalhado e também por ter levado para a escola Dom Henrique Rüth esta proposta inovadora de ensinar e aprender Artes.
  • 21. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOECHAT Ivone. Cultura Visual: É preciso ensinar a ver. Mundo Jovem – fevereiro/2012, p.22. BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais / Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Conhecimentos de Artes. Brasília: MEC, 2000. HERNANDEZ, Fernando. Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho. Porto Alegre : Artmed, 2000. PILLAR, Analice Dutra (org). A Educação do Olhar no Ensino das Artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. SALGADO, Sebastião. Fotografia como arte http://www.vithais.com.br/2011/09/sebastiao- salgado-fotografia-como-arte.html, acesso em 06/06/2012. http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao_artistica/0037.html, acesso em 06/06/2012.